What If?! escrita por allyhmarques


Capítulo 6
As Alegrias




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Capítulo 6 - Alegrias

Era uma linda manhã de Domingo, e Harry se levantou com um humor esplêndido. Estava tão feliz que quase sentia que poderia chorar. Acordou Rony pulando em sua cama e quase o fazendo cair da mesma, brincou com Hermione que lia um livro sobre Runas Antigas na sala comunal da Grifinória, e até deu um beijo na bochecha de Gina, que fazia uns feitiços para colorir os cabelos. E com essa demonstração de afeto a “amiga” apaixonada se derreteu toda. Mas não disse nada à ninguém.

O motivo da alegria e do sentimento maravilhoso que Harry tinha agora dentro de si, em cada movimento de suas mãos tinha um nome: Draco Malfoy e o loiro estavam em pé de igualdade com o moreno.

Estava feliz, até admirou as gotículas de orvalho que pendia das plantas, mesmo que não demonstrasse, estava nas nuvens.

Eles se encontraram no Grande Salão e se dirigiram olhares apaixonados, durante todo o café da manhã. E Harry jurou que viu Parkinson tentar chamar a atenção do loiro, sem sucesso, é claro, ele se vangloriou por isso. E o motivo era que o loiro não tirava os olhos dele, o que ele achava fabuloso.

Harry estava encantado com o brilho do cabelo do loiro, aquele cabelo platinado que não se abalava nem por tormentas. Os olhos cinza, que serviam de fonte de inspiração para as maiores loucuras de Harry, e o corpo de Draco, aquele corpo que tinha os movimentos fluídos e sem a dureza e o jeito desengonçado de um corpo adolescente que Harry muitas vezes reconhecia em si próprio. Draco era um homem com total sintonia de movimentos, tudo em si era sincronizado. E Harry estava muito feliz em saber que Draco, seu Draco era equilibrado, o que mais Harry precisava era de equilíbrio, o que havia sido tirado de si ainda em sua infância, com a prematura morte de seus pais e com a interferência direta que Aquele-que-não-deve-ser-nomeado teve em sua vida...

Harry o observou com olhos famintos, ele adorava quando o loiro parecia cansado, mas que na verdade era tédio, o tédio que escorria pela boca dele como uma cascata viva.

Harry sabia que o loiro estava entediado pelo modo como movia o garfo em suas mãos, desinteressado, em tudo e em todos, menos nos olhos grifinórios que o focavam com tanto interesse.

“Esse Harry não muda”, pensava Malfoy.

Mesmo depois de um mês de namoro, que foi brutalmente “interrompido” por alguém que Draco preferia nem lembrar ainda o fazia fascinar com cada movimento de Harry. O moreno tinha uma inocência intocada, completamente encantadora. E era isso que Draco amava nele, por ter vivido entre cobras e serpentes desde que nasceu, a virtude que Draco mais admirava eram a inocência e a pureza. E Harry mesmo depois de tantas batalhas contra o Lorde das Trevas, continuava com a pureza e inocência intocadas. Apesar de se mostrar um ninfomaníaco, de primeira, esse pensamento fez Draco corar ligeiramente o que passou quase despercebido pelos olhos de todos pois se recompôs num segundo. E Draco amava mais uma coisa em Harry, mais um simples detalhe que quase sempre era despercebido por todos. Harry ignorava completamente o fato de ser um homem extremamente atraente. E de ser muito fascinante. A cada movimento do grifinório, rapazes e moças da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts solavam suspiros e mais suspiros a cada sorriso e gesto, por mais simples que parecesse encantava ambos os sexos, independente de idade. Ou da opção sexual. Ele se surpreendeu uma vez em que viu a Professora McGonagal “nadando” nos olhos de Harry. E bem que ela tentou disfarçar, mas mesmo assim, Draco sempre teve nos pensamentos que Harry era seu e de mais ninguém.

O que de fato era hilário.

Draco já havia se pego diversas vezes tentando imaginar o que seria de sua vida sem o moreno, e tinha de admitir que os vislumbres não lhe eram nada agradáveis.

Se encararam por longos minutos enquanto tomavam o café-da-manhã, até que Rony interrompeu os pensamentos de Harry.

-Ei, Harry, bom dia! – disse o ruivo ao entrar de braços dados com Mione no Grande Salão.

-Bom dia! – disse Mione radiante. – Como foi a noite?

-Boa, dormi como um anjo...

-Dormiu? – disse ela dando uma piscadela ao moreno.

-Sim, dormi, pois Draco teve de fazer exercícios de DCAT e ficou estudando até tarde.

-Ué -disse Ron – Engraçado, nenhuma turma teve DCAT na última semana, o Prof. Snape teve de ir ao ministério resolver algumas pendências com a licença bruxa para lecionar e não compareceu essa semana.

Hermione deu uma grande cotovelada em Rony, e este se calou num segundo. Só então percebeu a mancada que havia dado. Mas Harry teve uma espécie de luz brilhando de entendimento em sua cabeça.

-Mesmo Ron?

-Ahm, Harry talvez o Prof. Snape tenha, ahm... deixado algumas atividades para eles fazerem, afinal ele... ele é o Diretor da Sonserina, não?

-É Mione, mas é realmente estranho, Ron tem razão.

Hermione lançava olhares mortais para Ron, o ruivo havia cometido uma gafe horrível, deixar o amigo desconfiado sobre Malfoy não era bom. Ele percebeu o que havia feito enquanto mandava olhares de puro arrependimento à namorada, que não o perdoaria se os dois ficassem brigados de novo. Na verdade, era algo que ninguém naquela escola queria presenciar de novo. Harry agora estava desconfiado e iria tirar aquela estória a limpo.

Fez gestos para que Malfoy o acompanhasse. E este fez de bom grado, Harry sempre teve desejos estranhos e tirá-lo da mesa do café da manhã em plena segunda feira era o mínimo que a cabeça dele poderia pensar. Mal sabia que Harry lhe reservava uma surpresa, muito ruim para o loiro.

Harry subiu a escada de mármore e parou no 3º andar, havia descoberto a pouco tempo uma sala que nunca estava ocupada, e como seu relacionamento com Draco sempre fora muito “agitado”, eles fizeram bom uso dela. Entrou e esperou pacientemente por Draco, estava passando mentalmente tudo que havia acontecido. Tudo o que eles haviam feito no dia anterior, tudo o que o loiro o havia dito, as desculpas esfarrapadas, e agora de repente tudo fazia sentido, tudo se encaixava. Draco havia fugido de Harry para sumir, ou para se encontrar com alguém, ou para fazer qualquer outra coisa, que não era estar com ele, que não era estar com Harry. Draco entrou sorrateiro, com um ar desconfiado fechou a porta atrás de si num baque leve e surdo e lançou um feitiço silenciador na mesma. Após o evento não teve tempo de fazer, nem pensar em nada. Não teve nem tempo de se virar direito, pois se sentiu sendo agarrado por trás por um grifinório bravo, muito bravo. Quando conseguiu se virar, viu que as luzes agora piscavam, as cadeiras da saleta se arrastaram como que para longe de Harry e Draco e as estantes da sala balançavam. Harry estava deixando seu poder se descontrolar. Draco estava atônito, não sabia o que poderia ter causado aquela revolta interna em Harry, ele nunca havia visto o namorado tão nervoso e descontrolado. E isso causava uma grande surpresa no loiro.

-O que é isso Harry?

-Me diga de novo o que você estava fazendo ontem à noite com a Parkinson sozinhos no seu quarto? – sibilou Harry num tom tão ameaçador que Draco quase tremia de medo.

-Fizemos nossas atividades de DCAT, de Herbologia, porque desde que passamos nos Nom´s eu não tinha estudado direito, porque um certo alguém não deixa. – disse pouco eloqüente, o que fez Harry desconfiar de cada intenção naquelas palavras.

-Mas deixe te contar uma coisa, senhor estudante exemplar... – falou ainda perigosamente ameaçador.

-Sim, Dono do meu coração... Pode falar. – disse em tom zombeteiro, para se fazer soar verdadeiro. As coisas iam mal para o lado de Draco.

Após ouvir isso Harry soltou o aperto que prendia Draco, e lentamente levantou o olhar para poder encarar um moreno de cabeça baixa. Que parecia repensar no que estava com a intenção de dizer.

-É que o Ron me lembrou que não tivemos aula com o Snape essa semana. Então como você estava fazendo tarefas dele? – disse num tom choroso e infantil. Como se estivesse dizendo a si mesmo que aquele interrogatório era desnecessário e infundado.

“Droga de Weasley, porque você tinha de dizer isso a ele? Pense Draco, pense. E por favor que seja rápido.”

-Exatamente isso, fiquei devendo da outra semana, e como não tivemos aula essa semana, fiquei folgado. Mas ele volta à escola hoje, e tenho o primeiro horário dele amanhã. Se eu quisesse passar o dia com você hoje. Já deveria estar com as tarefas prontas.

“Draco, você é genial... como conseguiu pensar nisso tudo?”

-Sério?

-Claro Harry, que outro motivo eu teria para ficar desesperado em fazer esses deveres rápido?

-Não sei, quem sabe ficar perto dela. Pansy, como você diz! – disse a última frase fazendo uma voz afeminada que tinha a intenção de soar como a de Draco.

-Ah, Harry... Nós já discutimos isso, aquela louca só quer me ter por causa do meu nome e nada mais que isso. E eu amo você. Não ela. Não há nada que ela possa fazer a esse respeito.

-Assim, eu fico mais feliz! Mas o que faremos hoje?

-Não sei ainda não decidi, mas essa sala – disse olhando em volta pela primeira vez. – me parece bem sugestiva.

A tal sala, tinha sofás, e pufes espalhados para todos os cantos que depois do ataque de fúria de Harry eles passaram a se concentrar no fundo da sala, mais afastados que puderam do grifinório enfurecido. As prateleiras das estantes estavam com buracos e falhas pelos livros que sua agitação derrubara, e alguns caíram até abertos, revelando o conteúdo das aulas que aquela sala abrigara.

Interpretação de Sonhos.

Harry não sabia que essa matéria chegou a existir ou que alguém já se dispusera a ensiná-la. Seus pensamentos foram cortados ao sentir o loiro o abraçar por trás. Ele se sentiu estremecer.

-No que você está pensando? – disse mal contendo o desejo em sua voz.

-Não sei ao certo, mas se estou entendendo bem nós acabamos de fazer as pazes, certo? – disse Draco dando uma leve mordiscada no pescoço de Harry que instintivamente se aproximou do toque e se curvando para trás.

-Bom, eu... acho que sim. – disse com num falso tom espantoso.

-E como tal temos direito a uma comemoração! – para Draco era impossível conter a malícia nas palavras.

-É claro que temos, mas... – só agora Harry havia percebido o que significavam as palavras de Draco.

Harry corou violentamente ao perceber o quanto fora ingênuo e o desejo que havia nas intenções de Draco, e este ficou mais excitado ao perceber que Harry, havia entendido do que se tratava a sua insinuação!

-Então o que me diz, vamos comemorar? – disse isso num sussurro perigoso, e se aproximando furtivamente do grifinório que ficou cada vez mais acuado. Mas que intimamente, adoraria que o jogo de Draco continuasse. E como que por ação divina, seus pedidos foram atendidos.

Draco ia chegando cada vez mais perto do ponto que sabia que Harry mais gostava de ser tocado, este por sua vez já começava a ofegar. Só pela simples proximidade dos corpos deles. E que não resistiu ao sentir o toque terno do loiro no ponto G de Harry que era exposto, e poucas pessoas o tocariam com a destreza e certeza dos dedos de Draco. E Draco descobriu aquele ponto durante uma inocente brincadeira dos dois. E ali, ficou sendo seu lugar favorito na hora de tocar o namorado. Quem diria que tocar num ponto que para todos é tão comum, para Harry seria o ápice total da excitação!

Estavam mais dentro um do outro do que em muito tempo haviam ficado. Estavam numa paixão furiosa, e o resultado dela seria com certeza o gozo de ambos, se derramariam um no outro. Draco, que naquela hora era o mais sensato se lembrou de suas aulas e disse a Harry que deveriam ir, mas este por sua vez já estava imerso em paixão.

Com muito custo, Draco fez com que Harry e ele saíssem dali. Mas com a promessa de se encontrarem depois do almoço para colocar aquele assunto que haviam começado em dia. Draco agora se dirigia para a sala de Herbologia e Harry para a aula de História da Magia, motivo mais que suficiente para o loiro emburrar mesmo sob as promessas de amor eterno de Harry. O que poderia acontecer com Harry enquanto estava ao alcance das garras de Gina, e longe dos olhos vigilantes de Draco?

-Nada, absolutamente nada Draco, deixa de ser ciumento. – dizia Harry

-Eu não sou ciumento, eu gosto de cuidar do que é meu! – disse convencido.

-E quem foi que disse que eu sou seu? – disse Harry indagando as certezas do loiro.

-Você já se esqueceu da manteiga derretida que você fica quando estamos juntos... “Ah Draco sou seu, só seu, de ninguém mais” – disse o loiro imitando Harry em seus momentos mais íntimos.

-Mas aquelas palavras são para que você acredite... - Harry havia se tornado púrpura.

-Tudo bem - disse Draco dando um selinho em Harry. - Mas temos que ir do mesmo jeito. – Fez um carinho sincero na face de Harry e se despediram com um beijo terno.

E rumaram para as respectivas classes.

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N/A: Eu já ouvi da minha Betta que isso (última cena), é o maior coito interrompido...

Não há como evitar... eu gosto dessa minha parte cruel do meu ser...

Que convenhamos não é nem tão cruel assim...

Espero que esteja interessante a história... Estava pensando acho que escrever é bom e tudo mais mas nem sempre é o que eu faço bem, por isso conto sempre com a ajuda, da melhor betta desse mundo.. ou no caso de todas as histórias das melhores, tenho duas..

Mas eu acho muito importante dizer que sem elas não haveria história... não haveria nem sequer linhas... Porque eu não postaria uma história sem betá-la...

Bjinhos

Finite Encantem


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