The Oc: Pecados no Paraíso escrita por The Escapist


Capítulo 7
Capítulo 7: Valentine’ s Day




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Oi; você ligou pra Anabelle, eu não posso atender agora, então, deixa um recado. Cal ficou irritado por ouvir novamente o recado na caixa postal de Anabelle, não era possível que ela nunca pudesse atender o telefone. Ela estava estranha, tinha certeza; podia esta longe, mas conhecia Anabelle muito bem, ela estava lhe evitando, até os e-mails que tinha mandado recentemente estavam estranhos. Mas Cal nem imaginava o que poderia ter feito pra causar esse comportamento na namorada.

- Oi, Anabelle, sou eu, bom, o que aconteceu? Você está estranha. Por favor, me liga assim que puder. Eu te amo. – desligou o telefone se sentindo meio ridículo; gostava tanto de Anabelle que muitas vezes bancava o namorado chato. Estava em casa à noite estudando, fazendo planos para o dia dos namorados quando ela retornou a ligação.

- Desculpe, por não ter ligado antes.

- Tudo bem, o que aconteceu? Você está bem?

- Aham...

- Bom, desculpe por ter ligado tantas vezes, eu estou com saudades e... Sabe, eu estava pensando se você não quer vir passar o dia dos namorados aqui. Eu já falei com o meu pai, ele não disse nem que sim nem que não, mas, as coisas estão mais ou menos aqui, então, eu pensei em te levar pra dar aquela volta de barco.

- Desculpe, Cal, mas eu não posso viajar agora. A minha mãe está doente, e não tem quem cuide das crianças, eu tenho que ficar em casa. – Cal achou a voz de Anabelle estranha, fria.

- Eu não sabia que a sua mãe estava doente, Anabelle.

- Ela esta, faz algumas semanas, ela estava no hospital e...

- Sinto muito.

- Desculpe, por não passar o dia dos namorados com você.

- Não, tudo bem, você precisa ficar com a sua mãe, eu entendo.

- Obrigada, Cal. – Cal ouviu algo que poderia ser um soluço, talvez a mãe de Anabelle estivesse mesmo muito doente; ele se sentiu culpado, ela estava preocupada com a mãe e ele só pensava em si mesmo. – Eu preciso, ahm...

- Ok, eu preciso estudar um pouco também. Vou mandar seu presente de dia dos namorados pelo Fedex. Eu te amo, Anabelle.

- Eu te amo também, tchau. – Cal desligou o telefone e ficou pensando; o que tinha planejado para esse dia dos namorados era um passeio de barco, mesmo que precisasse pegar o barco do pai escondido; esperava passar horas e horas em alto mar, sozinho com Anabelle, como não faziam há muito tempo. Agora precisava de uma nova ideia, por que mandar um presente pelo Fedex não seria o gesto mega romântico que tinha programado. Só havia uma coisa a fazer, portanto, e dessa vez faria do jeito certo, de modo que seu pai só se daria conta que ele tinha ido pra SanFran quando estivesse voltando. Mas pra isso ia precisar de ajuda.

- Por que eu te ajudaria, Caleb?

- Por que, Marissa, óbvio não é? Por que você é uma pessoa boa e ajuda quem precisa.

- É engraçado você me pedir isso, por que afinal por sua culpa eu vou passar o dia dos namorados sozinha.

- Minha culpa? Minha culpa? Marissa, você está sendo injusta comigo, ok, se você não quer me ajudar, tudo bem, mas não vem com essa conversa que seu namoro acabou por minha causa, por eu não tenho nada a ver com isso, eu estou preocupado com o meu namoro, e...

- Ok. Cala a boca! O que você quer que eu faça?

- Comente com a sua mãe que eu terminei o meu namoro com a Anabelle, e diga que acha que eu estou saindo com alguém, com a Summer, talvez, acho que ela não vai se incomodar, não é?

- Afinal, quantos anos você tem?

- Obrigado, Marissa, eu sabia que poderia contar com você.

            Enquanto o resto da escola se preparava pra o feriado do dia dos namorados, Cal tentava fazer de conta que não estava ligando. Se seu pai pensasse que ele tinha terminado com Anabelle, não iria se preocupar em vigiá-lo e impedi-lo de ir pra San Francisco; era um plano perfeito. Foi à casa dos Cohen falar com Seth depois da aula, tinha achado o novo amigo – por que agora eram amigos – um pouco estranho, ele nem ficou fazendo mil perguntas sobre a viagem e o encontro que ele estava planejando. Quando tocou a campanhia da casa dos Cohen, Kirsten não estava e foi Ryan quem abriu a porta pra ele, disse que Seth estava no quarto, e foi toda a conversa que eles tiveram; Cal subiu as escadas até o quarto de Seth, a porta estava aberta. O amigo estava sentado ao computador e o som ligado baixinho.

- Ei, cara! Você tá ouvindo Radiohead?

- Aham. E aí? Que aconteceu?

- Só passei pra, sei lá, jogar conversa fora. – Cal teve certeza que Seth estava estranho, por que ele continuou olhando para o computador e não começou a conversar como de costume; já era suficiente pra ficar preocupado, será que Marissa tinha razão e ele era mesmo uma pessoa irritante e insuportável? – O que você vai fazer no dia dos namorados?

- Às vezes você parece uma garota, Caleb. Bom, eu vou, acho, adicionar amigos no Facebook, eu quero chegar aos mil.

- E quantos você já tem?

- Trezentos.

- Eu acho legal você querer ter muitos amigos no Facebook, mas por que você vai ficar de frente pro computador no dia dos namorados, e não com a garota de quem você gosta?

- Eu não sei, talvez por que a garota de quem eu gosto esteja apaixonada por você.

-Seth, a Summer não esta apaixonada por mim.

- Qual é, Cal, você já reparou o jeito como a Summer olha pra você, como ela fala com você. Eu conheço a Summer desde moleque, e ela nunca agiu assim com nenhum cara. – Cal ficou sem saber o que dizer, ele mesmo já tinha dito que Summer estava a fim dele, mas agora que a conhecia e eram amigos, bem, não era assim que a via.

- Hey, Seth, a Summer não esta a fim de mim, ela sabe que eu tenho namorada, e que eu sou completamente apaixonado pela Anabelle, ela me acha fofo. – Seth riu, Summer chamava tudo de que gostava de fofo. – Olha só, quando você tá a fim de uma garota, você tem que correr o risco dela não sentir o mesmo por você, isso é a vida cara, talvez a Summer não goste de você além de como amigo, mas talvez ela goste, mas você não vai saber se ficar mais interessado em chegar aos mil amigos no Facebook. – Seth ficou pensando como se considerasse o que Cal acabara de dizer, depois de quase um minuto ele falou:

- Acho que eu vou cutucar a Summer. – Cal balançou a cabeça. – Ela tem quinhentos amigos.

- Por que as pessoas gostam tanto do Facebook?

- Você deveria criar um perfil, tentar fazer algum amigo.

- Não, obrigado, eu prefiro ter amigos reais.

- São reais, Cal; eu estou conversando com uma garota do Japão, ela também acha que eu deveria me declarar pra Summer.

- Você fala da sua vida pra gente que você nem conhece?

- Eu conheço, é a Yuki. Ela tem mil e quinhentos amigos. – Cal desistiu, realmente não entendia por que praticamente todas as pessoas do colégio gastavam tanto tempo com o Facebook, não era à toa que Mark Zuckerberg estava milionário, as pessoas realmente levavam isso ao sério. Deixou Seth conversando com Yuki, ou sabe-se lá com quem, e foi pra casa.

Antes de descer pra jantar, deixou tudo pronto para o dia seguinte, as coisas na mochila, as chaves do carro separadas, o casaco – já que ia sair de casa cedo – e o anel; ele sorriu ao abrir a caixinha onde estava guardado o anel com uma pedra de brilhante que pertencera a sua mãe, e fazia parte da herança que ele tinha recebido, é claro que seu pai não fazia ideia que ele estava prestes a presentear a namorada que ele detestava com o anel que foi da mãe. Cal fechou a caixinha e guardou-a no bolso externo da mochila; e desceu pra jantar.

- O que você vai fazer amanhã, Cal? – Julie perguntou e como usou seu apelido ao invés do nome completo, Cal tinha certeza que ela estava querendo pedir alguma coisa.

- Nada. – disse, dando de ombros.

- Mas é dia dos namorados.

- E?

- Bom, se você não tem nada programado pra fazer, o que você acha de ir ao Baile dos Solteiros de Newport? É um evento beneficente. – Julie acrescentou rapidamente vendo a cara cética do enteado. – a Marissa vai, e você pode convidar a Summer Roberts. – com certeza Marissa tinha feito o que Cal pediu e Julie tinha acreditado.

- Tá, ok, eu não tenho nada pra fazer mesmo.

- Quer dizer que você não vai querer ir ver sua namorada? – Caleb perguntou, ao que o filho lançou um olhar azedo. – Ótimo. Divirta-se na festa então. – Cal continuou calado, parabenizando a si mesmo por ser um ator tão bom. Depois do jantar foi direto para o quarto, ninguém duvidaria que ele estava arrasado! E quando o dia começava a nascer na costa oeste ele já estava dirigindo acima do limite de velocidade rumo a San Francisco.

***

Seth atendeu a porta e recebeu o buquê de flores do entregador; eram pra sua mãe, percebeu ao verificar o cartão; Kirsten estava na cozinha preparando o almoço quando ele entrou.

- Feliz dia dos namorados!

- Oh, querido que lindas, não precisava.

- Claro que precisava. Mas agradeça ao papai. – Kirsten recebeu as flores e abriu o cartão, parecia branca enquanto lia. Obviamente não eram de Sandy, eram de Trey. Ela não imaginava que ele teria coragem de mandar flores pra sua casa, e nem conseguia imaginar o que teria acontecido se Seth tivesse aberto o cartão; ele tinha mania de abrir as cartas quando era mais novo, a curiosidade sempre foi uma característica marcante do filho. Kirsten tentou disfarçar, e não demonstrar que estava nervosa; mas não conseguiu e ainda ficou pior quando Sandy apareceu na porta da cozinha e também segurava um buquê de flores.

- Agradeça ao papai por quê? Oh, eu trouxe, flores. – Sandy ficou com uma expressão de que não entendia nada quando viu Kirsten segurando outro buquê; não sabia se entregava as flores a esposa, ficou na indecisão até Kirsten resolver pegar o buquê.

- Vocês dois são um amor.

- Feliz dia dos namorados. – disse finalmente e beijou a esposa, ao que Seth fez uma careta e virou a cara.

- Eu vou colocar as flores num vaso. – Kirsten pegou um vaso no armário e pôs nele os dois buquês de rosas. –Acho que elas vão ficar ótimas no quarto. – Kirsten saiu com o vaso de flores aparentemente satisfeita, afinal, ela adorava o dia dos namorados, pensou Sandy.

- Que legal você dar flores a sua mãe hoje, ela adora essas coisas.

- Sim, ela adora; mas eu não mandei aquelas flores.

- E quem mandou?

- Não foi você?

- Você viu que eu acabei de entregar as flores a sua mãe. Se não foi você quem foi?

- Não sei, o Ryan, talvez. – Sandy deu de ombros, Seth tinha razão, Ryan estava querendo se redimir do mau comportamento que andava tendo e comprou flores para a mãe. Seth saiu em direção a casa da piscina. Kirsten ainda estava no quarto, as flores agora estavam colocadas em cima do criado mudo; ela estava sentada na cama, segurando o cartão que veio junto com o buquê; não era longo, apenas três palavras e uma assinatura. Ela guardou o cartão numa caixa onde estavam guardadas suas jóias e voltou pra cozinha para terminar o almoço. Sandy não fez perguntas sobre as flores que a esposa recebeu; sinceramente, Kirsten às vezes sentia vontade que ele fizesse perguntas, questionasse onde ela ia quando saia de casa e demorava horas a voltar, mas aparentemente ele nem reparava nas horas que a esposa ficava fora, claro, estava no escritório quando isso acontecia. Às vezes sentia vontade de contar a verdade, falar sobre Trey, dar a Sandy algum motivo pra desconfiar, fazer a certeza que ele tinha desaparecer, fazer ele sentir que poderia perdê-la.

***

Cal estacionou o Porsche em frente ao jardim da casa da vó em San Francisco; não entendeu imediatamente o motivo do caminhão de mudanças parado em frente à casa; dois homens saíram de dentro carregando um sofá, e logo depois veio mais um com uma caixa. Cal entrou, a sala estava vazia. Será que a vovó e a tia Patrícia estavam de mudança? Cal pensou por um instante e conclui que elas deveriam esta se mudando mesmo pra Nova Iorque, mas o casamento da tia era apenas em julho, por que a mudança? Entrou na outra sala, e sua vó estava sentada na sua poltrona, segurando seu costumeiro tricô.

- Vovó?

- Cal? Ah, querido, eu não sabia que você vinha. – Cal se aproximou e abraçou a vó; a cabeça dela batia no seu peito, ele beijou os cabelos brancos da senhora. – Você vai voltar a morar com a gente?

- Não, ainda não, vovó. Eu vim ver a Anabelle. Mas, parece que vocês estão de mudança... – Cal ajudou a vó a voltar a sentar. Ela fez uma careta, pelo visto o assunto mudança não era bem visto por sua vó; mas antes que ela pudesse dizer alguma coisa, Cal ouviu o barulho inconfundível dos passos da tia Patrícia ecoando no chão de madeira.

- Cal, você esta aqui!

- Tia Patrícia. – ele beijou a tia no rosto e reparou em como ela estava bonita. – Você está realmente linda, tia.

- Obrigada, querido. E você, como está? Seu pai sabe que você esta aqui? – Cal adoraria poder mentir, mas a sua cara de inocente nunca tinha funcionado com Patrícia. – Eu imaginei que depois do que ele me disse não permitiria que você voltasse.

- Eu sinto muito pelo que ele disse, tia.

- Ah, não se preocupe, Cal.

- Vocês vão se mudar?

- Sim; Nova Iorque.

- Mas...

- Jason e eu resolvemos antecipar as coisas. Eu vou me mudar amanhã.

- Amanhã? E o casamento?

- Será em três semanas, eu espero que você possa ir, e entrar comigo na igreja.

- Claro, será um prazer.

- Desculpe, Cal, mas você pretende ficar mais que um dia? Por que nós vamos amanhã cedo, eu não sabia que você vinha, então...

- Tudo bem, tia, eu, na verdade eu só vim pra ver a Anabelle.

- Anabelle? – Patrícia franziu o cenho, mas Cal não estava prestando atenção. – Vocês ainda estão juntos? Não é difícil namorar a distancia?

- Claro que é, mas, você mesma sabe como é, não sabe? – Cal abraçou a tia e deu um beijo na bochecha dela; Patrícia se soltou do abraço do garoto e passou a mão na cabeça dele, puxando os cabelos mal penteados.

- Só você mesmo pra viajar de Newport até aqui só pra ver a Anabelle.

- Bom, eu vou vê-la agora.

            Cal tocou a campanhia duas vezes e ninguém atendeu, por um instante pensou que não tinha ninguém em casa; assim teria que telefonar pra Anabelle e estragar a surpresa dizendo a ela que estava na cidade; estava pensando na cara dela quando visse o presente, talvez ela ficasse sem graça, como sempre, por que o brilhante no anel era caro o suficiente pra comprar uma casa melhor que a dela, mas depois ela ia sorrir e dar tapinhas no ombro dele chamando-o de maluco, e o beijaria a seguir, ele a ergueria nos braços, e eles fariam amor no banco do Porsche estacionado em alguma rua deserta. Tocou a campanhia novamente e dessa vez alguém abriu; Cal sorriu para a garotinha loira e magricela que estava ali com aquelas roupas sujas de comida, sorrindo deixando a mostra o espaço causado pela ausência dos dentes da frente; era Julianne, a irmã de sete anos de Anabelle.

- Julie, hey.

- Cal, você andou sumido.

- A sua irmã esta em casa?

- Esta. Ela esta no quarto. Eu vou avisar que você está aqui.

- Não, deixa que eu vou, quero fazer uma surpresa. – Julianne ficou em dúvida, Cal sabia que Anabelle sempre pedia a irmãzinha pra não deixar ninguém entrar no quarto sem a permissão dela, normalmente fazia isso quando eles estavam juntos; mas depois ela sorriu e deixou Cal subir a escada empoeirada; realmente a mãe de Anabelle devia esta doente, e ela não era do tipo caseira. Tinha apenas dois quartos e um banheiro no primeiro andar da casa; Cal sabia qual era a porta do quarto de Anabelle; a placa de “não incomode” estava na porta; ele pegou na maçaneta, pensou em bater, mas ela poderia pensar que era a irmã e estragar a surpresa ficando irritada. Girou a maçaneta e entrou devagar, se esforçando pra não fazer barulho, pisou em alguma coisa no chão, que certamente deveria ser alguma roupa; o quarto estava mal iluminado por conta da janela e das cortinas fechadas; o rádio estava ligado tocando uma música de Nickelback. Cal tirou a caixinha com o anel do bolso antes de levantar a cabeça e ver que Anabelle não estava sozinha.

- Anabelle? Dean? – Anabelle assustou-se, empurrou Dean, e pela primeira vez sentiu vergonha de estar nua na frente de Cal; se tivesse tido coragem de olhar pra ele poderia ter visto o choque em seu rosto. Era Dean, seu melhor amigo, na cama com Anabelle, a garota que ele amava? Dean não parecia ter se dado conta do que estava acontecendo; parecia fora do ar, sentou na cama e se cobriu, também sem coragem de encarar o amigo, enquanto Anabelle apanhou a roupa apressada.

- Cal, eu posso explicar.

- Não, não explica. Aliás, não precisa dizer nada, Anabelle. É isso, não diga nada. – Cal olhou pra Dean sentado de cabeça baixa. – Você era meu amigo. Você era meu amigo! – Cal gritou, deu um soco na grade da beliche,  lutando pra que seus olhos não lhe traíssem e deixassem as lágrimas cair; ele tinha que sair dali, logo.

- Cal, espera. – Anabelle acompanhou-o no corredor e segurou seu braço. – Espera.

- Me solta, Anabelle.

- Me deixa explicar.

- Como é que você explica esta transando com o meu melhor amigo no dia dos namorados? – Anabelle não evitou que as lágrimas caíssem; queria que Cal entendesse, não queria magoá-lo.

- Eu... Você foi embora, Cal, você foi embora, e eu fiquei muito triste com isso, e...

- Você acha que eu não fiquei? Eu não fui embora por que quis, meu pai me obrigou.

- Eu sinto muito, Cal.

- Não, Anabelle, eu sinto muito. – Anabelle engoliu em seco.

- Eu não queria que você soubesse assim, eu ia te contar.

- Você ia me contar no meu aniversário não é? – ela balançou a cabeça. – Eu deveria ter percebido. Você estava estranha, e... Sabe de uma coisa, eu te amava, eu te amo. Eu teria feito qualquer coisa por você, e eu nunca teria te traído. Nunca. – Cal sufocou o choro, Anabelle baixou os olhos sem coragem de fitá-lo. – A propósito – Cal atirou a caixinha com o anel nas mãos de Anabelle. – Feliz dia dos namorados.

***

Já era alta madrugada quando Cal voltou pra casa da tia, ainda levando uma garrafa de cerveja, depois de ter muito sorte por não ser pego dirigindo bêbado mais uma vez; era difícil acreditar no que tinha acontecido e sua esperança era que quando acordasse de manhã aquilo tivesse sido um sonho. Ainda tinha as chaves, por isso não precisou acordar a tia Patrícia; entrou na sala, mas não havia mais sofá; ele sentou no batente antes da escada e pensou que não tinha mais casa; Newport nunca seria seu lar, e agora o lugar onde ele viveu os dias mais felizes também não; a tia e a vó, iam se mudar pra Nova Iorque, tia Patrícia ia se casar e teria uma vida nova; uma vida onde não haveria lugar pra um sobrinho problemático. Anabelle estava com Dean. Não tinha mais ninguém.


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