The Oc: Pecados no Paraíso escrita por The Escapist


Capítulo 31
Capítulo 31:EPÍLOGO




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    5 ANOS DEPOIS

Cal terminou de se vestir, arrumou a gravata e penteou os cabelos bem cortados; pegou o Iphone e checou a agenda com a lista de atividade daquele dia; respirou fundo, pelo visto não teria tempo nem para respirar: visitar o pai no hospital, reunião com a diretoria, almoço com os acionistas, jantar com McKuin, lançamento do livro de Summer Roberts, ligar para Taylor. Resolveu antecipar esta última, e enquanto ligava o notebook para checar os e-mails, ligou para a noiva, mas como tinha acontecido nos últimos dois dias, o telefone tocou até que a ligação foi direcionada para a caixa postal.
- Taylor, eu sei que você está chateada, mas isso não é motivo para não atender ao telefone, você sabe o quanto eu detesto falar com a sua caixa postal. Hoje é o lançamento do livro da Summer, eu suponho que você esteja lembrada, se você quiser que eu te pegue em casa me ligue, ou se quiser desistir do casamento. Eu estou começando a fica preocupado. Beijo, te amo. – desligou o telefone e abriu o e-mail da secretária com a pauta da reunião daquela manhã com os diretores; voltou a pegar o Iphone dessa vez para ligar para a secretária. – Eu não te acordei, não é, Sally?
- Claro que não, senhor. – Sally afirmou, mas a sua voz ao telefone dizia o contrário. – Recebeu o meu e-mail?
- Sim, ótimo trabalho, Sally. Eu preciso que você remarque o jantar com o McKuin, eu não posso ir hoje.
- Ok. Mais alguma coisa?
- Bom, se você conseguir encontrar minha noiva também seria ótimo. Até logo, Sally. – Cal desligou o telefone, e terminou de ler e responder os e-mails, guardou o notebook na pasta e vestiu o paletó, infelizmente teria que sair do conforto do seu quarto e encarar mais um dia de trabalho no Newport Group. Desceu para tomar café da manhã, deixou a pasta no hall e tropeçou na cabeça de uma boneca. – Eu já falei para você não deixar suas coisas jogadas na casa, não falei?
- Bom dia, Cal. – Cal passou a mão pelo cabelo ruivo da garota que estava sentada em cima das próprias pernas, arrumando as coisas na mochila.
- Bom dia, Amanda. O que você está fazendo aqui, não deveria estar na escola?
- Você prometeu que me levaria para a escola hoje.
- Eu sei que eu prometi, mas não vai dar, desculpa, Amanda.
- Mas, Cal, você prometeu! – Cal passou para a sala de jantar e Amanda o seguiu. – Você vive dizendo que um homem tem que cumprir o que promete! – Cal encarou os grandes e espertos olhos azuis de Amanda, e começou a rir.
- Olha, eu tenho muitas coisas pra fazer hoje, está bem? Vou ver o meu pai no hospital.
- Posso ir vê-lo também?
- Não, hospital não é lugar para uma garotinha como você. – Amanda amarrou a cara. – Você já passou tempo demais no hospital, não acha? Além disso, você tem que ir para a escola.
- Você nunca me leva para a escola, você nunca tem tempo para fazer nada, só para trabalhar e trabalhar, por isso a Taylor está chateada com você.
- Você tem razão, ok, você está certa. Só que eu tenho que trabalhar.
- Tudo bem. – Amanda pegou uma maçã e saiu, ainda com a cara fechada, antes que ela chegasse à porta, Cal cedeu à chantagem emocional.
- Ok, eu levo você para a escola. – Cal não viu o sorriso traquino da garota quando ela saiu dando pulos de alegria pra ir pegar a mochila. – Ela consegue o que quer. Obrigado, Maria. – Cal disse a empregada que lhe serviu um copo de suco.
- Se o senhor me desculpa a intromissão, está estragando essa menina, Cal.
- A Amanda já sofreu muito na vida, acho que ela merece um pouco de mimo. Não esqueça de mandar alguém buscá-la na escola. – Cal terminou de tomar o café da manhã e saiu.
Depois de deixar Amanda na escola, foi ao hospital onde Caleb estava internado. Há pouco mais de um ano, quando Cal estava terminando a faculdade de Administração em Berkeley, seu pai sofreu um acidente vascular cerebral, desde então, ficou incapacitado para o trabalho e há três meses a situação se agravou.
- Como o senhor está se sentindo hoje?
- Um pouco mais perto da morte. – Caleb falou com dificuldade, ainda assim, sorriu o humor dele parecia ter melhorado muito com a doença. – A Amanda veio com você?
- Não, ela insistiu muito, mas tinha escola, e além disso, eu não gosto de trazê-la para o hospital. Você vai vê-la quando sair daqui.
- Eu não tenho tanta certeza de sair daqui vivo, Cal. Me diga, como estão as coisas no trabalho?
- Estão ótimas, você não precisa se preocupar.
- Não preciso me preocupar, ham? Isso é impossível quando Joel McKuin está querendo comprar minha empresa e eu estou aqui, preso nessa cama de hospital.
- Pai eu já falei que o Joel Mckuin não vai comprar a sua empresa, ok?
- Por que você vai jantar com ele hoje? Cal, eu sei que você quer se livrar do Newport Group, mas fique sabendo que vender a sua parte na empresa será um erro. – Cal suspirou, passou a mão pelo cabelo, lembrando-se que tinha prometido a si mesmo que seria paciente com o pai.
- Eu preciso ir agora, pai, se cuida, fica bem.
    Se alguém algum dia tivesse dito a Cal que ele estaria trabalhando na empresa do pai, ele certamente teria dado uma risada e dito que isso era impossível, no entanto agora ele estava lá, sócio majoritário e CEO do Newport Group. Chegou ao escritório em cima da hora da reunião. Ficou a manhã toda reunida com a diretoria do grupo, e depois saiu para almoçar com os acionistas, quando voltou ao escritório, Sally disse que não tinha conseguido remarcar o jantar com o Sr. Mckuin.
- Sally, você tem alguma ideia de como eu posso estar em dois lugares ao mesmo tempo? – perguntou rindo, com certeza se a secretária pudesse teria feito o que ele pediu. – Eu não posso faltar o lançamento do livro da Summer.
- Eu posso tentar mais uma vez.
- Não, tudo bem, eu dou o meu jeito. Se o Joel Mckuin está tão ansioso para me ver, é melhor não deixá-lo esperar. – no momento em que Sally ia sair da sala, Sandy Cohen entrou. – Hey, Sandy. – Cal apertou a mão de Sandy e ofereceu a cadeira para sentar.
- Como foi a reunião com os acionistas?
- Excelente.
- Você vai jantar com o McKuin hoje?
- Hmm, você falou com o meu pai?
- Ontem eu fui visitá-la e ele me encheu de perguntas; está preocupado, Cal, o seu pai tem medo que você resolva vender sua parte.
- Ele está arrependido passado tudo para mim.
- Você não vai vender, vai?
- A proposta do McKuin parece ótima, e os acionistas estão preocupados, e não é para menos, Sandy, eu não sou um homem de negócios.
- Eu discordo, Cal, você tem aprendido rápido, e ainda é jovem, está fazendo um bom trabalho.
- Se não fosse você eu não teria conseguido, Sandy.
- Eu agradeço, mas você tem todos os méritos, Cal, há alguns anos eu não apostaria nenhum centavo em você; enfim, os acionistas só conseguem ver o lucro, mas, bom, falando sobre a saúde desta empresa, o que você acha que o McKuin fará assim que fechar o contrato?
- Você acha que ele vai demitir muitas pessoas?
- Eu tenho certeza que sim; e sinceramente, nosso pessoal não está preparado para isso, nem mesmo para uma reestruturação, vender suas ações pode ser bom para você, Cal, mas não será bom para a empresa e eu não estou pensando apenas no meu emprego.
- Meu pai me disse isso.
- Seu pai está certo. Mas, é você quem decide. Ah, a propósito, que pena que você não vai ao lançamento do livro da Summer hoje.
- Eu vou, eu não posso perder isso, a Summer me mata, enfim, o Seth está na cidade?
- Desde ontem. Mas e o jantar com o McKuin.
- Eu não sei ainda como você fazer. – Cal passou o resto do dia cheio de trabalho, tentou mais uma vez falar com Taylor, mas não a encontrou, e ela nem sequer mandou alguma resposta sobre o jantar ou o lançamento do livro de Summer. Cal resolveu que passaria na livraria para dar um beijo na amiga e depois encontraria McKuin. Se arrumou, e antes de sair passou no quarto de Amanda, que estava fazendo o dever de casa.
- Você está bonito, Cal.
- Obrigado, você também.
- A Taylor ligou.
- O que? Quando? Por que você não me falou antes? O que ela disse?
- Eu não sei, não falei com ela, a Maria falou. Onde você vai, Cal?
- Sair.
- Vai fazer coisas de trabalho outra vez?
- É. Boa noite, não vai dormir tarde, ok.
- Ok, boa noite, Cal. – Cal desceu as escadas e foi procurar Maria.
- A Taylor ligou?
- Sim...
- E o que ela disse?
- Nada demais, só pediu para avisar que não poderia ir jantar com você hoje.
- Ótimo, ela não poderia ter me dito isso? Eu vou voltar tarde, Maria, presta atenção a Amanda para ela não dormir tarde demais. – o ânimo de Cal para aquela noite estava cada vez menor; ele e Taylor já tinham tido brigas antes, mas ficar sem falar com a noiva uma semana antes do casamento não poderia ser um bom sinal.
    Chegou à livraria no shopping e logo encontrou uma Summer radiante; além de Taylor, Summer tinha sido a pessoa que mais ajudou Cal a se tornar o que era; mesmo longe, enquanto estava em Cambridge, ela sempre dava um jeito de lhe dar um conselho. Cal comprou um dos livros e ficou esperando sua vez de pegar um autógrafo da escritora, mas ao invés de assinar o livro, Summer lhe deu um abraço.
- Parabéns, Summer, eu sabia que você ia se tornar uma escritora chata.
- Se você nunca tivesse me apresentado ao Jason Carter isso não teria acontecido.
- Não, aconteceu por que você é talentosa. Onde está o Seth?
- Atrasado, como sempre, ele está trabalhando num projeto para a Warner, então, tem ficado concentrado a maior parte do tempo.
- Espero que ele fique na cidade tempo suficiente para gente marcar um campeonato de vídeo game.
- Não acho que seja possível, afinal, você vai viajar de lua-de-mel não é? Aliás, cadê a Taylor?
- Eu não sei, ela está me evitando há dois dias.
- Vocês brigaram? Mas o casamento é no fim da semana!
- Eu sei, talvez ela queira desistir. Enfim, isso não é assunto para hoje, você tem muitos fãs para atender, e eu infelizmente não posso ficar, só passei para te dar um beijo, Summer. Eu tenho um jantar importante, você me desculpa?
- Claro, tudo bem, Cal, mas, me liga, amanhã eu estou livre, se você quiser conversar.
- Obrigado, Summer, e mais uma vez parabéns. – no caminho para o restaurante, Cal ficou pensando na proposta de comprar que Joel McKuin tinha lhe feito; se resolvesse vender suas ações, sairia daquele restaurante livre de todas as preocupações, livre do Newport Group, e com grana suficiente para não precisar trabalhar; mas será que queria mesmo isso? Desde que passou um ano na África trabalhando como voluntário tinha mudado muito, tinha chegado a conclusão que não suportaria viver como sempre tinha vivido, sem ocupações, sem preocupações.
    Para sua completa surpresa, não era o próprio McKuin quem o esperava no Arches. O velho tinha mandado alguém para representá-lo, alguém que tinha mais sorte em negociar com um Nichol.
- Alex, que surpresa te encontrar de novo.
- Cal, é sempre um prazer revê-lo. – Cal deu um daqueles sorrisos sarcásticos, e depois de cumprimentar Alex com um beijo no rosto, sentou-se; Alex, assim como ele, tinha mudado bastante, agora tinha os cabelos mais curtos e uma maquiagem mais comportada. – Eu vim em nome do meu pai, como você deve imaginar.
- Claro, então, você prefere ir direto ao assunto e discutir a proposta do seu pai?
- Eu prefiro comer antes, você não?
- Claro. – jantar com Alex ao invés do pai dela era certamente muito mais agradável, os dois jantaram e se divertiram lembrando o tempo da escola, e Cal até se arriscou e beber uma taça de vinho. – Agora é fácil rir do que aconteceu na escola.
- A gente era muito idiota!
- É verdade.
- Mas era divertido, não era?
- Bem, mas nós não viemos aqui para brincar, não é?
- Ok, vamos falar de negócios. Você analisou a proposta do meu pai?
- É uma excelente proposta, mas, eu não estou interessado.
- O que? Você não...
- Eu não vou vender.
- Você tem certeza, nós ainda podemos negociar, meu pai está disposto a fazer algumas concessões, Cal. – Cal deu uma risada.
- Eu sei, Alex, o seu pai já demonstrou estar bastante desesperado para comprar a minha parte no Newport Group, até mandou você no lugar dele, para tentar me levar para a cama, talvez me dar um porre e me fazer assinar aquele contrato.
- Como você ousa falar assim comigo!?
- Eu não sou idiota, Alex; eu sabia que o McKuin estava disposto a jogar baixo, mas não sabia que ele chegaria ao ponto de usar a filha desta maneira; não sabia que você poderia se prestar a isso.
- Você nunca teve a intenção de vender não é?
- Eu queria ver até o seu pai iria para conseguir. Bom, você pode mandar um recado para ele? Diga ao seu pai que ele não vai colocar as mãos no Newport Group enquanto um Nichol for vivo.  Passar bem, Alex.
***
Até aquele momento Cal não estava realmente preocupado, mas, faltando menos de uma semana para o casamento não era normal o desaparecimento de Taylor; mal conseguiu se concentrar no trabalho naquele dia, e decidiu que quando saísse do escritório iria até a casa dos Towsend, e alguém teria que lhe dizer onde sua noiva estava metida. Se Taylor ia desistir do casamento, ela teria que lhe dizer isso olhando cara a cara, não fugindo como uma covarde; Cal não gostou de pensar na hipótese de ser abandonado às vésperas do casamento, não era nada lisonjeiro, afinal.
    Estava com a cabeça baixa, olhando para o computador, que não viu quando Taylor entrou no escritório; ela ficou um instante na porta, observando-o, analisando como a transformação tinha sido grande nos últimos cinco anos. Ele ainda não tinha percebido sua presença, então ela pigarreou, Cal levantou a cabeça e não disfarçou a surpresa nem o alívio.
- Taylor.
- Espero não estar atrapalhando.
- Não, claro que não. Entra. – Cal se levantou e foi até ela, deu um beijo tão desajeitado que fez Taylor rir, e ofereceu a cadeira para ela sentar. – Você sumiu, eu estava preocupado.
- Ah, sinto muito ter deixado você preocupado, Cal, mas eu precisava ficar um tempo sozinha.
- Às vésperas do nosso casamento?
- Eu precisava pensar. Pensar em mim, em nós, nesse casamento... Eu fiquei muito confusa.
- O que? O que, do que você está falando,Taylor?
- Eu não sei se, você sabe, eu não sei se a gente deveria se casar, eu fico pensando, será que eu sou a pessoa certa para você.
- Eu não acredito que estou ouvindo isso, meu Deus, Taylor, desde que a gente se conhece você tem essa conversa, quantas vezes eu já disse que sim, você é a pessoa certa pra mim, você é a única pessoa para mim. Você não pode estar pensando em desistir do casamento.
- Eu tenho o direito de ficar insegura, não tenho?
- Não, não tem, a sua insegurança é completamente infantil.
- Infantil? Cal, você confessou que tinha passado a noite com outra mulher, isso não é infantil.
- Isso foi há dois anos, Taylor, nós estávamos separados, eu já expliquei, e não vou explicar outra vez.
- E o fato de você ter esperado dois anos para me contar significa o que? – Cal passou as mãos pelo cabelo, um gesto típico de quando estava nervoso.
- Que não foi importante e eu não queria te magoar. Então é isso, você quer desistir do nosso casamento por causa de uma coisa que aconteceu há dois anos? – Taylor o encarou por um instante, era óbvio que ainda havia muito do garoto mimado que ela conheceu cinco anos atrás. Ela se levantou e colocou a mão no ombro dele.
- Eu não quero desistir do casamento, Cal.
- Não?
- Eu precisava mesmo pensar um pouco; apesar do que você fez, você tem sido maravilhoso durante esse tempo que nós estamos juntos, você me esperou enquanto eu estava na faculdade... E, obrigada por ter me contado.
- Não significou nada, eu juro.
- Eu sei.
- Eu estou esperando por você, como sempre esperei. Taylor, onde você esteve esses dias?
- Na casa do Zach.
- Eu liguei para o Zach...
- Eu sei, eu pedi para ele não dizer nada, eu queria ficar sozinha, Cal. Mas, já passou, eu juro, eu mal posso esperar pelo dia do nosso casamento.
- Ótimo; a propósito, como o Zach está?
- Tentando reconstruir a vida, não é? Não é fácil para ele cuidar do Danny sozinho, principalmente por que ele ainda não superou a perda da Nikki, e ainda vai demorar a superar, mas tem que ser forte pelo filho. Pelo menos ele parou de se culpar pelo acidente.
- Eu não conseguiria imaginar a minha vida sem você.
    O jornal local destacou na coluna social uma nota sobre o casamento de Caleb Nichol Junior, para o qual infelizmente nenhum fotógrafo foi convidado; Cal leu de relance a matéria, mas atirou o jornal para longe, e apanhou o New York Times, queria ter paz no dia do próprio casamento; mas por trás dos óculos escuros via pessoas e mais pessoas entrando e saindo da sua casa, carregando mesas, cadeiras, vasos de flores.
- Por favor, tomem cuidado com esses castiçais. – a voz desviou a atenção de Cal da leitura, ele levantou a cabeça, e olhou para a moça que dava ordens para todo mundo quando ela veio em sua direção. – Eu acho que vou precisar cobrar mais caro de você, está me dando muito trabalho.
- Você vai ter a sua recompensa quando as newpsies estiverem comentando sobre a festa perfeita que você organizou, Marissa.
- Ou essa festa alavanca minha carreira, ou eu desisto de tudo. Bom, eu vou até a igreja; e você, não deveria estar se arrumando?
***
Taylor bem que tentou, com todas as forças, não ficar nervosa, mas nada adiantou, o frio na barriga era inevitável. Se olhou no espelho, seu vestido branco era mais chique do que ela teria escolhido, de cetim, ornado com rendas, e diamantes no busto; normalmente ela teria evitado uma roupa tão fina e de grife – era um Versace – apesar de todas as mudanças, em alguns aspectos continuava sendo a mesma Taylor de sempre, e a velha insegurança de sempre encarava-lhe de volta como se o seu reflexo tentasse fazê-la mudar de ideia; dentro de algumas horas estaria casada com o homem mais lindo e rico da costa oeste de Califórnia, mesmo que algum dia tivesse sonhado com príncipe encantado, não poderia imaginar isso acontecendo de verdade. Ela tinha que ficar nervosa, mas não estava mais em dúvida. Respirou fundo e saiu para a igreja; entrou de braço dado com o pai, e aos pés do padre, recebeu Cal como legítimo esposo, e jurou amá-lo e respeitá-lo todos os momentos de sua vida até que a morte os separasse.
A festa estava realmente linda, Marissa tinha que receber muitos parabéns pela organização, luxo sem afetação, elegância e estilo juntos, mas o que Cal mais queria era que todas aquelas pessoas fossem embora, já estava cansado de receber parabéns e apertos de mão, na verdade, nem se lembrava que tinham convidado tantas pessoas para o casamento; mas isso não aconteceu tão rápido como ele gostaria e mesmo depois que os convidados deixaram a casa, ainda restava uma pessoa separando ele e Taylor do enfim sós.
- Amanda, vai dormir no seu quarto, Amanda, acorda. – Amanda coçou os olhos; tinha uma mancha de refrigerante no vestido branco, e o penteado estava quase todo desfeito. – Hora de dormir, gatinha.
- Já acabou a festa?
- Graças a Deus, acabou. Vai para o seu quarto, agora.
- Eu coloco ela para dormir.
- Não, deixa que eu faço isso, vai indo para o nosso quarto. – Cal deu um beijo no rosto de Taylor e foi acompanhar Amanda até o quarto, esperou que ela trocasse a roupa, e só saiu quando a deixou dormindo profundamente. - Ela dormiu, finalmente.
- Nossa, até eu estou morta de cansada; nem lembrava que tinha convidado tantas pessoas!
- Nem eu. – Cal tirou o paletó e desabotoou as mangas da camisa, e queria sinceramente que Taylor parasse de fazer o que estava fazendo; as duas passagens de primeira classe para Orlando estavam em cima do criado mudo; Cal sentou na cama, e pegou as passagens, iam passar a lua de mel na Disney, ok, parecia estranho ir para um parque de diversões quando poderiam ir para qualquer lugar do mundo, mas eles queriam exatamente isso, diversão, além disso, Taylor não conhecia a Disney; Cal tinha tirado a camisa, e Taylor ainda não tinha se tocado, continuava colocando as roupas na mala; ele coçou a cabeça e tossiu, tentando chamar a atenção da esposa. – Taylor. Taylor.
- Eu só vou terminar de arrumar, amanhã quando a gente acordar... – ela não conseguiu terminar de falar, ele arrebatou as roupas que ela estava guardando na mala, e lhe beijou. – tudo estará pronto para a viagem.
- Eu já esperei cinco anos por você, não me faça esperar mais.
- Mas, Cal...
- Taylor. – ele colocou dois dedos sobre os lábios dela. – Shi. Eu te amo. – Cal sussurrou antes de beijá-la novamente.


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