Narradora

Ness se levanta e vai em direção a quem estava vindo, quando vira o corredor ela vê o vampiro que ela tinha visto junto de Aro, o que tinha a capa preta.

- Oi. – Luc fala com um sorriso torto que tira o fôlego de várias vampiras e humanas, mas pra Ness não fez nenhum efeito, ela está com a cabeça a mil por horas.

- Oi. – Sua voz saiu diferente, ele a olha intensamente como se ela estivesse diferente.

- Wanessa Cullen, certo?

- Volturi. – Ness diz com a voz firme, ela não queria mais ouvir os sobrenomes Cullen Black, ela estava começando uma nova vida.

- Como?

- Eu sou uma Volturi agora.

- Percebe-se. – Luc deu uma pequena gargalhada e Ness o fuzilou com o olhar.

- Qual o seu problema?

- Eu não tenho problema gata, você é quem tem.

- Não enche, ok.

- Vossa majestade é quem manda. – Ness começa a andar, mas Luc vai junto. Ness o acha prepotente e metido. Ness para e põe a mão na cintura.

- O que você quer?

- Te mostrar o seu quarto, imagino que esteja cansada.

- Oh! – Realmente ela se sentia exausta, ela não descansava desde antes dessa loucura toda começar.  Luc caminhou em silêncio ao lado de Ness, ele queria poder dizer pra ela ir embora, pra não se juntar com esse bando de vampiros velhos, arrogantes e malignos, mas ele sabia que não adiantaria falar agora. Ele a levou até uma porta e disse que aquele era o seu quarto.

- Aro já providenciou roupas novas pra você. – Luc falou e se virou. Ness entrou no quarto, era um quarto triste, as paredes eram cinza, só tinha uma cama grande no centro do quarto e um guarda roupas de madeira, porém tanto a cama quanto o guarda roupa eram belíssimo. Ness caminhou até o guarda roupas e o abriu e então viu várias roupas pretas: calças, blusas, casacos todos pretos, tinha também um manto cinza claro. Ness pegou uma calça fina, uma blusa regata e foi até uma porta que havia no quarto, como ela imaginava era um banheiro. Tomou um banho rápido e se olhou no espelho, Ness segurou o grito quando olhou seus olhos, eles que eram verdes caramelados estavam vermelho vivo, foi preciso um bom tempo respirando com dificuldade pra ela conseguir se acalmar. Exausta, ela acabou indo deitar. Porém em vez de o sono vir o que veio foi tudo o que tinha acontecido nos últimos dois dias, as mentiras, mas uma coisa se sobressaiu em meio ao caos que estava sua mente, “eu matei um humano.”

Quando Ness dormiu seu sono foi agitado, em nenhum momento sua mente deixou de pensar em tudo o que tinha acontecido. Ness acordou várias vezes durante a noite, suando muito e tremendo e quando o sol começou a brilhar na pequena janela que havia no seu quarto Ness se levantou, vestiu outra roupa preta das que estavam no guarda roupa e saiu.

- Olha quem já esta de pé. – Ness ouviu a voz irritante já conhecida de Luc e continuou andando, ela estava com fome e não pretendia se irritar logo de manhã.

- Oi. – Uma voz angelical falou com Ness e ela olhou pra pequena vampira parada na sua frente, ela era mais baixa que Ness, tinha os cabelos pretos, os olhos vermelhos, a pele muito branca e uma carinha de anjo. – Você deve esta com fome, vou te mostrar onde fica a comida. – Enquanto iam pra cozinha ela se apresentou como Julia Volturi, ela era tagarela e falou durante todo o percurso. Pra surpresa de Ness o vampiro irritante estava na cozinha também, ela fez cara feia quando o viu e Julia sorriu.

- Este é Luc, ele é irritante, mas é legal. – Ness fez cara de quem não acreditava nem um pouco. Depois de atormentar um pouco as meninas Luc saiu dizendo que iria treinar.

- Qual é a das capas? – Ness perguntou, percebendo que Julia vestia uma capa cinza escura. – E por que vocês vivem com elas.

- Você já viu um vampiro no sol? – Julia perguntou.

- Na verdade há três dias eu nem sabia que vampiros existiam.

- Vampiros brilham e a capa serve pra nos esconder dos humanos.

- Mas e o motivos das cores? Eu percebi que algumas são cinza claras, outras cinza escura e outras pretas.

- As cores mostram o seu nível de importância.

- Então ele é bem importante. – Ness fala apontando pra onde Luc saiu, ela havia percebido que somente uns seis vampiros usavam capa preta e ele era um deles.

- Luc? Sim, Luc é muito valioso.

- Por quê? – Ness não conseguia imaginar como alguém tão irritante poderia ser valioso.

- Luc é um híbrido como você. – Julia viu a cara de interrogação da Ness e explicou. – Híbrido é quando a pessoa tem duas raças ao mesmo tempo, ou no seu caso três. Você é humana, vampira e transmorfa o que te faz bem valiosa também.

- Ele também é meio humano?

- Não, Luc é meio vampiro e meio bruxo.

- Bruxo? – Ness não sabia mais o que era lenda e o que era verdade.

- Ele é um dos vampiros mais poderosos que Aro tem.

        

Nome: Luc Volturi

Espécie: Híbrido: meio vampiro e meio bruxo

Dom: Aumentar qualquer dom. Por ser bruxo ele também pode controlar os elementos da natureza, e por natureza se entende absolutamente tudo o que não é feito pelo homem, inclusive os minerais. Lê mentes e ainda influencia os animais com sua voz.

Um pouco sobre ele: Luc tem a aparência e a personalidade de um rapaz de vinte anos, mas na verdade já tem mais de cem anos. Ele se juntou aos Volturi, apesar de odiá-los, quando os Volturi mataram seu pai, e em troca da vida da mãe ele foi servir aos Volturi. É um rapaz alegre e brincalhão na maioria do tempo, recentemente descobriu que a mãe havia morrido, mas descobriu também que ele tinha um meio irmão, filho de sua mãe, bruxa e um humano. Tornar-se-á um grande amigo de Ness nesse período que ela passará em Volterra. Apesar de viver com os Volturi é um vampiro vegetariano.

♥♥♥

Enquanto Ness tomou o café da manhã Julia falou sobre Luc, seus dons e suas qualidades.

- Você gosta dele? – Ness perguntou quando ela terminou o discurso.

- Nãao. – Julia gargalhou. – Luc é meu amigo, ele é legal, você vai ver. – E então Julia ficou séria. – Um dos poucos legais aqui.

♥♥♥

Durante o primeiro mês que Ness estava em Volterra ela se deixou abater, ninguém nunca a viu sorrindo, ela conversava pouco e estava sempre como se estivesse com o pensamento em outro lugar. Ness nunca mais teve os sonhos loucos que ela costumava. Aro fazia questão de contar tudo sobre os vampiros, os transmorfos e o mundo sobrenatural para ela e a cada dia ela odiava mais seus pais e sua família. Chelsa era outra que se aproximou muito da Ness e sempre que elas conversavam, ela se sentia mais ligada aos Volturi e mais distante do que um dia foi sua vida. Ness caçava somente quando não aguentava mais, mas como seu lado vampiro estava se desenvolvendo muito rápido; força, agilidade, super visão, audição, ela acabava sentindo sede cada vez mais. Os únicos que conseguiam romper o muro de proteção invisível que Ness construiu em torno de si mesma eram Julia e Luc, que como Julia havia dito, se tornou um grande amigo. Ness percebeu que ser irritante e prepotente era a personalidade dele, mas ele era amigo e carinhoso na maioria das vezes.

Luc tinha uma história triste. Depois que Nessie nasceu, os Volturi começaram a investigar e descobriram a união dos seus pais, um vampiro e uma bruxa, eles mataram o pai dele sem compaixão, mas Aro viu quão poderoso Luc era e ofereceu misericórdia a sua mãe, desde que ele viesse pra Volterra. Foi exatamente por isso que seus pais o esconderam por tantos anos. Sua mãe tentou impedi-lo de aceitar a proposta, mas Luc não tinha outra saída senão aceitar e desde então vive com os Volturi. Os Volturi são tudo o que Luc mais odeia e abomina. Recentemente Luc descobriu que sua mãe havia morrido, junto com essa notícia Luc descobriu que tinha um irmão, meio bruxo e meio humano. Luc prometeu um dia encontrar esse irmão e aí, finalmente largar os Volturi.

Em Nova York

Na mesma noite, toda a família Cullen e alguns dos Quileutes já estavam em NY.

- Tia Alice, você vê alguma coisa? – Nessie perguntou pela milésima vez. Alice só fez negar com a cabeça.

- Se pelo menos soubéssemos quem é aquele vampiro. – Jasper falou, prático como sempre.

- Ela não ligou pras meninas. – Luly’s fala ao entrar na sala. Henri a abraça apertado, ele sabia que Luly’s estava sofrendo também.

- E se os Volturi... – Rose começa, mas Alice a interrompe.

- Eles não planejaram nenhum ataque, eu teria visto.

- Vamos dar um tempo pra ela pensar. – Edward fala e todos olham pra ele.

- Pai...

- Filha. – Edward vai até onde Nessie está sentada, abraçada com Bella. – Ela está confusa e com raiva. Ness é esperta tenho certeza que assim que ela esfriar a cabeça ela vai nos ligar. – Todos acabaram concordando.

O mês passou torturante. Nessie não parava de chorar e não queria caçar. Emmy, Bella e Duda ficavam com ela durante o tempo todo, enquanto os outros procuravam Ness.

- Vou até Volterra. – Carlisle falou.

- É impossível ela estar lá. – Alice fala, mas ela não estava tão confiante.

- Não custa nada tentar.

 O que Alice e nenhum dos Cullen sabiam era que Aro tinha seu próprio vidente agora e prevendo a visita dos Cullen ele chamou Luc.

      - Sim mestre.

      - Você vai levar a Wanessa pra sua primeira missão.

      - Ela não esta preparada...

      - Eu decido a hora que ela está preparada. – Luc não contradisse, afinal a única coisa que ele queria era poupar Ness das missões de Aro, mas Ness havia se tornando uma excelente lutadora. Ela prestava muita atenção no adversário, o que dava a ela vantagem sobre eles. Luc saiu e avisou que sairiam ao anoitecer. Iriam Luc, Julia, Ness, Jane e Inácio, uma nova aquisição de Aro.

      Assim que a noite caiu Ness colocou uma calça preta, uma blusa de alcinha preta e o manto cinza claro e encontrou os outros que esperavam na entrada do castelo.

      - Pra onde vamos? – Ness perguntou assim que eles começaram a correr.

- Você vai saber quando chegarmos lá. – Jane falou e Ness olhou feio pra ela. Ness deixou Jane e Inácio correrem na frente e ficou para trás com Julia e Luc. Correr era uma das coisas que ela mais gostava dessa nova vida.

Enquanto eles corriam, novamente, como sempre no ultimo mês, lembranças vieram surgindo na mente de Ness, só que agora as lembranças dela com os pais duelam com as lembranças daquele dia fatídico e com tudo que os Volturi já haviam lhe dito sobre os Cullen. A viagem durou quatro dias e então eles chegaram a uma cidade da África.