Lies escrita por San Costa


Capítulo 17
Capítulo 18 - Uma nova Wanessa – Wanessa Volturi


Notas iniciais do capítulo

Mas um capitulo, mas nao esqueça de comentar os anteriores
bjs e boa leitura



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Ness

Já que eu tinha quatro patas elas tinham que servir pra alguma coisa, as impulsionei no chão percebendo que a cada minuto aumentava mais minha velocidade. Em pouco tempo percebi que o som de pessoas me seguindo sumiu, eu havia conseguido deixá-los para trás. Eu ainda ouvia somente suas mentes.

“Ness volta.”

“Filha.” Fechei meus olhos, pois percebi que eles podiam ver pelos meus olhos e comecei a relaxar, eu tinha que voltar ao normal, eu precisava tirar aquelas vozes da minha cabeça. Minha respiração começou a voltar ao normal e então eu senti meu corpo esfriar e eu me vi nua no meio da floresta.

- Que visão maravilhosa. – Ouvi uma voz dizer assim que eu voltei à forma humana. Meu nariz queimou com um cheiro muito doce e eu me encolhi tentando me tampar. Ele apareceu na minha frente e veio até mim rápido, muito rápido. O vampiro parou próximo ao meu rosto e sorriu debochado. Ele retirou uma capa cinza clara que ele vestia e me entregou. Eu a coloquei apertando a frente pra não ficar nada aparecendo.

- Quem é você? – Minha voz estava rouca.

- Luiz Fernando Volturi, encantado. – Ele pegou minha mão e a beijou. Seus olhos eram vermelhos intensos, bem diferente dos olhos dos Cullen. Eu não o respondi e ele arqueou a sobrancelha.

- Wanessa Cullen Black. – Falei meu sobrenome com nojo. Um pequeno sorriso nasceu no seu rosto.

- Está perdida Cullen?

- Não. – Na verdade eu não tinha pra onde ir. Pra aqueles mentirosos eu não voltaria. – Não tenho pra onde ir. – O sorriso no rosto do vampiro aumentou.

- Meu mestre amará te conhecer. – Tombei minha cabeça olhando pra ele.

- Mostre o caminho.

Narradora

Quando os Cullen perderam o rastro de Ness eles voltaram desanimados.

- Vamos nos dividir e vasculhar a floresta. – Jacob falou, já na forma humana.

- Ela estava revoltada e eu piorei tudo. – Duda falou se encolhendo e deixou algumas lágrimas rolarem. Jason abraça a filha e a conforta.

- Uma hora ela iria saber.

- Vamos logo. – Jake chama, e eles se dividem e entram na floresta. Kauã e Seth encontram o rastro dela e ligam pros outros avisando. Quando os demais chegam, Kauã e Seth estão de frente pra um rio com cara de desanimados, eles logo percebem que seja de quem for o outro cheiro que eles encontraram, foi esperto o bastante de ocultarem seu cheiro e rastro no rio.

Todos ficaram olhando pro rio, como se eles olhassem muito Ness pudesse aparecer do nada e voltar pra eles.

- Alguém reconhece o cheiro do vampiro? – Jasper pergunta. Kauã olha pra Duda e ambos afirmam com a cabeça.

- Ele estava rodeando o campus. – Duda fala.

- E quase matou a Luly’s. – Completa Kauã.

- Temos que descobrir quem é. – Alice fala e pergunta. - Edward você o reconhece? – Edward se concentra nas lembranças de Duda e de Kauã.

- Não. – Edward nega insatisfeito por não saber quem era aquele vampiro. Depois de algumas horas olhando pro nada eles voltaram pro apartamento dos meninos. Nessie estava desesperada, ladeada por Bella e Emmy. Assim que chegaram ao apartamento, Jasper ligou pro restante da família e eles disseram que viriam no próximo vôo. Enquanto Jasper ligava, planos já estavam sendo traçados pra encontrar Ness.

Ness

O vampiro parecia entediado e sempre dizia pra irmos mais rápido, mas eu já estava no meu limite. Várias perguntas fervilhavam em minha mente e o ódio e a raiva não diminuíram, mesmo eu estando exausta.

- Não dá mais, estou muito cansada. – Falei parando, me curvando com as mãos nos joelhos.

- Ok. Vou conseguir roupas e passagens pra gente. – Ele me deixou ali e foi até a cidade próxima, quando ele voltou o vermelho dos olhos dele brilhavam ainda mais e ele vestia roupas novas e limpas. Ele me entregou uma calça jeans, uma blusa preta de manga comprida e um passaporte falso.

O voo não demorou a sair, quando me sentei na minha poltrona tudo rodava na minha mente. Quantas mentiras eles haviam contado pra mim?

♥♥♥

Senti Luiz me balançar e abri os olhos.

- Chegamos. – Ele disse.

- Onde estamos?

- Florença. - Após sairmos do aeroporto, enfiamo-nos na floresta e novamente começamos a correr. Enquanto corria novamente as palavras do meu pai e da Duda voltaram na minha cabeça. Sacudi a cabeça e então veio a cena de eu quase matando a Nanda. Lágrimas quentes rolaram em meu rosto enquanto corríamos. Tropecei em uma raiz e caí. Luiz voltou até onde eu estava e me olhou pensativo.

- Eu não entendo. – Ele disse por fim. – O seu cheiro esta diferente de antes, e dá pra perceber que você é uma híbrida, mas por que você é tão fraca e não corre? – Ele parou o que estava dizendo ainda me olhando. – Está com sede? – Ele me perguntou depois de um tempo e pensando bem, sim eu estava com sede. Mas eu não via onde ele encontraria água no meio da floresta.

- Tudo bem eu espero chegarmos, não tem por que voltarmos na cidade pra beber água. – Ele me encarou incrédulo e soltou uma gargalha. Quando eu não ri, ele parou.

- Você está falando sério?! – Afirmei com a cabeça, ele estava me confundindo. – Não é desse tipo de sede que eu estou falando. – Arqueei minha sobrancelha interrogativamente. – Mas realmente não há tempo. Vem. – Ele estendeu a mão pra mim e hesitante eu dei um passo pondo minha mão na dele, ele me pegou e me pôs nas suas costas e começou a correr. Não como ele tinha corrido até agora, ele parecia voar pela floresta. Meu estômago embrulhou e eu fechei os olhos com força.

♥♥♥

- Mestre. – Luiz falou fazendo uma reverência.

- Luiz, querido. – Um vampiro falou, ele era diferente dos Cullen e também do Luiz, sua pele parecia de papel. Ele veio até o Luiz e estendeu a mão, como se o Luiz fosse beijar a mão dele, mas ele só a pegou. – Interessante. – Ele falou pouco depois. E então ele me olhou e se virou para o Luiz.

- Esta é Wanessa Cullen Black. – Luiz falou.

- Só Wanessa. – Falei, ele veio até mim e estendeu a mão. Sem saber o que fazer eu a toquei, ele ficou um tempo maior do que com o Luiz e então ele sorriu.

- Você é bem vinda ao meu castelo, e se odeia tanto seu sobrenome pode passar a ser chamada de Wanessa Volturi.

- Tanto faz. – Realmente não fazia diferença.

- Que desconsideração a sua Luiz, leve nossa nova integrante pra matar a sede. – Luiz deu um sorriso e afirmou com a cabeça. Dei uma olhada em volta, o castelo era sinistro, tinha altas torres e janelas grandes, não era muito iluminado. Ao lado do vampiro velho havia uma garota, quase menina, de cabelo loiro, olhos vermelhos penetrantes e com uma cara de bosta, seu manto era preto. Do outro lado um rapaz com um sorriso travesso, cabelos loiros e olhos azuis, ele também usava um manto preto. Havia também vários outros vampiros e os mantos variavam entre preto, cinza escuro e cinza claro.

Luiz me conduziu até as portas do castelo e saímos, eu me pergunto se em um castelo tão grande não tinha uma cozinha. Caminhamos pelas ruas da cidade e entramos em um beco longo e escuro, no fim do beco havia um homem e uma mulher no maior amasso. Olhei para os lados sem entender o que estávamos fazendo aqui, Luiz percebeu meu olhar, mas não falou nada, somente caminhou até o casal. Ele puxou o homem e ali na minha frente ele cravou seus dentes no seu pescoço, senti vontade de correr e gritar, mas ao mesmo tempo um cheiro maravilhoso me congelou no lugar. A mulher começou a gritar, mas Luiz a segurou com um braço. Não demorou e o homem caiu morto no chão.

- O que?

- Ela é sua. – Luiz falou limpando a boca. – É simples, é só seguir seus instintos.

- Não. – Gritei dando um passo para trás. Luiz passou a unha na garganta dela fazendo um corte fundo e logo o sangue escorreu. Sua mão impedia que os sons que saiam de sua boca fossem ouvidos por qualquer outra pessoa. Novamente o cheiro me inebriou, meus olhos reluziram o sangue que escorria e minha boca encheu de água, minha garganta queimava com muita intensidade. Dei um passo hesitante na direção dele e Luiz me incentivou com o olhar.

Ele soltou a mulher e ela tentou correr, quando ela passou por mim, meu corpo agiu sozinho. Envolvi seu corpo com meus braços a virando de costa pra mim, o cheiro do sangue que descia no seu pescoço fez com que eu esquecesse tudo que existia e só prestasse atenção naquele líquido vermelho. Sua veia pulsava rápida me mostrando o alvo pros meus dentes e usando o meu instinto eu cravei meus dentes na sua jugular. Me senti em êxtase enquanto o sangue descia por minha garganta, era como se todo o meu corpo acordasse, meu coração pulsou mais rápido e acelerado, uma força diferente percorreu meus músculos. Cedo demais o sangue acabou. Quando voltei a mim Luiz gargalhava, olhando e aprovando.

- Perfeito. – Luiz continuava a rir. Passei a mão por minha boca. Minha garganta, por mais incrível que possa parecer, ardia mais que antes. – Ainda com sede? – Afirmei com a cabeça e ele caminhou até mim.

- Venha. – Quando eu fui correr minhas pernas correram mais do que o esperado e eu acompanhei o vampiro com tranquilidade, eu sorri.

- É bom, não é? – Afirmei com a cabeça, antes de sairmos do beco vimos um mendigo deitado no chão, Luiz o segurou de frente pra mim e com a cabeça virada pra que o seu pescoço ficasse visível.  E eu não pensei que ele era um mendigo nojento, eu somente cravei meus dentes em seu pescoço. Quando eu terminei a ardência em minha garganta tinha passado, mas o ódio que eu sentia anteriormente borbulhava dentro de mim. Sem me importar com o Luiz eu me virei e corri.

Narradora

Assim que Ness tomou o sangue humano seus dons naturais vampirescos começaram a despertar, não eram tão fortes como um vampiro normal, mas ela tinha potencial.

Ness correu pro castelo e quando já estava dentro dele sentou no chão de um dos corredores, as lágrimas rolavam em seu rosto, ela tinha uma família, irmãos, ela imaginava quantas outras mentiras lhe foram contadas e ainda tinha a sensação horrível que se apoderou dela, depois que ela percebeu que tinha matado aquelas pessoas. Ouviu passos vindo em sua direção e secou os olhos com força.

“Nunca mais. Nunca mais eu vou chorar, a partir de agora nasce uma nova Wanessa, a Wanessa Volturi.”


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