POV do Narrador

Á duas horas atras o médico responsavel, Doutor Hale depois de ver a sua mais nova paciente, enrrugou a testa em sinal de preocupação pelo o facto que todos os sintomas podem significar, portanto solicitou uma ressonância magnética para confirmar as suas suspeitas.

Neste exacto momento encontra-se uma Alice Brandon sentada na sala de espera do hospital batendo o pé de uma forma frenética, transmitindo a imensidão do nervosismo que persistia dentro de si. Tudo começou quando a mesma recebeu um telefonema do hospital avisando que a sua melhor amiga – Bella – havia desmaiado, tido uma convulção no meio do aeroporto e que havia dado entada no hospital em estado grave.

Com os resultados na mão o Doutor Hale caminhou em passos largos até á sala de espera, decisões precisavam ser tomadas e no estado que a sua paciente se encontrava não poderia tomar as mesmas.

- Algum familiar de Isabella Swan? – Perguntou o medico com uma voz grossa e tensa quando chegou á sala de espera.

Alice pulou da cadeira de forma automatico quando ouviu o nome da sua melhor amiga, olhou em direcção á voz e encarou um homem esbelto vestindo uma bata branca, com cabelos loiros patinados imensamente encaracolados, foi então que os seus olhos se encontraram e uma nova sensação percorreu o corpo de ambos, mas diante da situação presente dicidiram internamente ignora-lá.

- Sou Alice Brandon, como ela está? Posso ve-lâ? Porque ela teve uma convulsão? O que ela fazia no aeroporto? – As perguntas começaram a sair sem a mesma conseguir controlar, o medico deu um pequeno sorriso mas depressa o mesmo desapareceu para entregar a noticia.

- Não poderei responder a todas as suas perguntas, senhora Brandon....

- Senhorita Brandon, pois ainda estou na flor da idade e solteirissima! Mas prefiro Alice, continue Doutor pois estou morrendo aqui de preocupação. – Disse Alice nervosa.

- Gostaria que me acompanha-se até o meu gabinete para conversamos melhor sobre a situação de Isabella... E sou Doutor Jasper Hale, prazer. – Apresentou-se por fim e quando apertaram as mãos como sinal de educação um novo arrepiu percorreu o corpo de ambos, novamente ignoraram e seguiram para o gabinete.

POV de Bella

Abri os olhos e encontrava-me sentada numa sala branca, com algumas cadeiras azuis e sem falar do quadro monotono pendorado na parede. De repente gritos começaram a espalhar-se pelo espaço acompanhado por passos apressados e como se fosse puxada por uma força aleada a gravidade andei até a unica porta presente no espaço, os gritos começaram a ficar mais nitidos, passei pela porta e o que encarei doeu como se uma faca fosse cravada em meu peito um milhão de vezes, começei a chorar sem mesmo saber o porquê.

Encarei o corredor branco a minha frente e lá estava Alice aos prantos olhando para uma janela enquanto era consolada por um médico loiro lindo, a malandra da minha melhor amiga arranjou um namorado todo jeitoso e não partilha as novidades! Depois ela paga-me!

Mas mesmo com o pensamento de fazer confrontar Alice o sorriso não chegou nem perto de mim, algo me angustiava bastante, olhei para onde o alvo marcado pelos olhos molhados da Alice e a primeira coisa que vi foi Edward, meu amor, a sua expressão era de dor e felicidade, uma junção que apertou ainda mais o meu coração, segui o seu olhar e o mesmo repousava numa mulher palida então os ciumes me envadiram fortemente, mas depressa foram substituidos pela incredubilidade, pois era eu que estava ali deitada, inconsciente com Edward segurando a minha mão enquanto um medico, com a ajuda de enfermeiros, cortava a minha barriga e com cuidado tirou delicadamente um bebé da mesma.

Um choro ecoou pelo espaço...Fechei os olhos

- Bella a nossa filha é linda! – Ouvi por fim a voz de Edward sussurrar ao meu ouvido.

Fim do POV de Bella

Bella acordou atordoada pelo sono agitado, pelo sonho que ficou esquecido na sua memória. Olhou em volta e o seu coração começou a bater de forma agitada por apercebeu-se que estava numa sala de hospital, Bella odiava hospitais e fugia deles como o Diabo foge da cruz, pois os primeiros traziam recordações dolorosas que a mesma ignorava com todas as forças do seu ser, a morte da sua mãe com cancro nos ovarios, que como consequencia da dor provocada fez com que Charlie, pai de Bella comete-se o suicidio duas semanas depois, deixando assim a ultima sozinha no mundo.

Os pais de Alice, que eram grandes amigos dos pais de Bella trataram rapidamente de ficar com a tutela da orfã para evitar que a mesma fosse parar num orfanato. Os Senhores Brandon sempre trataram Bella como uma segunda filha, mas infelizmente nada puderia apagar as memória crueis e dolorosas que a atormentavam noite e dia, mas felizmente com o tempo tudo acalmou para Bella mas a mesma evitava a todo o custo ligar-se a alguem, mas como para tudo á uma excepção a sua tinha o nome de Edward.

Bella começou a tremer enquanto tirava os fios que estavam ligados a si, a agulha ligada ao tubo do soro, para que rapidamente pudesse sair deste antro de memórias, que castigavam a sua alma e neste momento desejava mais que tudo ver Edward, pois um medo de o perder martelava intensamente no seu peito.

- BELLA! – Gritou Alice ao entrar no quarto e encarar a amiga num estado miseravel, aproximou-se de Bella para acalma-la, abraçou-a enquanto as lagimas caiam, pois a primeira sabia o que acontecera a Bella, o porquê.

- QUERO SAIR DAQUI! – Gritou Bella desesperada, mas depressa entrou uma enfermeira acompanhada pelo medico para dete-la e coloca-la na cama ligando os fios novamente.

- Senhora Swan, é importante que fique calma pois o seu estado é fragil. – Disse o Doutor Hale com firmeza e autoridade.

- O que se passa? – Bella engolui a seco, mas no fundo algo lhe dizia que já tinha assistido a toda esta cena antes.

- Quando chegou ao hospital, foram efectuados exames de rotina onde foi verificada uma anomalia, então providenciei uma ressonância magnética e pude confirmar as minhas suspeitas. – Disse o medico firme.

POV de Bella

- A Senhora Swan tem um tumor cerebal...

A minha cabeça começou a andar a volta, a minha respiração tornou-se mais urgente, como se precisa-se aproveitar a sensação enquanto posso. Tudo estava-se a repetir, mas agora eu sou a que tem decretada a sentença de morte.

- Edward... – Sussurei, como um condenado suplica pelo seu ultimo desejo antes da morte. – Quero fala com o Edward! – Disse desesperada, precisava mais que tudo ouvir a sua voz. Alice olhou para mim com uma cara triste e dessolada, senti de imediato que a mesma estava escondendo-me algo.

NÃO!!!!

Será que aconteceu alguma coisa com ele!?NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO, NÃO!!!!

- Bella tentei contactá-lo e respondeu uma rapariga a disser que não sabia quem era Edward e...

- MENTIRA!!! – interrompia negando o que ela estava a dizer – O meu telemovel?

Alice entregou-me o telemovel e depressa efectuei a chamada para poder acima de tudo ouvir a sua voz. Atenderam no segundo toque.

- Estou? – Respondeu uma mulher, engoli a seco.

- Edward está? – Meu coração apertou e engoli a seco.

- Já falei que não conheço nenhum Edward!

- Mas isso não pode ser verdade! – Disse exaltada.

- Tenho este número á anos e não conheço nenhum Edward como já referi, por favor podem parar de chatear-me ou terei de fazer queixa? – Disse a mulher já enervada, desligando em seguida o telemovel na cara.

Como assim este número não é do Edward?!

Falei inumeras vezes com Edward por este número!

Fim do POV de Bella

Alice não sabia como dar está noticia á amiga, mostrar que Edward não existia, mas tinha de o fazer pelo bem da amiga.

- Bella, segundo o Doutor o tumor situa-se numa area em que alucinações são um dos sintomas comuns... – Alice aproximou-se de Bella e agarrou-a pela mão mostrando apoio. – Nunca ninguém viu Edward sem ser tu, este número segundo a mulher que atendeu nunca foi dele, então... – Alice repirou fundo, era agora. – Edward é uma alucinação provocada pelo tumor.

POV de Bella

NÃO PODE SER VERDADE! NÃO!

Fim do POV de Bella

Foi então que o mundo de Bella ruiu pela segunda vez, será que ela vai conseguir superar a dor da sua linda história e sentimento de amor ser criado pelo seu carrasco.

Continua...