Kingdom Hearts: Three Keys, One Heart escrita por nekohime_yami


Capítulo 29
XXVIII – The World That Never Was (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Em homenagem a KHIII, vou postar todo o resto da fic hoje!

Boa leitura!



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Hikaru estava mais uma vez em seu keyblade glider no espaço entre os mundos... mas, pela primeira vez, acompanhado, e com um destino real em mente. Usando as memórias de Roxas como base, navegou até encontrar The World That Never Was, e logo estava frente a frente com o enorme castelo cinzento flutuante que despertava tantas memórias... memórias ruins, na maior parte, mas havia algumas boas também.

Circulou o mundo até encontrar duas Gummi Ships pousadas num pátio, em torno das quais pôde ver Sora, Riku, Kairi, Mickey, Donald e Pateta reunidos.

Foi até lá com o keyblade glider, deixando Lea descer antes de liberar o artefato, pousando no chão com leveza e desativando a armadura. Viu-se vestido com aquele uniforme da Organization XIII com o casaco branco em vez de preto que vestia quando Flamma o encontrara, parecia uma eternidade atrás. Sua armadura, um pouco mudada desde a passagem por Atlantis, continuava presa sobre o ombro esquerdo, e podia sentir o pingente perto do coração, frio contra a pele dentro do casaco.

— Me lembre de nunca mais aceitar uma carona nisso aí. – disse Lea, assim que pousaram.

Hikaru riu.

— Não pode ser tão terrível assim. – disse, sorrindo – Mas acho que Mickey não vai ligar de te dar uma carona de volta na Gummi Ship dele.

O resto do grupo quedou-se num silêncio estranho, cada um com um tipo de expressão: Mickey e Riku um pouco confusos e desconfiados, Sora confuso e surpreso, e Kairi, Donald e Pateta apenas confusos... todos olhando Lea. O primeiro a reagir foi Sora.

— Axel! – exclamou, apontando para Lea – Eu pensei que... como? – perguntou, confuso.

Lea riu, e todos olharam para ele confusos, sem saber qual era a graça.

— Vocês dois tiveram exatamente a mesma reação. – disse, ainda meio rindo, apontando para Sora e Hikaru. Hikaru mirou-o de sobrancelhas franzidas, e Sora parecendo meio confuso (como todos os outros) – Mas desculpa, não é Axel, é Lea.

— Lea? – Sora piscou, ainda meio confuso.

— Ele recuperou o coração dele. – explicou Hikaru, apontando para Lea.

Todos ergueram as sobrancelhas, surpresos, criando outra vez o silêncio confuso do início. Sora, mais uma vez, foi o primeiro a reagir.

— Como?! – perguntou.

Hikaru deu de ombros.

— Sei lá. Talvez da mesma forma que eu recuperei o meu. – sorriu – Mas o que importa é que ele veio ajudar. E vamos ter tempo pra conversar depois que fizermos o que viemos fazer.

— Certo. – Sora acenou afirmativamente com a cabeça – Então... alguma idéia de onde ela está? – perguntou.

— Acho que ela deve estar lá em cima? – Kairi apontou para o topo do castelo.

— Não parece ter algum acesso por fora... – Riku comentou.

— Então acho que vamos ter que ir por dentro. – concluiu Hikaru, olhando para a abertura ali perto que levava ao interior do sinistro castelo.

— Contamos com vocês para mostrar o caminho. – Mickey disse para Hikaru e Lea, e todos acenaram afirmativamente com a cabeça.


Um pouco receosos e ansiosos pelo que os aguardaria dentro do castelo, passaram pela abertura, com Hikaru e Lea na frente para mostrar o caminho.

Subiram por corredores cinzentos, destruindo montes de nobodies pelo caminho, até chegarem a um salão mais amplo. No centro desse salão, estava Larxene.

— Olha só o que temos aqui! – disse a nobody, sorrindo – Sora, Riku, Kairi... Rei Mickey, aqueles dois tontos ali... Roxas e Axel! Hoje deve ser meu dia de sorte. – disse, com seu típico tom irritante e provocativo.

— É Hikaru.

— E Lea.

Os dois corrigiram os próprios nomes, e um misto de várias keyblades, um escudo, um cetro e um par de chakrams surgiram nas mãos do grupo, trazendo um “uau!” de Larxene.

Após observar um pouco a situação, para a surpresa de todos, Riku adiantou-se.

— Vão indo na frente, eu cuido dela. – disse, colocando-se em posição de luta.

Larxene soltou uma risada aguda de deboche.

— Tem certeza que dá conta de mim sozinho, garoto? – perguntou com um sorriso sarcástico.

— Riku, não é melhor se nós... – começou Sora, mas foi logo interrompido por Mickey.

— Consegue dar conta dela? – perguntou o rei, sério.

Riku respondeu com um aceno afirmativo de cabeça, sem tirar os olhos de Larxene.

— Certo, deixo com você. Vamos. – disse o rei, acenando para os outros o seguirem.

— Acham mesmo que vai ser fácil assim passar por mim? – perguntou Larxene com seu sorriso sarcástico, invocando suas facas e colocando-se em posição de luta.

— FIRE! – soou, para a surpresa de todos, a voz de Kairi; e uma bola de fogo acertou Larxene... sem causar muito dano, mas atordoando-a por tempo suficiente para que todos, com a exceção de Kairi e Riku, passassem por ela e alcançassem a abertura do outro lado do salão.

— Kairi! – chamou Sora, ao perceber que ela não os acompanhara.

— Vou ficar e ajudar Riku! Vocês vão na frente! – respondeu a moça, segurando sua keyblade meio desajeitadamente.

— Mas, Kairi... – Sora começou a protestar, mas foi interrompido pelo grito de Larxene, que conjurou raios para todos os lados.

Hikaru e Mickey puxaram Sora pela abertura, tirando-o do alcance dos raios de Larxene.

— Nos encontramos mais tarde! – gritou Hikaru para os dois que ficaram, e seguiu com os outros em direção ao topo do castelo, onde provavelmente estaria Flamma.


Outra sucessão de corredores cinzentos e repletos de nobodies de todos os níveis e espécies levou a outro salão aberto, com outro membro da Organization XIII no centro: Vexen.

— Ora, ora, ora... o que temos aqui? Sora e seus dois anexos... rei Mickey... Roxas e Axel? – ao dizer o ultimo nome, Vexen pausou, franzindo as sobrancelhas – Por essa eu não esperava. – completou, apertando os lábios.

A expressão nos rostos de Lea e Hikaru, ao deparar-se com Vexen, eram indescritíveis: um misto de raiva e tédio e nojo e mais algumas coisas que não se podiam identificar.

Sem nem se darem ao trabalho de corrigir os nomes, os dois amigos pousaram uma mão nos ombros de Sora em sincronia perfeita, e sorriram para o garoto, que olhou de um para o outro, confuso.

— Obrigado por se oferecer para enfrentá-lo sozinho, Sora. – disse Hikaru, sério.

— Nunca poderemos pagar essa dívida. É realmente muito nobre da sua parte. – completou Axel, acenando com a cabeça com uma expressão séria.

— Ahn? O que? Mas eu não... – dizia Sora, confuso, olhando de Lea para Hikaru sem entender o que estava acontecendo.

— Certo, então nos vemos mais tarde! – disse Hikaru antes que Sora se recuperasse da confusão, correndo em direção à saída do outro lado do salão.

Vexen invocou seu escudo, colocando-se em posição de luta.

— Acham mesmo que vou deixar vocês passarem tão facilmente por mim, depois do que... – começou dramaticamente, com uma expressão de raiva.

— LIGHT! – o discurso foi interrompido pela voz de Hikaru conjurando a magia, que cegou o nobody por tempo suficiente para que alcançassem a saída.

— Boa sorte, Sora! – disse Mickey, seguindo Hikaru e Lea pela abertura que os levaria para mais perto de seu objetivo final, deixando Sora, Donald e Pateta para darem conta de Vexen.

— AXEEEEEEEEEEEEEEL! – o grito do nobody foi a última coisa que Hikaru, Lea e Mickey ouviram do salão, já correndo escadaria acima em direção ao topo do castelo.


Passaram pelo que parecia uma infinita sucessão de corredores cinzentos, escadarias cinzentas, salões cinzentos e portas cinzentas, destruindo toda a sorte de nobodies pelo caminho, até chegar à sala estranhamente branca com os 13 tronos altos... ou era onde deviam ter chegado, de acordo com as memórias de Hikaru e Lea.

Em vez disso, viram-se naquela sala redonda onde Saïx costumava passar missões a Roxas e Axel (e ao resto da Organization XIII). Parando no lugar, Hikaru e Lea se entreolharam, vendo sua confusão refletida nos olhos do outro. Teriam errado o caminho?

Mickey olhou de um para outro, notando a confusão.

— O que foi? – perguntou o rei.

— Acho que nos perdemos? – Hikaru franziu as sobrancelhas, olhando para Lea em busca de confirmação.

— Era para estarmos num lugar, mas acabamos em outro. – disse Lea, também franzindo as sobrancelhas.

— Que estranho... – disse Mickey.

— Muito estranho. – confirmou Hikaru, e Lea balançou a cabeça afirmativamente.

Os três olharam em volta, ainda sentindo que havia algo errado. Achavam improvável que tivessem errado o caminho, ou que o castelo houvesse mudado desde a última vez que estiveram ali... mas então, o que estava acontecendo?

De repente, de um dos corredores que dava no salão, viram surgir a figura de uma moça bonita, de longos cabelos vermelhos, vestindo o uniforme de Disney Academy... toda machucada, vindo meio correndo, meio mancando em direção aos três amigos.

— Flamma?! – exclamaram Hikaru e Mickey em uníssono. Lea parecia estar em choque.

Ao levantar o rosto e ver Hikaru, os olhos amarelos da moça se encheram de lágrimas, e ela veio naquela meio-corrida, meio-mancada em direção a ele, chamando seu nome.

— O que aconteceu com você? – perguntou Mickey, preocupado.

— Eu... consegui escapar... mas não foi fácil. Não sei se ele está atrás de mim, vamos embora... – respondeu a moça, abalada.

— É claro, vamos tirar você daqui... – disse Mickey, fazendo menção de tomar a mão dela e virar-se...

Hikaru tinha uma expressão estranha no rosto. Sem dizer nada, chamou sua keyblade... e com ela acertou Flamma pelas costas, sem explicação ou hesitação alguma. Mickey e Lea apenas observaram a cena, em choque...

Então foi como se o lugar onde estavam fosse um espelho, e esse espelho se estilhaçasse: o cenário em volta foi substituído pelo da sala dos 13 tronos altos, e Flamma... por Zexion.

— O que...? – perguntou o nobody em choque, recuando alguns passos para longe da keyblade que o acertara – Você nem hesita em acertar uma amiga pelas costas...?

A expressão de Zexion, como as de Mickey e Lea, que viraram-se para olhar Hikaru, era um misto de incredulidade e choque.

— Flamma tem um coração cheio de luz. E não tem nenhuma luz vindo de você. – respondeu Hikaru, sério, apontando a keyblade para o inimigo – Vamos acabar logo com isso. – franzindo as sobrancelhas, colocou-se em posição de luta...

— Espera! – a voz de Mickey interrompeu Hikaru, que virou-se para o amigo com uma pergunta muda nos olhos – Vai na frente, atrás de Flamma. Nós dois somos o suficiente para lidar com ele. – disse, sério.

Hikaru olhou para Zexion, e dele para Lea e Mickey, antes de acenar lentamente com a cabeça.

— Certo... Vejo vocês mais tarde, então. – disse, antes de encaminhar-se correndo para a saída do outro lado.

Zexion tentou pará-lo com um ataque, mas foi impedido pelos chakrams de Lea, e teve que virar-se para lidar com ele e Mickey, deixando Hikaru passar pela saída, indo em direção a seu objetivo final.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler!



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