Kingdom Hearts: Three Keys, One Heart escrita por nekohime_yami


Capítulo 27
XXVI – Ohana


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de ter uma boa desculpa para ter esquecido essa fic por 3 anos de novo. Teve a faculdade, a formatura, a busca por emprego nessa crise que acaba com todos nós. Além disso, eu estava escrevendo o [Final Mix] dessa fic queria segurar um pouco para aproveitar a popularidade inesperada dessa aqui e já linkar nela. Eu tenho mais 4 fics nesse universo, completamente planejadas e que eu amo muito, mas que provavelmente não vou conseguir escrever antes de sair KHIII...
Só posso me desculpar com quem estava acompanhando, e dizer que pretendo postar os capítulos restantes com certa rapidez daqui em diante, no tempo que me resta antes de sair o próximo jogo da franquia.

[músicas para ambientação]

https://youtu.be/ocEVGuYre7E
(teve que ser essa porque o Youtube bloqueou a outra playlist da OST no Brasil...)



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E mais uma vez estava no espaço entre os mundos. Desta vez com um conselho misterioso de Papai Noel sobre a direção a seguir, e uma memória que não conseguia recuperar. Talvez a resposta para o enigmático conselho de Noel estivesse naquela memória... Hikaru sentia que provavelmente estava, e isso era o que mais o incomodava. Por que será que sua mente bloqueara aquela memória em especial?

Perdido em pensamentos, nem percebeu quando seu keyblade glider mais uma vez começou a repuxar e falhar, e quando percebeu era tarde demais, e estava numa queda vertiginosa em direção a um mundo próximo.

Dessa vez deu sorte de cair num monte de areia (abrindo uma cratera um pouco maior que a que abrira em Radiant Garden), o que diminuiu um pouco os danos. Levantou-se com certa dificuldade, escorrendo areia por todos os lados, e arrastou a si mesmo e ao keyblade glider para fora do buraco.

Assim que estava fora, sacudiu a areia do corpo e desativou a armadura: desta vez suas roupas eram apenas uma camisa havaiana azul de mangas curtas com estampas coloridas, bermuda branca e sandálias. A armadura continuava sobre o ombro, e sua corrente com pingente continuava em volta do pescoço.

Espanando a areia que conseguira se infiltrar na armadura para se alojar em seu cabelo e roupas, Hikaru olhou em volta, numa tentativa de identificar o mundo onde havia vindo parar. Viu-se numa praia de areias brancas e fofas, mar azul, flora tropical por toda parte... mas não conseguiu identificar o local. Talvez fosse algum mundo onde nunca estivera antes? E não parecia que ali haveria alguém capaz de consertar seu keyblade glider... suspirou. Teria que chamar Sora...?

Olhou o anel que recebera de Kairi pensativamente, franzindo as sobrancelhas de leve. Provavelmente era orgulho bobo, mas não queria chamar Sora. Será que não havia mesmo outra opção?

Procurando em seu entorno mais uma vez por uma solução que ele já imaginava que não encontraria, Hikaru divisou uma pequena criaturinha azul que lhe pareceu muito familiar, andando ao lado de uma menininha...

— AH! – exclamou, reconhecendo finalmente o alienigenazinho azul que ajudara a escapar quando ainda era Ventus. Lembrava vagamente dele nas memórias de Sora também... qual era seu nome mesmo...?

Talvez por ter ouvido sua voz, a criaturinha azul virou-se na direção de Hikaru, levantando as orelhas. Seus olhos se arregalaram no que pareceu reconhecimento, e ele começou a correr na direção do garoto.

— Ven! – disse, ao colidir com toda a força contra Hikaru, fazendo os dois rolarem pela areia por alguns metros.

— Oi, amiguinho... – disse Hikaru, rindo, caído na areia sob o pequeno alienígena.

—Stitch! – chamou a menina, que chegou correndo atrás de seu bichinho azul – Você conhece ele?

— Ven, amigo! – respondeu Stitch, acenando afirmativamente com a cabeça.

— Ven? – perguntou a menina, dirigindo um olhar inquisitivo a Hikaru.

— Apelido de “Ventus”. – respondeu com um sorriso, tirando Stitch de cima de si e sentando-se, espanando a areia com a qual mais uma vez se encontrava coberto – Me chamam de Hikaru agora. Conheci o... Stitch? numa nave há um tempo atrás. – explicou.

— Hikaru... Meu nome é Lilo! – fez uma pausa – Então você é alienígena também? – perguntou a menina.

— Eh? Não, eu sou humano... – sob o olhar inquisitivo da menina, Hikaru suspirou – É uma longa história.

— Certo... – disse, desconfiada – Então... como você veio parar aqui?

— Bom... na verdade foi meio que por acidente. – respondeu, sem graça – Meu keyblade glider quebrou e eu caí aqui...

— Seu o que? – perguntou Lilo, sobrancelhas franzidas.

— Keyblade glider. Aquele negócio ali. – apontou para o objeto caído na areia a alguns metros dali – Meu transporte.

— Ah... então você está preso aqui?

— Parece que sim. – suspirou – Será que você não conhece ninguém que possa consertar ele pra mim? – perguntou a Lilo e Stitch, meio sem esperança já que a menina não parecia nem saber o que era um keyblade glider.

— Jumba conserta! – respondeu Stitch, para a surpresa de todos.

— Jumba? – perguntou Hikaru, sobrancelhas franzidas.

— É. – Stitch acenou afirmativamente com a cabeça – Vem! – disse, acenando para que o amigo se levantasse e o seguisse.

Pegando seu keyblade glider do chão após espanar o resto da areia que se acumulara em suas roupas, Hikaru seguiu Lilo e Stitch pelas ruas de uma pequena cidade, subindo um morro até chegar num sobrado bastante comum com um anexo esquisito no topo.

Entraram pela porta da frente, e logo na entrada deram de cara com uma moça que parecia estar com pressa.

— Oi Nani. – disse Lilo ao passarem por ela.

— Oi... Lilo! Quem é esse? – perguntou ao se deparar com Hikaru.

— O nome dele é Hikaru, ele é amigo do Stitch. – respondeu a menina naturalmente.

— Amigo do...? – começou a moça, então suspirou – Você não veio atrás dele por vingança ou qualquer coisa assim, né? – perguntou a Hikaru, desconfiada.

— Eh? Não, não, eu só meio que caí aqui por acaso... meu transporte quebrou e o Stitch disse que tinha alguém que podia consertar... – explicou, não querendo criar problemas.

— Vamos pedir pro Jumba! – adicionou Lilo.

— ...Certo. – Nani franziu as sobrancelhas, desconfiada... e então olhou no relógio – Ah! Preciso ir! – exclamou – Não destruam a casa de novo! – gritou, já correndo morro abaixo em direção à cidade.

— Tá bom! – Lilo gritou de volta, ela e Stitch acenando para a moça que se ia.

Assim que ela se foi, fecharam a porta e voltaram a atenção a Hikaru mais uma vez.

— Vem! – disse Lilo, e ela e Stitch conduziram Hikaru até os fundos da casa, e de lá por uma escada em espiral até o anexo esquisito no topo.

Deram num pequeno quarto redondo, dentro do qual se encontrava um alienígena grande (ou seria gordo? Largo? Era difícil achar o adjetivo certo) e roxo, com dois pares de olhos. Hikaru não o reconheceu.

— Hikaru, Jumba. – Lilo fez as apresentações rapidamente, apontando para Hikaru e depois para o alienígena roxo.

— Jumba, conserta! – disse Stitch, pegando o keyblade glider das mãos de Hikaru e passando-o para Jumba.

— Hm, isso é um tipo estranho de nave... – disse Jumba com seu sotaque esquisito, olhando o keyblade glider de todos os ângulos.

— Acha que consegue consertar? – perguntou Hikaru, ansioso.

— Ah, consigo, sim. – respondeu o alienígena roxo, e Hikaru deu um suspiro de alívio – Me dê só alguns minutos. – completou, dando as costas para os outros três e começando a trabalhar.

Hikaru, Lilo e Stitch sentaram-se no outro canto do quartinho, e se quedaram em silêncio por algum tempo. Até que, de repente, Hikaru se deu conta – não havia sentido nenhuma escuridão naquele mundo desde que chegara ali.

— Hei, Stitch... não apareceu alguém de casaco preto, ou umas criaturas esquisitas por aqui? – perguntou.

— Ah, apareceram um monte de bichos esquisitos por aqui! E um cara loiro estranho de casaco preto. – Lilo respondeu.

— Eles foram embora sozinhos? – perguntou, sobrancelhas franzidas.

— Ah, não... umas pessoas estranhas apareceram por aqui e mandaram eles embora.

— Eles tinham armas que pareciam umas chaves grandes?

— Alguns deles sim. – Lilo respondeu após pensar um pouco.

— Hm... então Sora esteve aqui antes de mim. – sorriu – Isso explica.

— Vocês se conhecem? – Lilo perguntou, curiosa.

— Pode dizer que somos velhos amigos. – Hikaru sorriu.

— Amigos... Ven... Terra? Aqua? – perguntou Stitch, de repente.

Hikaru arregalou os olhos por um momento, e então franziu as sobrancelhas, olhos semicerrados, parecendo triste.

— Não sei, Stitch. Eu... não os vi mais desde... – disse Hikaru num quase sussurro, tomando o pingente nas mãos e olhando-o pensativamente.

Stitch parecia prestes a dizer alguma coisa, mas foi interrompido por Jumba.

— PRONTO! Está perfeito. Aqui, garoto. – disse o alienígena roxo, devolvendo o keyblade glider a Hikaru, que levantou a cabeça, a expressão de tristeza desaparecendo.

— Obrigado! Como posso agradecer...? – respondeu Hikaru, tomando o keyblade glider das mãos de Jumba.

— Não foi nada. Você é amigo dele, não é? – acenou na direção de Stitch – Esta fica por conta da casa.

— Obrigado. – Hikaru sorriu.

Jumba acenou com a cabeça em resposta.

Lilo e Stitch acompanharam Hikaru de volta até a praia, prontos para se despedirem. Hikaru sorriu.

— Que bom que encontrou novos amigos, Stitch. – disse, sorrindo para o amiguinho azul.

Stitch balançou a cabeça negativamente.

— Amigos não, Ohana. – corrigiu.

— Ohana? – perguntou Hikaru, confuso.

Stitch acenou afirmativamente com a cabeça.

— Ohana quer dizer família. – explicou – E família quer dizer...

— Nunca abandonar ou esquecer. – completou Lilo.

Hikaru olhou de um para outro com sobrancelhas erguidas, e então sorriu.

Ohana, é? Vou atrás da minha. – sorriu – Obrigado por tudo, vocês dois!

Lilo e Stitch sorriram de volta.

Hikaru então chamou seu keyblade glider, pulou sobre ele e voou para cima, para longe dali. Assim que estava longe o suficiente, ativou a armadura, abriu um portal para fora daquele mundo e se foi.


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Notas finais do capítulo

Mais uma vez mil desculpas por demorar tanto para postar esse capítulo, e prometo que postarei o resto em breve (já estão escritos, só preciso revisar e postar).
Muito obrigada pela paciência e pelos comentários, desculpas aos que eu não consegui responder (por falta de tempo, entre outras coisas).

Até a próxima!
(Dessa vez vai ser rápido, eu juro!)



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