Kingdom Hearts: Three Keys, One Heart escrita por nekohime_yami


Capítulo 26
XXV – Narnia -parte 3-


Notas iniciais do capítulo

Feliz ano novo!
Primeiro post do ano é a última parte de Narnia. Parece que isso sempre acontece comigo.
Narnia mais uma vez, mas é a última. E dessa vez tem ação!
Espero que gostem!

[músicas para ambientação]
Ainda as mesmas, aqui o link para quem estiver com preguiça de voltar nos outros capítulos para pegar:
https://www.youtube.com/watch?v=kZxFlE4H1nk&index=2&list=PLBCC96B55C7A7C1D5

Boa leitura!



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Todos já estavam em suas tendas, provavelmente dormindo, quando Hikaru viu Aslam deixar sua tenda. Seguiu o grande leão com os olhos conforme ele deixava o acampamento e ia em direção a uma floresta. Levantou-se, planejando segui-lo, quando viu as duas meninas, Suzana e Lúcia, saírem da tenda e irem atrás dele, furtivamente. Foi atrás delas.

Andaram pela floresta um pouco, até que Aslam repentinamente parou.

– Não deveriam estar na cama? – perguntou o grande leão.

Suzana e Lúcia saíram de seu esconderijo.

– Não conseguimos dormir. – disse Lúcia.

– Por favor, Aslam... Não podemos ir com você? – perguntou Suzana.

– Ficarei contente com a companhia por enquanto. – disse Aslam, num tom cansado – Obrigado.

As meninas seguraram na juba do leão, e os três voltaram a andar, com Hikaru ainda seguindo-os nas sombras. O jovem acreditava que Aslam já percebera sua presença, mas continuou escondido para não atrapalhar a reunião dos três, sentindo-se um pouco intruso ali.

Andaram mais um pouco, e então Aslam parou outra vez.

– É a hora. – disse o grande leão – Daqui, devo seguir sozinho.

– Mas, Aslam... – protestou Suzana.

– Tem que confiar em mim, pois deve ser feito. – anunciou Aslam – Obrigado, Suzana. Obrigado, Lúcia. Adeus.

As duas meninas não mais protestaram.

– Hikaru, sei que está aí. – disse o leão, e Hikaru saiu encabulado de seu esconderijo – Cuide delas.

Hikaru assentiu, e o leão se foi.

Assim que Aslam se afastou, Suzana tocou Lúcia no ombro, dirigiu um olhar significativo a Hikaru, e voltou a seguir o leão furtivamente. Hikaru foi atrás das duas.

Esconderam-se atrás de algumas pedras, e viram o grande leão andar até uma aglomeração de seres horrendos. Aslam andou calmamente, sem se perturbar com as provocações, até uma enorme mesa de pedra no centro. Lá estava a Feiticeira, mas desta vez vestida de negro, trazendo em suas mãos um punhal também negro.

E ali, escondido nas sombras perto dela, estava uma familiar figura encapuzada de negro. Hikaru teve que segurar-se para não correr em direção à figura de keyblade em punho, apesar de todas as criaturas estranhas (e fora da jurisdição de criaturas a serem eliminadas por keyblades) que a cercavam. Seria suicídio, e prometera a Aslam que cuidaria das meninas. Ficou tenso, apertando os punhos até quase tirar sangue, prestando atenção nos movimentos da figura de negro.

A Feiticeira mandou que amarrassem o grande leão e arrancassem todo seu pelo. Então arrastaram-no para cima da mesa, e, sob a batida ritualística de tambores, apunhalaram-no, matando-o imediatamente.

As meninas choraram, abraçando-se.

Então, sob ordens da feiticeira, todas as criaturas deixaram o local, para preparar-se para uma batalha. Hikaru viu a figura de negro abrir um portal e desaparecer por ele... mas sem deixar aquele mundo. Ainda podia sentir sua presença em algum lugar...

Quando todas as criaturas haviam deixado o local, as meninas foram até Aslam. Hikaru seguiu-as a uma pequena distância, dando-lhes privacidade. As duas conversaram baixinho, e choraram a morte do grande leão.

– Saiam daí, saiam todos vocês! – ouviu Suzana gritar, e viu vários ratinhos roendo as cordas que amarravam Aslam. As meninas ajudaram-nos a desamarrar o leão.

As duas conversaram algo baixinho outra vez, e então... passaram um recado para as árvores. Hikaru deu de ombros internamente; não era a coisa mais estranha que já havia visto.

Vendo as duas retornarem até a mesa de pedra onde estava o leão morto, Hikaru suspirou, um pouco triste por elas. Sabia como era perder alguém importante. E então... sentiu uma presença, dessa vez muito clara. Precisava ir agora.

– Vocês... vão ficar bem sozinhas? – perguntou às duas, preocupado.

Lúcia respondeu com um aceno afirmativo de cabeça.

– Preciso ir agora. Tem algo que eu preciso encontrar de qualquer jeito. Até mais. – sorriu, bagunçando o cabelo de Lúcia afetuosamente mais uma vez.

Chamou então a Wayward Wind e transformou-a em seu keyblade glider. Pulou em cima dele, e acelerou na direção em que sentia a presença clara e forte, antes que ela desaparecesse.

Após algum tempo voando, viu-se frente a um imenso e assustador castelo. Pertenceria à Feiticeira? A presença estava lá dentro, então Hikaru abriu os portões com ajuda de sua keyblade e entrou.

Viu-se num pátio repleto de estátuas de pedra dos mais diversos seres, em posição de ataque ou de terror. Quem faria esse tipo de estátua? Era de dar arrepios.

De repente, ouviu um barulho estranho e familiar. E de novo. E mais uma vez. Quando percebeu, estava cercado de heartless e nobodies, todos de alto nível.

Segurando firme sua keyblade, Hikaru rapidamente eliminou todos os monstros, liberando inúmeros coraçõezinhos brilhantes dos heartless.

– Não esperava menos de alguém que já derrotou quatro dos nossos. – ouviu uma voz dizer, e virou-se para encontrar a figura encapuzada que vira mais cedo.

A figura tirou o capuz, e Hikaru pode ver outro rosto familiar.

– Saïx... – disse, franzindo as sobrancelhas, sem pensar trocando Wayward Wind por Oblivion e Oathkeeper.

E então outra memoria veio confrontar-se com a de “Saïx”; um garoto mais jovem, mas muito parecido, Isa. E... tinha mais um...

I’ll see ya when I see ya.

After all, we’re friends now.

Get it memorized.

Hikaru sentia como se estivesse muito perto da resposta de alguma coisa muito importante, mas suas memórias se recusavam a cooperar e mostrar a ele essa resposta. Era como se tivesse um bloqueio, uma única parte das memórias de Ventus que se recusava a ficar clara.

– Roxas. Mas... você não é ele, é? – seus pensamentos foram interrompidos pela voz de Saïx.

– Não. – respondeu Hikaru.

– Mesmo rosto. Mesmas keyblades. Mesma atitude rebelde. Mas você tem um coração, e não é um de nós. – constatou o nobody, sério.

– Não sou. Nunca serei. – anunciou, sobrancelhas franzidas, segurando as keyblades mais firmemente.

Saïx assentiu uma vez, lentamente. Um momento de silêncio se seguiu.

– Você vai me dizer onde Flamma está? – perguntou Hikaru enfim, quebrando o silêncio.

– Não. – respondeu o outro simplesmente.

– Então não temos mais o que conversar. – constatou o jovem guerreiro da keyblade, estranhamente calmo.

No momento seguinte, as keyblades de Hikaru encontravam a claymore de Saïx, num choque de soltar faíscas. Com a arma em punho, o nobody perdeu toda a costumeira compostura para mostrar sua face de guerreiro selvagem.

Hikaru tinha bastante experiência com oponentes maiores que ele e que utilizavam-se largamente de força bruta para atacar; devido aos treinos com Terra quando era Ventus. Em vez de tentar bloquear os ataques do outro, portanto, desviava-se e buscava brechas pelas quais podia se infiltrar para atacar.

Mesmo assim, até para um Hikaru em sua calma absoluta, foi uma luta longa e difícil. Derrotar o vice-líder da Organization XIII não era fácil sob nenhuma circunstância, e foi com grande alívio que Hikaru viu Saïx finalmente desaparecer com um golpe de suas duas keyblades.

Quando Aslam adentrou o castelo, com Suzana e Lúcia montadas sobre seu dorso, os três viram Hikaru, exausto e ferido, liberar as duas keyblades e cair sentado no chão, tremendo, com um suspiro.

Descendo apressadamente do dorso do grande leão, Lúcia correu até o novo amigo, ajoelhando-se ao lado dele.

– Hikaru... tudo bem? – perguntou, preocupada, vendo o amigo cansado e ferido.

– Mais ou menos. Mas vou ficar, acho. – respondeu Hikaru com uma risada fraca.

Lúcia então tirou de seu cinto um frasco cheio de um misterioso líquido vermelho, e pingou uma gota na boca de Hikaru, mandando-o engolir.

Assim que o fez, Hikaru respirou fundo, sentindo seus ferimentos se curarem e a força voltar a seu corpo exausto. Sorriu para a menina.

– Obrigado, Lúcia. – disse, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha dela – Não sei o que teria feito sem você.

– Teria desmaiado aí. – respondeu a menina com um sorriso.

Hikaru riu, levantando-se.

– Obrigado. E boa sorte com o que tiver que fazer. – disse, sorrindo.

– Obrigada... Você vai embora? – perguntou, e Hikaru respondeu com um aceno afirmativo de cabeça.

– Preciso encontrar uma pessoa importante. – explicou.

– Boa sorte. – foi a vez dela desejar com um sorriso – Nos veremos outra vez?

– Quem sabe? – Hikaru deu de ombros – Espero que sim. – sorriu.

Lúcia sorriu de volta.

– Até mais, pequena. – despediu-se Hikaru, bagunçando os cabelos da menina uma última vez antes de chamar seu keyblade glider e sair voando dali.

Assim que estava longe o suficiente, ativou sua armadura, abriu um portal e foi-se daquele mundo...


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Notas finais do capítulo

É isso!
Espero que tenham gostado desse mundo, e saibam que agora falta pouco para entrarmos na reta final... Por favor não desistam!
Até a próxima, espero ver vocês nos comentários!



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