Kingdom Hearts: Three Keys, One Heart escrita por nekohime_yami


Capítulo 19
XVIII – Atlantis -parte 2-


Notas iniciais do capítulo

Primeiro capítulo do ano (e ironicamente é uma "parte 2")!
Não demorei dessa vez, e é continuação do capítulo anterior... então ambientação é a mesma, e o mundo é o mesmo. Sem mais comentários!

Boa leitura!



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Hikaru emergiu da abertura que abrira... e quase chocou-se com o tal Milo Tatch, que tinha uma expressão furiosa e determinada em seu rosto. A abertura atrás de Hikaru sumiu, e ele e Milo deram um passo para trás ao mesmo tempo. Hikaru deixou que a Wayward Wind desaparecesse.

Milo olhou com desconfiança para o garoto que acabara de brotar do espaço: vestido como um atlante, mas (com seus cabelos dourados, pele clara e olhos azuis-céu) nem um pouco parecido com um. Além disso, tinha aquele pedaço de metal estranho no ombro, e no pescoço, em vez de um cristal, tinha um pingente de prata com um símbolo estranho.

– Quem é você? – perguntou ao garoto, desconfiado.

Hikaru, de certa forma entendendo o que o cristal queria mandando-o ali, levantou as mãos em sinal de paz.

– Meu nome é Hikaru. – apontou para o cristal na mão de Milo – O cristal me chamou até aqui. Acho que ele quer que eu ajude você. – a desconfiança continuava no olhar de Milo; Hikaru suspirou – Aquele homem de preto, que estava apontando a arma para sua cabeça lá em baixo...?

– Você o conhece? – Milo franziu as sobrancelhas.

– De certa forma. Ele e os amigos dele sequestraram uma amiga minha. Lutei com ele lá em baixo, venci e aqui estou. – fez um gesto de dispensa – Mas isto não importa, eu...

– Você disse que o Coração de Atlântida... o cristal... te chamou até aqui? Como? Por quê?

– Então ele era mesmo o coração deste mundo... – murmurou para si, antes de virar para Milo mais uma vez – Eu não sei como, mas ouvi o chamado e vim. Talvez o cristal saiba que eu posso ajudar. – suspirou – Aquele homem e os amigos dele não pretendem vender o cristal. Pretendem roubá-lo e usá-lo para seus próprios propósitos. – olhou sério no fundo dos olhos de Milo – Deixe-me ajudá-lo, Milo Tatch.

– Como sabe meu...?! – desistiu da pergunta no meio – Deve ter sido o cristal, não?

Hikaru assentiu.

– Bom, vamos mesmo precisar de ajuda. – suspirou e estendeu a mão para Hikaru, e Hikaru a apertou.

Então Milo virou-se e saiu andando, e Hikaru (e um homem negro alto vestido como Milo que Hikaru não conhecia) seguiram-no para encontrar um grupo esperando na entrada: uma moça de cabelos curtos e chapéu, um homem magro de bigode, uma estranha senhora com enormes fones de ouvido, um pequeno senhor magricela de suspensórios e... um homem redondo muito estranho. Todos o examinaram com tanta curiosidade quanto ele os examinava.

– Milo, aonde você vai... quem é esse aí? – perguntou a moça de chapéu, sobrancelhas franzidas.

– O nome dele é Hikaru. Diz que o cristal o chamou para nos ajudar. Hikaru, estes são Cookie, Bertha, Mole, Sweet, Audrey e Vinny. – apontou para cada um, e Hikaru assentiu a cada nome.

– Cookie, Bertha, Mole, Sweet, Audrey e Vinny. Certo. Prazer. – Hikaru acenou com a cabeça.

– O cristal o mandou...? Espera, ajudar com o QUÊ, exatamente? – perguntou a moça, Audrey.

– A trazer o cristal de volta. Vamos atrás do Rourke.

– Atrás do Rourke? Isso é loucura! Ainda mais com aqueles monstros e-

– Pode não ser uma atitude sensata, mas é a correta. – disse Milo, decidido, e continuou em seu caminho.

– Vamos, melhor não deixarmos ele se machucar. – disse a moça, revirando os olhos, e começaram o caminho atrás de Milo.

– Com licença... – Hikaru se aproximou da moça enquanto andavam – Esses monstros... umas criaturas estranhas, que ninguém nunca tinha visto, que começaram a aparecer quando o homem de preto apareceu? – Audrey assentiu, surpresa.

– Um pouco antes. Você os conhece? – perguntou.

– Mais ou menos. Estou atrás do esconderijo do homem de preto e seus aliados. Eles levaram alguém importante para mim.

– Entendo...

E então eles chegaram em seu destino, um... cemitério de peixes de pedra? Ou aquilo era metal? Milo demonstrou que eram estranhos planadores que funcionavam com a energia dos cristais, e ensinou aos amigos e alguns atlantes como ligá-los e fazê-los voar. Isso depois de alguns pequenos acidentes, mas nada sério.

Ofereceram um a Hikaru, mas ele recusou. Quando perguntaram como ele faria, invocou sua keyblade e...

– Essa chave estranha... você conhece Sora? – perguntou Audrey, curiosa.

– Ele esteve aqui? – perguntou Hikaru, sobrancelhas erguidas em surpresa.

– Ele e os amigos dele nos ajudaram a chegar aqui em Atlantis. Destruíram aqueles monstros.

– Oh. Bom, pode dizer que eu e Sora somos velhos amigos. – sorriu. Audrey assentiu.

– Certo. Mas... de que forma essa chave vai substituir o planador? – perguntou, curiosa.

Sorrindo, Hikaru jogou a keyblade para trás e para cima, e ela voltou como seu keyblade glider. Hikaru pousou em cima dele num salto perfeito.

Audrey assentiu com um “oh”, e então todos tomaram suas posições.

– Bom, é agora. – disse Milo, seu peixe planando à frente dos outros – Vamos resgatar a princesa! Salvar Atlântida! Ou morrer tentando! Então vamos lá! – gritou, incentivando os outros a seguirem-no.

Ativando sua armadura, Hikaru seguiu Milo de perto: se haviam mesmo heartless e nobodies por ali, precisariam dele na vanguarda cuidando disso. Pelo menos, pensou com alívio, já havia cuidado do membro da Organization XIII naquele mundo...

Os monstros começaram a aparecer quando entraram numa caverna escura, e Hikaru adiantou-se, eliminando-os com complexos movimentos de seu keyblade glider.

E então vieram o que deviam ser os subordinados do tal Rourke, atirando nos peixes (e em Hikaru) com armas de fogo daquele mundo, e parecia que não poderiam vencer... quando Vinny (o homem magro de bigode) por acaso descobriu que os peixes soltavam raios. Então, enfim, parecia que teriam uma chance.

– Vinny, depressa! Não podemos deixa-los chegar no topo! – Hikaru ouviu Milo gritar, e olhou para frente.

Viu um balão vermelho que subia lentamente. Pendurado sob ele, uma caixa de metal, vinda da qual Hikaru conseguiu sentir a energia do cristal. Olhou mais para cima, e viu, junto com Rourke e a moça loira no balão...

Hikaru voltou-se para o lugar onde mais cedo vira Flamma e Larxene batalhando, bem a tempo de ver Marluxia surgir de um portal negro, envolvendo aos três num redemoinho de pétalas de rosa. Antes que Hikaru pudesse sequer pensar em fazer qualquer coisa, as pétalas sumiram, junto com os três que haviam sido envolvidos por elas...

O coração de Hikaru bateu mais forte, e uma sensação familiar se espalhou até suas mãos, onde surgiram Oblivion e Oathkeeper. Livrando-se de todos os monstros em seu caminho, Hikaru avançou em direção a seu alvo...

– MARLUXIAAAAAAAAAAAAAAAA!!! – Hikaru gritou, ignorando os outros dois e golpeando o terceiro passageiro do balão para fora.

Marluxia, surpreso, foi capaz de invocar sua foice para bloquear as duas keyblades de Hikaru no último momento, mas foi jogado para fora do balão, indo parar sobre uma das pequenas plataformas elevadas nas paredes do vulcão adormecido. Quem era aquele garoto de armadura que...?

– Para onde você a levou? – perguntou o garoto, assaltando-o com suas keyblades numa velocidade vertiginosa que Marluxia bloqueava com dificuldade – PARA ONDE VOCÊ LEVOU FLAMMA? – insistiu.

Marluxia então o reconheceu – o garoto de Disney Town que parecia Roxas.

– Ora, ora. – seu tom não demonstrava nenhuma dificuldade ao bloquear os golpes de Hikaru – E por que eu diria?

– Para continuar existindo. – Hikaru não parou – Não é como se você tivesse problemas para trair a Organization.

Marluxia riu.

– Não deu muito certo da última vez. – disse – Não acho que vou tentar de novo.

– Que pena. – Hikaru acelerou o ritmo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capítulo, vejo vocês no próximo (ou nos comentários)!