Save Her escrita por little_lys


Capítulo 8
Passado. II


Notas iniciais do capítulo

Passado parte II



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Assim que li o nome meu coração acelerou. Será que tinha acontecido alguma coisa muito importante? Nada grave, talvez.

Resolvi ligar de volta para ele. Depois três toques pude ouvir a voz rouca dele do outro lado da linha.

– Marie? – disse.

– Oi Dave. Você ligou para mim, o que houve?

– Ah, era só para avisar que já estou a caminho da casa onde você está. – disse e eu me senti muito aliviada.

– Oh, então ok. Estou lhe aguardando. Tchau. – falei e desliguei.

Coloquei o celular de volta onde estava e peguei minha toalha para tomar banho. Peguei também uma roupa de casa para receber Dave, depois trocaria pelo pijama.

Entrei no banho e não demorei muito, afinal ele estava chegando. Sai do banheiro já vestida, sentei para pentear meus cabelos.

Mal terminei e ouvi baterem na porta. Levantei rápido da cama e corri escada abaixo.

– Eu atendo! – gritei. Abri a porta e o vi, ele estava sorrindo para mim, um sorriso tão indo e doce que faz a pessoa que está o olhando sorri só por ver esse sorriso.

Estava vestindo uma camiseta verde escuro e uma bermuda bege. Estava perfeitamente belo.

– Dave! – exclamei e o abracei tão forte que achei que o estava esmagando. Mas é claro que não estava. Comparando-me com o corpo dele o máximo que eu poderia fazer nele são cócegas!

– Oi Marie. – ele retribuiu o abraço, mas bem delicadamente. – como vai?

– Bem – respondi.

– Ótimo – disse e então ele ficou observando a casa – então... É aqui que você está morando? – perguntou com uma expressão estranha no rosto.

– É por quê? Algum problema com a casa?

– Não, nenhum. É que... É estranho ver você numa casa tão diferente da qual você vivia antes.

– Como assim? O que tem de diferente?

– É Marie... Fique calma, eu vou lhe contar tudo.

– Entre então. – falei, dando passagem para que ele entrasse. Entrou e ficou esperando eu fechar a porta para iniciarmos nossa conversa.

– Qualquer coisa eu estarei em meu quarto! – gritei para seu João e Dona Ger me ouvissem – vem, vamos para o meu quarto para podermos conversar melhor.

Caminhei ate o quarto e ele me seguiu. Abri a porta do quarto e entrei, David entrou logo em seguida, fechando a porta.

– Sente–se aqui – falei sentando na cama e batendo no lugarzinho a o meu lado, ele então sentou. – conte–me tudo, tudo mesmo.

– Certo – disse e então começou – tudo começou quando seus pais morreram em um acidente de carro na estrada, você foi à única pessoa que sobreviveu.

Ele falou isso e eu abaixei a cabeça. Era tão triste relembrar esse acontecimento tão trágico.

– Sinto muito. Você perdeu a memória... Eu não devia ter dito logo esse episodio logo de cara...

– Não, tudo bem Dave – falei – eu... Eu já sabia disso. Digamos que essa foi uma das lembranças que apareceram para mim.

– Oh – falou – ok, continuando. Depois disso você veio morar comigo e com minha família, seu tio James Williams e sua tia Heidi, meus pais.

– James e Heidi Williams? Meus tios? Não me lembro deles...

– Bom, passamos nossa infância e adolescência juntos, sob os cuidados dos meus pais. – ele fez uma pausa.

– Continua Dave. – incentivei. Ele suspirou.

– Faltava apenas quase um mês para você assumir os negócios da família, e numa noite aparentemente comum... Você sumiu.

Não falei nada. Só tentar processar essas informações. Primeiro: Negócios da família? Como assim?

Segundo: Novamente aquelas perguntas: Por que me seqüestraram? Quem fez isso?

– Negócios da família? – perguntei confusa.

– É, os negócios da nossa família.

– Calma Dave. Explica-me logo uma coisa, detalhadamente:  Quem sou eu?

Ele me olhou e então disse:

– Você é Marie Williams, tem 17 anos e é filha de Damon & Eliza Williams, cuja família é dona de uma das maiores empresas alimentícias do mundo. E com a morte do seus pais, você ficaria responsável pela empresa, já que é a filha única deles e Damon tem maior parte das ações nela.

– O que?! – gritei.

Saiu sem querer, logo levei a mão ate a boca, tapando–a. torci para que nem dona Ger nem seu João tivessem escutado meu grito de espanto.

– Acalme–se Marie.

– Não Dave, eu não posso fazer isso, eu sou menor de idade! – não, isso não podia ser verdade.

– Sim, é menor. Mas daqui a um mês, no dia 13 de Fevereiro você completa 18 anos, e já vai poder assumir tudo.

– Mas por que você não faz isso Dave? Você deve entender isso. Eu não sei de nada disso! Não entendo! Eu não posso fazer isso!

– Eu não posso, só tenho 16 anos. Só poderia fazer isso daqui a dois anos. A empresa não podia esperar Marie!

– Mas... E o seu pai, meu tio Aro? Ele é adulto, é da família, ele entende disso! – tinha que ter uma saída!

– Sim. Nesse tempo em que você ainda era pequena e na adolescência ele era o responsável por administrar tudo, mas só provisoriamente, por que o tio Damon tinha a maior parte das ações! E ele tem uma herdeira e... – o telefone dele começou a tocar – droga, só um instante. – disse e foi se afastando para falar.

POV NARRADOR

David se afasta para falar com mais privacidade e se decepciona ao ver quem estava ligando para ele.

– Alo. – disse.

– David – ouviu a voz de James – e então, terminou o serviço?

– Er – o garoto respirou fundo, com certeza ele o esganaria ao saber que novamente deixou a garota escapar. –  ainda  não.


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Notas finais do capítulo

tá ai, obg aos novos leitores s2