Alvo a Abater escrita por AnaTheresaC
Capítulo 50 – Narrado por: Carlisle Cullen
-Pai, preciso que venhas a casa das Swan – pediu Zac muito sério ao telemóvel.
Levantei-me da secretária muito depressa, alarmado.
-O que se passa?
-Vem, simplesmente. Sem perguntas. Estamos todos á tua espera.
Desligou o telemóvel na minha cara e eu peguei no casaco. Conduzi o mais depressa possível com imensas coisas na minha mente, com imensos problemas que podiam ter surgido, mas não me permiti aprofundá-los porque podia ser nada daquilo.
-O seu nome – pediu o intercomunicador.
-Carlisle Cullen – respondi.
-Pode entrar, Mr. Cullen.
O portão abriu-se e eu entrei com o carro. Estacionei mesmo de frente para a porta de entrada e corri até ao alpendre. Uma empregada abriu-me a porta.
-Boa noite, Mr. Carlisle. Estão todos à sua espera na sala de estar.
-Obrigado – disse ela guiou-me pela enorme mansão.
Entrei na grande sala de estar e estavam todos sentados nos sofás, menos Esme. Olhei para ela, e vi que não estava bem. Algo se passava, e algo de muito mau.
-Olá – falei. – Estou aqui, o que querem conversar?
-É verdade que eu sou seu filho? – perguntou Embry, deixando-me sem chão.
Olhei para Esme com interrogação.
-Eles descobriram. Roubaram as tuas pastas – respondeu ela, tristemente.
-Oh – disse e olhei para Embry. – Sim, é verdade. E Leah, tu és filha da Esme.
Ela começou a chorar e Zac abraçou-a.
-Leah – falei e ajoelhei-me à frente dela. – Eu sempre serei o teu pai, não importa que tipos de laços nos unam. Eu vou sempre amar-te, filha.
-Então porque fizeram isto? – indagou Embry e vi que ele também estava a chorar.
-Porque era o melhor para vocês. Colocámos os vossos verdadeiros apelidos incógnitos, eles jamais vos descobririam. E assim, seriam os adotados, sem sangue de Swan ou Cullen a correram nas veias – expliquei. – Eles nunca teriam nada contra vocês.
As luzes apagaram-se de repente e só havia a claridade da lareira.
-O que está a acontecer? – perguntou Bella.
-Não sei – respondeu Rosalie. – Vou ver o quadro. Emmett, Jacob, Embry, venham.
A porta de vidro abriu-se e soaram vozes:
-Todos para o chão!
-Agora!
-Ninguém se mexe!
Peguei na mão de Leah e levei-a para o chão, colocando o meu antebraço por cima da cabeça dela para a proteger. Não conseguia ver nada, mas sabia que eles tinham armas, porque as luzes que eles tinham eram brancas e só focavam o que eles queriam. Pegaram pelo braço livre e eu não resisti. Aquelas vozes eram demasiado familiares, eu conhecias de algum lado…
-Parece que nos encontramos outra vez, Carlisle – sim, sem dúvida, eu conhecia aquela voz, mas de onde?
-Não! – gritou Esme e ouvi alguém a gemer de seguida.
-O que se passa aqui?
-Temos-te vigiado há muito tempo. Muitos anos. Aos dois. Mas agora, vocês vão sofrer as consequências de não nos terem dado o que queríamos.
Com a carabina nas minhas costas comecei a mover-me para onde me diziam. Eu parecia calmo, mas por dentro estava… horrível. O que podia acontecer aos meus filhos? Ou a Esme?
Um tiro foi disparado e eu ouvi Leah gritar.
-Não! – gritei de seguida, mas bateram-me na cabeça e eu caí na inconsciência
***
Acordei e estava com um saco preto na cabeça, mãos e pés atados a uma cadeira de metal. Um homem tirou-me o saco da cabeça e eu pude olhá-lo.
Meu Deus… Não era possível. John Gullard estava ali. Ele era procurado por todas as agências internacionais por homicídios em toda a parte do mundo. Eu já o tinha apanhado uma vez, quando era novo, mas ele fugiu-me, não sem antes me dizer que só descansaria quando eu morresse. Porém, ele nunca mais apareceu nem ouvi falar dele. No entanto, ali estava ele.
-Esta é a tua linda amante?
Olhei para o lado e Esme estava acordada, com os olhos arregalados. John passou os dedos pela face dela e eu remexi-me na cadeira, desejando tirar aquelas patas de cima dela.
-Parece que sim.
-Deixa-a. Ela não tem nada a ver com isto – disse, com o queixo erguido.
-Aí é que te enganas. Passei anos com o FBI, a CIA e a Interpol atrás de mim! – gritou ele, fora de si. – Não sabes o que tive que passar! Nunca tive vida!
-Mataste imensas pessoas! Chamas a isso viver?
-Pelo menos fazia alguma coisa de útil! Todos os que matei estavam a mais neste mundo. Assim como vocês dois – falou ele e apontou-nos uma arma. – Só matam e prendem quem vos convém! Aceitam a pena de morte!
-É aí que te enganas! – ripostou Esme. – Prendemos tipos como tu que matam sem pensar nas pessoas!
-Não! – gritou ele e encostou a pistola á cabeça dela. – Eu matei os maus da fita. E aqui, vocês são os maus da fita.
Virou-se para mim, sorrindo triunfante. Eu fitei-o, sem o temer. Sabia muito bem o que estava para acontecer, mas se ela ia morrer, eu iria junto com ela, por isso, não tinha medo de morrer naquele momento.
A porta foi escancarada e Emmett entrou, com Rosalie, Embry, Jasper e Nessie. Dispararam sem piedade para John e ele caiu no chão, inerte, morto. Respirei fundo e olhei para Esme. Ela também parecia aliviada e Jasper começou a tirar-me as cordas.
-Eles têm um em cada quarto. Ainda só conseguimos resgatar a Nessie – falou ele baixinho.
-Muito bem, vamos tratar de todos – disse, no meu tom profissional e depois de ele me desacorrentar as mãos, ajudei-os com os pés. Esme levantou-se e ajudou-me. Quando acabámos, levantei-me.
Fitei-a atentamente e abracei-a com força. Eu amava-a. Passados tantos anos, ela tinha-me trazido de volta a esperança de voltar a amar, e ela era essa prova. Eu amava-a. Nunca tinha pensado em amar alguém para além de Renée, mas depois, ali estava Esme, dezoito anos depois, e ela tinha-me feito ver o mundo de uma forma diferente.
-Vamos – murmurou ela e Nessie entregou-lhe uma pistola e recargas. Emmett entregou-me uma espingarda automática.
-Foi tudo o que arranjámos – disse ele, vendo que eu não fiquei feliz com uma arma automática.
-Vamos! – disse Esme e saímos todos do quarto.
-Agora já somos muitos – murmurou Jasper. – Eu fico com a Nessie, Emmett com Rosalie, e vocês os dois ficam com o Embry.
Embry empalideceu, mas assentiu. Separámo-nos e andámos pela casa, a verificar se havia algum dos deles a circular. Como não havia, voltámos a subir para o primeiro andar e invadimos um dos quartos. Nesse quarto estava Zac e Bella e depois de matarmos o sequestrador, voltámos a separar-nos e eu fiquei só com Esme.
Ela estava concentrada naquilo que estava a fazer e eu compreendia bem porquê: não era todos os dias que a nossa casa era invadida por inimigos e sequestrava os nossos filhos.
Voltámos a resgatar mais dois, desta vez Edward e Leah. Os dois estavam bastante magoados porque tinham dado luta á séria, e mal se conseguiam manter em pé. Houve mais tiros disparados e quando notei, já estavam todos salvos.
-Agora sim, vou tratar do quadro elétrico – falou Rosalie e olhou de lado para Esme. – E também é necessário revermos as medidas de segurança.
Esme acenou, compreendendo o que ela tinha que fazer.
-Vou falar com o meu superior.
-E eu também – disse. – É inadmissível alguém ter-me perseguido ao longo de todos estes anos e ninguém saber.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado! Afinal haverá mais uns capítuluzinhos.
XOXO