Capítulo 49 – Narrado por: Leah Cullen

Quando todos saíram, eu e Embry deixámo-nos ficar.

-Então… isto é tudo verdade, não é? – falou ele, com uma ruga na testa, e não encarando Leah.

-É.

-Era por isto que me andavas a evitar nos últimos dias?

Acenei que sim, mas reafirmei:

-Sim.

-Porque não me contaste logo?

-Como querias que te contasse? – perguntei, com lágrimas a escorrerem pelas faces. – “Ei, Embry, tenho uma coisa para te dizer que vai mudar as nossas vidas: tu és um Cullen e eu uma Swan”. Era isso que querias?

-Com um pouco mais de delicadeza, talvez.

Resfoleguei e levantei-me da cama.

-Embry, eu amo-te, mas se eu não tivesse tido o apoio do Zac e da Nessie, jamais conseguiria contar-te. Bolas, posso meter-me à frente de uma bala, mas sou uma galinha quando o tema é família!

Embry riu e abraçou-me.

-Há quanto tempo é que sabes?

-Uma semana – falei. – Nem demorou muito, pois não?

-Não, linda. Para uma galinha nem demorou muito – brincou ele, causando a minha gargalhada.

-Eu amo-te – afirmei.

-Eu também te amo, Leah. Muito.

Os gritos de Rosalie histérica soaram por toda a casa e eu desfiz o abraço.

-É melhor colocarmos água na fervura – disse.

-Com toda a razão – concordou ele e saímos do quarto.

-Como é que pudeste? Como? Pensei que confiança se ganhava, mas tu deitaste tudo para o lixo! Tudo! – gritava Rosalie. – Eu odeio-te! Como pudeste não nos contar! São os assassinos do meu pai! É a minha irmã! É a minha família!

-Rosalie Swan…

-Esse nome já está gasto! – interrompeu Rose.

-Tu terias feito precisamente o mesmo que eu! – gritou Esme e todos se calaram.

Esme nunca gritava, pelo menos, nunca a tinha visto gritar. Pela cara de todas, ela nunca tinha gritado com eles daquela maneira.

-Preciso que me ouçam. Todos. Mas para completar a história é também necessário ter o ponto de vista de Carlisle. Algum de vocês faz o favor de o chamar para uma reunião emergência?

-Eu chamo – disse Zac, num tom baixo, pegando no telemóvel.

-Ótimo. Obrigada, Zac. E agora, vamos todos falar lá para baixo.

Ela passou por nós, e parou perto de mim e do Embry. Suspirou e olhou para cada um dos nossos rostos. Olhou em frente e prosseguiu, sem nos dirigir a palavra.