Alvo a Abater escrita por AnaTheresaC
Notas iniciais do capítulo
Capítulo especial, narrado pelo lindo Alex Pettyfer, que nesta fanfic é um excelente espião.
Capítulo 46 – Narrado por: Alex Pettyfer
-V, acho que não agiste bem com o teu irmão.
Ela olhou-me com ferocidade e eu peguei na sua mão.
-Ouve o que te digo. O Embry só estava preocupado contigo.
-Ele apoia o Zac e ele traiu-me! – exclamou ela ofendida.
-V, ambos sabemos que isso não é 100% certo. Tu não o viste a fazer nada de mal, apenas não retribuiu as tuas chamadas – disse, tentando colocar um pouco de razão naquela cabeça dura.
Ela pareceu pensar durante um pouco e eu esperei que o discernimento caísse de volta àquela cabeça.
-Posso ficar uns tempos na tua casa, Alex? – pediu ela, com olhos de gatinho abandonado.
-Claro que sim – falei logo, sem hesitar. – O tempo que quiseres.
O meu telemóvel tocou e eu atendi.
-Alex, é a Alice.
-Olá, baixinha – disse, sorrindo e vi o pânico da Vanessa. Tentou pegar no meu telemóvel mas eu parei o pulso dela e neguei com a cabeça. – Tudo bem?
-Tudo bem por aqui – respondeu ela. – Tens a Vanessa aí ao teu lado?
-Sim – falei.
-Ótimo. Preciso que a leves a Redondo Beach.
-Isso vai ser um pouco difícil, baixinha – disse enquanto me recostava na cadeira e sentia-me muito feliz por os olhos da Vanessa não serem balas, porque aqueles olhares… eram letais.
-Alex, tu és charmoso, lindo de morrer, bom agente infiltrado e dizes-me que não consegues levar uma Vanessa de coração partido a Redondo Beach?! – guinchou ela do outro lado.
-Vou tentar, mas não prometo nada. Sabes, eu e a V estamos a passar um bom tempo.
-Alex, ela tem namorado – relembrou-me Ali.
-Eu sei, eu sei – resfoleguei. – A que horas?
-Ás sete. Amo-te, fofo.
-É bom que o teu namorado não oiça isso – brinquei com ela, gargalhando.
-Livra-te de lhe dizeres, senão terias mais um atrás de ti – respondeu ela e desligou o telemóvel.
-O que foi? – perguntou Vanessa olhando para mim curiosa. Infelizmente, eu precisava de lhe mentir, era um mal necessário para ela fazer as pazes com o tal Zac.
-Tens sorte de teres uma irmã tão preocupada contigo. Ela telefonou a pedir para te tirar daqui porque eles planeiam levar-te de mim – disse. – O Zac quer falar contigo à força.
-Então temos que ir – falou ela levantando-se e pegando logo na mala.
-Não – parei-a e levantei-me. – A baixinha disse-me a que horas eles planeiam raptar-te.
-E quando é?
-Ás sete. Não te preocupes, ainda temos tempo.
Ela sorriu e sentou-se.
-Obrigada por seres meu amigo, Alex. Sem ti, não sabia o que faria.
Beijei-lhe o rosto e coloquei o seu cabelo para trás.
-Sempre ás ordens.
Ela sorriu e lembrei-me do quanto fomos felizes, antigamente. Foi apenas há dois anos atrás, mas parecia que tinha sido ontem. Pelo menos para mim, porque pelos vistos ela seguido em frente.
-O que foi? – perguntou ela, corando ligeiramente.
-Nada – respondi e pisquei os olhos várias vezes. – Estava a pensar em talvez darmos um passeio de carro.
-Ótima ideia – sorriu e recostou-se na cadeira. – Sinto falta disto, sabes? Do sol, do calor, da praia…
-Muita coisa mudou, Vanessa.
-Sim, eu sei, e não me arrependo de nada. Há exceção disto. Eu gostava mesmo da Califórnia, queria viver aqui, ter uma clínica veterinária, uma casa com jardim para ter os meus cães e gatos. Nos primeiros tempos, até pensei que a entrada para o FBI fosse um capricho meu, mas não era. A minha mãe tinha tudo muito bem planificado, aquilo não tinha sido apenas um campo de treino para a nossa defesa: ela queria que ficássemos unidos, por muito que isso custasse a muitos de nós.
-Ainda podes voltar atrás – disse.
-Não, não posso. Já estou demasiado dentro para sair – falou com o rosto tenso. – Mas se pudesse, sairia e iria viver aqui.
Voltei a pegar na sua mão.
-O meu apartamento tem dois quartos. E a minha cama é king size.
Ela riu e apertou as nossas mãos ligeiramente.
-Alex, foi há muito tempo.
-Foi há apenas dois anos!
-Muita coisa mudou, e tu sabes disso. Eu mudei, tu mudaste, as nossas vidas mudaram.
-Posso ter mudado, mas o meu amor por ti não – afirmei sério. Ela precisava de saber o que eu sentia por ela, ela precisava de saber que tinha escolha, que eu estaria aqui sempre por ela e nunca a abandonaria.
-Alex, não faças isto. Não estragues tudo entre nós – implorou ela e tentou afastar-se de mim, mas eu prendi o seu braço e obriguei-a a encarar-me.
-Vanessa, eu amo-te. Olha-me nos olhos e diz que não me amas, diz que não sentes nada por mim senão amizade, e então é isso que seremos: apenas amigos.
Ela pegou nas minhas mãos delicadamente e olhou-me nos olhos.
-Eu não te amo da mesma forma, Alex. Não sinto nada por ti para além de amizade e respeito pela pessoa que és e por aquilo que tivemos. Nunca esquecerei o que tivemos, mas é necessário seguir em frente. Eu segui em frente, e tu devias de fazer o mesmo.
Baixei os olhos para o chão, sentindo-me pessimamente. Ela não me amava, ela gostava mesmo do Zac. Como prometido, seremos sempre amigos e eu não voltarei a tocar no assunto, irei seguir em frente e para isso, é necessário fazer mais uma coisa por ela: reuni-la de novo com o Zac. Olhei para as horas e ainda tínhamos uma hora restante.
-Como prometido: só amigos – falei para ela e vi o seu sorriso aparecer.
-Fico feliz por me entenderes.
-Eu não entendo, mas respeito – disse. – São duas coisas diferentes, Vanessa. E mudando de assunto, há um sítio onde ainda não fomos e é obrigatório ir.
-Onde?
Tirei uma nota do bolso e coloquei-a por baixo do copo de refrigerante para pagar a conta.
-É um local que tu adoravas quando ainda cá vivias.
Levantámo-nos e fomos até ao meu carro. Guiei pelas ruas de Los Angeles, mudando de direção quando percebia que ela sabia onde estávamos a chegar. Parei a dois quarteirões do sítio onde a queria levar.
-Alex, estamos a andar há quinze minutos, és capaz de me dizer onde é que vamos?
-Aqui – disse e parei de frente para a melhor gelataria de LA. – Era o teu sítio preferido, lembras-te?
Entrámos e pedi dois gelados de café, que eu sabia que era o favorito dela, e por coincidência, também o meu. Saímos de lá e voltei a guiar até à praia onde Alice tinha dito que eles estariam. Sentámo-nos à beira mar e saboreámos o nosso gelado.
-Achas que posso passar cá uns tempos? Quero dizer, tens mesmo a certeza que não vou ser um incómodo para ti?
-Claro que não, V – voltei a dizer. – Só numa condição: tens que me ajudar a apanhar os mafiosos de LA.
Ela riu.
-Combinado.
Olhei para o relógio: cinco minutos para as sete.
-Hoje estás a olhar muito para o relógio – observou ela. – Tens algum sítio para ir?
-Não, só estou a pensar que por esta altura eles devem de estar a causar um aparato enorme no café onde estávamos e afinal estamos aqui descontraídos a saborear o melhor gelado do mundo.
Voltou a gargalhar e acabou com o gelado. Deitou-se para observar o céu que estava cor de laranja.
-A quantidade de vezes que fiz isto e tinha-o como garantido.
-Essa nostalgia está a dar cabo de mim, V. Pede transferência e vem viver para aqui e assim ajudas-me.
-Era uma boa ideia, sabes – concordou ela. – Mas a minha família iria ficar destroçada.
-E acabarias por sofrer tanto como eles – deduzi e sabia que estava certo, porque ela não respondeu, e era mesmo dela. A coisa que ela mais valorizava era a família, não importava o quão difícil fosse manter a harmonia entre todos.
-Olá Vanessa – disse uma voz atrás de nós que eu não conhecia, mas V sim.
-Zac – falou ela, levantando-se ao mesmo tempo que eu, assustada e na defensiva.
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Espero que tenham gostado. O que Zac lhe irá dizer? Será que Vanessa vai compreender?
Gostavam que Alex voltasse a narrar outro capítulo?
Esta fanfic vai passar a ser postada todos os domingos. Para mais alguma fanfic que queiram ler sobre Twilight Saga, tenho As mestiças, e a 2ª temporada desta fanfic vai voltar no verão, por isso comecem a lê-la.
XOXO