Alvo a Abater escrita por AnaTheresaC


Capítulo 41
Capítulo 41 - Narrado por Vanessa Swan




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Capítulo 41 – Narrado por Vanessa Swan

Acordei, tomei banho e olhei para o meu telemóvel: nada, nenhuma chamada do Zac. Algo se passava e eu precisava de saber. Para começar, ontem só falou comigo de manhã e durante a noite nem me telefonou, como era costume, para me desejar as boas noites. Telefonei-lhe, mas ele não atendeu.

Peguei nas chaves do meu carro e desci para a garagem. Arranquei com o carro, fazendo os pneus chiarem e andei pelas ruas de Seattle preocupada e furiosa por ele não me telefonar e retornar as minhas ligações.

Então, uma ideia horrível passou pela minha cabeça: e se ele não quisesse mais nada comigo? O choque preencheu-me e o medo veio logo de seguida, uma facada no meu coração fez a minha respiração falhar e algumas lágrimas vieram-me aos olhos. O que me aconteceria? Eu amava-o, mais do que tudo, faria tudo por ele, até morrer com uma bala no meu coração. Como seria? Como poderia suportar a ideia de ter de partilhar algo com ele todos os dias, termos o mesmo grupo de amigos e não poder tocar-lhe como um casal? Como seria não poder beijá-lo quando quisesse, como era possível a minha existência sem ele ao meu lado?

Mas, se ele queria acabar comigo, teria que mo dizer na cara, sou uma Swan, não me iria deixar abater, porque eu não sou qualquer pessoa para ele. Não me iria deixar rebaixar, não iria chorar à frente dele, não iria implorar para voltar para mim. Não, se ele já não me quisesse, iria deixá-lo ir, fingir que estava feliz e não me importar com ele. Iria ignorá-lo, deixar de falar com ele, mesmo que isso me obrigasse a chorar todas as noites por o ver feliz e contente por se ter visto livre de mim. Isto tudo iria acontecer, mas ele teria que me dizer na cara que não me queria.

Toquei no intercomunicador da casa dos Cullen e um empregado deles abriu-me o portão. Estacionei o carro no pequeno parque que era destinado às visitas e um empregado veio receber-me.

-A quem devo anunciar?

-Zac Cullen.

-Vou chamá-lo.

-Obrigada.

Ele deixou-me entrar e fiquei à espera na sala de visitas. Andei de um lado para o outro, preocupada e a pensar no que iria fazer caso ele acabasse comigo. Sairia dali com a cabeça erguida, sem pena alguma.

-Olá Vanessa.

Virei-me para trás e vi que era Edward.

-Olá Edward. O Zac não está?

-Não. Ele saiu cedo com a Leah, acho eu.

Leah. Acha ele. Às tantas já andava com outra, que por sua vez era muito parecida com a Leah.

-Hum, OK. E não fazes ideia de quando ele pode chegar, não?

-Lamento, mas não. Podes ficar aqui, se quiseres.

-Não, deixa estar. Diz-lhe que… que passei por cá.

-OK, está bem. Eu digo-lhe.

-Obrigada, Edward – falei e peguei na minha mala para sair.

-Espera!

Parei a meio caminho, furiosa por ele estar a tentar fugir. Mas eu iria esperar para ele me dizer na cara aquilo que queria dizer.

-Sim…?

-Está tudo bem?

Ele parecia mesmo preocupado e desconfiado.

-Não sei, pergunta ao teu irmão.

Abri a porta de casa sem lhe dar hipótese de ele dizer mais alguma coisa. Saí com o meu carro da propriedade deles e andei a vaguear pelas ruas de Seattle, até chegar a um pequeno café, onde costumávamos fazer as reuniões. Pedi um capuccino e fui sentar-me numa mesa. Peguei no meu telemóvel e telefonei-lhe mais uma vez, mas desta vez, ele atendeu.

-Estou?

A voz não soou do telemóvel, mas sim de trás de mim. Olhei para trás e lá estava ele, ao pé da Leah e da… Nessie? O que ela estava a fazer ali com eles?

-Olá Vanessa.

-Olá Zac.

Ele levantou-se e beijou-me.

-Como estás? – perguntou ele.

-Bem. Acho eu.

-O que se passa?

-Diz-me tu – falei desafiadora.

-O que foi que eu fiz? – perguntou ele, parecendo confuso.

-Ah, então, fizeste mesmo alguma coisa. Que bom saber. Porque não me dizes logo?

-Vanessa, eu não estou a entender…

-Porque não me telefonaste ontem? E porque é que hoje não me ligaste nem retribuíste as minhas chamadas?!

-Vanessa eu… - parecia que agora ele se ia explicar! Mas eu ia-lhe poupar o cansaço de se tentar justificar.

-Chega de falar. Eu já entendi. Mas podias ter dito! Não tentes procurar-me.

Peguei na minha mala e saí do café, com lágrimas a brotarem dos meus olhos. Entrei no carro e arranquei, em direcção a qualquer lugar. Só precisava de ficar longe dali.


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Notas finais do capítulo

Alguma sugestão para onde Vanessa terá ido? Acham que há futuro para estes dois?
XOXO, até terça!



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