Alvo a Abater escrita por AnaTheresaC


Capítulo 26
Capítulo 26 - Narrado por Embry Swan




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Capítulo 26 – Narrado por Embry Swan

Saímos de casa a correr, com imensas coisas, mas todas necessárias.

-Nessie, liga para o Edward. Avisa-os que estamos a sair da cidade – ordenou a Alice.

-É para já – disse Nessie.

Arrumámos tudo há pressa no porta bagagens do carro e entrámos.

-Estou? Edward? Daqui fala a Nessie. Já estamos despachados.

-Embry. Tu conduzes – mandou Alice. Atirou as chaves do carro e eu apanhei-as no ar e corri para o lado do condutor. Era hora de mostrar que sou bom a conduzir.

-Não te entusiasmes – pediu Nessie. – Concentra-te apenas na condução.

Arranquei e fiz o que Nessie mandou. Passados umas horas, já estávamos nós a caminho de Forks, o carro deles apareceu e atrás dele um carro. Do outro carro, saiu um homem com uma arma.

-Eles têm uma arma! – gritei e ambas olharam para trás. Acelerei e vi Leah a disparar contra o outro carro.

Alice pegou na arma que tinha no porta-luvas, abriu o vidro e ficou lá há espera de uma hipótese para disparar. Nessie pegou no telemóvel e colocou-o com o GPS ligado no suporte onde eu costumava meter o meu para falar.

Havia três pontos. Um vermelho, um amarelo e um azul.

-Nós somos o vermelho, os Cullen são o amarelo e os mauzões são o azul – informou ela.

Pegou na arma dela e fez o mesmo que Alice. Zac e Leah estavam a disparar e Nessie retirou-se.

-Bolas! Não nos estão a dar hipótese de disparar! – exclamou ela e ligou um número qualquer do telemóvel dela.

-Diz Nessie – disse Edward.

-Leah e Zac para o lado esquerdo. Nós ficamos com o lado direito.

-Certo. Ouviram-na, certo? – disse Edward. – Mantém a chamada ligada. É importante.

-OK – disse Alice. – Embry, aqui tens uma prova de fogo.

A minha irmã minúscula saltou para o meu colo e abriu o vidro. O que vale é que ela era baixinha e por isso não tive que me esforçar muito para ver a estrada.

Os tiros começaram e Edward começou a andar de uma lado para o outro, na tentativa de os despistar. Comecei a fazer o mesmo. Ele ia para o lado esquerdo e eu para o lado direito. Quando ele ia para o lado direito, eu ia para o lado esquerdo.

O carro azul ficou para trás e as minhas irmãs recolheram-se no carro.

-Trabalho feito – informou Alice com um sorriso no rosto. Saltou do meu colo para o banco ao lado e o resto da viagem foi calma.

Chegámos lá rapidamente e a Vanessa, a Rosalie e o Jasper vieram ajudar-nos a carregar as coisas.

-Apanhámos alguns a seguirem-nos, mas conseguimos despistá-los – disse Zac.

-Quem eram? – perguntou Rosalie.

-Não sabemos – respondeu Edward. – Mas eram profissionais.

-Temos que ser muito cuidadosos a partir de agora – disse Leah.

-Concordo – disse eu. – Eles vão querer saber onde é que nós estamos.

Nessie ficou imóvel e todos nós notámos isso.

-Chamem o Jacob. Rápido! – disse ela.

Eu e Leah lançámo-nos nas escadas há procura do Jacob. Ele estava a descansar um pouco num dos quartos.

-Jacob, mano, a Nessie quer falar contigo – disse Leah afagando-lhe o cabelo. – E pelo ar dela, era bastante importante.

Jacob acordou de imediato, levantou-se, pegou numa camisa e num casaco e saiu. Uau, parecia que ele estava hipnotizado, ou qualquer coisa assim do género.

-É melhor ires. Tenho que tratar da ferida – disse Leah.

-Que ferida? – perguntei preocupado e aproximando-me dela. A blusa que ela tinha vestida, tinha um rasgão e a pele sangrava.

-Foi de raspão. Nada de importante.

-Eu ajudo-te – ofereci-me.

-Não é preciso. Eu sei cuidar de mim própria – disse ela bruscamente.

Resolvi ignorá-la. A Leah nunca mudaria. Nem passados cinquenta anos.

-Onde é que está a caixa dos primeiros socorros?

Ela suspirou e respondeu:

-Na casa de banho.

Fui até lá e a caixinha vermelha estava dentro de um armário. Regressei até ao quarto e ela estava sentada de costas para mim.

-Encontrei – disse.

Fui até ela e os seus olhos estavam vazios, sem emoção.

Tirou a camisola e virou-se para eu ver bem a ferida. Ela era tão linda.

Comecei a cuidar da ferida, com muito cuidado para não a magoar. Coloquei o penso e disse-lhe que ela já podia vestir a camisola.

-Embry?

-Diz.

-A minha mala é a branca. Podes trazê-la para aqui? – perguntou ela prendendo o meu olhar.

-Claro – disse um pouco engasgado. Fui buscar a mala dela, que estava entre outras, e meti mesmo ao lado da Leah. Abri os fechos e abri a mala. Ela tirou uma camisola branca de manga comprida e um casaco azul (http://www.bymk.com.br/looks/845453). Vestiu a camisola e o casaco. Ficámos uns momentos, apenas olhando um para o outro.

Só os Céus sabem o quanto eu queria beijar aquela miúda. A única miúda que eu nunca tinha esquecido, que sempre teve todo o meu coração com ela. Não quer dizer que ás vezes eu não andasse com uma miúdas, mas Leah era a tal. Eu sabia-o.

Ela aproximou-se de mim lentamente e os nossos lábios uniram-se de maneira única. Eu nunca iria esquecer aquele beijo, tal como não esquecia o dia em que ela partiu e eu me despedi dela.

Flashback ON

-Embry? – chamou ela insegura. Tinha lágrimas nos olhos e custou-me ver que ela não queria aquilo.

-Vou ter saudades tuas – murmurei e afaguei a sua bochecha, limpando uma lágrima que tinha escorrido no seu rosto.

-Eu também – disse ela e abraçou-me. Começou a chorar sem parar e eu afaguei o seu cabelo, numa tentativa de a acalmar. A sua dor, era a minha dor, como se estivéssemos ligados por um fio invisível.

Tinha medo de a perder, de nunca mais a voltar a ver. Então, deixaria uma recordação com ela, para nunca se esquecer que nós nos conhecemos e que sempre estarei há sua espera.

Desfiz o abraço e toquei os seus lábios com os meus. Depois sorri e ela também. Voltou a abraçar-me e depois foi-se embora.

Flashback OFF

Os nossos lábios separaram-se e ela sorriu. Tal como anos antes.

-Eu sempre pensei que nunca mais te voltaria a encontrar, Leah, por isso eu tenho que dizer isto: eu amo-te. Amo-te mais que a minha própria vida, amo-te de tal maneira que nem o calor do Sol e o universo inteiro não teriam espaço para o meu amor por ti caber.

Os seus olhos brilharam com tais palavras e eu senti-me ligeiramente orgulhoso de mim mesmo.

-Eu também te amo, Embry. Para sempre.

Aquelas palavras foram música para os meus ouvidos. Voltei a beijá-la ardentemente e ficámos ali um tempo infindável. Acabámos por adormecer juntos. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Obrigada pelos comentários! Até sexta!



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