Alvo a Abater escrita por AnaTheresaC


Capítulo 23
Capítulo 23 - Narrado por Leah Cullen




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Capítulo 23 – Narrado por Leah Cullen

O jipe do Emmett, onde ia ele próprio, o Edward, o Jasper, o Zac e a nossa refém, a Esme Swan, iam há frente, enquanto eu e o Jacob seguíamos atrás. Neste momento, pensámos que se fossemos para Forks, era melhor que Portland porque Forks fica a quatro horas de Seattle e se fôssemos discretos, ninguém notaria em nós. O nosso amigo, James, tinha um hotel um pouco fora da cidade e era para aí onde iríamos.

-Elas já estão a caminho – informou Jacob.

-Óptimo. Diz-lhes onde é que vamos ficar.

Ele teclou qualquer coisa rapidamente e depois falou:

-Já disse.

-Esta viagem vai ser bem longa – suspirei.

-Não és a Leah Cullen? Não gostas de irritar o teu irmão?

Sorri maliciosa. Então vamos lá irritar o Emmett Cullen. Acelerei ainda mais e fiquei mesmo colada à traseira do carro dele. Ele no início não fez nada, mas passados uns minutos acelerou ainda mais.

-Isto assim é mais excitante – disse voltando a acelerar.

A hora que se passou fiz sempre isto, mas depois percebi que a Esme já tinha acordado, por isso, era hora de a assustar um bocado.

-Vou encurralá-los, boa?

-Excelente ideia. Deixa-me só avisá-los – pediu Jacob pegando no telemóvel que estava ao lado do meu GPS.

Mandou uma mensagem e esperei minuciosamente dois minutos e comecei a encurralá-los. No início fiquei sempre ao lado deles, o que era perigoso caso aparecesse algum carro do lado contrário da via. Podia provocar um acidente, mas mesmo assim não me importei. Depois ultrapassei-os e comecei a andar de um lado para o outro. Jacob estava a rir como uma criança e atento em mim. Sorri para o meu irmão e continuei com a brincadeira. O meu GPS disse que estava a meia hora de Forks, por isso, era sempre bom brincar mais um pouco.

Travei o carro de repente e o jipe de Emmett chiou. Acelerei o carro, não que estivesse há espera que o Emmett batesse em mim, apenas por uma questão de segurança.

-És perfeita, Leah! – exclamou Jacob olhando para trás. O jipe já estava em andamento e vinha na nossa direcção.

-Vamos lá ver se o Emmett não quer acabar com o meu carro. Porque eu não seria capaz de lhe perdoar.

Emmett meteu-se mesmo atrás de nós, completamente colado. Aquela pressão não me atingia, mas eu sabia que dali a uns minutos, se não segundos, ele começaria a bater no pára-choques e aí sim, eu ficaria bastante irritada. Ninguém toca no meu carro lindo. Ninguém.

Acelerei e passámos a seguinte meia hora a brincar ao gato e ao rato. Começámos a entrar na zona urbana de Forks e então chegou a hora de sermos cautelosos. O hotel de James obrigar-nos-ia a atravessarmos Forks inteira, mas não demoraria muito, sendo que Forks não era propriamente Seattle.

James já estava há nossa espera e então deu-nos a chave do quarto onde iríamos ficar e o quarto onde a Esme mais dois de nós iríamos ficar. Avisámos que estaria prestes a chegar as Swan e ele disse que então iríamos ficar com um andar só para nós. Apesar de eu não ter gostado muito da ideia, tive que concordar. Não ter que andar piso abaixo e piso acima sempre que precisava de falar com elas, dava-me imenso jeito.

Emmett deitou Esme numa das camas e depois ele falou:

-A donzela já está cá. Agora, quem é que fica com ela.

-Eu fico – prontificou-se o Zac.

-Eu também posso ficar – disse eu. – Tenho a certeza que o Zac não bate em mulheres.

Emmett ia a falar mas eu dei-lhe uma joelhada na perna e ele retirou-se assim como os outros. Tirei uma cadeira da mesa e sentei-me de frente para ela.

-Então, estamos aqui os dois – disse Zac que também tirou uma cadeira e sentou-se ao meu lado. – Queres falar?

-Sobre o quê?

-Pensas que eu não reparei na maneira como tu olhaste para o Embry? Está na cara que tu gostas dele!

Bufei e levantei-me para ir ter há janela. Estava tudo deserto.

-É verdade, não é?

-Cala-te Zac! Não vamos discutir isso aqui! Estamos numa missão, lembraste?

Bateram há porta e o Jacob entrou e avisou:

-Elas já chegaram. Vão ficar no quarto ao lado. Quem está lá é a Rosalie e a Nessie Swan, OK?

-Obrigada Jake. Podes ir – disse eu e olhei para Esme. Ela parecia uma pessoa simpática, e uma boa mãe. Quem me dera que ela fosse a minha mãe verdadeira. Ao menos conhecia quem ela era.

-Ela não vai acordar tão cedo – continuou Zac. – Vais-me dizer, ou não?

-Sabes que mais? Estou cansada – disse-lhe e saí do quarto. Fui ter ao quarto do lado esquerdo, onde estavam os meus irmãos e pedi ao Jasper para me substituir. Ele assim o fez.

-Salta da cama, Emmett – disse impaciente.

-Nem sonhes! – disse enroscando-se mais.

-Tu é que pediste – avisei-o e sentei-me em cima dele, com uma perna de cada lado. Comecei a fazer-lhe cócegas e ele começou a rir-se. Como é que era possível alguém daquele tamanho ter cócegas? E o problema é que ele se ria como uma criancinha.

Agarrou-me nos pulsos e com uma força de ferro virou-me e ficou por cima de mim.

-Bons sonhos, Leah – disse ele saindo de cima de mim e também do quarto.

-Também para ti! – gritei e eu soube que ele tinha ouvido.

Respirei fundo e fechei os olhos.

-Tu és impressionante, Leah. Consegues sempre tudo o que queres – observou Edward.

-Cala-te, por favor – pedi num resmungo. OMG, aquela discussão com o Zac tinha-me mesmo deixado furiosa.

-O que te aconteceu? O Zac atirou-se a ti pela milésima vez e desta tu não te excitaste? – gozou o Jacob.

OK, ele pediu. Saltei da cama e atirei-me a ele. Literalmente. Entrelacei as minhas pernas na sua cintura e dei-lhe um murro mesmo abaixo do queixo. Ele cambaleou e antes de cair no chão, soltei-me dele.

-Precisavas de ser tão agressiva? – perguntou ele, fazendo pressão no lábio inferior.

-Leah! – repreendeu o Edward.

-Olhem, sabem que mais? Fui! – saí do quarto e eis senão quando esbarro contra alguém.

-Desculpa – disse a voz. Olhei para cima e desejei mil vezes não ter saído do quarto. Embry Swan olhava para mim, preocupado, depois compreensivo. – Acredito que houve algum deles que te chateou o juízo.

-Oh, por favor, tu também não! – exclamei tentando livrar-me dos braços dele que me seguravam a cintura.

-Tem calma, Leah.

Quando ele disse aquele nome tudo fez sentido na minha cabeça. Tudo o que eu tinha andado a evitar não pensar, apareceu como um relâmpago na minha cabeça. O Embry do centro de adopção e o Embry que estava ali naquele momento. Eles eram os mesmos. O Embry que eu sempre amei estava ali, de frente para mim. Outra vez, como da primeira que nos conhecemos.

Flashback ON

Avancei por mais um corredor, esperando encontrar alguém conhecido. Queria voltar para o meu dormitório, mas como? Eis então que uma figura com mais ou menos o meu tamanho aparece no fim do corredor e eu encostei-me ainda mais há parede. Não queria que ele me visse. De certeza que devia de ser aquele rapaz que gozava comigo o tempo todo por eu ser nova ali.

A sombra avançou e quando já estava mesmo quase ao pé de mim, é que percebi que ele me tinha notado. Desatei a correr, mas ele apanhou-me por um braço e eu bati contra o seu peito.

-Tu és nova aqui – acusou ele. Eu sabia que não era uma pergunta. Não sabia se responderia ou não, mas o seu tom de voz não denotava qualquer violência ou gozo.

-Sim – confirmei num fio de voz.

-Estás perdida?

Apenas acenei com a cabeça.

-Anda, eu levo-te até ao teu dormitório.

A sua mão desceu do meu cotovelo até há minha mão e apertou-me suavemente. Ele guiou-me pelos corredores onde eu tinha passado e quando chegámos a uma das portas ele disse:

-É aqui. Até amanhã.

-Até amanhã – respondi e ele deu-me um beijo na bochecha.

Flashback OFF

Dei instintivamente um passo atrás, mas isso prensou-me contra a parede. Não, não era possível! Não podia ser ele!

-Não! – gritei.

Duas portas abriram-se e correram na nossa direcção.

-És tu! Tu és a Leah do orfanato! – gritou ele super feliz.

-Não! Não pode ser! Isto não é possível! – contrariei.

-És sim! E a prova és tu! Lembra-te Leah, lembra-te de primeira vez que nos conhecemos – pediu ele.

-Não!

-O que se passa, Leah? – perguntou Edward, metendo-me entre mim e Embry.

-N-n-n-nada – gaguejei.

-Não digas que não é nada, Lee Lee. Tu sabes que é verdade e é por causa disso que estás a reagir assim – afirmou Embry.

-Não!

-É a tua forma de reagires a algo que não queres! Lembra-te quando soubeste que os teus pais tinham morrido num acidente de carro. Lembra-te!

Flashback ON

-Embry! – gritei correndo para ele.

Ele abraçou-me e deu-me festinhas no cabelo.

-O que aconteceu, Lee Lee? – perguntou ele, preocupado.

-Não! Isso não pode ter acontecido! Não, não, não!

-O que foi, Leah?

Os meus olhos estavam cheios de lágrimas, aquelas palavras de senhora Hotchnner (N/A: eu vejo Criminal Minds!) não me saiam da cabeça: “Lamento imenso, minha querida, mas os teus pais não te podem vir buscar, porque ele foram para o Céu”.

-Não! Não, não, não, não, não!

-Leah! – exclamou ele desesperado por não ter qualquer resposta minha, excepto o meu choro.

-Os meus pais, eles foram para o Céu! – disse entre lágrimas e soluços.

Flashback OFF

-Estás a mentir! – acusei-o.

-Não, não estou, e tu sabes que não estou – defendeu-se Embry.

-Tira-me daqui, por favor! – pedi num sussurro a Edward. Ele pegou-me nos ombros e guiou-me até ao quarto.

-Ei, deixa-me entrar! – disse Embry.

-Tu não voltas a falar com a minha irmã, ou eu parto-te a boca toda, estamos entendidos? – ameaçou Jacob.

-Jacob! – repreendi-o. – Deixa-o entrar. Preciso mesmo de esclarecer algo com ele.

-Tu não entras sozinho, Embry – disse a voz de uma rapariga qualquer.

-Tudo bem, então tu entras comigo, Vanessa. Tu és a única que sabe o que ela significa para mim.

A porta fechou-se e Edward desviou-se, permitindo-me ver a cena. Jacob estava ao pé da porta, claramente ofendido por eu os ter deixado entrar. Embry vinha com uma rapariga de cabelos castanho escuros longos e com uma cara doce, ao lado dele.

-É a minha irmã Vanessa – explicou Embry. – Ela é a única que sabe que nós já nos conhecíamos.

Acenei com a cabeça e dei-lhe um breve sorriso ao qual ela retribuiu.

-És mesmo tu, Embry? – perguntei.

-Sim, sou. Tal como tu és a mesma Leah – respondeu-me ele.

-Embry – desabafei, dando-lhe um abraço. – Não acredito que te reencontrei.

-Eu também não, mas é verdade – disse dando-me um beijo no cabelo. – Tive tantas saudades tuas.

-E eu tuas.


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Notas finais do capítulo

Oh, que fofinhos, não acham?
Para a semana há mais!
Bjs



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