Alvo a Abater escrita por AnaTheresaC


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo, alguém vai perceber o que realmente se passa...



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Capítulo 16 – Narrado por Jacob Cullen

O Zac saiu e eu fui para o meu quarto, sendo que não me apetecia aturar o meu pai. Fiquei a ouvir o meu álbum favorito enquanto arrumava o meu quarto. Depois de ele estar todo arrumado, decidi que fazer um pouco de exercício não faria mal a ninguém e desci as escadas. O meu pai estava na sala falar com alguém:

-Sim, está tudo em ordem. Eles já saíram há mais de uma hora.

Houve uma pausa e depois ele quase gritou:

-Tu nem penses que vais fazer isso! Eles são meus filhos!

Eu fui aproximando-me mais dele sem fazer qualquer tipo de barulho.

-Esme Swan, mais uma vez eu aviso-te que se perderes, vais ter que me dar aquilo que eu quero.

Esme? Esme Swan? A mãe da minha Nessie?

-Claro. Falamos depois de eles terem concluído a missão. Até mais logo.

O quê? Não era possível! Os meus irmãos mais as Swan tinham ido ao mesmo local e eu lembrava-me muito bem qual era a palavra de ordem do meu pai quanto a esta missão: “matar até só restarmos nós e não ter piedade dos outros que ficam para trás”.

Significa que isto tudo estava combinado? Saí da sala sem fazer qualquer barulho, sendo que não foi muito difícil porque ele meteu o som da TV mais alto.

Corri para o sótão e tentei contactar o Jasper. De todos, ele seria aquele que era capaz de me compreender melhor mas ele não atendeu. Devia de ter o telemóvel desligado ou algo parecido sendo que era suposto ele estar numa missão.

Não esperei mais, tinha quase a certeza que a minha Nessie estava lá e o aperto no meu coração deu o sinal que algo não estava bem. Ela não estava bem.

Peguei num colete anti-bala, numa pistola que devia de ser do Emmett e corri para a garagem. O meu pai parou-me quando eu estava prestes a sair da garagem. Parei o carro e nem sei como é que consegui, mas dei-lhe um murro.

-Dizes que trabalhaste para chegar onde chegaste, mas duvido. Deves de ter feito muitos jogos sujos pelo meio.

Ele ficou surpreendido com o meu acto de violência e eu pensei em dar-lhe outro golpe, mas decidi que mais valia a pena reunir as Swan e os meus irmãos para resolver isto.

Voltei a entrar no meu carro e continuei em frente. Fui para o sítio onde era suposto haver a tal missão e o Emmett estava gravemente ferido no chão.

-Emmett! – gritei.

Ele tentou levantar-se mas eu imobilizei-o e chamei logo uma ambulância. Depois, tirei-lhe a arma e corri para a meter dentro do meu carro. Só depois me apercebi que ele não tinha colete.

-Tu és doido? Estares numa missão destas e não teres colete?

-Ele estava muito pesado, não conseguia correr bem com ele.

Ele estava a contorcer-se de dores. Meti as minhas mãos na ferida, tentando a todo o custo estancá-la. Ouvi passos e reconheci o vestido verde de Leah nas mãos de um homem que tinha a estatura do Jasper. Oh, não, a minha irmã não! Mas o que raio tinha acontecido?

-Jazz? – perguntei, apenas para confirmar.

-Jacob, a Leah foi atingida na perna, temos que a levar para o hospital – disse o Jasper.

-Eu já chamei uma ambulância para o Emmett – informei-o.

-Emmett? – perguntou a Leah no colo do Jasper. – O que aconteceu?

Ela olhou para mim e os seus olhos voaram para onde estavam as minhas mãos.

-Não! Emmett! – gritou ela, dando um salto do colo do Jasper e caindo no chão e rastejando para o meu lado. – Não, por favor Emmett! Não me deixes!

A Leah, para além de estar a suplicar, estava a chorar compulsivamente e eu sabia que não era a dor física que a bala lhe estava a causar; era a dor do medo de perder um irmão.

A ambulância chegou e meteram o Emmett numa maca, pegaram na Leah e levaram-nos para o hospital. Eu iria no meu carro e o Jasper iria buscar a carrinha que eles tinham trazido e o Edward que ainda estava a vigiar o perímetro, que mesmo com a agitação toda, ainda não deve de ter notado nada, porque não tinha qualquer hipótese de comunicar connosco e vice-versa.

Andei a alta velocidade para o hospital e entrei a correr lá dentro. No entanto, algo me parou antes de chegar à recepção: uma maca passou por mim e eu vi-a: a minha Nessie. O meu grande amor. A miúda com quem eu tinha curtido há apenas 24 horas.

Nem tive tempo de reagir porque tão depressa ela apareceu como desapareceu pelas portas das urgências. Jasper apareceu atrás de mim e encaminhou-me para a sala de espera onde ficámos durante longas horas. Ambos os meus irmãos estavam a ser operados e o caso do Emmett era o mais preocupante. O nosso pai apareceu com um ar imensamente preocupado, mas eu sabia que era só fingimento. Apeteceu-me bater-lhe mas eu sabia que seria incorrecto e ele iria questionar-se sobre o meu comportamento em relação a ele.

-Pai – choramingou o Jasper.

-O que aconteceu? – perguntou ele.

-O Emmett e a Leah levaram um tiro. No ombro esquerdo e na perna esquerda respectivamente.

-Oh meu Deus – disse o meu pai sentando-se na cadeira que tinha mais próxima dele.

Os seus olhos azuis tão sábios ficaram subitamente vazios e eu temi o pior. Pensei que ele iria ter um ataque cardíaco ou algo assim do género. Aproximei-me dele, assim como o Jasper e ficámos há espera que ele recuperasse.

-Pai? – perguntou o Jasper. – Por favor, responda-nos.

Os seus olhos voltaram a ficar normais e ele olhou para nós os dois.

-Já avisaram o Zac?

Não. Ainda não o tinha avisado e duvidava muito que o Jasper também o tivesse avisado.

-Não, pai, ainda não o avisámos, mas irei fazer isso o mais rápido possível – disse-lhe. Retirei-me e telefonei para o Zac. A noite estava fria e húmida. Havia algumas ambulâncias estacionadas e outras a partirem com as sirenes ligadas.

-Oi?

-Zac, é o Jacob – disse rapidamente. – A Leah e o Emmett foram atingidos.

Houve uma pausa do outro lado e depois ele perguntou:

-Foi muito grave?

-O Emmett levou um tiro no ombro esquerdo – disse-lhe pausadamente.

-Merd*! Vou já para aí.

-OK. Esperamos-te aqui. Bye.

-Bye.

Desliguei e voltei para dentro do hospital. Estava uma loira e uma senhora com cabelo castanho a falar baixo encostadas a uma parede. A loira eu sabia que era a Rosalie Swan, por isso, a senhora de cabelo castanho devia de ser a mãe dela: Esme Swan. Passei por elas e parei assim que virei a esquina, ouvindo a conversa delas.

-Aquele Emmett… tive que fazer aquilo mãe!

-O teu dever era nunca teres saído da carrinha ou então…

-Já chega! Queria o quê? – indagou Rosalie ríspida. – Que ele a matasse?

-Não.

-Óptimo. Fiz o melhor que sabia na altura.

-Vou ver como está a Renesmee – disse a Esme.

Corri um pouco até ao fundo do corredor e fingi que estava a mandar uma mensagem quando ela passou. Mal virou a esquina do longo corredor, fui ter com a Rosalie.

Ela estava sentada no chão a chorar.

-Rosalie Swan? – chamei-a.

Ela olhou para cima e percebi que me reconheceu de imediato e a pergunta dela, só provou isso.

-Jacob Cullen?

Acenei com a cabeça e sentei-me ao lado dela.

-Como é que está a Nessie?

-Está a ser observada – disse-me enquanto limpava as lágrimas à manga do casaco. – Como é que está o Emmett?

-A ser operado de urgência.

Ela suspendeu a respiração e desatou a chorar outra vez.

-Tu gostas dele, não é? – fui directo ao assunto.

-Sim. Não tinha a noção de que lhe tinha dado um tiro que fosse necessário a operação.

-Mas foi – disse-lhe. – O Emmett é resistente, ele aguenta.

-Espero bem que sim – suspirou ela.

-Eu não te conheço muito bem, mas há algo que eu tenho que te dizer – comecei a falar.

-O que é?

-Há alguma coisa entre o meu pai e a tua mãe.

Ela olhou para mim chocada e eu expliquei-lhe tudo desde o inicio. Reparámos que havia realmente algo de errado e iríamos em breve (assim que todos eles saíssem do hospital) convocar uma reunião, para percebermos melhor o que ia acontecer.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!
Comentem!
Harry Potter Parte 2 é demais!



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