Alvo a Abater escrita por AnaTheresaC
Capítulo 11 – Narrado por Alice Swan
Finalmente! A Bella ia sair do hospital ainda hoje! Mas foi só a mãe e o Embry buscá-la, eu e a Nessie tínhamos que ficar a cuidar da Rose e também a tratar de retomar toda a operação para matá-los. Ainda não tinha conhecido Jasper pessoalmente, mas tinha medo que acontecesse o mesmo que aconteceu às minhas irmãs: ficarem completamente apaixonadas por eles. Eu tinha medo. Nunca na minha vida tinha tido um namorado, e nunca tinha estado numa situação tão difícil como esta (medo de me apaixonar).
Ali estava eu. No meu quarto a pensar como é que iria conhecer finalmente o Jasper Cullen. Já sei! Hoje a Nessie tem um encontro com o Jacob, pode ser que ele também vá. Saí do meu quarto e bati à porta do quarto da Nessie.
-Entre – disse ela do outro lado da porta.
Abri a porta e perguntei logo:
-Achas que posso ir contigo à discoteca? E também achas que podes pedir ao Jacob para levar o Jasper?
Ela olhou para mim com aqueles olhos marotos castanhos. Percebi logo que ali vinha uma provocação:
-O Jasper? Ah, sei. O giraço de cabelos louros e com ar de sentimental. Que fofo! Posso ficar com os dois?
-Nessie!! – exclamei brincalhona.
-Estou a brincar! – disse ela levantando os braços em sinal de rendição.
-OH, eu sei! – respondi sentando-me na cama dela. – Então, achas que posso ir?
-Nada que um SMS não resolva.
Levantou-se e foi buscar o telemóvel que estava em cima da estante. Depois veio sentar-se ao meu lado enquanto discava no telemóvel. Passados uns segundos a resposta afirmativa veio.
Bati palmas de vitória e dei-lhe um beijo na face.
-Adoro-te mana!
Levantei-me da cama e fui logo para o meu quarto preparar o vestido mais sexy e discreto que tinha dentro do roupeiro. Fui há secção dos vestidos (N/a: imaginem o tamanho do quarto do Edward no Crepúsculo como closet da Alice) e tirei de lá um vestido preto com lantejoulas brancas e prateadas curtinho. Ficaria perfeito com… uns sapatos de salto alto pretos e… uns brincos cor de pérola (iguais aos que a Vanessa Hudgens usou na cerimónia dos Oscars o ano passado). E a mala? Já sei! A mala preta de cerimónia da Bella. De certeza que ela não se iria importar. Meti tudo em cima da cama para ver como é que iria ficar e… perfeito! Vou arrasar, discretamente. Será que a Nessie precisa de ajuda? Que pergunta, é claro que precisa!
Corri para o quarto dela e ela ainda estava no computador.
-Ainda aí? – perguntei.
-Sim – respondeu ela sem tirar os olhos do ecrã. – Não preciso da tua ajuda, Alice. Já decidi o que vou levar.
-Ai sim? O quê?
Ela apontou para o roupeiro minúsculo. Respirei fundo e abri as duas portas. Dentro de um plástico estava um vestido bege com decote em V, um pouco acima do joelho, muito bonito, discreto e elegante.
-E os sapatos?
-Vou levar uns da Bella. Ela tem uns lindos, dourados.
-Hum… OK – disse rendida. – Precisas de ajuda nalguma coisa?
-Não obrigada.
Ela desviou os olhos do computador, fitando-me atenciosamente. Depois afirmou:
-Estás nervosa.
-Não – menti descaradamente. – Só estou a tomar as providências necessárias para tudo correr bem.
-Sim, pois – disse, voltando a atenção para o computador, outra vez. – Se precisar de alguma coisa eu digo-te. É verdade, a Bella já chegou?
-Ainda não. Deve de chegar dentro de 20 minutos.
-Que precisão.
-Não é precisão – afirmei irritada. – É certeza. Com licença, menina certinha.
-À vontade.
Saí do quarto irritada e fui para a sala ver TV. Não estava a dar nada de jeito, por isso fui para o meu quarto arranjar qualquer coisa para fazer. Abri o meu roupeiro e vi que algumas das coisas que lá estavam, já tinham desaparecido de moda. Portanto, isso significava… Dia de Compras!!! Peguei na minha mala grande azul e corri para o quarto da Nessie perguntar se ela queria vir comigo, mas ela negou. Não faz mal! Compras sozinha é muito melhor!
*****
Passadas quatro horas já estava de volta a casa, a arrumar as roupas rapidamente, porque a seguir tinha que me ir produzir. Arrumei o último vestido e fui para a casa de banho, pondo rímel, base, blush, sombra branca brilhante, gloss rosa claro e pintei as unhas de preto. Preto é sempre elegante.
É hoje! É hoje que vou conhecer o Jasper Cullen. Nervosa? Muito. Demasiado, até.
Respirei fundo algumas vezes e desci as escadas. Fiquei à espera de Nessie mais uns dez minutos e depois fomos.
-No Porshe? – perguntou ela, receosa.
-Claro! – tentei convencê-la. – Nada melhor que chegar a uma discoteca com uma bomba destas. Eles até vão babar!
-O-OK. Mas só desta vez!
-Claro!
Parti a grande velocidade e em meia hora já estávamos há entrada da discoteca. Entrámos e ficámos há espera dos rapazes no balcão. A música estava boa. I want to live in Ibiza é uma das minha músicas favoritas.
-Estão ali – disse Nessie, olhando fixamente para um ponto da discoteca.
Olhei para onde o olhar dela indicava e vi duas pessoas: a que estava à frente tinha pele morena e um sorriso maroto no rosto; o segundo tinha o cabelo loiro… olhos verdes… um tom branco de pele que era maravilhoso… Quando ele me olhou, o meu coração parou. Não sei explicar. Era como se… como se fizéssemos parte um do outro.
-Olá – disse Nessie. – Eu sou a Renesmee e tu deves ser o Jacob, certo?
-Sim, sou eu – respondeu o rapaz de pele morena.
-Esta é a minha irmã Alice.
-Olá Alice – cumprimentou Jacob.
Olhei realmente para ele e percebi que ele era tal e qual o estilo da Nessie. Eles iam-se dar muito bem. O problema era que no final um deles tinha que… m-m-morrer.
-Olá Jacob!
Voltei a prestar atenção no Jasper. Ele olhou para mim, mas desviou logo o olhar. Ele parecia envergonhado. Não sei explicar! Algo nele me atraía profundamente. Deus, como era possível eu sentir uma atracção por um homem como ele? Era como se ele fosse o centro da minha vida.
-Vamos dançar? – convidou Jacob para Nessie.
-Claro! – respondeu ela. – Alice, ficas bem?
-Sim, claro – respondi prestando pouca atenção às palavras.
Eles foram para a pista de dança todos divertidos. Eles iam dar-se mesmo bem.
-Então… - começou Jasper. – Queres dançar?
-Claro! – respondi alegre.
Fomos para a pista de dança e estava a bombar. Comecei a soltar-me completamente e o Jasper também.
-Vou buscar qualquer coisa para beber – informou ele, meia hora depois de estarmos a dançar. – Queres alguma coisa?
-Eu vou contigo.
Ele estendeu-ma a mão e eu peguei nela. Mal lhe toquei senti um choque eléctrico percorrer-me o corpo, mas não doía; era… encantador. Parecia que só estava a reforçar o meu sentimento pelo Jasper.
Ele pediu duas cervejas e bebemos logo ali no balcão.
-Queres ir outra vez para a pista? – perguntou ele.
-Não sei. Estou cansada.
-OK. Eu fico aqui contigo.
-Não precisas – disse, mas gritando por dentro para ele ficar ali comigo.
-Eu prefiro – insistiu ele. – Mas se quiseres posso ir.
Aqueles olhos verdes maravilhosos… OMG! Está a acontecer-me o mesmo! Não, não, não! Não é possível! Desde que a minha mãe não saiba… Foco, Alice Swan. Foco. Não é possível envolver-me emocionalmente com as pessoas do caso. Nem fica bem na reputação.
-Não! – exclamei eu. – Podes ficar.
Ficámos a contemplar as pessoas a dançar, divertidas, e algumas demais. Durante a hora seguinte, não vi a Nessie nem o Jacob. Comecei a ficar com sono e olhei para o relógio; quatro da madrugada.
-Está a ficar tarde - informei eu.
Ele olhou para o relógio dele e acenou com a cabeça.
-Queres que te leve a casa? – perguntou ele prendendo o meu olhar no dele.
-Eu trouxe carro. Só preciso de saber da Nessie.
-Acredita em mim: o Jacob já a levou para um hotel qualquer.
Entrei em pânico. Ele ia matá-la! Ela está sozinha, indefesa e ainda por cima, era bem provável que ela estivesse bêbeda.
-Preciso de ir há casa-de-banho.
-Eu espero aqui – disse ele.
Corri para a casa-de-banho, mas a porta estava trancada. Comecei a bater com força até que ela se abre. Nem queria acreditar no que estava a ver: Nessie e Jacob.
-Nessie! – gritei.
-Ei! – gritou ela também. – Tu não és minha mãe e eu sou maior de idade.
-Vamos andando? – perguntou Jacob ao ouvido da Nessie.
Que horror!
-Não! – gritei para ele. – Ela vai comigo para casa. Agora!
-Como queiras – disse Nessie virando-se para Jacob. – Vemo-nos por aí.
-Claro miúda.
Beijaram-se de uma forma que seria interdito a maiores de 18 anos.
Corremos para fora da discoteca e entrámos logo no meu carro. Podia ter bebido um bocado, mas estava em condições de conduzir para casa.
-Podes-me explicar o que aconteceu? – exigi furiosa.
-Tens a certeza que queres?
-Não.
-Óptimo. Mas só te digo uma coisa: o Jacob é um gato, lindo, maravilhoso e…
-Não quero saber.
-Agora posso fazer-te uma pergunta?
-Sim – acenei.
-A química entre ti e o Jasper nota-se a quilómetros de distância.
-Isso não é uma pergunta – acusei.
-Eu sei – disse ela. – É a constatação de um facto.
-Já acabaste?
-Já – afirmou ela. – Agora só quero a minha cama.
-E eu também.
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