Já se viu na situação de tu ser uma pobre, inferior e chegar na casa de alguém e essa casa ser tipo uma MANSÃO extraordinária e tu ficar sem graça até de tocar a campainha? Pois é, se você nunca ficou nessa situação, tu vai ver como é agora, neste exato momento!
Depois de alguns minutos, cheguei na porta da casa de Justin. Casa? Aquilo tava mais pra uma mansão. Se já é linda por fora, imagina por dentro. Ai meu Deus. Cheguei perto da porta, conferindo se estava na casa certa. Conferi o número. É, é esse mesmo. 302. Toquei a campainha, e logo pude ouvir a voz de Justin numa caixinha de som (aquelas que ficam perto da campainha, que os seguranças perguntão QUEM É sabe? hihi).
- Quem é?
- É a Rafaela. - pude ouvir um Ah, ela chegou baixinho, isso me deixou corada por alguns segundos. Mas tive que me controlar, afinal, não queria chegar pimentão na casa do Justin né? Hahah! Segundos depois, Justin abriu a porta. Ele rolou os olhos sobre mim, e ficou parado, olhando fixamente para mim. Olhei para baixo, envergonhada. Ele percebeu e logo começou a falar.
- Oi Rafaela, vem, entra. - ele me puxou para dentro da porta, e aquilo era só a entrada. Logo ele abriu uma porta grande e branca, me puxando finalmente para dentro da casa. Que casa hein! Muito linda, grande, granfina. Ele foi me puxando pela mão enquanto subia as escadas, me levando para seu quarto, que ficava no segundo andar. Ele parou em frente a porta, e a abriu rápido. Ele não soltou nem um minuto a minha mão, que nesse momento estava gelada, ao perceber isso.
- Bem vinda ao meu quarto e blá blá blá. - ele continuava a segurar firme a minha mão, ele fazia questão de estar segurando-a forte, não sei porque. Parei para olhar ele. Ele estava realmente muito bonito. {n/a: Beliebers gatchenhas, imaginem o Justin com a mesma roupa que ele tá em Never Let You Go (sem ser aquela que ele tá com uma blusa branca, em cima de um penhasco) e se divertam, se derretam pelo Bieber porque hoje ele é de vocês rssssssss q} Pude notar que ele estava muito agitado. Eu estava mais calma, continuei olhando pra ele. Até que eu comecei a falar.
- Então, o que nós vamos fazer?
- Vamos assistir filme?
- Vamos! Que filme?
- Resident Evil! E não precisa ficar com medo, eu estou aqui para te proteger.
- Haha, besta! - soltei uma gargalhada e olhei fixamente para ele com um olhar desafiador. - Você acha que eu sou desse tipo de garota? Eu não tenho medo de nada! NADA!
- Tudo bem então, Fearless. - ele pegou na minha mão denovo, mas dessa vez ele entrelaçou nossos dedos, e não me deixou nem ao menos respirar e já foi me puxando denovo para algum lugar que eu não sei. Fomos para o terceiro andar e começamos a andar num corredor, até que ele abriu uma porta e entramos numa espécia de cinema. Sim, uma sala de vídeo. Wow!
- A gente vai assistir aqui. Tá? - ele olhou para mim, como se a minha opinião importasse.
- Tá! - ele soltou minha mão (finalmente! haha) e apontou no lugar aonde nós iriamos sentar. Bem no meio, mais ou menos. Ele abriu um grande armário de madeira e começou a procurar o filme. Assim que achou o filme, colocou o mesmo num dvd e deu início a sessão. Ele apagou as luzes e se sentou do meu lado. Não eram cadeiras em si, eram pequenos sofás de três lugares, espalhados pela sala inteira. Era muito confortável. Ele ficou bem junto de mim. Começou então o filme. Ele pegou na minha mão, como de costume, e entrelaçou nossos dedos denovo. Eu assisti o filme normalmente, até que derrepente, a televisão desliga sozinha! Eu olhei para ele com cara de "WTF" e ele olhou pra mim com a mesma cara. Ele se levantou rápido, abriu a porta e deu uma olhada no corredor. A casa estava toda escura. Ele saiu para fora e depois de alguns minutos voltou com duas lanternas grandes na mão. Eu fui até ele e perguntei.
- O que aconteceu?
- Está tendo uma tempestade enorme, acho que acabou a luz.
- E seus pais?
- Foram para a casa dos meus tios assim que eu disse que você viria... Eles preferem deixar eu sozinho quando eu tô com amigos. Devem ficar lá até amanhã, por causa da tempestade, eu acho.
- Nossa! Acho melhor eu ir pra casa..
- Não! Não vou te deixar ir sozinha pra casa. Não tem telefone. - assim que ele disse, eu tirei meu celular do bolso e o balancei para que ele visse que tinha sim celular. Ele tirou da minha mão rápido, e jogou longe. E voltou a falar. - Agora não tem mais.
- Justin!
- Rafaela! Por favor, fica.
- Tá bom, eu fico. E agora, o que a gente vai fazer?
- Já sei! Vem! - ele pegou na minha mão DENOVO, e me puxou para as escadas, fomos descendo devagar dessa vez. Chegamos no segundo andar, e fomos para uma das grandes salas. Estava bem escuro, então ele acendeu algumas velas ali para não gastar a luz das lanternas. Ele deve ter acendido umas 12 velas e espalhado pelo ambiente todo. Ele me puxou para o sofá, e nós ficamos ali, conversando e rindo alto, do jeito como eu imaginava. Eu sempre soube que ele não era um garoto rude, do jeito que ele queria aparentar a ser. Eu sabia que tinha alguém legal ali, por trás de tudo. Eu estava tão feliz conversando. Comecei a ficar com sono.
- Justin, que horas são? - ele deu uma rápida olhada em seu relógio de pulso e olhou para mim novamente.
- Nossa, já é uma hora da manhã! Vamos dormir aqui mesmo?
- Pode ser. Boa noite, Justin.
- Boa noite, Rafaela.
Dormimos juntos, ali naquele sofá-cama. Juntos. No sofá-cama. Sofá-cama. Juntos. Isso ficava martelando na minha cabeça até eu pegar oficialmente no sono. E eu dormi como uma criança, como se aquela fosse a minha última noite.