Já era noite, a doce noite me abraçava com sua escuridão. Meus pés descalços sentiam o cimento em suas solas e o aroma metropolitano embriagava meu organismo. Estava no terraço de um pequeno edifício, na parte mais isolada da cidade, sentada esperando minha presa.

Um poste iluminava fracamente a rua abaixo, mas isso não era problema para mim. 

Decididamente não me importava mais com a minha dieta, se fossem animais tudo bem, se fossem humanos tudo bem também. Não me importava no momento, mas tinha quase certeza que teria uma crise de conciência mais tarde, porém tentei manter isso no fundo da minha mente. Estava com sede e meu jantar se aproxiamava há passos trôpegos, isso era tudo que via agora.

Agilmente desci as escadas de incêndio em uma velocidade impressionante, para cair silenciosamente no chão molhado de um beco sujo. Dei de ombros, esperando até que o humano se aproximasse de mim.

Rápida, assim que ele passou na minha frente, o agarrei pelo colarinho, chocando seu corpo contra a parede pixada.

Ele estava meio lerdo, conseguia sentir o cheiro de alcool exalando dele e seus olhos estavam dilatados, por isso demorou um pouco até conseguir visualizar-me.

''-O que...'' Murmurou o homem confuso, mas nem lhe dei tempo de falar mais. Segurei sua cabeça entre as mãos e em um só golpe, quebrei seu pescoço.

Deixei que seu corpo mole escorregasse pela parede até ficar sentado, facilitaria para mim já que ele era muito mais alto que eu.
Senti-me ''salivar'' quando uma gota de sangue saiu dos seus lábios.

Liberei meus caninos e aproximei meu lábios do seu pescoço ainda quente. Automaticamente, finquei meu dentes naquela pele fina sentindo o liquido quente e revigorante descer pela minha garganta.
Não tive pressa, mas também não estava muito controlada. Ainda vinha com muita exitação para o sangue por não ter esse aspecto muito controlado em mim mesma, tanto que depois de menos de cinco minutos o corpo estava totalmente drenado.

Levantei sentindo todos os meus tecidos e muscúlos rejuvenecidos, parecia que injetaram uma droga na minha veia que me deixava completamente ligada. Peguei a carcaça pelo braço atirando nas minhas costas, indo até um lixão para jogar o corpo lá.

Suspirei, sabe o arrependimento? Surpreendentemente ele não veio.

Talvez estaja me tornado aquele mosntro sem coração que tanto me aletaram. E eu que acreditava que vampiros tinham almas...

''Hurum!'' Virei num atímo e fiz uma careta.

''-Há quanto tempo está aí?'' Indaguei sem realmente me importar.

''-O suficiente'' Revirei os olhos para Edward. Ele que não me venha com esse papinho de ética e aquela merda dos Cullen, porque eu juro que parto aquele cabeção em dois!

Bufei e me preparei para pular na escada de novo quando ele voltou a falar.

''-Hey, espere'' Queria poder dizer que tinha o ignorado e seguido o meu caminho, mas foi tudo ao contrário.

''-O que foi agora Edward?'' Indaguei sem paciência.

Ele caminhou a passos normais até a minha frente, seu olhar não demonstrava nojo ou repulsa como eu previa, na verdade seus olhos estavam insondáveis, o que me deixava mais louca ainda. 

Edward parou a centimetros do meu rosto. Já estava pronta para abrir a boca quando sua mão alcançou o meu rosto. Paralisei, assistindo ele limpar uma mancha de sangue do canto dos meus lábios para logo depois levar o dedo a boca.

Ele fechou os olhos parecendo se concentrar.

''-É melhor do que eu lembrava'' Murmurou arfrando como se segurasse para não correr pela cidade matando todo mundo.

Mordi o lábio, com seus olhos negros de sede e os caninos levemente salientes. Eu nunca tinha visto um Edward assim, vampiro perigoso e altamente mortal. Sempre o vi ''civilizado''. Devo dizer que esse versão malvada era muito mais sexy.

Ele engoliu seco lambendo os lábios e eu imediatamente senti os meus secos. Porque isso sempre acontecia? De uma hora para outra pareciamos dois estranhos em uma sala fechada, sem graça de puxar papo com o outro. Era desconcertante, na verdade e eu odiava isso.

''-O que faz aqui?'' Indaguei com a voz tremula e imediatamente pigareei.
Ele de ombros somente e coçou a nuca.

''-Eu estava indo caçar quando Alice me disse que você viria para cá'' Assenti. Alice, será que aquela linguaruda deu com a língua nos dentes? Seria muito constrangedor...

''-Hum...'' Resmunguei me sentindo desconfortável.

Edward olhou para mim como se quisesse perguntar alguma coisa e eu já sabia o que era. Droga, então ela realmente disse para ele?! Merda.

''-Edward...''

''-Bella...'' Paramos ao perceber que falamos juntos. Nos encaramos em silêncio até que quebrei-o.

''-Você primeiro...'' Ele assentiu com a cabeça e voltou a coçar a nuca.

''-Eu, bem...'' Pigarreou paracendo sem graça. Esperei ansiosa pelo que tinha a dizer, para não dizer nervosa ''-É, que eu queria saber... Eu sei que você vai me mandar a merda, mas eu eu queria muito saber, sabe?'' Fiquei confusa com ele matraqueando.

''-Edward, seja direto'' Resmunguei me irritando.

Ele assentiu e começou a torcer os dedos, nervoso.

''-Como eu já disse, não gosto, na verdade odeio...'' Murmurou baixinho, ma eu ouvi ''Bella e Jacob... juntos'' Olhou para mim para saber se estava lhe compreendendo. Somente fiquei em silêncio ''Na verdade, não gosto de Bella e mais ninguém juntos'' Riu timidamente ''-Eu só queria saber se você não... Arg! Você gosta do Black? Gosta, gosta dele? É apaixonada?'' Colocou tudo para fora logo e posso jurar que se pudesse, Edward estaria corando miseravelmente.
Um sorriso cresceu no canto dos meus lábios.

''-É só isso que queria me perguntar?'' Indaguei divertida. Então toda aquela apreensão era isso? Ciúmes? Me segurei para não gargalhar.
Edward ficou emburrado por estar o riducularzirando, mas ficou calado.

''-Edward, eu nunca...'' Pigareei ao perceber que tinha baixado a guarda

''-Não que isso fosse da sua informação, mas...'' Ele revirou os olhos e eu estreitei os meus ''Não, eu não estou apaixonada por Jacob, na verdade eu nunca fui. Ele sempre foi somente meu amigo há quem vou dever eternamente'' Ele suspirou visualmente aliviado.

''-Ok, devo dizer que estou mais tranquilo'' Sorriu torto e eu m segurei para não sorrir também. Revirei os olhos ao invés, apesar disso tudo, eu ainda o odiava.

''Se era só isso...'' Me virei, mas sua mão me impediu de continuar.
Meus pés pararam onde estava e meu corpo foi assaltado por uma gostosa corrente elétrica. Mordi o lábio e engoli seco, a maldita não me deixava em paz.

''-O que você quer agora?'' Indaguei rude.
Edward permaneceu em silêncio, sem saber exatamente o que falar, por um tempo e eu já começei a ficar impaciente.

''-Nada?'' Silêncio. Bufei e puxei me braço ''-Eu já devia ter imaginado'' Porém, não dei nem dois passos de novo e ele já voltava a me agarrar e estava parado na minha frente ''-Me solta'' Sibiliei, tentando inultilmente soltar-me do seu aperto de ferro.

Ele segurou-me pelos ombros e seus olhos ecararam os meus, me impedindo de desviar. Imediatamente soube que, se meu coração batesse, ele estaria a mil nesse momento. Os olhos negros de Edward estavam mais profundos do que jamais vi na vida. Havia tanta coisa neles, angústia, tristeza, medo, amor...

''-Bella...'' Seus lábios sopraram cada letra, como se fosse música para meus ouvidos ''-Eu não sei mais o que dizer para você ficar... Estou esgotado, não há mais nada que eu faça que te impessa de me virar as costas de novo'' Sua voz estava cortante, mas ao mesmo tempo mole como se estivesse a ponto de chorar.

''-Não há nada'' Murmurei sem realmente confiar na minha própria voz.

Edward me encarou magoado. Era de cortar o coração, mas resisti bravamente, não podia fraquejar e ceder de novo, eu sentia na pele as consequencias disso. E daqui há alguns dias, pagaria pela minha vida por ela.

''-Eu preciso que você fale claramente'' Sussurou e apertou mais seus dedos em meus ombros ''Não aguenta mais essa incerteza, eu preciso ouvir dos seus lábios... Então estará tudo acabado''
Prendi a respiração, não tive coragem nem de respirar o mesmo ar que ele nesse momento.

''-Edward, me solta'' Insisti de novo, mesmo sabendo que era inútil.

''-Você sabe o que eu sinto'' Me ingorou me obrigando a encara-lo ''-Eu me arrependo com todas as minhas força de ter te deixado naquele dia e de ter ficado com Tânia e de não ter lutado por nosso amor, eu queria voltar no tempo, mas não posso Bella... Eu sei que isso te magoou profundamente e é egosita te pedir para me reconsiderar, mas...'' Lambeu os lábios secos e suas mão pegaram o meu rosto entre elas, deixando rente ao seu ''-Eu te amo, amo demais e não seria capaz de ver você ir de novo, com todas essas dúvidas dentro de mim. Mas... Se você me disser que não quer, eu vou entender... Mas eu preciso que você diga para mim'' Terminou sua declaração com um fio de voz.

Arfrei e minhas respiração estava desregulada. Minha cabeça estava uma bagunça, quase entrando em pane e meu coração parecia querer voltar a vida de novo. Senti um nó na minha garganta e algo querendo voltar por ela, junto a uma dor avassaladora ao ouvi-lo dizer: ''...ir de novo...'' Eu não queria ir, queria?

''-Eu não acredito...'' Fechei os olhos sentindo seus dedos apertarem meu rosto como se se segurasse.

''-Acredite'' Rosnou, mas eu novamente neguei sem ter coragem de encará-lo.

O corpo de Edward parecia termer e eu segurava um soluço na garganta. Ele não me veria chorar.

''-Eu te amo Bella, acredite'' Pediu sofrêgo.

''-Eu não consigo...'' Murmurei por fim e tenho certeza que ele entendeu a intensidade das minhas palavras.

Edward já mentiu para mim tantas vezes, por mais que meu coração quisesse acreditar, não conseguia ver a verdade em uma palavra que ele dizia.

''-Bella...'' Murmurou antes de colar seus lábios violentamente contra os meus.

Minhas pernas quase falharam e eu eu arfrei na sua boca. Edward movimentava os lábios contra os meus paralisados e seus dedos estavam na minha nuca e na minha cintura, me prensando no seu corpo com tanta força que teria quebrado meus ossos se fosse humana.
Seu cheiro adentrou meu organismo intoxicando meus sentidos como se fosse uma droga e  eu, uma drogada em reabilitação. Porém, só dessa vez decidi me levar por ela, uma recaída do que eu tinha certeza ser a ultima. Sem resistir, só me deixar levar.

Agarrei seus cabelos cor de bronze com força o trazendo mais para mim, imediatamente abrindo a minha boca. Edward nem esperou um segundo, sua língua se infiltrou pelos meus lábios, se enrolando na minha me fazendo sentir aquele gosto tão conhecido que me fazia delirar.

Nossos lábios tinham uma sincronia perfeita, tanto que fazia minha cabeça rodar atordoada. Me estiquei como pude nas pontas dos pés me agarrando ao seu pescoço, enquanto as mãos de Edward percorriam minhas costas. Mesmo por cima do tecido da minha blusa, sentia o calor que emaneava do seu corpo que se colava ao meu. 

Como um pequeno dejávu, uma onda de exitação cresceu no meu ventre quando seus lábios deixaram os meus e desceram pelo meu pescoço, distribuindo mordidinhas e lambidas por todo o comprimento e eu não pude deixar de gemer e bagunçar ainda mais seus cabelos já revoltos. Mas ao contrário da época que eu era humana, Edward não iria parar... e muito menos eu.