Haunted escrita por Buy


Capítulo 22
O Que Há de Errado Com Forks?(Season 2)


Notas iniciais do capítulo

Galerinha do meu coração! E ai? Quem viu as fotos do meu aviso? São PER-FEI-TAS não? As ainda não acessaram, pode dessistir, já tiraram do ar :( Eu nem tive chance de salvar as fotos! Mas o importante é que quem vui, deve estar surtando que nem eu!

Meus pessames para os atrassados, por isso vou recompensar com um cap. novinha para todo mundo que é Team Jacob e cia.(Eu odeio eles, mas eu tinha que colocar a alcatei na fic para ficar completa com todos de Twilight)

p.s. Para as leitoras tristes por perder as fotos de Amnhecer, da uma olhada no meu perfil, minha foto agora é a Bellinha vampira.

Boa Leitura!



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4 dias atrás

Todos nós precisamos de um porto seguro. Um lugar em que poderíamos voltar sempre que algo nos magoe e nos machuque, sem ter medo de se expor. O meu costumava a ser a casa da minha mãe. Mas, por via dos últimos acontecimentos, não poderia voltar mais a Phoenix. Então quando comecei a correr, meus pés me levaram sem perceber a Forks. É estranho que ha meses atrás o que eu mais queria fazer era ir embora desse fim de mundo, depois eu não quis mais numa patética tentativa de não perder as ultimas lembranças que eu tinha de Edward. Depois de novo, eu quis ir embora, correr atrás do meu sonho, mas agora, como sempre, voltei a onde tudo começou. Forks.

Há dois dias corro que nem uma condenada. Há dois dias não tive qualquer tipo de contato com nada a não ser o mar gelado do Alaska e a grama que era massacrada pelos meus pés. Isso ai, eu destruí mais um par de sapatos.

Era de madrugada e eu estava na frente da minha casa. Ou eu acho que era. Com o passar do tempo minhas memórias começaram a desaparecer. Não tinha espaço na minha mente para que eu tentasse segura-las a mim, estive tão ocupada esses dias que tudo que eu sempre conheci estava se perdendo diante os meus olhos.

Devagar, um pé de cada vez , fui andando até a soleira da porta.  Era marrom, diferente do resto da casa, completamente branca. Tinha uma fechadura simples, que poderia quebra facilmente, mas não fiz. Num impulso me agachei perto do vaso que tinha na fachada e debaixo dele tinha uma pequena chave prateada.

Peguei o pequeno objeto e a sensação de deja vu não me passou despercebida quando girei a tranca e abri a porta.

De primeira mão o cheiro me inundou. Era doce e me dava água na boca. Minha garganta seca á dias se exaltou. Senti minhas presas crescerem imediatamente. Respirei fundo e minha mão amassou a maçaneta que segurava. Eu tinha que descobrir de onde vinha esse cheiro.

Segui a passos rápidos até a pequena sala. A televisão estava ligada num jogo de futebol ou algo parecido. Mordi o lábio e ofeguei quando descobri a origem do cheiro tão delicioso. Charlie ressonava tranqüilo no sofá. Ele tinha no chão algumas latinhas de cerveja, resisti ao impulso de limpa-las, um braço seu estava atrás da cabeça e aponta dos seus pés para fora do sofá.

Agachei-me na frente da figura do meu pai. Ele me parecia tão vulnerável e indefeso. Sentia-me criatura mais letal do mundo perto dele.

Engoli seco e, devagar meus dedos acariciaram sua bochecha com as pontas. Franzi o cenho ao sentir o cheiro de espuma para barbear. Ele tinha tirado o bigode. Mas Charlie sempre adorou seu bigode.

-...E É PONTO! OS ROCKETS GANHRAM A TAMPORADA....- Me exaltei com a TV ficando em posição de ataque.

Ouvi Charlie resmungar pelo meu movimento súbito, mas continuou a dormir.

Olhei para todos os lados. Tinha alguma coisa estranha aqui. Senti um arrepio na minha nuca. Andei para longe do meu pai e fui desligar a televisão. Silêncio, a não ser os roncos do meu pai e o barulho da natureza lá fora. Meus olhos não se importaram com a falta de luz, logo se ajustaram e enxergava perfeitamente bem.

Foi quando me levantei depois de desligar a TV que avistei uma foto. Minha mão alcançou o porta-retrato sem minha permissão e me pus a observar a cena.

Era dia e por incrível que pareça, fazia sol em Forks. Uma construção branca compunha a imagem feliz. Um casal sorria olhando nos olhos um do outro. A mulher tinha os olhos um pouco marejados enquanto abraçava um homem alto tarjado de um terno preto, incomum para mim. Pequenos riscos brancos caiam como chuva em cima dos dois. Arroz.

Olhei de esguelha para Charlie. No dedo da sua mão livre um arco dourado agora era bem visível para mim. Voltei minha atenção á foto e como algumas rugas apareciam no canto dos olhos do meu pai enquanto ele sorria olhando... sua noiva.

Arfrei. Charlie tinha se casado? Com quem?! Ainda com o porta-retrato nas mãos, minha cabeça se virou de onde vinha um cheiro desconhecido. Franzi o nariz. Parecia cachorro molhado. Num canto da sala havia um amontoado de caixas com o mesmo fedor. Na maioria estava escrito Sue Clearwater, mas outras tinham Leah e Seth Clearwater também. A nova mulher do meu pai tinha filhos também? Franzi o cenho. Ele não poderia ter escolhido uma família mais cheirosinha não?

Guardei o porta-retrato no seu devido lugar me sentindo deslocada. Virei-me para Charlie. Seu semblante era sereno, muito diferente das minhas ultimas lembranças, preocupado e desesperado.

Troquei meu peso de perna me sentindo uma intrusa na minha própria casa. Aproximei-me do meu pai e toquei-lhe suavemente o rosto para logo depositar um beijo na sua testa. Ele estremeceu com o contato frio.

-Desculpe pai- Disse com a voz embargada –Eu te amo.

Senti-o suspirar e se remexer no sofá.

-Bella- Sussurrou, mas continuou a dormir.

Sorri levemente por uma fração de segundos.

Respirei fundo, sentada na calçada em frente a minha ex-casa. Meu primeiro objetivo ao vir a Forks era pelo menos conversar com Charlie, sentir o carinho que tanto me faltava naqueles últimos dias. Mas desisti dessa idéia, eu sabia que ao vê-lo automaticamente o colocaria em perigo, que seja pela minha própria sede ou os Volturi na minha cola. Eu seria egoísta, porém ao ver que sua vida estava tão feliz e saudável, me senti culpada em poder estragar isso tudo.

Abracei minhas pernas, apoiando o queixo nos joelhos e fechando os olhos. Uma pergunta rondava a minha mente: O que eu faria agora? Não tinha meu pai, minha mãe, os Cullen, ninguém. Eu estava literalmente sozinha no mundo, e isso era tão assustador...

Encarei meus pés. Estava muito frio para um humano comum, mas não me incomodava o fato de estar descalça.

Ainda conseguia sentir os lábios de Edward contra os meus, seu hálito que me tirava o juízo contra meu rosto. Mas diferente das ultimas vezes, não me senti nas nuvens e apaixonada, senti amargura, dor e ressentimento. Minha torta existência não tinha mais sentido, não tinha mais nada, só dor.

Suspirei. Como eu fui me meter nisso?

-Grrr...- Imediatamente abri meus olhos e fiquei tensa. Foi impressão minha ou tinha acabado de ouvir um rosnado?

Devagar me levantei olhando em todos os lados. A rua estava vazia, ainda estava muito cedo para algum humano estar acordado.

Cheirei o ar. Não era nenhum vampiro, não reconheci o cheiro, porém o fedor que tinha sentido nas caixas lá em Charlie era similar. Fiquei temerosa de algo poder acontecer ao meu pai. Era melhor eu saber que criatura era essa.

Fechei os olhos e me concentrei na essência. Franzi o nariz, mas tentei ignorar. Vinha da floresta.

Meus pés seguiram em direção onde o cheiro era mais forte. Não tinha medo, não temia a morte, só queria que nada machucasse Charlie.

O ambiente completamente verde de Forks me fez lembrar, do dia em que vim aqui com Edward. Balancei a cabeça não querendo me recordar. Eu tinha que dar um jeito nisso, não poderia vive a eternidade me martirizando com esses pensamentos.

A noite estava silenciosa enquanto adentrava mais e mais a floresta. Tive o imenso cuidado para não fazer qualquer barulho. Seguia a trilha do cheiro, estava tão concentrada para não perdê-lo que quase tropecei num buraco.

Bufei, nem vampira essa maldita gravidade me deixaria em paz. Olhei irritada para o buraco que tinha quase caído, mas algo me fez parar. Confusa, me agachei para perto dele. Tinha um formato esquisito, triangular com uns formatos ovais, parecia... uma pata de cachorro? Uma pata de cachorro muito, muito grande.

Levantei estranhando, dando passos para trás olhando ainda para a suposta pegada do cachorro mutante. Sem querer, minhas costas bateram numa grande árvore. Estava muito tensa por isso me virei assustada para ela, então arregalei os olhos. Parecia que um monstro tinha fincado suas garras nela. A pobre árvore tinha marcas horríveis de unhas e estava toda estraçalhada.

Senti o cheiro no ar de novo e minha mão alcançou, no chão, em umas plantas, uma bola de pelos grossos e negros. Levei para perto do meu rosto. Era macil como de animal, porém tinha aquele fedor de carne podre.

Franzi o cenho.

-Mas o que...- Um rosnado como um trovão cortou a noite.Vir-me-ei num átimo, só conseguindo ver algo avançar em mim. Não tive tempo de pensar, só agir. Desviei rapidamente, fazendo a criatura agarrar a árvore.

Em um segundo já tinha escalado outra vizinha, ficando pendurada num galho alto. Rosnei para meu oponente deixando minhas presas crescerem.

O que era aquilo? Tinha o tamanho de um urso, porém corpo de lobo todo cinza. Ele se deu conta que tinha mordido madeira e me olhou irritado lá de baixo.

O Soccoby-Doo mutante estava furioso e deu uma enorme pancada na minha árvore a fazendo cair. De onde o bicho achou tanta força?

Rapidamente pulei e me pus de pé. Ele nem perdeu tempo. Avançou em mim já vindo para morder. O choque deixava meus reflexos mais lentos e a velocidade incomum do animal sempre me pegava de surpresa. Por isso fui jogada no chão com aquele bicho em cima de mim enquanto tentava me morder. Agarrei sua boca com as mãos como se fosse uma focinheira. Ele se debateu tentando se soltar, mas eu era mais forte. Por isso não precisei de muito esforço para nos virar na relva ficando por cima dele. O animal ficou mais irritado ao perceber que eu estava tomando seu controle. Já meio que sem paciência com isso. Esmaguei uma de suas patas dianteiras com o pé até ele resfolgar de dor.

Eu queria morde-lo. Nunca senti tanta vontade de morder algo. Mas não era sede, era morder e estraçalhar a carne do pescoço desse pulguento. Já estava prestes a ceder a minha vontade quando fui atingida pelo que me pareceu um caminhão.

Fui arremessada para longe, mas por conta do meu equilíbrio cai em pé. Agora, haviam mais dois. Um estava na minha frente e tinha aquele pelo negro e o outro era de um tom amarelado, como um labrador e era de porte menor.

O da minha frente rosnava e latia para mim como se dissesse ‘fiquei longe!’. Já o outro parecia amparar o que eu tinha acabado de machucar.

Estava em posição de ataque, mas sem me mexer. O que eram aqueles bichos? O que eles queriam comigo? Normalmente os animais tinham medo de mim, seu instinto dizia que eu era perigosa. Mas esses pareciam querer avançar em mim, além do fato de terem uma força maior que o normal, sem contar o tamanho e velocidade.

Estava tentando raciocinar direito quando um uivo quebrou a noite. Era muito alto e parecia perto. O som das patadas começaram a ficar audíveis para mim, os rosnados e resfolgos. Como uma verdadeira matilha de lobos. Em poucos segundos me vi cercada por vários daqueles animais estranhos. E o pior tudo, todos pareciam querer me fuzilar com os olhos.

Só um pensamento me ocorreu naquela hora: Que porra é essa?!


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Notas finais do capítulo

Hurum, posto a continuação depois! Lembre que isso tudo aconteceu antes do cap. ''Como eu vim parar aqui?''



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