Between Spells, Potions And Love escrita por kaomycs


Capítulo 16
Novas respostas, novas duvidas.


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer a todas as leitoras(res) que comentaram e que eu infelismente no tive a chance de responder adequadamente, estou na casa da minha me, consegui uma brecha para vir aqui e postar, coisa que no consegui antes.
Desculpem todo esse incomodo, por favor comentem e revisem, mesmo eu tendo dado essa mancada.



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- Ok Megh, agora é a hora de conversar.

Megh apenas olhou para mim, parecendo ter voltado a si, lagrimas voltaram a encher seus olhos, mas ela não as derramou. Meu coração ficou pequenininho ao vê-la naquele estado, mas me mantive forte, eu precisava saber.

- Vamos fazer o seguinte então, você tem algo realmente importante para me contar, se você fizer isso eu te conto meu segredo. – Ela olhou para mim surpresa.

- O porquê de você sair escondida a noite? – Sua voz saiu rouca.

- Não só isso, eu te conto tudo. – Seus olhos dobraram de tamanho.

- Tem mais? Você contaria a mim? – Ela parecia não acreditar.

- Só se você confiar em mim também.

Ela abaixou a cabeça por um momento, ponderando, quando eu pensei que Megh não me contaria nada ela engatinhou na cama e veio se aninham no meu colo, como uma criança, sua voz saiu mais tremula dessa vez.

- Se importa se eu ficar aqui? Parece que ele não pode me machucar nos seus braços. – Ela me apertou mais forte e respirou fundo. – Quando eu tinha cinco anos a guerra estourou, meu pai infelizmente era um comensal da morte, por isso não o víamos há muito tempo, mamãe avia abandonado ele a muito tempo, pelo menos era o que eu pensava. Quando você-sabe-quem morreu ele voltou para casa, tinha cortes horríveis no corpo que não paravam de sangrar de jeito nenhum, ele quase morreu, quando se recuperou ele ficou obcecado em matar a pessoa que havia feito isso com ele.

- Ele ficou viajando a maior parte do tempo, procurando por todos os lugares, quando voltava para casa, furioso por não conseguir achar quem queria ele me batia, levava mamãe para o quarto e não saiam de lá até o dia seguinte. Eram momentos horríveis, tínhamos que fazer tudo que ele mandava, ele se agarrava com a minha mãe na minha frente sem vergonha nenhuma e quando ele ia embora mamãe chorava por dias seguidos antes de conseguir se recuperar.

- Ontem, pouco antes de eu ir embora, ele voltou para casa bêbado, rindo feliz da vida por que tivera uma pista de onde estava a tal pessoa, ele disse que quando a encontrasse faria coisas horríveis com ela, e que nós iríamos ajudar também, por essa pessoa ter arruinado a nossa família. Eu cai na besteira de dizer que não queria chicotear ninguém, ele ficou tão furioso que me chicoteou, para que eu aprendesse a não ter dó de vermes como a pessoa que ele estava procurando, mamãe ficou desesperada, “Por que você tinha que desafiar seu pai, por que você não pode ser uma boa menina?” ela dizia.

- E eu... – continuou ela, aos soluços agora. – Eu fiquei tão... Tão aliviada quando entrei no... No tem, por que eu estaria livre dele por muitos meses e sabia que... Que você cuidaria de mim!

Eu mal percebi que estava chorando quando a consolei e contei a minha história, a cada palavra que eu dizia ela soluçava mais, inconformada, sem querer acreditar que tudo aquilo tinha acontecido comigo.

- Como pode uma coisa dessas pode acontecer com você? Isso não é justo.

- Não é justo essas coisas acontecerem com você também irmãzinha. Acho que o destino nos uniu, assim nós podemos compartilhar nossas cargas, não é? Não se preocupe, eu vou dar um jeito nisso para você, mas você terá que esperar até setembro.

- Setembro do ano que vem? Por quê?

- Por que é o mês do meu aniversário, daí eu serei adulta e poderei dar um jeito na sua situação.

- Eu acho que posso agüentar, vamos passar a maior parte do tempo no castelo e eu tenho você para me ajudar! Você me trás esperança!

- Oh querida! – Eu abracei seus ombros e completei mentalmente “Você me dá esperanças também.”

Nós voltamos para o dormitório e Megh dormiu comigo naquela noite, acordei me sentindo leve novamente e pude perceber que Megh sentia o mesmo, contar um segredo era a mesma coisa que tirar um peso nas costas, você se sentia levemente dolorida por ter guardado aquilo por tanto tempo, mas o alivio era indescritível. Descemos juntas para comer, as mesas tinham voltado ao normal e por isso Edward não pode se sentar com a gente, ele apenas acenou para nós e voltou a conversar com outro garoto da Corvinal, comentei isso com Megh e ela riu.

- Deve ser chato ficar longe do namorado, né?

- Edward não é meu namorado, só um bom amigo.

- Humm, não é um amigo, é um bom amigo, né? Hahahaha!

Eu bufei e de repente me lembrei de algo muito importante, desesperada, eu puxe Megh para mais perto, minha cabeça começou a formigar estranhamente, mas eu ignorei esse detalhe, fazendo esforço para deixar a voz mais baixa possível eu disse a Megh.

- Megh, não pensei sobre ontem a noite, de jeito nenhum ok? Eu te explico depois o porquê.

Eu olhei disfarçadamente para Edward, que franziu as sobrancelhas, sabendo que estávamos tentando esconder algo dele, mas como não havia horror no seu rosto eu pude presumir que ele não havia lido, ou ouvido seja como que for, a mente dela. Suspirei aliviada.

- Bom trabalho. – Disse a ela, voltando a comer, Megh sorriu para mim.

- Estou tentando decorar o hino da escola, varias vezes. – disse orgulhosa.

Minha cabeça continuou formigando, mas logo eu me esqueci dela, acabamos de comer e fomos para nossas respectivas salas, Edward me acompanhou até a porta e no caminho perguntou.

- Você não vai me contar por que não quer que eu leia a mente de Megh? – seu olhar me atravessou, ele parecia um pouco chateado.

- Megh e eu trocamos segredos, não quero que você saiba nenhum deles.

- Droga Bella, quando é que você vai me contar alguma coisa?! – Ok, ele parecia bastante chateado.

- Eu não pretendia contar nada a Megh ok? Eu só contei a ela por que foi uma troca, eu precisava saber o que ela estava me escondendo e só assim consegui que ela me contasse.

Ele não ficou nem um pouco feliz, me deixou na porta da classe e não se despediu, quando voltamos a nos encontrar no almoço, ele nem olhou para mim, isso me deixou muito irritada, Megh percebeu meu estado de humor e não fez nenhuma piadinha sobre eu e Edward estarmos namorando. A ultima aula, astronomia, no oitavo tempo foi com a Corvinal, Edward me acompanhou sem nenhuma palavra, como todo o dia, mas conforme subíamos mais e mais na torre o formigamento na minha cabeça começava a se transformar em dor, como se eu estivesse sendo puxada para baixo.

Quando entramos na classe eu comecei a tremer loucamente, com a respiração saindo rasa e rápida, Edward se virou para mim, surpreso, e me apoiou antes que eu caísse. Eu não entendi muito bem o que aconteceu em seguida, minha cabeça estava cheia de um zunido insuportável e não pude me concentrar em nada, só melhorei um tempo depois, eu arrisquei abrir os olhos e vi que estava na ala hospitalar com Edward, Carlisle e Madame Pomfrey.

- O que aconteceu? Minha cabeça ainda está comichando.

- É isso que nós queremos saber querida, nenhum de nós conseguiu descobrir o que você tem e... – Edward interrompeu madame Pomfrey.

- Você disse que a sua cabeça está comichando?

- Edward Cullen... – Começou a enfermeira, mas eu a interrompi, com a voz fraca.

- Comichando, formigando, desde o café da manhã. Mas quando subimos a torre de astronomia começou a ficar pior até eu não poder suportar. – Edward soltou uma exclamação de surpresa.

- Eu acho que sei o que o que ela precisa!

- Você sabe? – Nós três fizemos coro.

- Sim, eu volto em um segundo.

E ele realmente voltou logo, no tempo que ele levou para ir e voltar eu comecei a me sentir melhor, até ficar 99% no momento em que ele entro pela porta com Megh nos braços, senti minha cabeça levemente latejante, coisa inofensiva, como no café. Madame Pomfrey e Carlisle não entenderam nada, assim como eu, que diabos Megh tinha a ver com isso tudo?

- O que essa garotinha faz aqui Edward? – perguntou Carlisle.

- A cabeça de Bella começou a doer por que Megh se afastou muito dela. – Edward respondeu simplesmente.

- Como assim? – Eu e Megh perguntamos ao mesmo tempo.

- Bella, durante o café, você pediu para que Megh não pensasse sobre ontem à noite, certo? – Ele não esperou resposta, apenas continuou falando, como quem descobre algo fascinante. – Megh disse que estava pensando no hino da escola para limpar a mente, mas quando eu tentei lê-la não havia nada ali, do mesmo modo que a sua mente. De alguma forma você fez com a mente de Megh a mesma coisa que faz com a sua, sem saber, e quando Megh se afastou muito de você o esforço foi muito grande e você não agüentou.

- Por Merlin Megh, onde você estava?

- Com o moço grandão, Hagrid, na cabana dele. O professor Malfoy nos levou para ver o hipogrifo dele, perto da floresta proibida.

- E nós estávamos na torre de astronomia, é uma distancia impressionante Bella. – Elogiou Edward.

- Eu nem sei o que eu fiz! – me defendi, apesar de ninguém ter me repreendido.

- Que legal, Bella bizarra. – disse Megh rindo.

- Valeu mesmo irmãzinha. – Edward levantou uma sobrancelha ao ouvir o termo,

- Bem, agora temos que descobrir como fazer para Bella desfazer isso. – Disse Carlisle.

- Exatamente, ou isso acabara ocorrendo novamente. – Concordou madame Pomfrey.

“Ah inferno!”, pensei, mas falei.

- Eu não sei o que fazer.

- Eu prometo que não vou ler a mente da Megh Bella, fique tranqüila para tentar. – Megh concordou.

- Pode deixar que eu não vou pensar no nome do seu namorado Bells! – Prometeu ela, Edward ficou inexpressivo.

- Ok, agora eu não posso prometer mais nada. – Megh riu de novo, sendo acompanhada por Carlisle, madame Pomfrey apenas sorriu.

- Ótimo, simplesmente maravilhoso. – ironizei.

Mesmo assim tentei, repetindo mentalmente varias vezes que não precisava me preocupar “Megh não vai pensar nos seus segredos, ficará tudo bem.” e de repente eu senti. Era como uma pele muito fina e sensível, não sei se era transparente ou simplesmente invisível, mas eu podia senti-la, ela me envolvia e se esticava por apenas um fio até Megh e a envolvia também, sem esforço nenhum eu a puxei de volta para mim. Edward me chamou, sua voz muito baixa e distante e assim a sensação foi embora, não havia mais membrana alguma.

- Você está bem? Você parecia muito concentrada, meio em transe. – Comentou Edward. – Eu posso ler a mente de Megh novamente, ela está pensando em um cara exageradamente bonito, de cabelos loiros e com uma guitarra na mão.

- Eu sempre tive uma queda por músicos. – Disse Megh rindo.

- Eu pude sentir, quase ver, por um segundo uma espécie de... Pele? Uma membrana bem fina que me envolvia e ia até Megh, a envolvendo também, quando eu a puxei de volta os pensamentos de Meg foram liberados.

- Isso nos leva a muitas possibilidades. – Disse Carlisle com aquela cara de cientista louco de novo, eu quase podia ouvir a risada compassada dele.

- Acho melhor nós falarmos sobre isso amanha, Megh e Bella devem jantar e dormir bem, deve ter sido uma experiência cansativa, não é mesmo Bella? – Sugeriu Edward, reconhecendo a cara do pai.

- Tem toda a razão garoto, pacientes devem se alimentar e descansar para se recuperar, se certifique de fazê-la comer bastante. Ah, quase me esqueci, aqui está a sua poção mocinha. – Disse madame Pomfrey me entregando o frasco familiar de poção azul.

- Obrigado, eu vou fazer exatamente o que a senhora disse. Boa noite para vocês.

Realmente, eu e Megh comemos e fomos direto para a cama, antes de dormir aninhada a Snow, porém, eu fiquei pensando no que aconteceu, e cheguei à conclusão que eu estava ficando mais entranha a cada dia. “Ah inferno!”, pensei, “Essa esta se tornando a minha frase favorita.”

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ATENÇÃO!

Ta rolando um concurso aqui novinho aqui na fic! As leitora devem mandar uma mensagem privada para mim com suas teorias sobre os segredos da Bella e o possivel final da fic, as melhores teorias serão postadas aqui em um capitulo especial.

Três cargos serão preenchidos: Crânio de ouro, mente de prata, cabeça de bronze e Imaginação bizarra.

Podem mandar quantas teorias quiserem, quanto mais melhor. Boa sorte a todas as leitoras que arriscarem a sorte.

Regras

1° - Escrever a teoria em um portugues correto;

2° - Dizer nome e idade;

3° - Colocar trexos da fic em que você baseou sua teoria;

É só isso, bem simples. Por favor participem.


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Notas finais do capítulo

Por favor, comentem, revisem e mandem suas teorias.



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