Ops, Ressuscitei John Lennon escrita por Edward Lindemann Jones, Chie Maclin, Sayonakata


Capítulo 3
Capítulo 3-Comprando algumas coisas...




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THAILA POV OFF

JOHN POV ON

-Thaila, o que é isso? – Me fitei no espelho.

-É... Uma roupa?

Ela tinha pegado do guarda roupa da mãe um grande lenço florido para cobrir meus cabelos, salto alto bege, uma saia grande, luvas em tom pastel e blusa florida com mangas compridas.

-Bem, eu não tenho seios... – Reparei.

-E é por isso que eu providenciei este sutiã! – Me mostrou um sutiã rosa. -  Agora coloca e enche com papel.

-Tá... – Fui em direção ao banheiro colocar a peça.

O_O

-Batom? Agora já é demais!

-Ah... Vamos Lennon!

-Tá! – Peguei o cosmético da mão dela e passei em mim. – Satisfeita?

-Sim. Agora podemos ir. Vou gastar a minha mesada por uma boa causa!

Ela foi ver se a mãe não estava lá para podermos sair e me puxou para eu andar mais rápido, o que era difícil de salto alto...

Quando chegamos à rua fomos a uma loja de roupas para ambos os sexos. Enquanto olhava algumas peças, alguém apalpou minha nádega esquerda e fui ver quem fez aquela “viadisse”.

-Oi gracinha! – Era um homem musculoso e de cabelos ralos.

-Oi! – Afinei a voz e dei uma risadinha no final, ridículo.

-Por acaso a gatinha quer tomar alguma coisa? – Ele perguntou, pousando a mão no meu ombro direito. E eu querendo espancá-lo.

-Desculpe, meu filho está em coma e estou comprando roupas para ele.

- Oh, sinto muito. Então tchau.

- Adeus. - O vi sair da loja. – Panaca! – Sussurrei.

- Ei, você foi assediado? – Thaila se aproximou com uma calça jeans que me chamou a atenção.

- Foi. Já o botei para correr. – Voltei a procurar alguma camisa.

-Se perguntarem diga que se chama Jenny Wolf.

- Jenny, John... Tá.

- Olha, gostou dessa calça “Jenny”? – Ela perguntou, colocando a peça na altura dos meus olhos.

- É me chamou a atenção.

O_O

E no fim saímos com um razoável número de sacolas de lojas que ficam perto da casa da Thaila. Compramos tudo o que eu precisava por um mês. Valeu a pena, mas meus pés não paravam de reclamar dos saltos desconfortáveis.

-Os saltos estão te matando? – Thaila perguntou, já pegando as chaves de casa.

-Você ainda pergunta? – Ela riu.

Finalmente ela abriu a porta, e eu corri para o quarto dela, com o intuito desesperado de tirar aquelas roupas e principalmente, aquele sapato do demo!

-John, eu tenho que ir para a escola.

- Oh claro! Eu fico aqui quietinho... Isso se sua mãe não chegar a entrar aqui.

-Obrigada, ela não vai voltar tão cedo.

Ela foi ao banheiro e saiu de lá uniformizada. Por fim, ela pegou a mochila e acenou para mim.

- Tchau John!

- Tchau Thaila. – Ela saiu do quarto.

Eu percebi que no cômodo jazia uma grande televisão – como eu não tinha visto? -, e passei um bom tempo tentando ligá-la e depois entendendo o controle. Até que vários minutos depois pude relaxar e ver  a programação. Eu nunca tinha visto uma imagem tão perfeita ! É, de 1980 para cá, a tecnologia andou pacas!

E se eu não for o herói? E se eu for o vilão?”

- NÃO BELLA! NÃO ACREDITE NO EDWARD! – Que estranho, eu estou conversando com máquinas agora...

Quando o filme acabou eu fui tomar banho, peguei uma toalha branca do armário da Thaila e fui para debaixo do chuveiro.

O_O

Estava anoitecendo e eu fiquei com sono, então me deitei na cama de Thaila. Logo adormeci.

JOHN POV OFF

THAILA POV ON

Finalmente, o dia exaustivo de aula acabou. Agora tudo o que eu quero é tomar um banho e me jogar na cama. Ops, ressuscitei John Lennon, e agora estou responsável por ele.

Ansiosa por saber como meu ídolo estava, fui correndo para casa.

O_O

- Oi Thaila! – Minha mãe, Ino, acenou pra mim, enquanto passava pela sala.

- Oi! – Lhe dei um beijo no rosto.

- Veja o que está passando na Tv!

- Documentário sobre a vida do Michael Jackson é?

- É.

- Melhor não. Vou para cama.

- Boa noite.

“Voei” para o meu quarto, mas só o condicionador de ar e a televisão estavam ligados. Procurei por Lennon e o encontrei dormindo na cama. Decidi não o acordar e fui tomar banho. Toda a tensão foi por água abaixo, ainda bem que o professor cancelou aquele super-hiper-mega trabalho de casa.

Sequei-me e vesti meu pijama preferido de mangas longas. Deitei perto de John e fiquei alisando seus cabelos.

- Thaila, obrigado... – Ele sussurrou , com a voz embargada, e fraca, vencida pelo sono.

- Pelo quê?

- Por tudo... – Adormeceu.

Levantei-me e tirei seus sapatos lentamente, sem acordá-lo. Depois o cobri e fui escovar meus dentes, fiquei assistindo Tv por algum tempo, mas logo dormi.

Quem diria, dormi com John Lennon...

Acordei abrindo os olhos sem pressa, e vi que John já havia levantado. Sentei-me e observei Lennon sentado na poltrona e olhando para mim, sua expressão era despreocupada.

-Thaila, o que é aquilo? – Apontou para o meu notebook de última geração.

-Meu computador.

- Me ensina a usar?

-Claro!

O guiei para se sentar na cadeira e liguei a máquina.

Expliquei para ele como se usava e como se mexia em tudo. Até como navegar nos sites de hoje.

- Oh meu deus, esse é o Paul? – Ele adotou uma expressão mista de surpresa e alegria. – Olha como ele está agora!

- Aham... – Eu não estava muito interessada.

- E essa é a... ?

- É, é a Yoko.

- Como ela ficou diferente... – Sua voz estava carregada de emoção.

- Bem, eu vou pegar o café da manhã. Por que não vê as fotos dos seus filhos?

- Ah, é mesmo!

Desci e preparei dois cafés e algumas torradas na torradeira, olhei no relógio, minha mãe já havia saído para trabalhar à uma hora atrás.

Subi novamente para o meu quarto e entreguei uma xícara a John.

- Ótimo, café. – Ele comentou.

De repente seus olhos vidraram em um objeto no canto do cômodo, meu violão preto.

- Thaila, você sabe tocar?

- Sei. – Peguei o instrumento.

- Consegue tocar “Yesterday”?

- Venho treinando nisso.

Comecei a canção com um pouco de dificuldade, mas John não estava nem aí. Tanto é que ele começou a cantar, e eu também. Eu cantava bem, em comparação com a voz de Lennon...

Ao decorrer da música, fui ganhando mais confiança e conseguindo tocar melhor, até que acabou.

- Muito bem Thaila, estou orgulhoso de você! – Ele ostentava um sorriso terno.

- Ahn... Obrigada né?


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