Ops, Ressuscitei John Lennon escrita por Edward Lindemann Jones, Chie Maclin, Sayonakata


Capítulo 4
Capítulo 4-Se passa uma semana




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Passou-se cinco dias após a ressurreição de John, e ele criou mais intimidade comigo. O que foi bom. Agora estamos aproveitando que a minha mãe estava trabalhando – Ela é médica – para jogar um pouco de vôlei no quintal de casa.

-Thaila, pensa rápido!

Rebati a bola com um corte, o que não foi uma boa ideia, já que acertou as “partes baixas” de John, que este, por sua vez, caiu no chão se retorcendo de dor.

- DESCULPAAAA! – Implorei, chegando mais perto. – DESCULPA, DESCULPA!

- Tudo bem... AII! – Ele começou a se levantar.

- DESCULPA, DESCULPA, DESCULPA! – Eu não conseguia parar de me desculpar.

- CALA A BOCA! – Ele estava quase me socando na cara.

- Tudo bem...

De repente, o inesperado aconteceu, ouvi o barulho da porta da garagem se abrindo.

- JOHN, RÁPIDO, ENTRA E VAI PRO MEU QUARTO, MINHA MÃE CHEGOU MUITO MAIS CEDO HOJE! – Estava desesperada.

Ele nada respondeu, mesmo mancando com dores “lá”, correu o mais rápido possível. Enquanto isso, fui até a garagem enrolar um pouco minha mãe.

  - Mãe! O que faz em casa tão cedo? – Perguntei enquanto ela pegava o jaleco do banco traseiro, “Ino Yamanaka” estava escrito no tecido.

- Esqueci uns instrumentos de trabalho e vim pegar. – Saiu da garagem e entrou em casa.

THAILA POV OFF

John estava recostado na porta, ouvindo atentamente os ruídos vindos de fora.

- E então filha, quer sair comigo de noite?

- Acho melhor não mãe. Não gosto muito de sair.

- Tudo bem então. Eu já vou. Vê se não faz nenhuma besteira.

- Eu nunca faço. Tenha um bom trabalho.

- Obrigada querida.

THAILA POV ON

Esperei o carro da minha mãe se perder da minha vista para assim, voltar ao quarto.

Quando cheguei John estava olhando pela janela, mas se virou para me fitar.

-Você não parece muito ligada a sua mãe. – No mesmo instante uma chuva fina começou a cair.

- Deve ser porque eu não tenho mais tanta necessidade do carinho dela, deve ser isso, ou eu estou ficando mais independente. – Quase gaguejei.

- Ou você não se esforça para ser mais próxima?

Não respondi, esse assunto era delicado para mim, e John percebeu isso ao notar meu olhar para o nada.

Refleti sobre o que ele disse, eu só falava com a minha mãe no almoço e de noite, por conta do trabalho dela, e mesmo no domingo, quando ela não trabalhava, só nos falávamos se eu saísse do meu quarto e nas horas das refeições.

Liguei a televisão e fui passando os canais, John só observava, ambos sentados na cama.

- DEIXA NESSE AÍ THAILA! – Voltei um canal.

“EXCLUSIVO: AS CINZAS DO EX-BEATLE JOHN LENNON, QUE FORAM QUARDADAS POR YOKO ONO SUMIRAM!”

-Ei, eu “fui cremado”? – Ele perguntou.

- É. E pelo jeito as cinzas foram fundamentais para o feitiço ser completado.

- Que loucura. – Ele comentou, se deitando.

O_O

TTHILA POV OFF

INO POV ON

O que será que a Thaila fica fazendo naquele quarto?

Thaila... Minha filha... Minha e daquele traste cujo nome é Orochimaru. Cretino...

FLASH BACK ON

- Orochi? – O chamei pelo apelido e me sentei com ele na borda da piscina.

- Sim, meu amor? – Envolveu-me em seus braços gélidos e pálidos.

- Eu...

- Espere, você vai falar sobre seu comportamento, que anda muito estranho ultimamente? – Ele perguntou a pergunta que tinha feito um dia antes, mas prometi que contaria logo.

- É, promessa é promessa... – Dei uma pausa. – Eu estou grávida.

- Como? – Tirou seus braços de mim e me fitou com aquelas hipnotizantes orbes douradas. – Repita. – O tom de sua voz era séria e um pouco ameaçadora.

- Eu estou grávida.

Ele se levantou e fiz o mesmo, ficando de frente para seu corpo pálido e molhado pela água da piscina.

-Saia da minha casa, e principalmente, da minha vida. – Ele ordenou, friamente.

- O quê?

- SAIA DA MINHA CASA E DA MINHA VIDA. - Gritou apontando para a entrada dos fundos da casa.

- COMO ASSIM? E A CRIANÇA? – Meus olhos lacrimejaram. – É SEU FILHO, SEU SANGUE!

- CALE-SE. É ÓBVIO QUE ESSA CRIANÇA NÃO É MINHA. SÓ PODE SER DO GAARA.

- NÃO, ESSE FILHO É SEU! – Lágrimas já jorravam dos meus olhos como cachoeira.

- SILÊNCIO. MESMO QUE ESSA PESTE FOSSE MINHA, EU NÃO ASSUMIRIA A PATERNIDADE, EU NÃO SOU UM DAQUELES IDIOTAS QUE FICA GASTANDO SEU TEMPO CUIDANDO DE TORMENTOS POR LONGOS ANOS EM VEZ DE CURTIR A VIDA. EU NÃO SOU SOU UM DELES! – Quando terminou respirou ofegante, me olhando profundamente com ira.

Eu mantive meus olhos nos dele, à beira de um ataque de ódio.

- Não, você não é um deles, de jeito nenhum. – Mantive a voz firme e autoritária – Você é um moleque imaturo, que não sabe arcar com as consequências. Filhinho que não sai debaixo da asa da mamãe.

Aproveitei que ele estava perto da borda da piscina e o empurrei para a água.

- Adeus Orochimaru. – Fui embora, chorando, o rosto corado de raiva.

FLASH BACK OFF   

Minha mãe aceitou essa gravidez. E quando Thaila teve 1 ano e 2 meses, eu consegui o emprego de médica em Forks e nos mudamos para lá.

Minha garotinha nasceu muito parecida com o desgraçado do pai, mas com traços e olhos inocentes como os meus. Uma deusa da beleza que foi criada em uma cidade chuvosa, mas que raramente recebe trovoadas denominada Forks, um lugar em que ela ficaria livre do pai inescrupuloso e imaturo que só queria se divertir. Eu deveria ter escolhido Gaara, e não Orochimaru.

Mas quando as coisas tem que acontecer elas simplesmente acontecem, e a gente tem que compreender. Esse é o meu lema.

Hum, que engraçado, quando eu tinha 18 anos engravidei de um rapaz de 20, mesmo parecendo que ele tivesse idade mental de 10. Eu era uma criança maior de idade. Agora, com 34, sou mais madura, não sou mais aquela criança que fica chorando a cada vez que é deixada na escola. Não, não mais.

Nesse momento estou fazendo o almoço, o favorito da Thaila, macarrão com salsicha. Não devo demorar porque hoje tenho plantão.

Tirei minha franja loira do olho e coloquei os pratos e os talheres na mesa.

- THAILAAA! – A chamei.

INO POV OFF

THAILA POV ON

- É a minha mãe. Ainda bem que ela tem plantão hoje. – Comentei com John.

  - Por curiosidade, qual o nome dela?

  - Ino, Ino Yamanaka.

  - Hum... Vai lá.

  - Tá. Daqui a pouco eu venho com o seu almoço.

  - Aham.

Saí do quarto e desci as escadas, indo almoçar, dali a pouco tempo iria tomar um banho gelado. Sentei de frente para minha mãe.

- Mãe, como era o meu pai? – Resolvi quebrar o gelo.

- Muito parecido com você, só que de olhos dourados e pele mais pálida. – Ela aparentava estar meio perturbada com a pergunta que mexeu com lembranças desagradáveis do passado.

  - Ele era legal?

  -Muito amoroso... – Parou de comer para me fitar com o semblante sério. – Por favor, não faça perguntas sobre Orochimaru.

  -Tudo bem! – Resolvi parar antes que ela me jogasse pela janela.

Pelo menos descobri o nome do meu pai.


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