Stefan não queria de maneira alguma preocupar Elena, mas ele temia e muito o que o irmão seria capaz de fazer com Juliana.

Chegando em casa encontrou Damon perto de um armário pegando o que parecia ser uma garrafa de vodka. Stefan sem perder tempo empurrou Damon contra a parede e começou a ameaçá-lo:

- Não sei o que você fez com a irmã da Elena...

- O nome dela é Juliana, pessoas educadas chamam pelo nome... Brincou Damon enquanto estava sendo encurralado.

- Que seja! Disse Stefan. – O que importa é que ela chegou muito atordoada, e eu sei que ela passou a tarde com você. Espero que você tenha a consciência que assim como a Elena não tem nada a ver com a Katherine, ela não tem nada a ver com nossa prima...

- Claro que tem! Ela também é nossa prima... Interrompeu Damon ainda encurralado.

- Sim ela é, mas ela não é e nunca será Giuliana. E se você tocar num fio de cabelo dela... Ameaçava Stefan.

Ouvindo aquelas palavras Damon empurrou, sem usar muita força, Stefan que caiu bruscamente no chão:

- ‘E se...’ o que Stefan? Disse ele enquanto o irmão se levantava.

Agora a situação se invertera, Damon apertava a garganta do irmão contra a parede:

- O que você vai fazer Stefan? Vamos, me diga! Damon riu sinicamente. – Não seja idiota! Só porque você anda bebendo umas gotículas do sangue da Elena não significa que você seja mais forte do que eu... Não banque o estúpido, por favor! Eu sei que é meio difícil sendo você, mas faz uma forcinha! Zombou ele.

- Eu não posso te deter, mas a Bonnie pode! Disse Stefan mesmo sendo enforcada pelo irmão.

- Bem lembrado, preciso eliminar esse problema. Disse ele com seu sorriso sínico outra vez. De repente ele aproximou seu rosto do irmão, seus olhos se tornaram negros, veias começaram a saltar ao redor deles e suas presas ficaram visíveis. – Quando você vai se tocar que não é ninguém para me ameaçar! Disse Damon soltando o irmão e voltando para sua garrafa de vodka.

Enquanto Stefan sem graça se concertava, o irmão se servia da bebida:

- Olha Stefan, eu compartilho dos seus pensamentos sobre ela. Disse Damon

- Então por que ela chegou em casa daquela maneira? Perguntou Stefan massageando seu pescoço.

- Porque ela descobriu que Zach foi morto por um ‘animal selvagem’, o mesmo que matou a Vicky, lembra? Disse Damon com seu sorriso.

- Como você pode ser tão dissimulado? Perguntou Stefan.

- Não sou dissimulado, sou simplesmente sínico! Disse ele sarcasticamente, nem parecia o cara que tinha se arrependido mais cedo de ter matado o tio da garota.

Entendendo agora o que Juliana tinha feito ali durante a tarde toda, porém orgulhoso, Stefan não quis e nem pretendia pedir desculpas a Damon.

- Quer um? Disse Damon oferecendo um drink para o irmão que aceitou.

A verdade é que os dois estavam muito confusos e assustados com essa novidade. Uma doppleganger de uma garota boa e humana era bastante perturbador. O mais perdido era Damon, que não entendia de forma alguma a ternura que surgiu dentro dele ao ver a garota chorar, ‘eram só lágrimas!’ pensava ele tentando encontrar uma resposta para aquele sentimento. Amor ele sabia que não era, pelo menos não ainda, mas Damon queria esquecer o que sentiu, talvez tenha sido compaixão ou piedade, o que seria pior ainda para um ‘vampiro que não se importa’ como ele.

Damon sentiu uma forte ligação, como se ele também estivesse sentindo o que ela sentia. Mas por que isso? Ela é uma garota bonita, mas não era atração. Era algo especial, único, do tipo que só se sente uma vez na vida, e esse sentimento assustava muito Damon.