Depois do jantar, Jeremy e Jenna se encarregaram da louça enquanto Elena e Stefan foram namorar na varanda da casa.

Os dois estavam bem juntinhos sentados em um banco. Um dos braços de Stefan envolvia Elena, enquanto o outro brincava com uma mecha do cabelo dela.

- O que está te perturbando, meu amor? Disse ele.

- Eu não consigo esconder nada de você mesmo! Disse Elena virando seu rosto para olhar o dele.

- Não, não consegue. Disse Stefan dando um beijo nela.

- Sabe onde a minha irmã passou à tarde? Perguntou ela.

- Não, onde?

- Ela passou a tarde inteira na sua casa com o Damon. Disse Elena

- Com o Damon? Stefan se assustou.

- É Stefan, mas algo me diz que daí não vem coisa boa, Damon não se aproxima assim de alguém sem querer nada em troca, ele deve estar armando alguma, mas eu não vou deixá-lo usar a minha irmã! Exclamou ela.

- Eu avisei a ele para não se aproximar dela. Disse Stefan

- Por que você avisou a ele Stefan? Você sabe de alguma coisa que eu não sei? Interrogou a garota.

- Elena, eu queria te contar isso, mas não sabia como... Disse Stefan.

- Contar o que? Fala logo, eu estou ficando aflita Stefan!

- É que a sua meia-irmã, aparentemente também é uma doppelganger. Explicou ele.

- O que? Disse Elena pulando do banco, - Como assim aparentemente doppelganger? Também? De quem? Para que? Por quê? Perguntava totalmente confusa.

- Eu não faço a mínima idéia, estou tentando entender isso desde que a vi pela primeira vez. Mas até agora não tenho nenhuma pista. Disse ele desanimado.

- Você conhecia outra pessoa igual a ela? Perguntou Elena.

- Conheci e muito. Disse Stefan.

- Hum... Quem era? Perguntou Elena

- O nome dela era estranhamente parecido com o da sua irmã, era Giuliana.

- Italiano? Perguntou Elena.

- Ela era uma Salvatore, minha prima... Dizia ele.

- Estranho, Juliana também é sua prima, distante um século, mas sua prima. Disse Elena

- Essas coincidências é que estão me assustando. Sabe de quem Giuliana era amiga? Perguntou Stefan retoricamente.

- De quem?

- Ela era amiga de Katherine! Exclamou Stefan.

- E agora sua cópia é minha irmã?! Eu não acredito em karma, mas isso é coincidência demais. Disse ela. – Como ela era?

- Giuliana? Ela era como um anjo, tão educada e graciosa, simples e ainda assim seu porte era sofisticado... Stefan descrevia a moça com um brilho no olhar, quando foi interrompido por Elena.

- Stefan você teve algum envolvimento com ela? Perguntou com ciúme.

- Na verdade tive, ela foi minha noiva.

- Noiva? Sua noiva? Perguntou Elena

- Calma deixa eu te explicar. Foi um casamento arranjado pelo meu pai, mas ela não me amava, Giuliana terminou o noivado porque amava outra pessoa. Disse Stefan.

- E você a amava? Perguntou Elena novamente com ciúmes

- Eu a amava como prima e na época confundi meus sentimentos, a verdade é que eu sempre gostei muito dela, e nunca amei nenhuma outra mulher como amo você. Disse Stefan segurando o rosto da namorada e dando-lhe um beijo. – Não precisa ter ciúmes de alguém que morreu a mais de um século! Só existe você no meu coração.

- Eu não fiquei com ciúmes, ta... Eu fiquei. Mas agora estou curiosa, quem ela amava? Elena indagou

- Ela amava Damon. Disse ele

- E Damon a amava? Perguntou Elena.

- Amava, mas quando ele se deu conta disso já a tinha perdido. Disse Stefan.

- Damon nunca tem sorte no amor. Lamentou Elena. – Como ela morreu?

- Num suposto ‘incêndio’. Disse Stefan

- Como assim ‘suposto “incêndio” ’? Perguntou a moça.

- No mesmo incêndio que matou os ‘supostos pais’ da Katherine. Respondeu o rapaz.

- Ah... Agora entendi! Disse Elena.

- Foi assim que ela chegou às nossas vidas, como órfã desamparada e amiga da falecida sobrinha querida de meu pai. Explicou Stefan.

- E por que você quer Damon longe da Juliana?

- Porque é simplesmente o Damon! A presença dela pode trazer sentimentos que estavam adormecidos nele desde quando ainda era humano, e como sabemos que o Damon é o Damon ele não vai saber diferenciar Giuliana de Juliana, aí vai se afundar em bebidas e depois fazer alguma coisa estúpida, como até ferir sua irmã. Argumentou Stefan.

- Você tem razão, quanto mais longe dela melhor! Concordou Elena.

·        

Enquanto isso no quarto de Juliana...

A moça estava jogada em cima do seu mais novo quarto decorado enquanto pensava:

“Ele é tão atencioso, no início pensei que ele seria apenas mais um canalha. Mas ele me tratou tão bem hoje, parecia que seria capaz de tudo para acabar com a minha tristeza. Não é tão mal quanto pensei que seria, foi muito fofo diante da minha dor. Nunca pensei que um vampiro de 160 anos poderia ser assim, ele é totalmente diferente de como pensei que seria. Eu podia sentir a energia que vinha dele, será se ele podia sentir o mesmo? Será se ele desconfia? Será se ele sabe quem eu sou? Aparentemente não. Sempre quis conhecê-lo, desde pequena, mas minhas expectativas sempre foram tão baixas, ele com certeza é muito mais do que sempre imaginei.”