Era sábado à noite, o dia do encontro, Damon invadiu o quarto de Juliana, se jogou na cama dominando-a preguiçosamente.

Ela estava no banheiro tomando banho, de repente ela passou pela porta de calcinha e sutiã com uma toalha apenas enxugando os cabelos. Juliana foi de um canto ao outro do quarto sem notar a presença de Damon, que observava a cena de camarote. O acontecido durou menos de três segundos, foi quando ela percebeu que não estava sozinha no quarto.

- Ah! Gritou Juliana se enrolando com a toalha que estava enxugando o cabelo. – O que você está fazendo aqui!

- Ooooiiii para você também! Disse ele.

- Como você entra assim? E se eu não estivesse vestindo alguma coisa? Perguntou ela repreendendo o vampiro.

- Não esquenta, não deve ter nada aí que eu não já tenha visto em alguém antes! Disse Damon.

- Como você tem tanta certeza? Perguntou Juliana mudando o tom da conversa.

- Certeza, certeza eu não tenho mais se você deixar eu posso conferir... Só para vê se é verdade! Sem malícia! Dizia Damon quando recebeu uma “ursada” de Juliana.

- É descarado demais! Disse ela arremessando o ursinho de pelúcia.

Ele o agarrou no ar

- Você ainda não viu nada!

Juliana revirou os olhos:

- Onde você vai? Perguntou ele fingindo-se de desentendido.

- Eu tenho um encontro... Vestido amarelo ou Blusa azul e Jeans?

- Não gosto de amarelo... Com aquele tal de Aaron?

- Então eu vou de amarelo... É com ele sim por quê?

- Não gosto dele... Escuta meu conselho, ele não presta! Disse ele.

- Se eu escutasse conselhos, acha mesmo que estaria andando com você? Porque, meu querido, você tem uns amiguinhos falsos que deixa qualquer um sem palavras!

- É eu sei... Isso tudo é inveja do meu sucesso e charme! Disse ele. – Mas você vai sair mesmo com ele?

- Qual é o problema com ele? Perguntou Juliana.

- Nenhum... Mas tem que melhorar esse seu gosto, meu sangue corre nessas veias, não degenere! Exclamou Damon jogando o ursinho de volta nela.

- Ah é?! Não degenerar como?! Procurando uma versão masculina de Katerina Petrova?

- TOUCHET! Disse Damon vencido.

- Eu diria XEQUE-MATE... Mas tudo bem... Disse Juliana rindo.

- Ás vezes você me assusta. Disse Damon.

- Eu? Por quê? Perguntou Juliana espantada no banheiro se vestindo.

- Em certas ocasiões você parece muito comigo... Disse Damon se tremendo de brincadeira.

- Bobagem... Disse Juliana.

- Você vai mesmo sair com aquele cara?

- Vou, não está vendo!

- E eu?

- E você o que?

- Vou fazer o que enquanto você estiver com ele?

- Vai atrás da sua amiguinha Andie! Ela deve estar louquinha para relembrar os velhos tempos em que era o lanchinho da meia-noite! Disse Juliana transbordando ciúmes.

- Quer saber de uma?! Eu vou mesmo!

- Vá!

- Eu vou!

- Então vá!

- Fui! Disse Damon saindo pela janela que entrou e deixando Juliana com muita raiva e ciúmes.

- Uh! Eu te odeio! Disse ela quando ele não podia mais escutar.

Damon não ia nada atrás de Andie, ele ia era ficar de longe observando esse Aaron com a Juliana dele.

A campainha tocou, era 19h58min, era Aaron, Elena abriu a porta para ele enquanto Juliana descia a escada linda com o seu vestido amarelo.

- Oi Aaron! Disse Elena.

- Oi Elena... Posso entrar?

Elena pensou duas vezes antes de dizer desconfiada.

- Ela já vai descer....

Aaron se surpreendeu com a falta do convite para entrar.

- Ai está ela! Disse Elena vendo a irmã.

- Oi Aaron. Disse Juliana.

- Oi Princesa. Disse ele.

“Princesa? Princesa? Princesa?” Pensou Juliana enquanto apenas sorria para ele.

Elena apenas revirou os olhos, não acreditava que a irmã ia sair com aquele cara. Mas apesar dele parecer ser um cretino até que estava mais charmosinho do que de costume, tinha cortado o cabelo e estava usando um blazer preto.

- Vamos? Disse ele oferecendo o braço para Juliana que já estava ao seu lado.

- Vamos! Mas para onde?

- Surpresa! Disse ele.

Aaron levou Juliana para um restaurante 4 estrelas, muito elegante. Tudo estava perfeito. Ele estava diferente, não estava mais forçando a barra, nem jogava mais aquele sorriso que estava começando a irritar Juliana.

Eles pediram um bom prato, conversaram bastante. Ele a escutava com interesse, não concordava com todas as opiniões dela, mostrava as dele também. Não transparecia estar forçando nada. O papo surgia naturalmente, ele estava mostrando um Aaron totalmente diferente para Juliana. Que estava surpresa com a transformação.

Ela tinha vontade de sacudir o cara e perguntar o que aconteceu com ele, pois o encontro que profetizou ser um desastre estava saindo muito melhor que a encomenda. Falaram de um tudo, filmes, músicas, até da escola. Juliana estava se encantando, caindo no canto da sereia, mas com certeza ele não ameaçava nem um pouco o que ela sentia por Damon.

Ela só deve tomar cuidado, porque nem tudo que reluz é ouro.

Quando o jantar terminou Aaron foi pegar o carro dele com o manobrista, era um Bentley preto, seu pai era Ivan Simmons, o médico mais bem pago de Mystic Falls.

Ele foi um cavalheiro, abriu a porta para ela. E começou a levá-la para casa.

- Você se incomoda se eu ouvir música no meu celular? Perguntou Juliana enquanto ele dirigia.

- Não, claro que não, porque me incomodaria? Disse ele e Juliana sorriu.

Ela ligou seu celular e estava escutando no auto-falante Be Good To Me de Ashley Tisdale:

♪♫ Por que você não consegue
Ser legal comigo?

Não estou pedindo muito
Eu só quero amor
E alguém para ver
Que é só disso que preciso
Alguém para ser,
Alguém para ser
Alguém para ser
Legal comigo
Legal comigo
Você consegue ser legal comigo?
Legal comigo
Por favor ♪♫

Conversa vai conversa vem, Aaron perguntou:

- Você se divertiu hoje?

- Sim, muito.

- Que bom!

Ele então entra com um carro numa rua parada e escura, e estaciona:

- O que foi Aaron? Perguntou Juliana.

- Você se divertiu hoje, agora é a minha vez! Disse ele avançando nela e começando a beijar seu pescoço.

- Sai de perto de mim seu asqueroso! Dizia ela tentando empurrá-lo. – Para! Para! Gritava ela enquanto ele continuava agarrando-a.

- Você vai gostar! Todas gostam! Disse ele colocando a mão numa das coxas dela.

Juliana tentava se livrar dele, mas Aaron era muito mais forte que ela, ele era do time de futebol americano do colégio. Ela começou a gritar entre lágrimas:

- Socorro! Socorro!

- Ninguém vai te escutar! Para de se fingir de difícil, eu sei que você quer também, senão não tinha aceitado sair comigo! Disse ele tentando beijá-la.

Foi aí que Damon abriu bruscamente a porta do carro, puxou Aaron e deu-lhe um soco que o fez inconsciente.

Ele ajudou Juliana a sair do carro, a levou para uma praça ali perto e se sentaram num coreto todo iluminado.

- Você está bem? Perguntou Damon vendo que ela ainda chorava.

- Não, mas estou melhorando... Disse Juliana enxugando as lágrimas de seu rosto.

- Eu não deveria dizer isso agora, mas eu te avisei que ele não era boa coisa. Disse ele.

- O pior de tudo é que eu só aceitei sair com ele para fazer ciúmes em você. Disse Juliana derramando mais lágrimas por se lembrar do ataque que acabara de sofrer.

- Em mim? Perguntou ele espantado.

- Foi... Eu fiquei muito mordida por causa daquela Andie. Disse ela abaixando a cabeça para não olhar o vampiro que estava sentado ao seu lado.

- Pois saiba que funcionou... E quando eu saí do seu quarto hoje mais cedo eu não fui atrás “daquela Andie”, eu segui vocês dois porque tive medo que ele te fizesse algum mal.

E agora o celular que Juliana esquecera ligado tocada Who Needs The World de Nick Carter.

♪♫Eu olho fixamente para seu rosto
Dentro de seus olhos
Lá fora tem tantas coisas acontecendo
Todos os sons
Todas visões
Em cima na terra e abaixo do céu
Muito frio e muita chuva
Muitas dores no coração para explicar♪♫

- Funcionou? Por que você nos seguiu? Por que você teve medo? Juliana começou a disparar com muitas perguntas.

Damon enxugou uma lágrima que estava paralisada no meio da bochecha de Juliana e disse:

- Porque eu gosto de você de uma forma que não dá para explicar. E enquanto ele falava a música de Nick ainda tocava.

♪♫Eu ando pela rua
Falo no escuro
Eu vejo os sonhos das pessoas acabarem
Eu abro meus braços
Tento ser verdadeiro
Parece que a minha única verdade é você
Estou errado ?
Ou estou certo ?
Tudo que quero é você esta noite♪♫

Juliana engoliu a seco, as mãos de Damon ainda pousavam em seu rosto, seus olhos azuis iluminavam a noite escura e a fazia esquecer-se do acontecido anterior. Ela sentia as respirações se fundirem.

♪♫Quem precisa do mundo quando eu tenho você
A luz do sol, das estrelas e da lua
Eu tenho tudo que preciso dentro desse quarto
Quem precisa do mundo quando eu tenho você♪♫

Os rostos se aproximaram numa sincronia inevitável, os lábios se tocaram, num beijo doce quente e único, enquanto se beijavam aproveitaram o momento o máximo que puderam, aquele beijo foi realmente único, mesmo que se beijassem novamente nunca seria igual àquele, nunca seria igual ao primeiro.

♪♫Quem precisa das estrelas tão brilhantes

e da grama tão verde e da manhã tão iluminada
Quem precisa do vento soprando e da maré subindo
Quem precisa disso... ?
Eu não sei
Eu não sei
Yeah♪♫

Juliana chegou em casa saltitante, passou pela porta e foi para cozinha tomar um copo d’água enquanto cantarolava:

- ♪♫“Who needs the world when I got you”♪♫

- O que foi menina? Parece que viu um passarinho verde! Disse Elena que estava comendo um sanduíche na cozinha.

- Ele me beijou, Elena, ele me beijou!

- O Aaron te beijou!

- Não Aaron não, eca! Damon! Damon! Damon me beijou! Disse Juliana rodopiando pelo chão da cozinha.

No momento em que ouviu que Damon havia beijado sua irmã, Elena, foi invadida por um sentimento e não se controlou dizendo em alto e bom tom:

- Ele matou seu tio Zach! Expeliu ela.

- O que? Perguntou Juliana surpresa transformando seu sorriso de felicidade e satisfação num olhar sério e decepcionado.

No mesmo instante que falou, foi o mesmo instante em que se arrependeu. Elena não entendia o que tinha feito, mas já era tarde demais. Juliana pegou a chave do carro de Elena que estava em cima da mesa e partiu em direção a mansão Salvatore.

Elena rapidamente ligou para Damon:

- Alô? Oi Elena.

- Damon, me desculpa, me desculpa, por favor! Eu não fiz por mal! Disse ela.