–Hey, sua namorada me interrogou ontem, a respeito desse tipo de asunto...

–Como assim?

-Bem, na verdade ela queria saber se eu já havia visto você sem roupa, e então quis saber se já havíamos nos envolvido, e por ultimo perguntou se já nos beijamos...

-E o que você disse?

-Que nunca havíamos tido nada e que minha vida não era do interesse dela. Eu quase matei aquela...

-Há, bem sua cara, você é assustadora.

-Isso vindo do sir animadinho...

-Como assim?

-Nada, pensei alto...

-Fala ou juro que te atormento pelo resto de sua vida.

-Bem... Como você acha que o assunto que citei agora surgiu?

-Como?

-Quando a Melody foi trocar suas roupas, foi assim que surgiu.

-Como assim? – interroguei encarando Linn completamenteconfuso.

-Você tava... Hã...”Feliz”, Muito “feliz”, tipo... Feliz de um jeito... Duramente e longamente e... –Seu rosto ficou vermelho de um jeito adorável. Ela não precisava dizer mais nada, eu havia entendido e queria cavar um buraco no chão e me enfiar lá. - Aff, você entendeu. –Ela deu um sorriso tímido. - E então eu virei a cara para não ver... Sua felicidade. E aí vieram as perguntas... Depois você diz que eu sou assustadora...

-Diz que isso não é verdade. –Eu me sentia um idiota. Já sabia o motivo de minha excitação e isso me fazia querer bater a cabeça em algum canto bem duro até apagar.

-É tão verdade quanto você sentir ciúmes de mim, mamãe. -Linda disse enquanto me abraçava. -Mas tudo bem... Não vi muita coisa. -Ela disse sorrindo.

-Como assim não viu muita coisa? Você olhou direito? Tem muita coisa pra se ver aqui, tá?

Linn sorriu e então se aproximou e apertou minhas bochechas, puxei-a para meu colo e abracei com força.

-Te amo Chad. –Linn disse e então beijou onde antes havia apertado.

-Também te amo.

Quando a deixei em casa tive certeza de que estávamos bem novamente, que tudo havia se acertado.

-Venha tomar café da manhã comigo amanhã. -Eu disse enquanto beijava sua testa.

-Pode deixar. -Linn disse enquanto abria a porta de sua casa.

Depois de duas semanas de insônia finalmente consegui dormir uma noite tranquila...

Linda POV

Quando cheguei na casa de Chad ele estava dormindo, como a porta estava aberta(Chad nunca fechava as portas de sua casa...) fui invadindo. Subi as escadas e entrei no quarto dele, ele estava dormindo tão tranquilamente que não consegui acordá-lo, fiquei observando-o enquanto ele suspirava, estava tão angelical.

-Ei, há quanto tempo você está aí?-Ele perguntou me encarando sério quase meia hora depois, quando acordou.

-Há algum tempo, tava olhando sua carinha de anjo, é algo tão raro que merece atenção especial. -Falei sorrindo de um jeito sarcástico.

-Que horror. -Chad se levantou e caminho até o guarda roupa e começou a mexer em suas roupas. -Desculpe se demorei a acordar, fazia dias que eu não dormia tão bem...

-Tudo bem, eu não ligo. Afinal eu poderia ter te acordado, mas eu não quis.

-Certo... Como um pedido de desculpas eu vou deixar você escolher o que vou usar hoje. -Ele disse piscando para mim.

-Eba. -Me aproximei de Chad e comecei a mexer nas roupas no guarda roupas, depois de alguns segundos senti sua respiração quente perto de meu pescoço e os pelos de meu corpo se arrepiaram.

-Nada de vestidos, por favor. –Ele sussurrou perto de meu ouvido, desse jeito os pelinhos de meu pescoço nunca voltariam ao normal. E sussurrar pra que, se só estávamos os dois na casa dele? Era muita maldade.

-Pois saiba que sou muito boa com roupas, tá? –Tentei falar com uma voz normal, mas saiu meio tremida, tava mais pra gemido.

Chad deu um sorrisinho de lado e se afastou um pouco, depois de alguns minutos entreguei uma camiseta regata preta do Metallica e uma bermuda caqui (que na verdade já foi uma calça um dia, mas Chad a cortou...) em suas mãos.  -Perfeito não?Q uer que eu escolha a cueca também? Aposto que deve ter alguma com florzinhas ou coraçõezinhos por aqui.

-Menos, gracinha. -Chad disse me dando um tapinha na testa. -Vou tomar banho, quer vir comigo? Aí você pode observar bem tudo o que não observou quando eu estava bêbado.

-Credo, que nojo, eu passo... Chad, o que você vai fazer em relação a Melody?

-Como assim? -Ele perguntou pegando uma toalha no guarda roupas exageradamente grande.

-Ela te abandou antes de ontem bêbado e quase desmaiando. -Falei olhando pra ele irritada.

-Ah isso, a gente conversou, ela me ligou ontem... Disse que não era intenção dela me deixar, mas teve que cuidar de uma amiga, só me deixou por sabia que eu estava com alguém confiável. -Ele disse enquanto caminhava até o banheiro.

-E você acredita nisso? Ela devia era estar se entupindo de drogas...

-Só ela sabe. -Ele disse um pouco incomodado, enquanto abria a porta do banheiro e se trancava lá.

-Chad!-Fui até a porta do banheiro, bati nela e insisti. -Chad você vai mesmo deixar tão barato assim? Acha mesmo que ela me acha confiável? ELA Me achando confiável...  EU?  -Interroguei encarando a porta.

-E o que eu poderia fazer docinho?-Ele perguntou abrindo a porta, já estava só de toalha e ficou me encarando.

-Sei lá, não deixar ela te usar?- Perguntei indignada enquanto sentia meu rosto queimar, provavelmente estava vermelha.

-Eu gosto da Melody, Linn, não posso terminar com ela por causa de uma bobagem dessas, mas fico feliz que você fique brava com ela só por causa do que ela fez, minha pimentinha. -Ele disse enquanto apertava minha bochecha.

-Certo, desculpe, eu exagerei, me deixei levar pro minha raiva...

-Pra mim tudo bem, já to acostumado com isso. -Ele disse rindo e entrando de volta no banheiro.

Depois que Chad tomou banho e se arrumou descemos e fomos até a cozinha, organizamos tudo por lá (a casa ainda estava meio bagunçada por causa da festa) e começamos a tomar nosso café da manhã.

Depois de alguns minutos ouvimos um barulho, alguém estava abrindo a porta principal, mas com exceção de Chad e eu, todos de nosso grupo estavam trabalhando, então quem poderia ser?

Chad POV

Linn me perguntou se eu achava que era algum ladrão, tive que rir, apesar de minha casa não ser vigiada ninguém ousava invadi-la, por medo de meu querido “papai”. Caminhamos até a sala e chegando lá encarei as duas figuras que também me observavam e então cuspi no chão.

-O que estão fazendo aqui?- Perguntei sério.

-Querido isso não é jeito de falar com seus pais. -Minha mãe falou enquanto soltava uma mala no chão. -Seu pai e eu sentimos sua falta...

-Meu pai? -Interroguei encarando minha mãe. Aquele homem ao lado dela podia ser tudo, menos meu pai. Meu pai é alguém mais babaca, um idiota qualquer que abandou minha mãe e eu, quase usando a desculpa de “comprar cigarro”. Na frente dos outros eu até fingia que ele era meu pai, mas nesse momento não era necessário.

-Hoje não certo Chad? Estou cansada da viagem e não quero brigar com você amorzinho. -Ela  disse me dando um beijo na bochecha e então parando para encarar Linda. -Meu anjo, como você está maravilhosa. -Disse enquanto apertava Linn só faltando sufocar ela. -Chad já virou homem e te mostrou doque é capaz, minha gracinha?

-Pelo visto já. -Jake disse enquanto apontava pra uma camisinha usada no chão.

-Não tia, isso é da festa que teve aqui. Avisei pra não usarem drogas aqui, mas terminei esquecendo essa parte. -Linda disse enquanto se soltava de minha mãe.

-Boa menina. -Jake disse sorrindo enquanto caminhava na direção de Linn e a abraçava. -Não caia nas ladainhas desse meu filho folgado, minha pequena.

- Isso vindo do meu "papai"... -Eu disse enquanto caminhava até a porta e saia, batendo-a.

Fui para o espaçoso quintal todo cheio de vasos que eu era obrigado a regar, e toda a porcaria ostentosa que minha mãe deixava por lá. Caminhei até um par de balanços que estavam lá desde que nos mudamos, e me sentei.

-Você foi um pouco duro demais com eles. -Disse a vozinha que me atormentava á uns quinze anos.

-E você queria que eu fizesse o que, Linn que os abraçasse chorando e dissesse que os amo? Eu nem conheço eles direito. -Eu disse sem me virar.

-Acho que esse tipo de coisa é bem normal entre pais e filhos... -Linn disse enquanto se sentava a meu lado.

-Eles te disseram o que estão fazendo aqui?

-Seu padrasto veio resolver um assunto urgente.

-Ah tá, e quanto tempo eles vão ficar?- Perguntei tirando um cigarro do maço que carregava no bolso e o levava a minha boca, era o fim da minha tentativa de parar de fumar.

-Eles não especificaram, mas pelo visto não vai passar de poucos dias... -Linn me lançou um olhar fulminante. -Vai mesmo fazer isso?

-É só nicotina belezinha, isso não vai me causar nenhum dano imediato. -Eu disse acendendo o cigarro.

-Gente rica é bizarra. –ela disse depois de alguns minutos de silêncio.

-Seus pais também têm bastante dinheiro, e eu nem uso o dinheiro do meu padrasto, trabalho pelo que como e visto.

-Idem, e agora com emprego garantido. -Linn disse sorrindo para mim.

-Ainda não acredito que Greg aceitou ter você trabalhando como garçonete no bar dele, ainda mais depois de você ter quebrado o nariz de um dos clientes dele no período de teste.

-A culpa foi dele, quem mandou querer bancar o espertinho pra cima de mim e me bolinar? –Linn disse enquanto se sentava em meu colo.

-Talvez ele não o fizesse se suas roupas não fossem tão curtas e justas. –Eu disse encarando-a enquanto ela envolvia meu pescoço com seus braços.

-É o uniforme de lá, seu idiota, a culpa não é minha. –Linn fez um biquinho e se moveu no meu colo, seu decote ousado permitia que do ângulo em que eu estava tivesse uma boa visão de seus seios. Aquela movimentação toda e aquele decote... Eu sabia que aquilo não ia terminar bem...