Mansão de Vampiros escrita por Neko D Lully


Capítulo 5
Lembranças e novos sentimentos.


Notas iniciais do capítulo

Esse cap tambem ficou um pouco grande, só espero que tenham gostado. E ao que fiquei sabendo estou agradando bem aqueles que estão lendo (ainda bem). Então disfrutem do capitulo!!



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Mansão de vampiros!

Ainda estava agonizando no chão quando Maria apareceu na cozinha e quase soltou um berro ao vê-la daquela maneira. Rapidamente foi até onde estava, olhando o ferimento que tinha no pulso, logo depois foi para algum lugar da casa e pegou o quite de primeiro socorros. Enquanto Maria limpava sua ferida e a enfaixava Knuckles e Amy entraram na cozinha e se surpreenderam ao ver a morena daquele jeito.

– O que aconteceu aqui? – perguntou Knuckles surpreso indo na direção das duas garotas sendo acompanhado por Amy. – Tava tentando se matar sua garota loca?

– Minha vida pode ser ruim Knuckles, mas não chega a esse ponto. – respondeu Blaze tentando se levantar junto com a ajuda de Maria. – O que aconteceu foi o mesmo de ontem, só que dessa vez ele conseguiu o que parecia querer desde o inicio.

Blaze se sentou em uma cadeira da cozinha. Sua respiração ainda estava agitada, mas já não era como antes. Levou a mão boa até a cabeça, não entendia nada do que estava acontecendo. Ao parecer eles gostavam de sangue, mas pelo o que sabia sangue não era algo muito aceitável para o organismos e mesmo assim parecia que eles o apreciavam até mais do que qualquer animal que se alimentasse dele. Será que eles eram o que suspeitava que eram?

– Blaze. – chamou Amy fazendo com que a garota a mirasse perdendo a linha de pensamento. – O que realmente aconteceu.

– Se eu contar, vocês não vão acreditar. – falou mirando cada um de seus amigos. Sabia que se falasse Knuckles não acreditaria, Amy ia ficar apavorada, Maria então ia entrar no desespero, mais do que já estava. – Só preciso saber que estão dormindo com a luz acesa.

Todos assentiram, claro que dois estavam mentindo. Knuckles e Amy não estavam gostando dessa atitude paranóica da amiga, mas também não iam fazer ela dar um ataque por não estarem fazendo o que ela havia pedido. Blaze suspirou aliviada. Pelo menos seus amigos iam ficar seguros.

Depois que Blaze conseguiu se recuperar os quatro se prepararam para ir a praia. Maria ainda estava preocupada com Blaze, já que a mesma estava com a cabeça nas nuvens desde o ocorrido. Amy também estava preocupada e tentava fazer de tudo para que a amiga se esquecesse e se divertisse. Mas Blaze só conseguia pensar em uma coisa: o ocorrido da madrugada.

Não podia permitir se apaixonar novamente, não depois do que havia acontecido da ultima vez. Mas o desejo que sentira naquele momento quando o garoto a mordera, esse sentimento de querer vê-lo de novo, de quando estava perto dele e sentia seu coração bater descontroladamente, o temor de que ele fosse apenas um fruto de sua imaginação que a atacava todas as noites... Tudo isso era tão forte que a faziam se sentir, pela primeira vez, vulnerável.

Sentada na toalha em cima da areia vendo seus amigos se divertirem na água do mar, pensava em como se livrar disso tudo. Não podia se deixar levar pelo desejo mais uma vez, tinha que terminar com isso de uma vez por todas, mas a questão era, como? Ele era mais forte que ela, mais rápido, ágil, e parecia conseguir controlar as coisas com a mente. Das duas vezes que ele a atacara não teve a menor chance, então... Como o impediria?

No sótão Silver estava sentado em uma das sustentações do telhado. Pela primeira vez não queria olhar pela janela. Por  que? Simples. Aquela garota estaria lá na praia, bem no seu campo de visão. Não que não quisesse vê-la, mas se sentia confuso com isso que sentia. Queria beber o sangue dela, mas ao mesmo tempo não queria mais machucá-la. Queria mordê-la, mas não queria que aquele brilho que ela tinha no olhar de determinação e coragem desaparecessem.

Sacudiu fortemente a cabeça tentando esquecer aquilo tudo. Estava mais que confuso agora, e mesmo que tivesse uma ligeira idéia do que estava acontecendo consigo não queria acreditar, não queria aceitar. Suspirou, se fosse poderia ser a pior coisa que já lhe acontecera desde que virou um vampiro.

– Tudo bem? – perguntou Sonic sentado a seu lado. Nem o tinha notado, o que era um péssimo sinal.

– Acho que sim. – falou ainda meio distraído, com certeza esse seria seu fim. – Eles estão vindo, já conseguimos sentir isso. Acho que não consigo escapar deles dessa vez.

– Sei. – disse Sonic olhando para as próprias mãos. Sabia bem o que o amigo sentia e talvez nenhum deles escaparia dessa. Shadow já tinha praticamente se entregado, por mais que tentasse negar. – Cada dia eles se aproximam mais. Melhor acabarmos com isso de uma vez antes que piore.

– Você quer dizer... – Silver não conseguiu terminar de falar. Sabia o que Sonic tinha a dizer, e mesmo que já tivesse feito isso varias vezes dessa vez não queria, não tão rápido. Ainda sentia o gosto do sangue dela em sua boca, mas também sentia o prazer de ter o corpo dela tão próximo ao seu.

– É isso ou o sofrimento eterno, pelo menos se confirmarmos o que pensamos. – falou Sonic se levantando e saindo de perto do amigo que não disse mais nada.

Sabiam que tinham que fazer isso, mas, mesmo sem saber, já estavam completamente perdidos. Os três garotos haviam caído na rede mais perigosa que existia para um vampiro, uma debilidade que poderia lhes levar a ruína eterna. O amor.

A noite chegara. A hora mais temida desde que chegaram aquele lugar. Jantaram, se aprontaram para dormir e foram para seus quartos. Maria sabia que não conseguiria dormir depois de ver o que estava acontecendo, principalmente com Blaze, que parecia ser a mais afetada. Ao invés de colocar sua roupa para dormir colocou uma roupa de sair e deixou um pequeno bilhete avisando que havia saído.

Caminhou pela estrada de terra até chegar na pequeno vilarejo que tinha ali perto. Andava lentamente pelas ruas ouvindo apenas alguns carros passarem e algumas pessoas conversando. Era uma vilarejo simples com construções pequenas, mas mesmo assim bem bonita.

Havia esquecido que de noite fazia um pouco de frio então a cada vento que chocava com seu corpo sentia um arrepio lhe percorrer. Usava apenas uma saia curta preta meio rodada, uma blusa branca simples com uma jaqueta jeans por cima que deixou aberta e uma bota preta simples. Nada que chamasse muita atenção. Deixou o cabelo solto o que fazia com que o vento o bagunçasse um pouco.

Várias coisas passavam por sua cabeça nesse momento, mas a principal delas era o corte no pulso de Blaze. Sabia que ela não teria coragem de tentar se matar e pelo estado dela parecia ter perdido bastante sangue, mas havia apenas umas quantas gotas no chão. Isso era estranho, já que para ela mal conseguir se levantar era preciso ter pelo menos uma pequena possa de sangue no chão.

Pensou mais um pouco. Blaze disse que ele havia pego o que não havia conseguido na outra noite e levando em conta as outras coisas que ela havia suposto quer dizer que... Não, ele não podia ter bebido o sangue dela, isso seria ridículo. Bem que se levassem em conta tudo o que estava acontecendo isso seria algo meio lógico. Isso quer dizer que eles eram...

Sua linha de pensamento fora interrompida por uma buzina alta e uma luz forte vinda de seu lado esquerdo. Estava tão distraída em seus pensamentos que nem notara que estava atravessando a rua e agora um caminhão estava vindo diretamente na sua direção. Seu corpo não se movia por causa do susto então a única coisa que pode fazer foi fechar os olhos e esperar o impacto.

Mas ao invés de sentir seu corpo sendo estraçalhado pelo caminhão, sentiu como era carregada delicadamente por braços frios e fortes. Sentia o forte vento se chocar rapidamente contra seu rosto, o que deveria indicar que estava em alta velocidade. Não ousou abrir os olhos até que tudo parou e sentiu a areia fofa de baixo de seus pés, mas ainda estava envolvida por aqueles braços frios e fortes.

Abriu os olhos lentamente e a primeira coisa que viu foi uma blusa vermelha. Olhou para cima e se encontrou com dois olhos vermelhos cor sangue que pareciam reluzir na escuridão. Demorou um pouco para perceber que estava sendo segurada por ele, mas ao mesmo tempo em que se deu conta se afastou alguns passos dele rapidamente. Sua mão ainda doía pelo o que havia acontecido na primeira noite que ele apareceu, mas o que mais ficara era o medo que havia se apoderado dela.

Maria olhou em volta e percebeu que não estava mais na cidade, estava na praia perto da casa em que estava hospedada. Como havia chagado ali tão rápido? Foi quando se deu conta de uma coisa: estava viva! O caminhão não a havia atropelado. Isso quer dizer que...

– V-você m-me salvou? – perguntou com a voz um pouco tremula. Ele nada respondeu, apenas a observava com aqueles olhos frios e calculistas. – O-obrigada.

Fez uma pequena reverencia mostrando que estava realmente agradecida. O garoto continuou com sua expressão séria sem falar nada. De repente ele lhe deu as costas e começou a caminhar para longe dela.

– Espera! – exclamou fazendo o garoto parar e virar o rosto levemente para o lado, dando apenas para vê-la de relance. – C-como posso lhe a-agradecer por t-ter salvado minha vida? – o garoto continuou calado, o que fazia Maria se sentir ainda mais incomoda do que já estava. Foi quando se lembrou daquela pequena teoria, deveria estar louca ao pensar nisso, mas ele havia salvado sua vida então talvez não tivesse tanto problema em sacrificar um pouco disso. – Q-quer meu s-sangue?

Pode ver um pequeno lampejo de surpresa nos olhos do garoto, junto com uma pitada de desejo. É, estava certa no final da contas. Aproximou-se dele e desceu levemente sua jaqueta, deixando-a no ombro e mostrando seu pescoço. Ficou na frente do moreno e inclinou levemente sua cabeça para o lado.

– Se é isso então pode pegar um pouco, n-não me incomodo. – falou fechando levemente os olhos. Shadow ficou meio confuso, mas sua garganta ardia já que fazia um bom tempo que não se alimentava e o cheiro dela era muito tentador.

Segurou os ombros dela e se aproximou lentamente do pescoço exposto. Ficou um pouco hesitante no inicio, mas logo fez um pequeno cote no pescoço dela com um dos caninos, de uma maneira que o veneno não fosse injetado, um jeito que tinha aprendido com seus milênios de existência. Começou a beber lentamente o sangue que fluía livremente para fora dela sentindo o maravilhoso sabor que tinha.

Pôde ouvir um pequeno gemido vindo dela. Sabia que isso iria acontecer, afinal já tinha feito aquilo milhões de vezes! Só não contava que o prazer também o invadisse com tanta força. Sentiu as mãos dela irem até suas costas segurando com força. Desceu suas mãos até a cintura dela e a apertou mais contra se, querendo apenas senti-la mais e mais perto.

Em algum momento o peso do moreno começa a ser de mais para a garota que perdeu o equilíbrio e caiu no chão com o garoto em cima de si, mas mesmo assim ele não parou de beber seu sangue, o que não a desagradava nem um pouco.

Shadow não se lembrava da ultima vez que tinha se sentido assim. Esse era o melhor sangue que já havia tomado e com certeza nunca tomaria outro igual, então tratou de aproveitar. Mas como, estranhamente, não queria matá-la teve que parar quando ela começou a tremer e suas mãos começaram a fraquejar.

Separou-se dela levemente, mas quando viu a doce expressão dela de prazer não conseguiu se conter e a beijou. Um beijo terno e delicado, o primeiro da garota. Ela primeiro se assustou, mas retribuiu ao beijo apenas seguindo o que o garoto fazia, já que não tinha experiência. Separaram-se apenas por falta de ar – mais da parte da garota – e o garoto rolou até ficar sentado do lado dela. Deu uma ligeira mirada na direção da garota, fitando-a de cima a baixo.

Quando sentiu seu morto coração começar a acelerar, como se criasse vida, se levantou e começou a andar para ficar longe dela. Estava cometendo o mesmo erro de antes e isso só o traria mais sofrimento.

– Espera. – pôde ouvir aquela doce voz o chamando novamente. Virou-se só para vê-la, se deparando com o ligeiro sorriso nos lábios dela que tinha uma mão tampando o corte no pescoço. – Qual é o seu nome?

– Shadow. Shadow the Hedgehog. – respondeu pela primeira vez, fazendo o sorriso da garota se alargar mais.

– É um prazer conhecê-lo Shadow. – disse. Era incrível como agora seu medo havia desaparecido e se transformado em outra coisa que no momento não conseguia saber o que era. Shadow não disse nada e desapareceu na escuridão da noite. – Até a próxima Shadow the Hedgehog.

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Estava deitada em sua cama olhando para a manta que fazia um teto em sua cama. Sua cabeça estava em um completo caos. Virou-se de um lado a outro na cama tentando pegar no sono, mas nada adiantava. Pensou em seus amigos, nos momentos bons que haviam passado juntos e como queria que aquilo durasse para sempre.

Acabou dormindo, rodeada de lembranças felizes do passado que tivera junto ao grupo que a tirou do sofrimento. Mas seu pior erro foi dormir. Uma sombra a observava determinadamente, as orbes doiradas eram uma mistura de sentimentos que era difícil dizer quantos e quais eram.

A sombra se aproximou da cama da garota e a observou de cima a baixo. Ela estava sem a coberta mostrando completamente seu delicado corpo, ela também tinha um sorriso no rosto que nunca o vira desde que ela havia chegado. Por alguma razão começara a hesitar, pensando várias e várias vezes porque tinha que fazer isso.

Respirou fundo e segurou os pulsos da garota por cima de sua cabeça, acordando-a. Ao ver o garoto albino novamente Blaze começou a se contorcer e tentar escapar de todos os jeitos.

– Me solta seu vampiro idiota, desgraçado! – exclamava ela tentando inutilmente se liberar. Silver, preocupado que ela pudesse acordar alguém, tampou a boca dela com a outra mão e se colocou de quatro na cama, encurralando as pernas dela.

– Vejo que já sabe o que sou. – disse dando um de seus sorriso sarcásticos, mas esse, diferente dos outros, era forçado. – Então fique bem quietinha pra eu acabar com isso de uma vez.

Blaze já ia falar mais alguma coisa, mesmo que fosse abafado pela mão dele, mas ao ver aposição em que estavam lembranças desagradáveis passaram por sua mente a desesperando até não poder mais. Altos gemidos escapavam de sua boa que na verdade deveriam ser gritos, seu corpo virava de um lado para o outro tentando escapar do garoto que não entendia a reação dela.

Quando seus olhos se encontraram Silver pode distinguir um ligeiro lampejo de medo, era pequeno, mas mesmo assim visível. Alguma coisa nesse brilho o tocou lá no fundo e não de uma maneira boa. Não sabia o que era, mas ao vê-la sentindo medo, ao parecer de si, o fez sentir terrível, como se fosse um monstro.

Já não se importava o que lhe aconteceria depois, pelo menos não nesse momento. Tudo o que queria era sair de lá e deixar aquela garota em paz. Desapareceu em um piscar de olhos deixando Blaze deitada incrédula na cama. Sua respiração ofegante era o único vestígio de que algo havia acontecido. E a única coisa que passava por sua cabeça era: O que havia acontecido?!

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Olhava sua presa dormindo prazerosamente na cama. Aproximou-se lentamente e subiu na cama, engatinhando rapidamente desde o final da cama até ficar a altura do rosto do garoto ruivo deitado na cama. Olhou bem para o rosto adormecido dele para logo depois deitar sua cabeça no peito do mesmo. Era tão quente e aconchegante... Podia sentir os batimentos dele, tão calmos.

Deitou-se mais contra ele só para apreciar aquela doce musica. Fechou os olhos e se deixou levar sem nem mesmo perceber. Até que sentiu como o garoto se movia meio incomodo debaixo de si. Levantou a cabeça e se encontrou com os dois olhos azuis escuros a mirando surpresos.

Sorriu travessa e levantou o rosto para mais perto do dele. Quando viu que estava prestes a falar colocou um dedo nos lábios dele e disse um sonoro “Shhh” o fazendo calar. Sorriu travessamente mais uma vez para logo depois unir seus lábios com o dele. Adorava brincar com suas vitimas antes de atacar. Era mais uma insinuaçãozinha do que algo que poderia realmente passar dos limites.

Mas ao sentir aqueles doces lábios lhe correspondendo ao beijo e os braços dele lhe rodearem a cintura, uma coisa aconteceu dentro de si. Não sabia o que era, já que nunca a havia sentido, mas que lhe fez aproveitar ainda mais o beijo fez.

Enquanto isso Knuckles pensava que tudo isso era um sonho. Afinal, para ter uma garota tão bonita em cima de si no meio da noite tinha que ser um sonho. Quando se separaram Knuckles mirou bem no fundo daqueles olhos verdes água. Viu como ela lhe sorria docemente para logo depois se aproximar de seu pescoço. Estremeceu ao senti-la lamber delicadamente o mesmo.

Ela então levou uma mão até ele e cortou com suas unhas seu pescoço deixando escapar gostas de sangue. Era um corte tão pequeno que mau o sentia. Mas que ela lambeu esse pequeno ferimento, pôde sentir como várias faíscas elétricas passavam por seu corpo fazendo apertar ainda mais a cintura da garota que tinha em cima de si.

Estava aproveitando o momento de prazer que sentia nesse instante, mas a imagem de Blaze com o ferimento no pulso o fez voltar a realidade. Alguém havia feito o ferimento se não foi ela, e duvidava que tivesse tempo de limpar a quantidade de sangue que ia sair dele com Blaze por perto. Sentiu novamente a garota lamber seu pescoço ao mesmo tempo que sentia seu sangue fluir rapidamente para fora.

Rapidamente a empurrou para o lado, tirando-a de cima de si e se levantando logo em seguida. A garota ainda estava deitada na cama o mirando confusa. Knuckles levou uma mão até o pescoço e tocou a ferida levemente sentindo o líquido quente em seus dedos, logo depois mirou a garota que tinha algumas gotas de sangue escapando pela boca.

– Droga! – exclamou se afastando mais da cama. Rouge fez um pequeno movimento como se quisesse se aproximar, mas o ruivo se afastou mais rapidamente. – Blaze tinha razão. Droga!

Ele saiu correndo do quarto deixando a garota sozinha no cômodo mirando o lugar pelo qual ele havia saído. Por alguma razão se sentia sozinha, abandonada. Igual aquela vez. Uma pequena lágrima escapou de seu olho direto com essa lembrança. Ao parecer teria que esperar a próxima vez para fazer o que deveria, por mais que começasse a não querer.

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Finalmente iria dormir. Havia passado um bom tempo planejando o que fazer no dia seguinte para acalmar todos esses nervos que estavam passando nesses poucos dias. Queria fazer algo bem especial para que todos pudessem relaxar e aproveitar essas férias, que no caso seriam as ultimas juntos.

Lágrimas escorreram por seus olhos ao se lembrar. Seus amigos sempre foram a base que a sustentavam, só era feliz por causa deles e perde-los desse jeito era muito duro, principalmente ficando em uma distancia tão grande. Seus pais a obrigaram a se mudar para aquela maldita faculdade do outro lado do mundo e, mesmo questionando e fazendo de tudo para que eles mudassem de idéia não havia conseguido nada. Ao parecer seus pais adoravam vê-la sofrer.

Sentou-se na cama e olhou uma pequena foto que tinha o grupo todo reunido, sorrindo por estarem juntos. Um grupo que acreditavam ser inseparáveis, acreditavam que nem o tempo nem o espaço os separariam ou destruiriam sua amizade. Mesmo tendo brigas tanto feias como mais fracas eles sempre estavam juntos, um contando com o outro, se um caia o outro ajudava, se um desanimava o outro o reanimava. Era incrível essa amizade. E pensar que tudo acabaria em questão de dias.

Pensou em Cream, a coitada seria a que mais sofreria. Ela era muito pequena e estava junto ao grupo desde que era praticamente um bebê. Maria, também sofria muito afinal foram todos eles que a tiraram da solidão. Knuckles podia até não parecer, mas também sofria já que eram como uma família para ele, já que nunca tivera uma. Blaze podia se fazer a forte, mas sabia muito bem que era a que mais desejava que o grupo não se separasse já que foi esse grupo que a salvou várias vezes de problemas que seu irmão e seu pai a metiam. Tails e Cosmo deviam estar muito abatidos já que só fazia um ano de namoro e já teriam que se separar. E por fim ela que só encontrou o que era realmente um carinho familiar com eles, o que era realmente ser amada.

Seria dura a separação, mas era mais uma situação que deviam enfrentar, por mais difícil que seja. Colocou a foto na escrivaninha que tinha do lado de sua cama, mas no mesmo instante viu um garoto de estranhos cabelos azuis parado no canto do quarto, o que a assustou de sobremaneira.

– Q-quem é v-você? – perguntou se levantando e se afastando lentamente na direção da porta.

– Isso não importa. – disse o garoto com uma voz meio grossa, mas ao mesmo tempo com um “q” de brincalhona, por mais séria que estivesse. De repente o garoto desapareceu e reapareceu na sua frente a assustando mais uma vez. – Desculpa.

Ia perguntar o porquê de estar se desculpando, mas antes que pudesse emitir um só som ele a pegou pelo pescoço e a chocou com a parede. Contorceu-se no aperto e tentou de tudo para escapar, mas ele era forte de mais e a mantinha bem presa.

Pôde ver de relance o brilho de tristeza nos olhos daquele belo garoto, mas não entendia porque. Ele se aproximou lentamente de si, sem relaxar o aperto em seu pescoço. Sentiu a respiração dele no mesmo, mas parecia estar hesitando.

– Desculpe. – sussurrou mais uma vez para logo depois abrir a boca mostrando seus caninos afiados. Mas antes que pudesse mordê-la ouviu um grito.

– Fique longe dela! – Knuckles havia acabado de entrar no quarto e agora tentava acertar o garoto com um soco, mas o mesmo foi mais rápido e desapareceu soltando Amy que caiu no chão tossindo algumas vezes. – Você esta bem?

– T-to, eu acho. – disse Amy passando a mão no pescoço tentando fazer a dor passar.

– Vamos! Temos que achar Blaze e Maria. – disse ajudando a amiga a se levantar. Os dois saíram correndo do quarto da rosada e foram até o quarto de Blaze, mas quando abriram a porta só a viram deitada na cama com a mirada perdida. – Blaze!

A garota se sentou na cama lentamente e mirou, confundida, seus amigos que estavam com a respiração ofegante. Levantou-se da cama e foi até eles como se nada estivesse acontecendo.

– O que houve com você? - perguntou Amy estranhando o estado zumbi da amiga. A garota apenas negou com a cabeça lentamente, isso estava preocupando ainda mais seus amigos. – Onde esta Maria?

Blaze apenas deu de ombros e os três saíram do quarto indo até o quarto de Maria que no momento estava vazio. Blaze estava tão absorta em seus pensamentos que nem notou, mas os outros dois sim preocuparam.

– E agora? Quem sabe eles a pegaram? E se voltarem a atacar? – perguntava Amy desesperada. Blaze apenas olhou para a janela que tinha ali perto e teve um ligeiro deslumbre do sol nascendo.

– Eles não vão voltar. – afirmou Blaze chamando a atenção dos outros dois. – O sol já esta nascendo, o que quer dizer que eles não virão mais até a próxima noite. Afinal, são vampiros.

– Não pode estar falando sério! – disse Knuckles, mas logo o mesmo se lembrou do que havia acontecido com aquela garota. Além de corar violentamente sentiu um calafrio percorrer seu corpo. –Meu deus!

De repente a porta da frente se abriu chamando a atenção de todos. Por ela passou Maria com um sorriso bobo no rosto e os olhos praticamente cintilando de emoção. Sua roupa tinha um pouco de areia igual a seu cabelo, mas isso parecia não lhe importar. Quando olhou para a escada viu seus amigos reunidos, dois a mirando de uma maneira reprovativa enquanto a outra estava viajada em seus próprios pensamentos.

– Onde você estava? – perguntou Amy colocando uma mão na cintura e batendo um dos pés.

– Fui dar uma volta já que não conseguia dormir. – disse, não era mentira, mas também não era toda a verdade.

– Pois agora já decidimos. – disse Amy chamando a atenção das duas que ainda estavam boiando em pensamentos. – Vamos ir embora hoje!


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Notas finais do capítulo

A pequena intervensão da rouge vai almentar mais no proximo Ok? E arthur-kun, a parte que vc me falou vai aparecer nele ta ok? Mas vai ter algumas pequenas modificações! Espero que tenham gostado e para aqueles que querem uma boa luta, logo, logo ela vai chgar!!Bjsss



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