The World Behind My Wall escrita por Ruuh


Capítulo 41
Capítulo Quarenta - Promisses


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, não me matem pela demora...
Vocês já sabem que eu vou demorar afinal ç.ç'
Bom, antes de tudo eu quero falar uma coisa muito importante pra vocês. Como todo mundo já sabe, o Nyah vai desativar a categoria de bandas no fim do ano, o que quer dizer que a nossa querida The World Behind My Wall será excluída permanentemente. Fiquei chocada quando vi isso, achei uma falta de respeito enorme com os autores e com os leitores dessa categoria que está repleta de histórias magníficas! Mas como não podemos fazer nada a respeito disso, infelizmente, temos que aceitar. Como as leitoras de 'Tokio Hotel' sabem tem um novo fórum pra onde as histórias estão sendo transferidas, então a TWBMW estará indo para lá. Só que eu continuarei postando os capítulos novos aqui no Nyah até sua exclusão, enquanto isso irei publicar um capítulo por semana no novo fórum, que é pra quem não conhece a história poder descobri-la e tambem é um jeito pra quem já acompanha não ter que ler tudo de novo até saírem os novos capítulos.
Bem, é isso gente, até o fim do ano os capítulos inéditos estarão aqui no Nyah... se tem alguém lendo isso aqui ainda né.. G_G
Sem mais delongas, boa leitura!



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Capítulo 40 – Promises


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O que eu posso fazer para você me amar?
O que eu posso fazer para você se importar?
O que eu posso dizer para você sentir isso?
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The Corrs – What can I do? (Snow Patrol version)

Bill’s P.O.V

       Seja qual for a razão para a recente mudança na minha vida, eu estava eternamente grato por isso. Eu costumava passar meus dias num tédio total, esperando ansiosamente que Alley voltasse logo de suas aulas. Agora, no entanto, eu tinha duas novas distrações. O Ipod que Alley havia me dado no Natal e uma pessoa diferente com quem eu podia conversar. É claro que eu amava conversar com Alley, mas havia momentos em que eu queria outra opinião, ou de alguém para conversar sobre ela. Embora Louise não passasse a maior parte do dia em casa, quando estava era a minha distração.

       E ela estava aqui hoje, então eu me aproveitei da situação. Alley ia ficar fora por horas, então eu basicamente segui Louise pra todos os lados da casa. Cerca de uma hora depois disso acho que ela começou a ficar irritada.

       - Você não tem outra coisa pra fazer não? – Ela finalmente perguntou, depois que eu a segui até a garagem com as mãos enfiadas nos bolsos.

       - Não – Admiti timidamente.

       - Bem, por que você não vai fazer algo útil então? – Louise cruzou os braços com firmeza.

       A olhei desconfiado.

       - Tipo o que?

       - Tipo... vai recolher o lixo e coloca nessas caixas aqui. Vou levá-las para a esquina mais tarde.

       - Bem... alguém tem que ser o homem da casa – Sorri para ela pegando um grande saco preto e o sacudindo para mantê-lo aberto – Como vocês viveriam sem mim?

       Ela revirou os olhos, mas sorriu.

       - Bom, eu não sei Bill... talvez do mesmo jeito que vivemos por todos esses anos antes de você aparecer.

       - Especialmente a Alley – Eu continuei – Fico surpreso por ela não ter morrido de fome. Ela não sabe cozinhar nem pra salvar a própria vida, coitada – Parei por um instante – Será que você ia cozinhar pra ela a vida toda?

       Louise sorriu pra mim.

       - Como de costume, você consegue conduzir a conversa pra essa direção.

       - Que direção? – Senti meu rosto cozinhar imediatamente – Basta só responder – E não me perguntar nada de volta pelo amor de Deus! 

        - Sim, Bill. Eu ocasionalmente iria cozinhar pra ela, assim ela não teria que sobreviver com pizzas e comida congelada o tempo todo – Louise colocou o saco que estava segurando no chão e pôs as mãos nos quadris – Agora, eu quero que você me responda uma coisa.

       Parei momentaneamente.

      Merda, merda, merda, merda, merda...

       - Ahn, eu vou buscar o lixo... – Com isso dito girei em meus calcanhares e me dirigi à porta.

       - Isso pode esperar! – Ela agarrou minha camisa e me puxou de volta me pondo de frente para ela – Olhe pra mim.

      Eu estava encarando seus pés, me perguntando como diabos eu fui parar naquela situação.

      - Por quê? – Resmunguei baixinho.

      - Bill. – Uma palavra, que ela usou com tamanha inflexão que eu não ousava desobedecer. Eu sabia que a educação era um ponto forte em Louise. Era facil imaginar ela se tornando professora com a voz de comando que ela tem. Finalmente olhei para cima, com uma expressão entre o confuso e o irritado.

       - O que? – Perguntei debilmente. Eu tinha uma boa noção do que viria a seguir e meu cérebro trabalhava incansável em busca de uma resposta que pudesse satisfazer Louise.

       O rosto dela suavizou-se levemente devido a minha voz fraca e ela afrouxou o aperto, segurando-me pela manga.

       - Vem comigo – Ela me puxou para dentro de casa.

      - Certo... – Eu a segui até a sala e ela me empurrou para o sofá, sentando-se em seguida à minha frente, me encarando de braços cruzados. Então, enquanto o o tique-taque do relógio denunciava o tempo passando, ela me estudou silenciosamente por vários minutos. Eu estava começando a me sentir desconfortável – Então, pra que tudo isso? – Eu perguntei, lutando para soar indiferente.

      - Você gosta dela? – Sua voz era plena, sem hesitações e sem cortes.

     Lá estava ela, a questão que eu estava esperando. Felizmente eu estava preparado para isso.

     - É claro que eu gosto dela -  Eu respondi com facilidade, suspirando com impaciência – Ela é minha melhor amiga agora, e eu tenho coisas pra fazer – Com isso resolvido, me levantei com intenção de pegar o lixo... e ficar bem longe dessa conversa!

      - Ah, não... você não vai não! – Rápida como um relâmpago, ela pulou e bloqueou meu caminho. Empurrando-me de volta para baixo, me sentando de novo. Engoli em seco, nervoso.

      - Vamos resolver isso agora, vou reformular minha pergunta.

      - Eu já te respondi, agora me deixe ir! – Eu exigi horrorizado, minha voz estava começando a ficar histérica.

      Louise se sentou suspirando pesadamente.

       - Bill por favor, eu não nasci ontem – Ela bateu a ponta dos indicadores duas vezes – Me diz a verdade, será que o seu “gostar” vai além do sentimento de amizade?

      Eu fiquei em silêncio, com meu rosto ficando no tom de vermelho carmesim.

      - Bill?

      - Hun... – Eu rangi.

      - A verdade, Biil.

      Eu não via nenhuma saída para essa situação. É claro que Louise sabia a resposta e era mais evidente que ela estava amando me ver me contorcer. Se eu não lhe dizer a verdade ela vai me perseguir pelo resto de meus dias aqui. Permaneci encarando meu joelho a amaldiçoando em silêncio.

      - Sim – Eu finalmente sussurrei.

      - O que você disse? – Louise perguntou inclinando a cabeça.

      - Sim... – Falei ainda mais baixo.

      - Fala pra fora Bill, Jesus! – Ela esbravejou.

      Olhei para cima, fiz uma careta e a encarei diretamente nos olhos.

       - Sim. SIM! Eu a amo, eu a amo! – Tomei uma respiração profunda antes de me inclinar para trás. Sentindo que um peso enorme havia saído do meu peito. Oh Deus, eu havia acabado de dizer as palavras que tomei o cuidado de evitar o ano inteiro – Tá feliz agora?

      Louise estava com um enorme sorriso de satisfação no rosto.

      - Eu sabia! Eu sabia! – Ela bateu palmas.

      - Se você sabia, então porque a tortura com azeite fervendo? – Eu murmurei.

      - Confirmação – Ela respondeu com simplicidade – Então, o que você vai fazer sobre isso?

      - O que? – Eu engasguei – Nada!

      Ela suspirou exasperada.

      - Isso é uma vergonha!

      - Por quê?

      - Oras! Vocês obviamente foram feitos um para o outro!

      Particularmente eu pensava assim também.

      - E... ?

      - E que agora que você já percebeu isso, tá na hora de ela perceber também.

      - Não, não, não – Eu me apressei – Não vamos por esse caminho. Seria ótimo se ela gostasse de mim – Na verdade seria celestial, devo admitir – Mas eu não vou me meter nessa coisa estúpida. Ela é uma garota inteligente, vai acabar percebendo pela minha forma de agir que eu gosto dela sem que eu precise contar.

      - Pela forma que você age? – Louise repetiu incrédula – Tipo, lutando com ela? Implicando e enfiando ela debaixo do chuveiro gelado? Uow! Bill, não é mais fácil chegar e dizer o que sente pra ela? Ah já sei, por que você não atira ela da escada? Isso com certeza vai fazer ela perceber o que você sente.

       Fiz uma careta para seu tom sarcástico.

      - Bem, mas você descobriu não foi?

      - Porque eu sei dessas coisas, eu posso ler as pessoas. Eu estive te observando Bill, na verdade eu poderia ter afirmado isso na primeira noite, quando te conheci.

      - Como assim?

      - O jeito que você olhava pra ela, principalmente quando ela não estava prestando atenção...

      - Ah...

      - Mas ela é muito alheia as coisas... não sei se você já reparou nisso, mas ela é meio “cabeça nas nuvens”.

      - É... acho que alheia é pouco – Sorri sem entusiasmo – Você não sabe como já estive perto de beijá-la, ela tem que saber.

      Louise riu alto.

      - Bill, outro dia ela me perguntou se eu gostava de você!

      - Sério? – Eu bufei.

      - Sim... ela não é muito ligada nesse tipo de coisa, então vai demorar muito pra ela sacar isso.

      - Hmmm... – Eu murmurei. Meu coração estava disparado. Depois de tantos meses lutando para manter meus sentimentos para mim, era assustador saber que eles estavam à solta. E se Alley percebeu isso? E se ela não gostar nada disso? Ou... e se ela sentir o mesmo? Será que isso é mesmo possível?

      - Mas, falando sério... – Louise interrompeu meus pensamentos – Bill, você não deve esperar.

      - Como assim?

      - Quero dizer... você tem confessar isso a ela, logo.

      - Louise – Eu suspirei – Eu não posso fazer isso.

      - E por que diabos não pode?

      - Por muitas razões. Por um lado, ela é uma ótima amiga e eu não quero estragar isso... O que ela faria se ficasse totalmente enojada por isso?

      - Essa é a pior desculpa que já ouvi.

      - Mas é verdade – Eu insisti – É melhor tê-la como amiga do que nada.

      - Mentira! – Ela estava determinada, eu podia ver. Não havia nada que pudesse pará-la agora. Alley me disse uma vez que Louise poderia trabalhar no FBI como interrogadora, e agora eu já sei o porquê.  – Isso está acabando com você Bill, eu posso ver isso, e olha que eu só te conheço há três semanas. Agora, se você não contar a ela como se sente e alguma coisa acontecer, você vai se arrepender por isso pra sempre.

      - Mas... – Eu percebi que não conseguia pensar numa réplica decente. Maldita, odeio ela por fazer tanto sentido.

      - Cala a boca – Ela me cortou – E me prometa que vai fazer isso.

      - Eu não posso! – Esfreguei minhas mãos, gesticulando freneticamente – Louise, eu nem sou “real” – Ela parou de falar e eu continuei – Isso não cabe a mim. O meu verdadeiro eu está em um hospital em Hamburgo, esperando para despertar.

      - Você não faz ideia de como está errado... Eu pensei que você tinha entendido a teoria que Alley te explicou com base cristã – Louise abanou a cabeça tristemente – Por mais clichê que pareça o interior é o que conta. E se isso for realmente o certo então o Bill Kaulitz que está aqui e agora é o que realmente importa.

      Quando ela percebeu que eu não ia dizer nada ela continuou.

      - Só porque você não é real para os outros, não significa que não é real para nós.

      Bem, ela tinha um ponto. E não o que aquele tal de Saint Augustine disse? Que o interior é mais importante? 

      - Então? – Ela continuou suavemente – Você promete?

      Engoli em seco e esfreguei a palma das mãos juntas.

      - Tudo bem, eu vou fazer isso – Olhei para ela, eu tinha certeza de que ela podia ver o medo e a incerteza em meus olhos – Oh Deus, eu não acredito que vou fazer isso!

      Ela sorriu, batendo palmas alegremente. Todo esse entusiasmo no meu calvário, era no mínimo estranho pra mim.

     - Esse é o meu garoto!     


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Notas finais do capítulo

LEIAM AS NOTAS INICIAIS!



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