Dammit, I Love You. escrita por Giii_Poynter


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

EAE. Então, hoje eu não vou enrolar muito. Eu acho que o capítulo ficou muito bom e espero que vocês gostem também. Bom, aqui está:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/121438/chapter/17

Era de noite e estávamos todos na sala. Helena fazia um trabalho escolar em seu laptop, Joanna fazia compras pela Internet em seu laptop, eu estava baixando Glee em meu laptop, os meninos estavam assistindo futebol e Gabe estava lendo uma revista de fofocas.

Quando faltavam 3 segundos pra Glee baixar...

Teve um blecaute.

- NÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃÃO! – Todos gritamos ao mesmo tempo.

- FALTAVA 3 SEGUNDOS PRA GLEE BAIXAR! 3 SEGUNDOS! – Gritei.

- EU JÁ ESTAVA TERMINANDO MEU TRABALHO! NÃO ACREDITO NISSO! PASSEI O DIA INTEIRO PESQUISANDO. – Helena se desesperou.

- MINHAS COMPRAS! ELAS NÃO FORAM SALVAS! EU PASSEI O DIA INTEIRO ESCOLHENDO ELAS! – Joanna choramingou.

- Do que vocês tão reclamando? – Rafa se indignou e Romeu concordou com ele. – Faltavam 10 minutos pro jogo acabar! Era um jogo importante!

- Ainda bem que existem as lanternas... – Gabe se esnobou, continuando a ler sua revista com a luz de uma lanterna.

- Será que teve blecaute na cidade inteira? – Perguntei.

Rafa logo pegou seu celular e disse:

- É nessas horas que as rádios são importantes.

Eu bufei e sentei na poltrona perto da janela enquanto observava a cidade às escuras.

Joanna e Helena foram procurar lanternas ou velas e Rafa era o encarregado de nos dar informações.

Percebi uma pessoa se sentar ao meu lado e, quando vi, era Romeu.

- E então? Está com saudades do namoradinho? – Ele perguntou.

- Na verdade, sim. – Menti.

- Ele não deve estar, porque não se preocupou em te ligar para saber se está tudo bem com você.

- Eu também não liguei pra ele, então...

- Então, nenhum de vocês se preocupa com o outro. Afinal, em que base esse relacionamento é formado mesmo? – Ele disse.

- Cala a boca, Romeu.

- Ok, mas só porque você pediu. – Ele sorriu para mim.

Depois de um minuto de silêncio, ele tornou a falar:

- Então, aquele beijo na peça atiçou a platéia, né?

 - Sabe, a gente não precisa falar sobre isso. – Eu disse.

- Mas, eu quero falar sobre isso. – Ele rebateu. – Afinal, por que você resolveu fazer aquela cena no último minuto?

Eu percebi que ele me olhava intensamente aguardando a resposta. Eu olhei em seus olhos e depois olhei para o chão, sem responder.

Pelo canto do olho, eu o vi sorrir.

Ele pegou na minha mão e, apertando forte, ia começar a falar algo, mas meu celular tocou bem na hora.

Era Eduardo querendo saber como eu estava.

Romeu bufou e foi ouvir as notícias com Rafa.

Estava um enorme silêncio, até que ouvimos um barulho vindo da cozinha e, logo depois, gritos.

Corremos até lá e nos deparamos com as meninas em cima da mesa gritando e apontando para baixo de um armário:

- UM RATO! UM RATO!

- EU SÓ VI A SOMBRA E PARECIA UM RATO IMENSO!

Gabe correu desesperado até a mesa com as meninas e eu fiquei olhando para os meninos, esperando que eles fizessem alguma coisa.

- O que? Eu não vou ver rato nenhum! – Romeu recusou.

- Ok, eu vou. – Rafa disse olhando para Romeu. – Porque parece que eu sou o único macho dessa casa, né.

Ele agachou e, com uma lanterna, procurou o tal rato debaixo do armário.

Logo depois, levantou segurando o rabo de um rato.

- Ok, ou tenho um tato muito ruim, ou isso é um rato de borracha. – Ele falou.

- AI MEU DEUS! – Romeu gritou, assustando a todos nós. – EU NÃO ACREDITO QUE ISSO AINDA TA AÍ!

Então, ele e Helena começaram a gargalhar.

- Ok, alguém me explica o que está acontecendo? – Gabe pediu.

Ainda sem fôlego de tanto rir, Romeu explicou:

- Esse rato de borracha era um brinquedo meu quando eu tinha 10 anos! Eu usava isso para assustar a Helena e a nossa mãe. E elas SEMPRE caíam!

- Eu não acredito que eu caí nessa brincadeira do rato de novo! – Helena reclamou, descendo da mesa.

- Vocês são anormais, sabiam? – Gabe se irritou enquanto descia da mesa também. – Eu quase morri de tanto susto!

- Vem, princesa. – Rafa estendeu sua mão para ajudar Joanna a descer, mas ela recusou.

- Lava essa mão antes de tocar em mim! – Ela deu um chilique.

- Era um rato de borracha, pelo amor de Deus! – Ele reclamou, pegando-a no colo a força.

Ela deu uns gritinhos básicos, mas quando ele a colocou no chão, mesmo com as poucas luzes que tínhamos, pudemos perceber que eles trocaram um olhar apaixonado.

Eu sorri para Helena, afinal, todos sabíamos que eles iam ficar juntos mais cedo ou mais tarde.

No dia seguinte, eu estava saindo do apartamento de Eduardo e me assustei ao abrir a porta do elevador e me deparar com Romeu.

- O-O que você está fazendo aqui? – Perguntei, entrando no elevador. – Peraí, você me seguiu?

- Me desculpa, Julieta. É que eu... Eu não aguento mais. – Ao dizer isso, ele apertou no botão de emergência do elevador, fazendo-o parar no 5º andar.

Ele olhou nos meus olhos e, quando percebi, estávamos nos beijando ardentemente.

Ele me empurrou contra a parede do elevador e eu puxei seus cabelos enquanto o beijava intensamente.

- Eu te quero tanto... – Ele disse, com os lábios roçando nos meus.

Eu o beijei mais profundamente e um choque percorreu o meu corpo, me deixando arrepiada.

Ele me levantou, fazendo eu enrolar as pernas na sua cintura e começou a beijar o meu pescoço.

Eu sabia que o que eu estava fazendo era muito, muito errado, mas eu não pude me conter.

Todas as partes do meu corpo queriam o Romeu naquele momento e eu não conseguia impedir isso.

Ele mordeu o meu lábio inferior deixando o beijo mais quente ainda e me empurrou para o lado.

Eu senti que minhas costas tinham batido em algum botão, mas não liguei muito para isso.

Então, nossos beijos foram interrompidos pelo som de um latido.

Rapidamente, empurrei Romeu e me ajeitei, ofegante.

Uma senhora segurava a mão de sua neta de uns 8 anos e, no outro braço, segurava seu cachorro.

Os três nos encaravam, assustados.

Romeu deu um sorriso amarelo e começou a se ajeitar enquanto eles entravam no elevador.

Me virei para o espelho e vi a minha situação.

Meu cabelo estava todo bagunçado, minhas roupas estavam todas amarrotadas e minha boca estava vermelha por causa do batom borrado.

- Esses jovens de hoje em dia... – A senhora comentou com si mesma. Logo depois, virou para sua neta. – Que isso sirva como uma lição para você.

Eu não conseguia tirar os olhos do chão de tanta vergonha e, quando o elevador chegou no térreo, saí correndo em direção à república que ficava a um quarteirão dali.

Percebi que Romeu vinha correndo atrás de mim, mas não parei para escutá-lo.

Eu nunca havia traído ninguém e eu simplesmente me sentia péssima com aquilo.

Ao chegar em casa, fui correndo para o meu quarto e me irritei quando vi Romeu atrás de mim.

- Me deixa em paz, Romeu!

- A gente precisa conversar. – Ele fechou a porta atrás de si.

- Eu não tenho nada para conversar com você.

- Julieta, você precisa se decidir entre o que você quer e o que você não quer. Simples assim. – Ele falou, chegando mais perto.

- Não Romeu, eu tenho que me decidir entre o que é bom para mim e o que não é. – Falei, sentindo lágrimas brotarem nos meus olhos. – Eu... Eu só não quero ter o meu coração partido novamente. Eu não posso ter o meu coração partido novamente.

- Julieta, se você me desse pelo menos mais uma chance... – Ele pediu, com lágrimas nos olhos também.

- Desculpa, Romeu, e-eu não posso...

- Julieta, por favor, eu preciso de você. – Ele pôs as mãos no meu rosto e começou a chorar. Como se fosse combinado, também senti lágrimas caírem no meu rosto.

Eu neguei com a cabeça, chorando mais ainda.

- Você me quer e eu te quero. Nós dois sabemos disso. – Ele falou.

- Eu tenho que ficar com o que é bom para mim, Romeu...

- E desde quando o Eduardo é bom pra você? – Ele perguntou, indignado.

- Desde que ele me pediu em namoro oficialmente, foi carinhoso comigo e você fez o contrário disso tudo.

- Quantas vezes eu vou ter que te pedir desculpas pra ter você de volta? – Ele perguntou.

- Desculpas não é o suficiente, Romeu. – Falei com novas lágrimas surgindo em meus olhos.

- Então, eu não sei mais o que eu posso fazer... – Ele disse enquanto enxugava os olhos e ia embora.

- Você sabe sim, Romeu, você sabe. – Murmurei para mim mesma depois que ele foi embora.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? O que acharam?