Harry Potter e a Arma de Slytherin escrita por Shanda Cavich


Capítulo 40
Capítulo 40 – Jogo em Família


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora, mesmo =/ Era época de provas na faculdade, eu estava realmente sem tempo. Mas agora estou de férias e voltarei a postar semanalmente!! *-*



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O grande campo parecia estar em chamas. Não só pela vibração calorosa da torcida, mas também pela decoração quase cem por cento vermelha e dourada. "Grifinória! Grifinória!", gritava a maioria dos alunos, inclusive os lufanos e corvinos. O jogo iniciou e os jogadores se dispersaram ao longo da extensão, logo após o som do apito de Madame Hooch.

"Mariane Sanderson pega a Goles!" – disse o novo locutor, Lucas Montino, da Lufa-Lufa.

A artilheira da Grifinória voou em direção aos aros do time adversário, mas foi brutalmente impedida pelo apanhador Nicolau Krum, que serviu como uma muralha. O baque foi tão grande que a fez se desequilibrar. Por pouco não caiu ao bater de cabeça nas costas do rapaz.

Tiago Potter voava extremamente rápido com sua nova vassoura. Às vezes parecia que ele tinha visualizado o pomo de ouro, pois circulava o campo tão rapidamente que parecia seguir algo igualmente veloz. Hugo Weasley, novo artilheiro, conseguiu capturar a Goles das mãos de Paul Lovecraft, e quase foi atingido pelo bastão do batedor grifinório Eike McLaggen. O jogo estava confuso, todos tão desesperados para ganhar que às vezes prejudicavam os próprios companheiros de time.

"Hugo Weasley marca 10 pontos!" – o locutor diz animado, e a torcida vibra.

O Weasley caçula entrara este ano para o time. Tendo sido sua mãe uma famosa artilheira da seleção Inglesa há alguns anos, não foi difícil convencer a todos de seu talento.

– Potter, não deixe seu primo se aproximar dos aros! – Scorpio gritou ao amigo.

Alvo acenou positivamente a cabeça, então atirou um balaço para a direita, fazendo com que Hugo voasse para longe, para que pudesse desviá-lo. Vitor Reed pegou a Goles e voou até os aros da Grifinória. Arremessou a bola com força, mas Gary Campbell a rebateu com o cabo da vassoura.

– Vai pagar caro por isso, Campbell! – disse Vitor, com o ódio atravessando seus olhos negros.

– Só estou cumprindo meu papel no jogo. Sou goleiro, meu dever é defender os aros. – Gary deu uma risada sarcástica. – Diferente de você, que até agora não marcou nenhum ponto!

Vitor voou até Gary e quase lhe deu um soco, mas foi segurado por Scorpio Malfoy.

– Não é hora para agir como um trouxa, Reed! Foco no jogo! Foco no jogo!

O artilheiro e o batedor voaram para direções opostas, atrás do artilheira Mariane, que acabara de pegar a Goles.

– Hei, Potter! – Scorpio gritou, então arremessou um balaço para o amigo. – Mira na Sanderson!

Alvo Potter rebate o balaço, que acaba atingindo Mariane Sanderson nas costas. A Goles cai de sua mão em queda livre, então é pega por Lavínia Parkinson. Quando ela se aproxima dos aros grifinórios, Hugo Weasley interrompe sua visão, parando exatamente em sua frente. A garota dá um arranhão no rosto do adversário, de modo que ele se distraísse com a dor, colocando a mão sobre o lugar machucado. Quando ele repara minúsculas gotas de sangue agora na ponta de seus dedos, a torcida vaia, e Lavínia consegue chegar até os aros.

"Lavínia Parkinson marca dez Pontos! Parece que a Sonserina está começando a agir." – a voz do locutor saiu um tanto desanimada.

Tiago voa até Hugo, esquecendo por alguns instantes o seu maior objetivo naquele jogo.

– Está tudo bem?

– Tudo. Pegue aquele pomo, Tiago! Vá logo! – Hugo parecera irritado pela preocupação do primo. Foi agredido por uma garota relativamente pequena e da Sonserina, isso chegava a ser constrangedor.

Passaram-se vinte minutos de jogo. Grifinória estava na frente pela diferença de quarenta pontos, sendo que metade deles foi feita por Hugo. Até agora Sonserina marcara pontos apenas duas vezes, para a felicidade da maioria dos torcedores, que apostava na vitória da Casa rubro-dourada.

Tiago voava incessantemente em torno do campo, tentando descobrir que plano maligno a Sonserina tinha desta vez. Boatos diziam que Sonserina sempre trapaceava, de modo que alguém sempre saía extremamente machucado, ou até mesmo enfeitiçado. Quando passou pela bancada dos professores, Tiago notou algo pequeno e reluzente passando atrás de Nicolau.

– Opa! Me desculpa! – disse Scorpio, batendo com o bastão no ombro esquerdo de Tiago, e logo voou para longe, dando uma risada pra lá de desdenhosa.

– Vai se ferrar, Malfoy! – Tiago fingiu não ter sentido dor, e sem perder mais tempo, foi até Nicolau, que parecia nem reparar o pomo bem atrás dele.

"Daniel Thomas atira a Goles e marca mais dez pontos para a Grifinória! Oitenta a vinte!" – disse Lucas Montino, e a torcida sonserina urrava de ódio.

Alvo Potter cutucou Scorpio com o cotovelo.

– Temos que fazer alguma coisa! Grifinória está muito na frente!

– Calma, Potter! Não estou conseguindo pensar!

– Krum teve algum sinal do pomo? – Alvo olhou para Nicolau, voando sem rumo no meio do campo.

– Acho que não. – respondeu Scorpio, também olhando para o apanhador que parecia estar perdido. Em seguida olhou para Tiago mais ao alto, que mudava sua direção de voo a cada segundo, com olhos bem abertos. – Mas parece que seu irmão sim! Vamos lá ver!

Os dois batedores da Sonserina voaram para cima ao encontro de Tiago, que seguia o tão veloz pomo de ouro, quase invisível. Alvo assoviou. No mesmo instante Nicolau Krum voou até a direção deles extremamente rápido. Sem precisar falar muita coisa, o apanhador búlgaro visualizou a esfera dourada e começou a persegui-la, juntamente com Tiago.

Os artilheiros do time verde-prateado se juntaram no meio do campo formando uma barreira. Lavínia Parkinson segurava a Goles, enquanto Vitor e Paul a cercavam, para impedir os outros jogadores de pegá-la. Um dos batedores da Grifinória lançou um balaço ao trio, acertando Paul na barriga. Ele se contorceu de dor, mas não abandonou a guarda de Lavínia.

Enquanto isso, Nicolau Krum dava empurrões em Tiago e vice-versa, para impedirem um ao outro de se aproximar do pomo. A vassoura de Tiago era mais moderna e famosa, porém a de Nicolau era uma réplica legítima da vassoura que um dia foi de seu pai, criada na Bulgária. Ou seja, modelos compatíveis em qualidade. Agora estavam voando a menos de dois metros do gramado.

– Não vou deixarrrr você pegarrr o pomo, Potterrrr! – disse Nicolau, entre dentes, com seu sotaque eslavo.

– Você não precisa deixar! Eu já peg... – Tiago chegou a encostar a ponta do dedo indicador na bola, mas Krum o ultrapassou, dando-lhe mais um empurrão.

– Eu pegarrrr a bola! Eu pegarrrr! – Nicolau gritou, saltando de sua vassoura, com a mão esticada. A capa de Tiago estava enroscada na do búlgaro. Os dois caíram juntos.

"Os apanhadores caíram feio, pessoal! Será que um deles pegou o pomo?" – disse o locutor.

Tiago havia batido a cabeça no gramado. Sua cabeça doía como se estivesse tendo uma enxaqueca horrível. Mas sua dor foi ainda maior quando viu que não havia nada em suas mãos além das luvas de couro que estava usando.

– Eu pegarrr o pomo! Eu disse! – Nicolau se levantou rapidamente, e sacudiu o pomo preso em suas mãos. Alvo e Scorpio bateram os bastões, como sempre faziam ao término dos jogos. Parkinson, Reed e Lovecraft desceram para abraçar o apanhador.

Madame Hooch assoprou seu apito.

"Nicolau Krum pegou o pomo de ouro. Sonserina é novamente a campeã do ano!" – Lucas Montino gritou, o mais animado que conseguiu fingir.

A torcida da Sonserina gritava vitoriosamente a seguinte canção:

Krum é o nosso rei!

Flint é o general!

Potter mete medo!

Malfoy é sensacional!

Paul e Vitor são muralhas,

Lavínia é uma diva!

O nosso time é o das Cobras

Verde-prata, Sonserina!


Tiago, ainda no chão, sentiu o sol enfraquecer. Uma sombra foi causada por seu irmão mais novo, quando estendeu a mão em sua frente.

– Obr-obrigado. – disse Tiago, de modo forçado, então aceitou a ajuda do irmão para levantar-se. Embora seu irmão estivesse sendo gentil, não conseguia sentir outra coisa que não fosse raiva e tristeza.

– Foi só um jogo. – Alvo tentou parecer amigável. – Sabe, a Sonserina treina muito para jogar bem assim, verdade, a gente é escravizado pelo Flint. Ganhamos hoje, mas isso não faz de você um perdedor. Você sabe que é bom, Tiago.

– Mas não consegui dar o troféu à Grifinória! – Tiago cruzou os braços, como uma criança mimada.

– Olhe e escute ao seu redor. – Alvo indicou toda a plateia ao irmão. – Quem eles admiram é você! Eles gostam é de você! Pois você é nobre, humilde e gentil. Krum é apenas um projeto do pai, em uma versão boboca e arrogante.

– Pensei que era seu amigo. – Tiago deu uma risada.

– Ele é legal quando quer. Mas não chega a ser meu amigo. – Alvo balançou a cabeça negativamente, como se quisesse mudar de assunto. – Só estou dizendo que não é tão agradável vencer um jogo, quando todos te odeiam e acham que você não mereceu.

Tiago reparou melhor, e todos os alunos, exceto os da Sonserina, vaiavam ao time vencedor, xingando especialmente Krum, Flint e Malfoy. Antony Longbottom e Robson Finnigan começaram a puxar um coro incentivador "Tiago! Tiago! Tiago!". Começou a ficar tão alto que cobriu a torcida sonserina com facilidade.

– Obrigado. – Tiago disse, agora contente.

– Não tem que me agradecer. – Alvo começou a andar, rindo. – Sabe, eu não ligo de ser odiado. Basta vencer!

Tiago correu até o irmão e bagunçou seus cabelos negros. Os dois ficaram alguns minutos brincando de empurra-empurra, e por fim deram um abraço. Um dos poucos abraços em que o irmão mais velho não sentiu medo do mais novo.

Pouco antes do último jantar em Hogwarts antes das férias de verão, vários alunos se reuniram para solicitar permissão para irem ao Instituto Durmstrang, onde seria sediado o tão comentado Torneiro Tribruxo. Era necessário ter boas notas, e ter ao menos quinze anos completos até o início da competição. Só os que fossem selecionados poderiam se inscrever no Torneio mais tarde.

Depois da refeição, a diretora McGonagall celebrou a vitória da Sonserina no Quadribol. Mas a casa vencedora em questão de pontos, com direito a receber a taça da casa, foi Corvinal. Segundo lugar Grifinória, terceiro Lufa-Lufa e por último Sonserina, o que serviu de consolo para todos os outros que se desapontaram com o último jogo de quadribol.

– Não acredito que ficamos em último lugar. – disse Scorpio Malfoy, então cutucou Alvo, esperando que ele argumentasse a respeito, como era de costume.

– Bom, este ano nós não nos dedicamos tanto. – disse Alvo, tranquilamente. Percebendo que a cara no melhor amigo não pareceu nada boa, ele continuou. – Mas mesmo assim, achei um absurdo. Lufa-lufa na nossa frente, que ultraje!

– Nem me fale. Ganhamos pontos apenas durante as aulas de poções.

– Por que será? – sussurrou Robson Finnigan ironicamente, que estava sentado de costas a Scorpio na mesa da Grifinória e ouvia a conversa dos dois. – Greengrass sempre dá vantagens aos sonsamongos.

Daniel Thomas assentiu com a cabeça, então os dois grifinórios riram.

– Espero que a gente consiga ir para Durmstrang assistir ao torneio. – disse Scorpio, mudando de assunto. – Se eu não for selecionado por algum motivo, meu pai dará um jeito. Então irei de qualquer forma.

– Espero que sim! Quero participar, inclusive. Com a emancipação dos bruxos em Hogwarts, alunos do quinto ano poderão participar se quiserem.

Scorpio arregalou os olhos cinzentos.

– Seria uma grande honra torcer por você, Potter, contanto que não morra nos primeiros cinco minutos do torneio! Se isso acontecer, juro que te ressuscito e mato de volta. – Scorpio riu, então jogou seu cabelo louro-branco para trás. – O aluno participante de Hogwarts deve ser da Sonserina, ou esse torneio será um lixo.

– Concordo. – Alvo olhou para os alunos das outras casas com desdém.

Pouco tempo depois que levantaram, Alvo ouviu alguém lhe chamar, dizendo que sua varinha havia sido esquecida na mesa. Mas quando olhou para trás, não viu ninguém olhando para ele.

– Você disse alguma coisa, Scorp? Sobre eu ter deixado minha varinha na mesa? – disse Alvo, voltando alguns passos até a grande mesa, visualizando sua varinha sobre ela.

– Não. – Scorpio ergueu as sobrancelhas claras.

– Estranho. Bom, deve ter sido alguém por aí. – Alvo pegou a varinha, e se juntou ao amigo novamente seguindo o monitor. – Alguém com uma grande habilidade em desaparecer.


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Notas finais do capítulo

Alvo promete muita coisa ainda, não acham? Reviews? Recomendações? Também sinto saudades dos leitores sabia?? Quase entrei em depressão-q o.O hsuahuashus até o próximo cap. beijooo
PS. Para quem também le a minha fic "SANGUE PURO", ela tb foi atualizada e tá ficando muito louca hahaha