Capitulo quarenta e um:

Observei atentamente tudo o que acontecia na casa dos Cullens através de minhas visões, ajudando Jasper e Carlisle no momento necessário onde eu sabia que eles falhariam na explicação. Infelizmente para isso tive que convidar Alice para uma ida ao shopping, talvez isso pudesse atrapalhar meus planos para o domingo, mas estava sujeita a fazer sacrifícios pelo Jasper e Carlisle, serei eternamente grata pelo que eles fizeram por mim.

Fui ao meu closet trocar minha roupa por algo mais… normal, coloquei uma calça jeans e uma blusa basica com um casaco preto mais elaborado por cima. Ao voltar para o meu quarto olhei em volta e suspirei, não iria passar o resto da minha noite ali.

Pulei pela minha janela e corri para floresta procurando pelo cheiro dos lobos, pelo visto com a volta dos Cullens o território que eles estavam cobrindo era bem menor. Paul foi o primeiro lobo que apareceu em meu campo de visão, ao seu lado, afastado uns cinquenta metros, estava Embry.

- olá meninos – disse pulando para o nível em que eles corriam. Vi Paul mover-se um pouco para o lado. – como vai a ronda?

“por enquanto nada, Sam sentiu um cheiro suspeito e agora estamos cobrindo o território enquanto ele chama os outros.” Os pensamentos de Paul invadiram a minha mente.

“o Jake nunca tem sorte, sempre encontramos alguem em seus dias de folga” Embry riu do amigo, acompanhei-o e por fim Paul também.

- por que se afastaram assim das suas rotas originais? – peruguntei a fim de confirmar minha teoria.

“essa é rota original, só estavamos correndo em um circuito mais amplo pois os sanguessugas não estavam na cidade.” Sam se incluiu na conversa.

“isso só serviu para acabar com nossos miolos” Quil disse divertido “não podemos mais chegar perto da sua casa, lá é território deles, bem não fazendo ronda. Ou seja, Jake está uma chatice.” E todos voltaram a dar suas risadas de lobo.

“parece que eu sou sempre o motivo de risada, meu senhor!” Jake se transformou e procurou ficar a par do que estava acontecendo.

“o cheiro estava para o norte, Quil, continue na linha da reserva, não podemos deixar nenhum dos nossos se machucar. Quanto ao resto, olfatos abertos.”

“droga!” Paul foi o primeiro a identificar o que eu temia. “os sanguessugas tem que se intrometer nas melhores horas!”

Imagens invadiram minha mente cegando até que fossem embora. Nelas vampiros e lobos corriam lado a lado separados apenas pelo rio. Eles não estavam se importando que a raça inimiga estavam bem aos seus lados, pergeguiam um vilão em comum. Victória. Um dos lobos avançou o passo e conseguiu chegar perto o suficiente dela a ponto de conseguir fazer uma investida. Victória lançou o braço pela lateral, como se fosse uma catapulta, atingindo a base do pescoço do lobo. Esse fora lançado para o rio ficando caido em forma humana em cima das pedras que ficavam a margen. Nenhum lobo ou vampiro parou, esperavam que não fosse nada grave.

“a ávore Bella!” Paul gritou em minha mente bem a tempo de eu desviar de um pinheiro a minha frente.

- parem todos! – disse e prontamente todos atenderam, sabiam que eu não faria eles pararem a toa. – é a Vitória que estaremos perseguindo. Minha inimiga. Portanto não quero que ninguém de vocês se matem para pegá-la.

“o que você viu?” Jake perguntou notando que estava falando como se tivesse certeza de que aconteceria.

- algum de vocês atacando-a, não consegui identificar quem, porém esse levou um soco no pescoço. Vocês nem os Cullens conseguirão pegá-la hoje, portanto nada de investirem contra ela, entenderam? – todos assentiram – logo estará amanhecendo, precisarei inventar uma desculpa por minha cama estar intocada.

“te sequestramos antes do amanhecer” Paul surgiu com a ideia, abri um sorriso para ele.

- perfeito! – sorri mais um pouco e voltei a me concentrar. – vou pelas árvores como sempre, deixarei suas mentes seguras não se preocupem. Correm em direção ao rio, ela estará por lá e como último aviso: não deem bola para os Cullens.

“Bella” Sam me chamou sério antes de partirmos “vamos acabar com isso hoje, não quero mais ninguém se machucando por causa dela.” Assenti para ele e ocupei minha posição na copa das ávores, logo todos voltaram ao mesmo rítimo de antes.

Victória foi interceptada pelos lobos na metade do caminho para o rio, assim que viu aqueles animais gigantes desfez sua rota anterior e começou a seguir exatamente pela mesma rota que nós seguiamos antes.

Encontramos com os Cullens na margem do rio, eles esperavam por Victória do outro lado dele. Paul rosnou ao ver os Cullens ali, mas assim que Victória tomou outro rumo virando no sentido da correnteza ninguém mais se importou com o fato da raça inimiga estar correndo do outro lado do rio. Jake acelerou um pouco o passo, estressado por todo esse jogo que a ruiva fazia conosco. Ele chegou perto o suficiente para poder investir contra ela e me fez rever toda a cena da minha visão. A matilha seguiu em frente enquanto Jacob ficava caido na margem do rio, o mesmo fizera os Cullen.

Desci do meu posto irritada sendo a única a parar para checar o estado de Jake. Verifiquei sua pulsação e constatei seus batimentos fracos, ele era um transformo! A última coisa que poderia ter era batimentos fracos! Tirei-o da margem do rio e notei o sangue escorrendo do seu ombro. Perdi a cabeça ao ver aquele ferimento.

Rosnei alto e fui em direção a Vitória. Sam terá o que pediu, acabariamos com isso naquela noite, ninguém mais merecia se machucar.

Em poucos segundos alcancei todos, era íncrivel como a velocidade deles era tão pouca se comparada a minha. Tanto os Cullen como os lobos se assustaram ao me ver ali correndo junto com eles ao nível do chão.

- dessa noite você não passa! Machucar desconhecidos é uma coisa, agora não mecha com quem eu gosto sua desgraçada! – disse, sem gritar, com raiva. E avancei contra ela. Estava cega pela raiva e não encherguei o pequeno obstáculo que nos esperava. Felizmente consegui atingí-la antes que ela saltasse, a parte ruim é que eu acabei caindom penhasco abaixo junto com a sanguessuga ruiva.

Não consegui me localizar muito bem depois que atingimos a água e tenho quase certeza que Victória também não conseguia, pois ela não atingiu nenhum de seus golpes em mim. Algum tempo se passou até que eu senti mais alguém se juntar a nossa briga subaquatica. Esse alguém ultrapassou meus movimentos bruscos e me segurou, separando-me de Vitória, essa fugiu assim que se viu livre. Jake ainda me segurando nadou em direção a praia, vi todos, que antes perseguiam a vampira, parados na praia olhando perplexos para mim.

- você está doido Jake?! – reprovei-o assim que ele me soltou na praia – ela poderia ter te atacado ou algo assim! Vocês tem vantagem na terra, mas quando se trata de água você é uma presa mais fácil do que um ser humano num tanque de piranhas! – Jake riu com a comparação. – não ria, eu realmente achei que você tinha ficado mal lá em cima! – empurrei-o levemente. Senti uma pontada em meu ombro assim que apliquei a força. – ai – disse baixinho e olhei para o meu ombro. Jake parou de rir no mesmo instante.

- você está bem? – os outros se aproximaram. Olhei em volta observando a todos, Sam olhava para mim orgulhoso, Emmett segurava Edward, enquanto todos os outros me olhavam preocupados.

- desloquei meu ombro, na de mais. Nem sabia que isso era possível… legal – abri um sorriso divertindo-me com o meu machucado. – Carlisle você poderia colocá-lo no lugar? – Carlisle sem muito esforço esticou meu braço e o puxou levemente fazendo com que ele voltasse para o lugar. – obrigada.

- de nada Bella. – ele abriu um sorriso paternal para mim fazendo-me sentir culpada.

- alguém viu para onde aquela v**** foi? – Jake me olhou reprovador – que é?! Ela fez eu deslocar meu ombro! O negócio agora é pessoal, espero para o bem dela que eu não a veja pelos próximos cem anos. – Jasper pigarreou chamando a atenção de todos para ele. – desculpe. alguem tem uma toalha? Meu cabelo está me irritando.

- venha Bella vamos arranjar roupas secas para você. – Carlisle passou o braço pelo meu ombro e foi me guiando com os outros Cullen vindo atrás.

- Bells! – Jake me chamou. Olhei para trás e vi um objeto voando em minha direção peguei ele e rapidamente notei ser minha pulseira.

- não Jake! – quis começar a chorar, esse seria nosso fim? Carlisle me impediu de correr de volta para a praia.

- não se preocupe Bella. Estamos bem, é só que é a pulseira da Meg… depois de hoje eu tenho medo de mantê-la comigo, tenho medo de perder um membro caso eu a perca.- dei uma leve risada e não forneci mais resistência contra Carlisle.

- você deveria ligar para ela – Emmett comentou quando estavams quase chegando, aquela caminhada estava demorando seculos, já que nós estavamos andando a passos humanos.

- an? – perguntei confusa, nem mesmo sabia porque ele estava falando comigo.

- Meg, deveria ligar para ela, ela sente sua falta – olhei para ele sem acreditar.

- como você sabe disso? Ela quase me matou ao saber sobre o irmão, isso porque ele tinha tentado matá-la.

- todos cometemos erros. – ele disse e ninguém mais se pronunciou.

Aquela frase ficou martelando em minha cabeça até eu chegar em casa e encontrar um Charlie bravo.

- onde você esteve? – olhei para o relógio eram quase onze horas da manhã. Como eu poderia ter demorado tanto na casa dos Cullen?

- eu estava na reserva… com o Jacob.

- poderia ao menos ter deixado um bilhete! Esqueceu que está de castigo?! A partir de hoje quero você em casa antes da cinco e não quero que saia de casa sem minha autorização. – eu tinha dezoito anos eu poderia fazer qualquer coisa, mas é claro que eu não diria isso alto

- desculpe pai, Jacob queria me mostrar um negócio e como estava com pressa acabei por esquecer de te avisar. Vou estar lá no meu quarto caso precise de mim – disse e comecei a subir as escadas, não ficaria ouvindo sermão de Charlie, só esperava não ter sido muito grossa.

Entrei em meu quarto fechando a porta atrás de mim, peguei meu celular para conferir se havia alguma chemada perdida ou alguma mensagem. Cinco chamadas perdidas e uma mensagem de voz.

“oi Bells!” a voz de um Matt feliz pode ser ouvida através do telefone. “posso saber porque a senhorita não atende o celular? O que você poderia estar fazendo de tão importante para não atender o celular?” havia vários barulhos ao fundo, varias pessoas gritando, porém nada que eu pudesse identificar. “Bells vou ter que desligar, parem de me encher porcaria, você não estão vendo que eu estou no celular?!” Matt gritou para quem quer que estivesse atrapalhando-o no telefone. “espero que goste da surpresa” ele voltou a falar na mensagem de depois desligou.

Ok, ótimo! Mais uma frase para ficar indo de encontro com qualquer outro pensamento que eu viesse a ter