A Estranha Natureza de Isabella Swan Ii escrita por mandinhah


Capítulo 38
Capítulo 36 - A entrega




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Capitulo trinta e quatro: a entrega

- Bella, minha querida, linda e preciosa Bella. – ele disse mais uma vez malicioso.

- vamos ao que interessa – disse entrando – quem será hoje?

- um dos maiores traficantes de Seattle – ele disse receoso esperando o meu chilique pelo fato de serem traficantes ou de esses traficantes serem vampiros.

- ué, achei que esses éramos nós – disse brincando.

- e está certa – ele disse e se aproximou – só não deixe que ele fique sabendo disso.

- ok, mas antes de falarmos disso… precisamos resolver o problema do cartão de crédito e do banco, eu estou pensando em transferir tudo para o exterior.

- já estou providenciando isso, mas… há outro problema. Precisamos ser mais discretos – ele disse nervoso. Ele sabia, eu não gostava de dúvidas.

- o que ocorreu? – disse assumindo uma postura séria.

- me seguiram – ele disse rápido – eles viram você, viram tudo aqui dentro, porém já silenciei todos. – ele abriu um sorriso de exibição.

- não me importa se eles já morreram. Como eles viram aqui dentro?

- um dos seguranças era amigo deles.

- e ele?

- também já foi.

- mas porque será que eles se arriscaram tanto?

- curiosidade, ganância. Eles não queriam pagar. Queriam descobrir como fazer, assim teriam acesso ilimitado e melhor, a preço nenhum – ele deu uma risada cínica - para isso eles teriam que me roubar você. – ambos rimos da coisa impossível.

- com os problemas resolvidos irei fazer a minha entrega – disse revirando os olhos, achava ridículo a gente ter de fazê-las, entretanto, esse era o único jeito, no começo, digo nas primeiras duas, mandamos pessoas comuns que não sabiam de nada, estilo moto-boy, acabávamos as entregas com eles mortos e sem o pagamento. Não podíamos confiar nesses vampiros, eles eram loucos para saber como fazíamos e achavam um absurdo ter que pagar pelo que vendíamos, mas eles não estavam em condições de reclamar por ter que fazer isso.

- vamos pegar a encomenda – ele disse seguindo para o porão – melhor eu ficar por aqui – ele disse na porta. Dei de ombros e desci. Ignorando todos que estavam ali no porão fui caminhando para o estoque.

- quantas? – perguntei em meio tom.

- apenas cinco, ele quer provar e ver se é bom antes - ele gritou para mim. Eu realmente não sabia o que ele tinha na cabeça

Peguei a mala preta coloquei os cinco recipientes com a mercadoria dentro e fechei-a. Peguei mais uma garrafa de plástico, sai dali trancando a porta e voltei lá para cima.

- e se eles me atacarem? – perguntei, ele não sabia do tão quanto eu era forte, e também não iria contar.

- quando te ameaçarem você diz quem nos apoia, eles já estão com a corda no pescoço por se envolverem com humanos não irão arriscar nem mais um fio de cabelo.

- e nós fazemos o quê? – disse pensando nas pessoas lá embaixo.

- eles não estão tecnicamente sóbrios de si… tecnicamente – drogados também não, pensei. – e nós temos nossos contatos para ajudar também.

- você tem seus contatos, acho que metade do mundo me odeia até sem saber – corrigi-o.

- impossível

- ah sim – disse apenas – já vou indo, tenho que voltar para casa, já faz dias que não vou para lá, acho que eu não volto para cá mais – meu pai iria dar um escândalo quando eu chegasse, ou tentaria, ele não é muito bom com essas coisas, mas demonstrando ou não ele ficaria bravo e me colocaria de castigo.

- aham, não quero saber desse papo. Hoje é aquela festa que eu te falei, você já disse que iria vir, então não aceitarei outra coisa que não seja sua presença. - ele disse e eu fiz uma careta.

- vou tentar, se meu pai não ficar me vigiando no quarto após me colocar de castigo – ri – e se não acontecer nenhum imprevisto, mas, mesmo assim, eu tenho cara de que perco uma festa? – ele riu e negou com a cabeça – estou indo – disse lembrando-me da entrega – até a noite – sai fechando a porta de frente.

Olhei para os lados verificando o ambiente, como sempre ninguém nas ruas. Procurei o carro preto, nada dele, os Cullens tinham, finalmente, ido embora. Parei na frente da garagem de casa, abri-a e entrei no carro, antes colocando a mala no porta-malas.

Dirigi até o centro, em um lugar que eu não aconselharia ninguém a ir nunca, e parei no numero dado por Tom. O prédio era razoavelmente bonito se comparasse com os outros da região, ele estava pintado num tom bege, era alto, por volta dos treze andares, com janelas maiores no alto, o que indicava uma cobertura. Sai do carro e apertei o interfone. Num intervalo de poucos segundos uma voz masculina atendeu.

“sim… quem é?”

- tenho uma entrega para o senhor Scott.

“pode entrar” a mesma voz disse. Ouvi o barulho do portão sendo aberto.

- só posso fazer entregas do lado de fora, regras da companhia – inventei qualquer coisa, ficar do lado de fora era sempre mais confiável, vampiros ficavam mais inseguros quando estavam de dia em um ambiente humano.

“ok” a voz disse a contragosto “já estou descendo” fiquei esperando no portão contando os segundos, quanto menos eu demorasse aqui mais rápido eu chegaria em casa. E tudo estaria acabado.

Três minutos se passaram antes de eu ver a imagem de um homem alto, forte, digamos atlético de cabelos pretos e olhos verdes saindo do prédio e caminhando até o portão. Ele usava uma calça jeans com uma blusa regata branca colada ao corpo marcando seu perfeito abdome com um blazer preto por cima. Ele tinha uma arma escondida, como se precisasse de uma para matar um humano normal ou como se pudesse me matar com ela.

- sim – ele disse gentil após analisar-me.

- aqui está sua entrega – apontei para a mala – são 7500 dólares e aqui está sua amostra grátis – dei a garrafa menor para ele.

Scott pegou sua carteira do bolso de trás deixando aparecer levemente sua arma, tirou treze notas de lá e me deu. Conferi-as: sete de mil, cinco de cem.

– foi uma prazer fazer negocio com você, aqui está seu cartão de compras, qualquer coisa ligue.

- ah sim, pode ter certeza – ele disse malicioso me avaliando mais uma vez.

Entrei no meu carro e dirigi de volta a parte rica da cidade, guardei o carro na garagem o dinheiro no cofre e chamei um táxi.

- para Forks, por favor – eu disse entrando no táxi.

- desculpe senhorita, mas eu não posso fazer uma corrida desse nível, lá não terá um cliente para eu voltar com lucro para casa.

- eu te pago o dobro, o triplo se for rápido – mostrei o dinheiro para ele. O taxista nada disse, apenas ligou o carro e pisou no acelerador. Todos nós estamos perdidos com o mundo capitalista, é só falar em dinheiro que as pessoas se matam por ele.

Chegamos a Forks depois de meia hora, eu me impressionei com o resultado dei ao taxista uma nota de mil sem me importar com o valor certo, ou com o troco e sai do carro.

Charlie espiava pela janela com dúvida no olhar, mas assim que desci do carro sua expressão passou a ser de alívio. Ele saiu da janela para ir abrir a porta. Caminhei até a porta sem pressa alguma. Logo depois de subir os últimos degraus para a porta notei o que estava vestindo e vi que seria melhor se eu tivesse me trocado antes de sair de Port Angeles.

- Bells! – Charlie disse e me abraçou quando abriu a porta - está tudo bem? Onde você andou? Eu cheguei em casa aquele dia e encontrei apenas o Jacob dizendo que você tinha fugido do hospital e que você tinha entrado num carro com Alice Cullen e ido para só deus sabe onde! Você tem noção do quão preocupado eu fiquei?!

- pai, calma, eu vou te explicar tudo, vem, vamos entrar – disse acalmando-o com o poder do Jasper.

- não precisa explicar Bells, você já disse que estava tudo bem, mas eu venho notando, primeiro você se perde na floresta, depois vai embora, volta e nunca passa um dia completo dentro de casa, estou na casa do Harry e Sam chega dizendo que você foi para o hospital naquele estado, depois você foge e por fim some por todos esses dias?! Eu sei que não tenho sido um bom pai Bella, você nega, mas eu sei, afinal, qual outro motivo você teria para tentar um suicídio e depois fugir de casa? Vou te mandar de volta para sua mãe, ela já está com moradia fixa, lá você poderá fazer novos amigos, recomeçar a vida. – não, isso não! E alias não sou um pacote para ser embalado no sedex e mandado, ele não podia me tratar assim.

- pode parar, você é um ótimo pai! Eu entendo que venho dando muito trabalho, se for por isso eu sai de casa vou morar em outro lugar, mas não deixarei Forks. Pode dizer se não quiser que eu more aqui mais eu me mudo então.

- não! Não precisa sair, mas eu quero saber por que fugiu do hospital e daqui? E onde esteve para estar vestida assim?

- primeiro: eu não fugi do hospital, me deram alta. Segundo, eu também não fugi de casa, só sai sem avisar… oralmente, eu deixei um bilhete.

- mesmo assim, por que saiu?

- o Edward achava que eu tinha morrido e a Alice veio aqui para me levar até ele e provar que eu estava viva. E bem, minha roupa não tem nada de mais – disse e modifiquei sua mente, para ele eu estava com uma calça jeans preta, uma blusa preta e a gargantilha preta.

- realmente. A propósito, você está de castigo até… o resto da sua vida. – uhul! Castigo pela eternidade.

Após meu pai pensar que eu realmente estava quietinha em meu quarto de castigo, pois me por de castigo é simples, mas me fazer ficar nele cumprindo-o educadamente era uma missão um pouco difícil, eu subi para o meu quarto e fiquei filosofando sobre o nada até dar um horário razoável para eu começar a me arrumar.

Peguei um pijama no closet e fui para o banheiro, tomei um banho relaxante, sem me preocupar com o relógio. Coloquei meu pijama e desci as escadas.

- pai estou indo dormir, só irei secar meu cabelo antes, boa noite – não esperei ele responder e refiz meu caminho até o quarto.

Troquei o pijama pela roupa que eu havia separado para a festa e fui secar meu cabelo. Deixei meus cachos bem definidos presos por um arco e fui passar maquiagem, valorizei meus olhos deixando-os bem destacados e passei apenas um brilho nos lábios. Fui até o closet para pegar um sobretudo preto, coloquei-o e voltei ao quarto para ‘me’ arrumar na cama.


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