Longos Passos até a Felicidade escrita por Yasmim Carvalho


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora, esse tal de ENEM atrasou tudo!!!!!
Boa leitura ai, e no final a gente se fala, (:



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Capítulo 10

Lena: Você nem me conhece.

Kostos: Mas eu estou tentando conhecer. Você não percebe isso?”

(Quatro amigas e um jeans viajante)

Narrador: Bella.

Ai. Meu. Deus!


Os olhos de Edward estão brilhando de emoção? Por tudo que é mais sagrado, não sabia que ele se divertia tanto ao me fazer de sua chacota particular.


Abaixo a cabeça tentando de algum modo disfarçar o quanto isso consegue me deixar feliz, e sorriu, um sorriso meio contido meio arreganhado, que tento esconder a todo custo.


Sem sucesso, é lógico. Estou sobre os olhos verdes de Edward, e tudo o que eu faço ele parece querer analisar. Suspiro e ergo a cabeça, encontrando Edward ainda me olhando. Não posso ficar mais vermelha do que já estou, por isso dou de ombros e preparo outro sanduíche para mim, tentando fazer aquele momento “vou-deixar-Isabella-sem-graça” passar.


Ficamos em silencio por alguns instantes mais, até que escuto o barulho do banco de Edward se arrastando no piso. Ergo a cabeça e encaro seu rosto que começa a ganhar uma coloração meio rosada. Seja lá o que estivesse passando por aquela cabeça tão rodeada de mistérios, o deixava encabulado.


- Já vai dormi? – Me pego perguntando quando ele se afasta sem dizer nada.


Edward para de andar parecendo perceber só agora que eu ainda estava lá. Não sei, isso parece meio forçado da parte dele, como se quisesse por alguns instante se esquecer da minha presença, ou talvez isso seja só a minha imaginação.


- Sim. – Responde e se vira novamente dando só mais alguns poucos passos. – Boa noite Isabella. – Diz inesperadamente me fazendo voltar a atenção a ele. – Tenha bons sonhos. – E se vira novamente saindo rapidamente da cozinha.


- Para você também, Edward. – Respondo para o vento, e volto a comer.


Tento me concentrar no que estou mastigando, mas é meio difícil quando a pessoa mais misteriosa que eu conheço acabou de sair com as bochechas coradas sem eu nem ao menos ter dito algo. Porque é lógico que o meu eu curioso quer saber o que ele estava pensando...


“Chega Bella, da um tempo! Para de se meter tanto assim, por hoje já deu!” Me repreendo na tentativa de me controlar. Não da muito certo, mas também me tira do foco Edward – pelo menos por enquanto.


Lavo a louça e vou para o meu quartinho me recolher. Por mais que eu já tenha me acostumado ao ritmo da mansão, há dias que tudo parece mais desgastantes, como hoje.


Tomo um banho rápido, e coloco minhas roupas confortáveis. Sem pensar muito, caiu no sono profundo.


(...)

- Srta. Isabella – Escutei chamar meu nome e baterem na porta do quarto. – Srta. Isabella por favor chegou uns homens, falando que estão encarregados em dar um jeito no matagal e que a senhorita sabe quem são... Posso deixar eles entrarem? – Me mexo mais um pouco na cama demorando um pouco para assimilar as coisas.


Olho no relógio ao lado da cama e me assusto ao perceber que já é quase 10h! Rolo na cama e acabo caindo de mau jeito no chão.


- Pode deixar entrar. – Meio que grito e resmungo, com dor nas nadegas.


Não houve respostas diretas a mim ao lado de fora, somente resmungos que eu sabia ser de Alfredo.


Levanto-me do chão me sentindo dolorida, por causa do tombo e por ter sido acordada no susto. Eu devia estar mais cansada do que imaginava para não ter acordado no habitual horário de 7h da manhã.


Com pressa coloco um short qualquer e minha habitual camiseta de limpeza – larga e com desenho do Piu-Piu grande no meio. Jogo uma água rápida no rosto e escovo os dentes, e saiu do quarto sem nem ao menos pentear o cabelo, só passando a mão e fazendo um rabo de cavalo mal feito.


Logo a primeira pessoa que avisto é Caius Volturi. Ele é alto, com um porte meio atlético é – admito – muito bonito. Ele guia a maquina de cortar grama com desenvoltura, mas assim que me vê ele me abre um grande sorriso que aposto que deve deixar muitas garotas loucas.


Não fico louca, e sim corada.


Edward acertou em cheio quando disse que estávamos flertando, mas o flerte não era da minha parte, e sim da dele, que perecia fazer de tudo para deixar meu coração perdidamente apaixonado.


Sem chance. Não é que eu não queira me apaixonar, e viver uma linda estória de amor, eu quero sim, e acredito – pelo menos tento – que um dia, vou conseguir isso. Mas agora, mesmo que eu tenha superado todo aquele meu drama da adolescência, não acho que eu esteja preparada para isso. Não tenho estrutura financeira, nem cabeça para isso, já que todo o meu foco nesse momento é... Bem, Edward e seus mistérios.


- Bom dia. – Digo quando chego mais perto. – Vocês querem um café? Vou preparar um fresquinho agora..


- Seria muito bom, Bella. – Caius diz, e sorri de novo para mim.


Minhas bochechas ficam mais coradas ainda com a intimidade que ele coloca naquele Bella. Faço que sim com a cabeça, e saiu dali indo para a minha cozinha.


Preparo um café rápido e forte, sem nem ao menos ver a sombra de Edward.


Saiu da mansão carregando vários copos plásticos e uma garrafa térmica com o café. Caius é o que me vê primeiro e vêm todo sorrisos pro meu lado, enquanto os outros homens apenas olham curiosos, mas continuam a falar e a trabalhar.


- Pode deixar isso comigo, Bella. – Ele pega a garrafa da minha mão.


- Ah.. Tudo bem então. – Me preparo para dar meia volta, e ir preparar o almoço.


Mas ele segura meu braço rapidamente e quando eu ameaço voltar meu corpo para vê o que ele quer ele solta, parecendo sem graça. Olho para ele sem entender nada, e ele da de ombros, como se quisesse que eu esquecesse aquilo. Nos olhos dele, posso perceber que ele sente que as coisas não estão andando do jeito que quer.


Novamente, tenho aquela minha teoria de que ele quer deixar meu coração perdidamente apaixonado, e que como eu não estou, algo parece fora do comum. Dou um sorriso de lado, e continuo o meu caminho para preparar meu almoço.


O bonito Volturi não irá dilacerar meu coração com apenas um sorriso cheio de charme. Já estou vacinada contra esse tipo de coisa. Mesmo, tendo apenas uma única experiência.



(...)


Narrador: Edward.



Isabella está falando com aquele cara de novo, e novamente volto a sentir aquele reboliço dentro do meu estomago.


O homem que flertava com ela segura seu braço, como se tivesse intimidade o suficiente para tal ato, Isabella olha para ele e ele solta-a, parecendo constrangido. Me pergunto se ela sabe que estou olhando, e se essa sena é para mim, como forma de afirmar que não está flertando.


Ela não olha para a minha janela como se esperasse me encontrar, então, presumo que meus pensamentos de antes eram errados.. Isabella simplesmente não está afim dele. Solto uma risada que soa estranha até para meus próprios ouvidos.


- Se fodeu imbecil. – Digo em voz alta, e percebo, que minha voz soa feliz.


Olho para os lados alarmado, preocupado de que alguém tenha escutado esse meu tom estranho de voz, mesmo sabendo que isso seria basicamente impossível relevando as circunstâncias de que a porta está trancada, e eu sou o único no quarto.


Para de bisbilhotar a vida dos empregados da janela e me jogo na cama genuinamente feliz e com um sorriso nos lábios. Não me deixo ficar incomodado pelas minhas atitudes novas e estranhas, porque simplesmente o estranho agora me parece bom. Bom demais!


Renovado com uma energia que eu nem tinha noção que existia mais dentro de mim, do um salto da cama e caminho a passos rápidos para o banheiro.


Olho-me no espelho.


Solto um longo e sonoro suspiro, e me sinto incomodado com o que vejo. Meus olhos parecem mais claros – talvez por causa da sensação boa que sinto – mas mesmo assim, eu não deixo de parecer muito mais velho do que realmente sou. A minha barba é grande e desleixada, e só agora percebo o quanto ela me deixa... feio.


Faz tanto tempo que eu realmente não me importo com a aparência, e que só fazia a barba quando Alice vinha me visitar, que fico surpreso por me sentir incomodado realmente com como eu me pareço. Um homem velho, barbudo e mal humorado.


Como será que Isabella me enxerga para querer tanto ser minha amiga? O que será que ela vê em mim? Porque olhando agora, eu simplesmente não pareço o tipo de pessoa que alguém iria querer ser aproximar... Na real, eu pareço o tipo que qualquer um daria qualquer coisa para se manter a uma boa distancia.


Abro a gaveta do banheiro e pego uma embalagem lacrada de gilete e uma tesoura. Aparo um pouco a grande quantia de pelos dourados do meu rosto, e por fim, começo a fazer a barba com a gilete.


Demoro um pouco, e me corto algumas vezes até que finalmente eu encontro meu rosto limpo. Parece até que outra pessoa me encara no espelho, e eu descubro, que não pareço tão mal agora.


Como será que Isabella irá me olhar agora?


Solto um som de engasgo com a garganta querendo me socar por ser tão idiota de ficar imaginando o que ela ira pensar. Não tem importância a opinião dela.


Ou será que tem?


Olho para a gilete perto da minha mão, e coisas ruins começa a rondar minha mente. Não dou tempo para que me perturbem ou mexam comigo a ponto de eu cometer uma loucura, e simplesmente jogo-a no lixo. Não importa o que eu poderia fazer com ela. Simplesmente não importa!


Olho-me no espelho novamente. Meu cabelo ainda tem a aparência de compridos. Coço a cabeça, imaginando se conseguiria dar um jeito nisso. Dou de ombros disposto a pelo menos tentar.


Pego a tesoura e vou cortando o cabelos cor de ouro até que fica bem baixinho, e com uma aparência até que boa. Coço a cabeça novamente e dou um sorriso para mim mesmo. Não pareço mas alguém que todos iriam querer se afastar, e isso consegue fazer meu corpo vibrar de energia.


Suspiro e tiro minhas roupas e entro no chuveiro.


Porque realmente mudei a minha aparência, me vem a mente. Não sei ao certo, e enquanto a água morna caia nas minhas costas tento imaginar um bom motivo.


Isabella? Eu mesmo?


Poderia ser tantas coisas que eu apenas começo a supor que eu cansei. Cansei de ficar na jaula da minha própria vida, do meu próprio quarto, cansei de ser o que eu sempre fui, e agora dentro de mim, parece que algo quer sair, quer lutar, buscar pela... Felicidade.


Como se fosse injusto deixar Isabella buscar a minha felicidade sozinha enquanto eu fico parado apenas olhando todo seu esforço. Porque é isso que ela quer não é? Que eu deixe de ser um homem perturbado? Que eu aprenda a me controlar e a ser uma pessoa que aceita quem é... É isso que ela quer, não é? É para isso que ela quer tanto entrar na minha vida, e ser minha amiga, certo?


Enfio a cabeça toda debaixo do chuveiro e prendo a respiração.


Mudar minha aparência não vai mudar meu passado ou muito menos fazer ele ser esquecido ou menos pior. E com esse pensamento eu começo a chorar. Como seria bom, mudar tudo!


Me sento no piso do banheiro e deixo a água continuar a cair sobre minha cabeça, soltando minha respiração. Continuo a chorar, até que finalmente, parece que as lagrimas acabam e levaram aquela angustia que voltava de dentro de mim embora...


Pelo menos por um dia eu queria ficar livre do peso do passado, e juntando todas as minhas forças, eu decido que tudo que o dia for me proporcionar eu estarei disposto a fazer e aceitarei de bom agrado. Pelo menos por hoje, só hoje, eu não deixarei que a tristeza do passado ganhe a felicidade que o futuro ainda pode me proporcionar.


(...)

Narrador: Bella.

Preparo purê de batata e frango para o almoço de hoje. Faço tudo em bastante quantidade para poder oferecer aos homens que trabalham lá fora. Para reforçar preparo uma carne moída recheada.


Abro o armário e retiro a quantidade de pratos necessário para os homens e para mim e Edward – mesmo não tendo certeza se ele irá descer para almoçar.


Pego uma garrafa de água e os copos plásticos, e vou levar lá fora, enquanto a comida esfria um pouco. Caius novamente é o que me vê primeiro e faz um sinal com a cabeça para que eu me aproxime.


Dou passos largos até ele, enquanto vejo a mudança que a retirada do matagal faz com a mansão. Parece outro lugar, um lugar que poderia ser até um sonho, se recebesse uma boa pintura. Dou um sorriso largo para ele e para os homens que estão próximos, totalmente satisfeita.


- Ta gostando do resultado Bella? – Pergunta assim que lhe entrego o copo.


- Sim, isso aqui parece até outro lugar sem aquele mato todo. – Respondo contente. – Ah, se não for incomodo, pode por favor, avisar aos seus amigos que o almoço está pronto? – Peço sentindo minhas bochechas ficarem coradas.


- Claro que posso Bella. – Ele responde sorrindo e vira a cabeça. – O cambada, a Srta. Swan, fez comida para a gente. – Ele grita, e se vira para mim novamente. – Pronto.


- Ah... Obrigada. – Solto uma risada constrangida. – Mas era para esperar eu ir andando sabe..


- Pra que? Você não estava com vergonha, estava...? – Solto outra risadinha – e estreito os olhos – ficando mais vermelha ainda.


- Claro que não! – Minto. – Bem, eu vou andando, quando quiserem almoçar, estarei esperando na cozinha.


- Bem, se você não se importar, eu vou junto com você. Estou morrendo de fome. – E levanta uma sobrancelha para mim. Dou de ombros.


- Tudo bem. – Vou andando, enquanto Caius deixa a garrafa no chão e os copos em cima, e corre para me alcançar.


Quando ele chega ao meu lado, dou um sorriso meio de lado para ele – que é apenas por educação e para o clima não ficar estranho – e ele entendendo tudo errado, colocando os braços em volta dos meus ombros. Fico com o corpo tenso, mas sem graça demais para dar um fora e fazer ele tirar o braço de mim.


- Então Bella... – Ele começa. – Eu estava pensando aqui, que seria interessante, se você topasse sair comigo. – Seus quadris batem nos meus, quando ele termina de falar. – O que você acha?


Fico muda. Serio mesmo, acho que nem respirar eu respiro. Sair com ele? Um encontro? Depois de tantos anos.. Acho meio difícil. Na verdade, e bem provável que eu nem ao menos saiba o que falar ou fazer em uma situação como essa.


Ta legal, eu sabia que o cara estava dando em cima. Eu não sou burra... Mas eu pensei que ficaria só nisso mesmo, dar em cima, sem nenhuma investida significativa ou direta. Apenas flerte.


Pelo amor de Deus! Quem com uma sanidade mental razoável me convidaria para sair, ainda mais depois de me vê após acordar. Eu estava com os olhos inchados e eu estava descabelada! Era de se esperar que a brincadeira do flerte fosse até ser esquecida...


Não que eu não me ache bonitinha quando me arrumo... A questão é que eu nunca me arrumei na mansão.


- Bella? – Ele pergunta de novo batendo os quadris novamente nos meus.


- Não acho uma boa ideia. – Falo rapidamente.


- Serio? Porque eu posso te garantir que você iria adorar... – Ele se insinua enquanto entramos na cozinha.


- Hm, claro... Mas a situação não é que a sua companhia não fosse ser legal... É só que... – Me perco nas minhas palavras, e me sinto bem idiota.


- É só que... – Ele me incentiva.


Encolho meus ombros e saiu de debaixo do braço dele. E nessa hora que escuto os passos de alguém chegando à cozinha. Ou que já estava lá e eu só não reparei, e parece querer chamar a atenção.


Viro o rosto e encontro Edward nos encarando parecendo... Chateado? Não sei dizer ao certo, porque estou assustada demais com a aparência dele, para decifrar algo além de encarar aquele rosto.


Não é que eu fique reparando muito nele, além de tentar decifrar seus sentimentos. Mas ele sempre teve aquele aspecto meio sujo, com aquela barba todo e aquela cabeleira nem muito grande mas também nem muito curta. A única coisa que eu sabia com certeza que Edward tinha como beleza eram aqueles belos pares de olhos verdes... Mas agora, eu estava muito surpresa.


Pelo amor de Deus, ele era lindo!


Não acredito que pensei nisso, não acredito! Mas é a verdade. Edward é lindo. Tem um dos rosto mais bonitos que eu já vi na vida, se não o mais bonito.


Suas bochechas começam a ficar vermelhas e ele olha para os lados, como se eu estivesse incomodando-o apenas por olhá-lo.


- Sinto muito por atrapalhar vocês. – Ele resmunga e sai da cozinha. – Com licença.


E ai que eu me toco que ele viu a cena toda. De Caius com os braços nos meus ombros, me chamando para sair, e isso, de alguma forma tinha afetando o bom humor de Edward. Porque para ele fazer aquela mudança todo, ele tinha que estar com muito bom humor.


E eu estraguei tudo! Merda.


- Toda amigo. – Caius diz com um sorriso debochado no rosto.


Encaro seus olhos e fico furiosa ao reparar que ele estava obviamente debochando de Edward.


- Não sei do que você está rindo. – Resmungo brava. – E a resposta para a nossa saída é não. – Começo a andar em direção a saída da cozinha. – Pode se servi ai, e diga o mesmo ao seus amigos.


Corro em direção as escadas e as subo rapidamente, ainda tendo tempo de encontrar Edward entrando no quarto, parecendo bem chateado.


- Hey! – Chamo a atenção dele e corro em sua direção. – Não é nada disso que você está pensando. – Digo ofegante.


- Você não me deve explicações da sua vida pessoal, Isabella. – Ele resmunga.


- Sim, eu sei disso. – Toco em seu braço, e dou um sorriso. – Mas, como sua amiga, sempre vou te deixar a par da minha vida pessoal, se assim você quiser.


- Mas você não precisa. – Ele afirma me encarando.


Ainda estou boba com sua bela aparência, mas dou de ombros.


- Mas eu quero.


- Você está saindo com ele. – Edward então diz, afirmativamente.


- Não estou.


- Mas ele quer sair com você. – Ele afirma novamente


- Ele quer, mas eu não quero.


- Por quê? – Ele parece realmente curioso, e encolhe os ombros. – Ele é todo forte, malhado. Normal. – A ultima palavra ele diz baixo.


- Porque, ele riu do meu amigo, e ele é um idiota. – Dou uma risada e encosto-me à parede perto da porta, ficando de frente para ele. – E falando serio, ele não faz o meu tipo, mesmo eu não sabendo qual é o meu tipo, eu sei que ele não é.


- Então... Você não quer sair com ele porque ele riu de mim?


- Em parte... Sim. – Faço sinal de positivo com a cabeça. – Mas mesmo assim, eu não estava interessada. – Abro um sorriso maior, e encaro seus olhos. – Sabe, tudo que é normal demais cansa.


- Mas não parecia que você não estava interessada... – Ele resmunga e entra no quarto.


Fico terrivelmente corada, e me arrasto para fora da parede ficando na frente da porta do quarto.


- Assim você me deixa sem graça. – Resmungo.


- Eu sei. – Ele responde e sorri para mim – daquele seu jeito único, meio torto, amostrando pouquíssimo dos dentes certinhos – e fica mais bonito ainda.


Entro no quarto, e percebo que as roupas sujas por algum milagre estão todas dentro do cesto, e o quarto se encontra em perfeitas condições. Bom humor, Edward está mesmo com um bom humor. Ou talvez ótimo.


Não digo nada, poupando-o do constrangimento, mesmo que ele não seja tão bom comigo assim, e fecho a porta.


Edward caminha para o sofá que tem perto da janela e se joga ali, olhando para o quintal. Ele parece não se importar mais com a minha presença, como se eu já fosse algo normal, e obrigatório em seu dia.


Coloco o dedo indicador na boca, e começo a morder a unha, nervosa. Sei que eu não deveria estar assim depois de tudo o que já passamos, mas fico. Não é só pela beleza que o meu patrão – e amigo? – tem. E sim, porque realmente parece natural demais eu estar em seu quarto, podendo me sentir à-vontade. Com ele se sentindo à-vontade com a minha presença.


Eu deveria ser a pessoa mais feliz de todo esse universo, já que finalmente posso afirmar que estou tento progresso em algo que eu estive batalhando tanto. O problema é que agora a tendência de eu ficar mais perdida ainda com Edward é maior, já que eu não posso saber o que esperar dele.

Será que amanhã ele ira acordar assim? Tomará banho, fará a barba e trocará de roupa? Como eu devo me preparar para tudo isso?


Dou dois tapinhas no meu rosto para acordar para a vida.


Não interessa na realidade, certo? Ele está bem agora, e é isso que importa. Ninguém consegue ter todos os dias da sua vida bons.


Mandando a Bella neurótica para a puta que pariu, eu caminho para onde ele está e me jogo ao seu lado, dando um largo sorriso para ele.


- Pensei que ficaria ali, só me olhando. – Ele resmunga, e encosta a testa na janela.


Solto uma risadinha de leve e fico corada. Sua aparência pode ter mudado, e ele por dentro pode estar começando a se cicatrizar do passado, porém, acredito que isso nunca vai mudar. Edward sempre irá me deixar corada.



(...)

Narrador: Edward.

Ela não deveria estar aqui, não deveria!


Mas está tudo bem, eu prometi que iria aceitar tudo o que o dia pudesse me proporcionar, e se isso significava Isabella sentada no meu quarto comigo, olhando para o nada, eu não iria questionar, ou muito menos arrumar briga.


Da janela vejo os trabalhadores irem almoçar o que quer que seja que Isabella preparou, e depois voltarem, batendo nas barrigas e rindo do homem que há tão pouco tempo tentava flerta com Isabella. Ele parece realmente furioso com o sonoro não que levou dela, e isso faz com que meu animo retorne com força.


Ela disse não para ele, para ficar aqui em cima, fazendo absolutamente nada comigo.


Isabella cola a testa no vidro como eu, e procura o que estou olhando. Depois ela olha de lado para mim, e da um sorriso arteiro.


- Você não foi com a cara dele, não é? – Ela pergunta e eu dou de ombros. – Ta legal, essa pergunta foi idiota.


Ela resmunga, e eu faço que sim com a cabeça. Eu normalmente não vou com a cara de ninguém. Isabella e uma exceção. Não que no começo eu ficasse feliz com a presença dela, mas é que agora, parece natural demais ter Isabella por perto.


- Tive uma idéia! – Ela diz e bate os ombros nos meus. – Não me leve a mal, mas é que hoje você está com bom humor... E sabe, acho que seria legal a gente fazer algo... – Ela morde o lábio inferior. – Fazer um piquenique, o que você acha? Seria bom! Sem contar, que dessa forma, o babaca lá de baixo iria ficar pra morrer...


- Ta bom. – Digo rápido.


Isabella arregala os olhos, e sorri largamente para mim, e sem esperar que eu diga nada mais, ela levanta e sai correndo porta a fora.


Não vou fazer isso só por causa do imbecil, e sim porque eu tenho uma promessa comigo mesmo, e não vou fraquejar. Hoje eu só quero deixar a vida me levar...




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Notas finais do capítulo

Bom, oiiiiii, e ai, gostaram? hihihihi (:
Então, antes de vir as pedras porque eu demorei eu tenho uma explicação. Gente, ENEM chegando, e mesmo eu estando no segundo ano, minha mãe só faltava me matar para estudar. Ai já viu, sem tempo para escrever!!!!!
Mas finalmente eu consegui concluir o capítulo, de pouquinho a pouquinho saiu isso ai.
E ai se surpreenderam? O que vocês acham que vai acontecer? Eu já comecei o capítulo 11, então provavelmente vai sair mais rápido (vou tentar, juro, mas não é promessa, já que final do ano, é sempre muito corrido!)
Bom, é isso, beijos, e Obrigada Carol por beta o capítulo.
Deixem reviews e indiquem a fic!!!
Até a próxima, (: