Love And Loyalty Runs Deeper Than Blood escrita por Rose Ivashkov, MrsPadfoot


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Então, mais um capítulo postado para vocês!
Enjoy!



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Capítulo 11

POV Dimitri

Bem, não teve jeito, dormi no sofá. Antes, tive uma conversa muito boa com meu filho, acho que pela primeira vez. Foi enriquecedor! Eu nunca o vi se abrir tanto com ninguém. Ele é muito parecido comigo quando era mais novo. Só que bem menos aplicado com relação às suas responsabilidades de futuro guardião, mas mesmo assim, foi muito bom esse contato com ele. Eu o coloquei para dormir e fiquei ali, um tempão, só olhando para ele. Meu filho!

Talvez eu não tenha realmente dado atenção suficiente para ele, ou orientado ele tão bem quanto eu deveria. Talvez, só talvez, eu devesse me dedicar mais ao meu filho, fazendo com que a mãe dele também fosse mais presente e dessa forma, nós consigamos negligenciá-lo menos. Acredito que essa viagem, ter contato com uma família estruturada completamente diferente da nossa e das com quem a gente convive, tenha feito bem a todos nós!

Talvez a Tasha tenha visto seus erros como mãe, mas prefere se expressar de forma agressiva. Criticando e tendo crises de ciúmes completamente infundadas!??? Ou talvez não tão infundada assim.

Logo pela manhã, resolvi bater na porta do quarto, porque ela o trancou, para tentar conversar com ela antes de irmos até a casa da Roza.

“Tasha? Tasha, querida, você já acordou? Eu pedi serviço de quarto. Gean já está se trocando e arrumando suas coisas, assim como a Rosemarie. Tasha, abra a porta!” Ela só destrancou, mas não abriu. Eu entrei com uma bandeja com seu café da manhã e uma margarida. Ela passou a odiar rosas desde Rose.

“Tasha, bom dia.” Fui para beijá-la. Ela não se afastou. Estava abatida e com olheiras. “Tasha, você precisa se alimentar. O Sr. Mazur mandou um carro para levar você e Rosemarie para se alimentar e depois nos levar até a casa da Rose para conversarmos.” Ela continuava muda. Passou um tempão até ela falar.

“Dimitri, você ainda me ama?” Ela me olhou nos olhos. Seus olhos marejavam. “Você ainda quer ter uma vida comigo? Ao meu lado?”

Eu não poderia dizer que não. Eu a amava mesmo, de alguma forma e, não tinha intenção de deixá-la.

“Sim. Eu quero que fiquemos bem. Eu sinto muito mesmo por ontem. É que...”

Ela me beijou. Foi um beijo dolorido e com muito amor. Todo amor que ela sentia por mim. Eu tentei retribuir na mesma intensidade. Tomara que eu tenha conseguido. Eu a abracei e ela chorou.

“Eu sei que agi mal, Dimka, mas é tão irritante a forma como você a admira e você nem tenta disfarçar! Isso é muito irritante! Eu a odeio! E agora, como se não bastasse, meu filho também se encantou com ela e com a filha dela! Além de correr o risco de perder você para ela ainda tenho que perder meu filho? Isso não é justo!” Chorou novamente.

“Hey! Shh! Shh! Não chore, ta tudo bem. Ninguém vai perder ninguém para ninguém, entendeu? Você não vai perder ninguém!”

“Mas agora ele quer ficar lá! Ah! Dimka, você precisava ver ele falando de como ela é ótima com a Anne e com o Andrew! Que ele queria que eu fosse assim com ele também! Eu sou uma mãe ruim???” Ela me olhou novamente com aqueles lindos olhos azuis.

“Não. Você não é uma mãe ruim, mas eu acho que a gente tem realmente negligenciado o Gean. Nós conversamos muito ontem e quando ele me abraçou, eu senti que jamais eu o abracei daquela forma e eu fiquei muito triste com isso! Nós só percebemos que tem algo errado na nossa relação com o nosso filho, quando vimos outra família que tem outro tipo de relação. Isso é péssimo, Tasha! Acho que temos que nos policiar e tentar trabalhar isso! Eu não fui criado tão friamente quanto nós criamos nosso filho. Você não criou o Christian assim, Tasha! Por que nós tratamos nosso filho dessa forma, vendo-o somente nas férias e em alguns feriados? Nós podemos contar nos dedos quantas vezes o visitamos na Academia, Tasha! E não, a culpa não é só sua, é nossa e eu acho que nós podemos ser melhor que isso.”

Ficamos ali abraçados e eu tive dó dela. Ela finalmente entendeu que nosso filho quer uma família de verdade e que nós mais parecemos sócios do que qualquer outra coisa.

Mikail veio nos buscar com um carro e mais dois guardiões em outro carro. Ele me olhou com uma cara que eu não gostei muito, mas não perguntei nada. Quando estávamos descendo do carro e eu pegava as malas das crianças, a Tasha entrou com os meninos e eu fique para trás com ele.

“Então Belikov? Como se sente tendo quase acabado com a vida da Rose? Feliz? Ainda bem que você fez aquilo, pelo menos hoje ela é feliz! E você, ta satisfeito com a sua vida?” Eu rosnei. Como ele se atreve.

“Olha Tanner, eu duvido que por qualquer motivo eu deva lhe dar satisfação de minha vida.” Ele riu.

“É, realmente você não me deve satisfação alguma. Eu só quero que saiba que ela é bem casada e está feliz, então, acho que não seja muito conveniente que você continue dando esses olhares de cachorro no cio para ela. Ah! Se você não se lembra, vou lembrá-lo. O Adrian lê as auras!” Deu outra risadinha e entrou.

Eu fiquei parado com as malas de Rosemarie na mão e o porta malas aberto, pelo tempo que pareceu uma eternidade, até que Gean veio me chamar.

“Pai, algum problema? Que cara é essa?!”

“Cara nenhuma, Gean. Eu já ia fechar o carro e entrar.”

Meu Deus! Se o Mikail percebeu, todos perceberam! E eu que pensei que estava usando a minha máscara de guardião!!! Por isso a Tasha estava tão furiosa. Entrei e tinha uma mesa enorme com tudo o que se imagina para o café da manhã e as crianças estavam já comendo. Rose parecia abatida e Adrian estava estranho! Será que eles brigaram?!? Depois notei que Anne e Andrew e até Janine estavam estranhos.

“Bom dia a todos!” Disse formalmente. Todos murmuraram um bom dia.

“Dimitri, sente-se e tome café. Espero que goste dos meus waffles! As crianças adoram!” Adrian tentou espantar aquela nuvem estranha do ar, mas não estava funcionando muito bem. Eu entrei no clima da tentativa.

“Hummm, parecem realmente bons!” Sentei-me à mesa e me servi de um waffle e um café. Rose estava linda! Ela usava um macacão curtinho, com uma regata e tênis. Como é que alguém pode ficar tão linda se vestindo tão simplesmente! Ela usava um rabo de cavalo nos cabelos que pareciam tão sedosos que dava vontade de acariciá-los. Quando eu percebi, Adrian me olhava de forma estranha! Merda! Ele estava analisando a minha aura.

“Tasha, coma um pouco querida, você não comeu nada.” Eu sorri para ela. Ela retribuiu. Peguei um waffle e passei geléia nele. Coloquei em um prato e lhe servi café. Ela ficou feliz com a minha atitude. Fazia tempo que eu não a mimava.

“Obrigada, amor!” Disse passando a mão no meu rosto.

“Bem.” Disse Abe. “Oksana e Mark chegam aqui daqui a pouco e serão trazidos direto para cá. Filha tudo bem, huh?!”

“É claro, pai. Vai ser ótimo conhecê-los finalmente e conversar um pouco com eles. Eu preciso mesmo falar com eles!” Disse animadamente e deu uma olhada de relance a Anne que estava completamente desanimada e eu diria que ela havia chorado. Neste instante ela pediu licença, se levantou da mesa e subiu, acho eu, que para seu quarto. Estranho! O que será que está acontecendo.

“Pai, eu estou meio indisposta e tenho médico à tarde. Se não se importa, não vou participar dessa conversa. Preciso me deitar um pouco. Com licença. Natasha, Dimitri. Crianças fiquem à vontade. Se quiserem ir ao ginásio, vão com Andrew e Mikail.”

Nunca pensei em ver a Rose tratando as pessoas tão formalmente e seus filhos também são bem formais. Mesmo Anne, com toda sua impulsividade ainda é bem formal. Pede licença para sair da mesa. Trata os pais e avós por senhor, senhora, mamãe, papai, vovô, vovó. Minha mãe e minha avó iria adorar ver a educação que essas crianças receberam. Quem viu a Rose na Academia, toda impulsiva, muitas vezes desrespeitosa com os professores, não acreditaria se eu contasse em que tipo de mãe ela se tornou.

E o que ela fez com o Adrian... Gente, esse cara é outro homem! Achei que teria que morrer e nascer de novo para assistir um Adrian, na cozinha de sua casa, de terno, gravata e avental, servindo o café da manhã. E totalmente sóbrio e sem fumar! Bom, pelo menos eu ainda não o vi fumar e o vi tomando um scott no restaurante. Só! Nisso, ele se levantou, sorriu para mim, como se estivesse lendo meus pensamentos... Esqueci de novo! Aura!

Eu acho que estava desacostumado de conviver com ele! Ele tem esse vício de ler as emoções das pessoas através das auras. Merda! Vou ter que prestar atenção até para pensar perto dele.

“Dimitri, Tasha, desculpem-me, mas tenho que sair. Vou até o escritório resolver umas coisas porque à tarde eu vou ao médico com a Rose. Prometi a ela almoçar em casa, senão Janine, ela não come!” Ele sorriu mostrando suas presas. “Fiquem à vontade! Espero vê-los no almoço.”

Assim ele saiu. Como tínhamos mesmo que esperar o casal que vinha de Baia, Janine nos convidou a ir ao ginásio, mas as crianças estavam entretidas jogando vídeo game com Andrew e Tasha estava conversando com Abe sobre Lissa.

Eu fui com Janine até o ginásio e ela me propôs uma luta. Eu receava isso porque ela me olhou como se fosse me matar, na primeira vez que nos encontrou aqui, mas tudo bem, né! Afinal eu era a visita!

“Ok! Dimitri, só vou te avisar uma vez: ‘Fique longe da minha filha, entendeu? Acabado esse problema com a Lissa, eu quero você fora da vida da minha filha! Fora! A vida dela está ótima, organizada, ela e o Adrian se amam, vão ter mais um bebê! Eles vivem com conforto, são bem sucedidos nos negócios, enfim, ela atingiu a estabilidade que ela queria e merece! Fique longe dela!’” Eu a olhei perplexo. Nunca tinha ouvido a Janine ser tão, tão rude com ninguém! Só com a Rose.

“Do quê você está falando?!” Dei de desentendido. Eu não podia entregar o ouro assim, afinal.

“Eu vejo tudo Dimitri. Eu vejo como você a olha. Como você suspira quando ela anda, quando ela fala. Eu vejo a inveja que você sente do Adrian e o desejo que você tem por ela, exala por todos os seus poros!”

Eu fiquei mudo e ela continuou.

“Eu fui uma droga de mãe para ela, mas por necessidade, mas eu sempre a amei e sempre quis o melhor para ela. Quando ela se casou, confesso que fiquei chocada, porque tudo o que eu queria era levá-la para a Academia de volta, nem que fosse amarrada, mas Abe me fez ver que ela seria mais feliz se sentisse que era amada, pelo menos uma vez na vida! Eu não consegui fazer minha filha se sentir amada e a afastei de seu pai. Não vou deixar que você venha aqui e tente estragar tudo, entendeu? Eu não vou permitir isso!”

Confesso que fiquei chocado depois de ser nocauteado pela Janine, a forma com que ela falou sobre a filha nem parecia que a tinha abandonado em uma academia e nunca ia visita-lá.

E com essa frase, já que estávamos lutando, eu me distrai e fui nocauteado por ela. De novo! A Janine exalava ódio por mim! Eu não tinha nem como contradizê-la, porque o que eu fiz no passado foi realmente nojento e se tivesse uma maneira de conseguir apagar tudo isso, eu o faria. A Rose estava longe de me perdoar. Eu sabia só pelos olhares de ódio que ela me lançava. A mim e a Natasha. E quando ela falava de Lissa, suas palavras eram tão duras que chegavam a me dar arrepios, mas uma coisa eu não podia negar. Ela continuava linda! Acho que estava ainda mais linda, porque saiu aquele ar adolescente e seu ar maduro de mãe e mulher era absolutamente sexy, mesmo grávida! Eu acho que estou realmente ficando maluco.

Enquanto eu divagava em minha mente sobre tudo isso, fui nocauteado novamente por Janine. Ela riu e falou: “Você não é mais o mesmo Belikov! Acho que o tempo não foi generoso com você! Já chega por hoje!” Dito isso ela saiu do ginásio, que só para constar, era incrível! Eu acho que a Rose e o Adrian eram realmente ricos.

O dia correu normalmente. Natasha e eu fomos fazer umas compras para as crianças e para nós. Para as crianças, porque elas ficariam ali por tempo indeterminado e para nós porque iríamos para o Alasca e lá é muito frio. Não eram os nossos planos quando viemos para cá. Os planos era distrair Rosemarie até que fosse feita a internação de Lissa e depois voltaríamos para a Corte, mas com o encontro com Rose e toda a mudança de planos, iremos para o Alasca e não trouxemos roupas adequadas nem a quantidade suficiente para as crianças. À noite, voltamos só Natasha e eu para o hotel, para ver se as crianças ficariam bem na casa de Rose, antes de viajarmos. Eu, pelo menos, não tinha dúvidas disso.

Daqui a dois dias é que iríamos conversar efetivamente sobre uma solução para o problema de Lissa.


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Notas finais do capítulo

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Bjn. R.I.