Lizzy fechou seu diário ao ouvir uma pedra bater contra sua janela. Pegou seu manto, a noite estava muito fria e correu para a janela que já estava aberta, mas não sem antes de verificar se a porta estava realmente trancada, ninguém poderia saber de suas “escapas”. Olhou para baixo, avistando Alec que sorria para ela.

- Pule – falou.

- Eu vou cair Alec – disse Lizzy com lágrimas nos olhos, odiava lhe negar alguma coisa.

- Achas mesmo que eu não vou conseguir te pegar? – a menina olhou para cima não querendo encarar o amado, mal ele sabia o quanto ela tinha medo de altura e pior, medo de morrer.

- Mi amore, olhe para mim – suplicou ele, chegando mais perto da casa – eu nunca deixaria e nunca vou deixar nada te machucar, nem mesmo o chão. Pule.

Lizzy assentiu.

Muito cuidadosamente e lentamente, passou sua perna esquerda pelo parapeito da janela, apoiando-se em um galho da gigante árvore que ficava de frente para seu quarto, logo em seguida passou a perna direita. Estava tudo indo muito bem, mas a menina cometeu o erro de enroscar seu pé em seu manto, se desequilibrando e escorregando da janela.

Lizzy fechou os olhos, esperando o “baque” que não veio. Em seu lugar, dois fortes braços a rodearam, não a deixando ser esmagada pelo chão.

- Falei que não iria te deixar cair – sussurrou Alec em seu ouvido, com a voz meio rouca, o que o deixava incrivelmente sensual. A garota se arrepiou inteirinha, nunca havia ficado tão próximo de seu amado, desde que se beijaram pela primeira vez.

- E não deixou. Obrigada.

- Não, você só poderá me agradecer mais tarde, quando lhe mostrar um novo lugar que achei – disse, colocando-a no chão. Lizzy sentiu uma enorme vontade de protestar, estava tão gostoso ali e Alec tinha um cheiro tão bom, mas resolveu ficar quieta.

Os dois começaram a andar pelo campo que havia no fundo da casa dos Salvatore, mas somente para chegar até o cavalo que estava parado perto da primeira arvore da floresta que havia na cidade.

Ambos subiram no animal, Lizzy com ajuda de Alec, e foram cavalgando até a orla da floresta, o único lugar onde a luz da lua conseguia penetrar entre as arvores, formando um lindo cenário, perfeito para um casal apaixonado.

- Esse lugar é lindo Alec! Se parece tanto com os contos de fadas que Gabrielle costumava me contar quando eu era criança – exclamou ela olhando em volta – mas porque me trouxe até aqui?

Alec não respondeu, somente se ajoelhou, tirando uma caixinha de veludo do bolso.

- Lizzy, esses foram os melhores meses de toda a minha vida, nunca me senti tão bem quanto eu me sinto quando estamos juntos. Seu rosto, sua pele, seus lábios, seus olhos... Tudo em você me atrai cada detalhe seu me faz te amar cada vez mais – disse, logo em seguida, abrindo a caixinha de veludo, que dentro continha um anel de brilhantes – Quero passar o resto da minha vida com você. Elizabeth Clarisse Salvatore, amor da minha vida, aceita se casar comigo?