As férias acabaram e as aulas começaram novamente. O tempo estava frio e estável. Tom não estava se importando tanto com Kenia como antes. Não depois dela ter sido amável com ele e confessado que amava outro. Os boatos era que Kenia e Eric haviam terminado o namoro, mas Tom nem ao menos quis saber se era verdade ou mentira. Ele estava mais preocupado em cumprir com seu objetivo desde que descobriu ser descendente legitimo de Salazar Sonserina. Abrir a Câmara dos Horrores a tão falada e conhecida “Câmara Secreta”.

Em seu primeiro ano não foi aceito pelos seus colegas pelo fato de ser mestiço, mas sua inteligência, manipulação, elegância e bajulação as pessoas certas o fizeram ser uma espécie de líder. Começou a procurar tudo sobre seus pais. Vendo nos registros de Hogwarts nada com o nome “Riddle” chegou a conclusão que seu pai nunca foi um bruxo então resolveu procurar pelo nome do seu avô “Marvolo”. Tom sabia que era importante de alguma forma e quando finalmente descobriu ser descendente de Salazar fez uma promessa. Que abriria a Câmara secreta, que acabaria com seu pai trouxa e se tornaria o Bruxo mais poderoso. Depois de anos de pesquisas descobriu a localização da Câmara secreta e de sua família.  E esse ano a sua promessa irá se cumprir.

O Jantar de boas vindas foi calmo e simples, mas Tom sorria e Kenia achou estranho. Porque afina de contas quando Riddle sorria algo de ruim acontecia e não deu outra.

Logo depois da janta ouve um grande tumultuo. No corredor perto do banheiro feminino tinha palavras escritas de sangue. Apenas duas linhas que deixaram os nascidos trouxas apavorados.

“A Câmara secreta foi aberta à criatura que lá habita esta solta. Cuidado Sangues-Ruins vocês serão os próximos. O Herdeiro esta de volta”.

Os professores e alunos se entre olharam. Já Tom Riddle estava sério fingindo se importar com os nascidos trouxas. Kenia olhou para Tom, sabia que isso tinha a ver com ele.

Para Tom abrir a câmara secreta foi como uma aula de defesa contra as artes das trevas. Fácil. Depois de descobrir a localização utilizou a ofidioglossia para abrir a câmara. Logo descobriu que o monstro que la habitava nada mais era que uma cobra gigante, um basilisco que estava sobre o seu controle.

Kenia como uma sonserina sabia sobre a câmara secreta, mas ainda sim pegou o livro “Hogwarts uma História” para ler sobre isso. Ela tirou a conclusão que o herdeiro de Salazar com certeza era da sonserina e principalmente ele deveria ser ofidioglota.

Dumbledore tinha um suspeito, mas se ele revelasse para algum professor com certeza seria julgado, afinal por mais que Tom Riddle fosse um ofidioglota ele ainda era inteligente e manipulador e todos os professores ficariam a seu favor. As provas que teria contra Tom seriam tolas e sem nenhum fundamento útil.

O medo demorou em pairar sobre a escola. Os nascidos trouxas acharam que nada passava de uma brincadeira. Nem mesmo os professores estavam levando a sério. Até que no começo de fevereiro alunos petrificados começaram a aparecer, quatro alunos em menos de dois meses. Os Professores começaram a ficar assustados, toque de recolher foi implantado. Nenhum aluno poderia andar sozinho. Hogwarts estava tomando medidas de segurança drásticas.

Segunda-Feira, aula dupla de poções com a grifinória. Tom estava sentado com Mulciber, Kenia sentada com Eileen Prince. Uma Grifinória se destacou por discutir com outra garota. Murta, ela era odiada por todos. Não por ser grifinória, mas pelo fato de ser chorona e irritante. Ela se sentou sobre o olhar desaprovador de Slughorn.

-Bem hoje teremos uma aula diferente. –Falou ele eufórico e com um aceno de sua varinha, várias mesas com caldeirões saltaram e se enfileiraram, no total eram 5 mesas e 4 caldeirões em cima de cada mesa, um total de 20 caldeirões cada um  com um liquido estranho e expelindo uma fumaça.-Vou querer que vocês andem e descubram que poção são essas e me façam um relatório completo para me entregar na próxima aula.

E assim a aula passou, com alunos andando de um lado para outro adivinhando que poções eram.

O medo de ser a próxima vitima é irritante, tudo parece conspirar contra você, até mesmo o tempo.

A noite os alunos andavam em bandos rumo ao jantar. Tom andava apressado ninguém jamais imaginaria que o monitor certinho e querido pelos professores estava indo para o banheiro feminino. Sabia que a garota estaria lá. Chegou lá e começou a falar em uma língua estranha e na mesma hora a torneira brilhou com uma luz branca e começou a girar. No segundo seguinte, a pia começou a se deslocar; a pia, na realidade, sumiu de vista, deixando um cano exposto, um cano largo o suficiente para um homem escorregar dentro dele, mas nenhum homem escorregou. Então Tom  começou a sussurrar mais alto como se estivesse chamando algo, e uma cobra gigantesca apareceu. A menina era Murta que estava com raiva de Olívia Hornby pois esta havia caçoado dos óculos. Mas ela ouviu a voz de um garoto e estava abrindo a porta para manda-lo ir emborra, mas a ultima coisa que ela vê antes de mergulhar na escuridão da morte, são dois olhos grandes e amarelos.

Tom andou apressadamente para o salão as pessoas tinham que ver ele longe da cena do crime. Quando chegou foi em direção a mesa da sonserina e sentiu algo queimando em sua nuca. Ele olhou para os lados e percebeu que Kenia estava o observando com seus olhos castanhos. Ele deu um sorriso desdenhoso e se sentou ele começou a observar os alunos principalmente os alunos da grifinória.

Começou a notar que faltava um certo aluno do terceiro ano. Tom lembrou dele pois tinha aplicado uma detenção. Foi no ano anterior o jovem tentou ir para a floresta proibida e Tom o pegou. Hagrid era uma pessoa sem noção, ele queria brigar com trasgos, e todos conheciam sua mania de cuidar de animais que não devem ser de estimação. Mas Tom não pode deixar de sorrir debochado afinal de contas ele tinha um basilisco de estimação e nenhuma pessoa em teria um basilisco.

Kenia sabia que ele estava aprontando algo, mas Tom sempre foi um mistério. E depois daquele acontecimento na mansão dos Malfoys ela não queria nunca mais falar com ele, mas ela precisaria devolver a corrente que ele havia dado a ela.

Todos estavam jantando silenciosamente nem Hagrid nem a Murta aparece durante o jantar. Os alunos começaram a sair para seus salões comunais o toque de recolher era  as 20:00. Tom como monitor chefe fazia rondas até as 21:00 ficou simplesmente andando nas masmorras, viu duas garotas sonserinas sussurrando a sua frente. Olhou para o relógio eram 20:45.

-Quem será o Herdeiro de Salazar?-Falou a loira.

-Eu não sei mas nota-se que é louco.-Falou a morena. –Vão fechar a escola por culpa dele.

-Eu não sei se as senhoritas repararam mas o toque de recolher já passou. –Tom Riddle falou sem vontade alguma. Ele reparou que as alunas eram mais velhas que ele.-Como é o nome de vocês em que ano estão porque estão atrasadas?

-Meu nome é Holly Truman estou no ultimo ano. E essa é minha amiga Jenna Duffy. Ela estuda no mesmo ano que eu.- Falou a morena apontando para a loira.

-Desculpe-nos Riddle. Estávamos na biblioteca e descobrimos que o Herdeiro atacou novamente.-Jenna continuou falando.-Agora ele realmente conseguiu o seu objetivo, ele matou uma nascida trouxa.

-E graças a ele vão fechar a escola.-Completou Holly.

Tom ficou estático, aquilo não poderia acontecer. Sua única casa, o único lugar em que pertencia iria fechar. Ele precisava fazer algo. Teria que botar se plano em pratica: culpar o Hagrid.

-Voltem para nosso salão comunal.-Riddle falou andando.-Vou ver se o Diretor precisa de ajuda.

As meninas nada disseram apenas obedeceram e ficaram alegres por não terem recebido uma detenção.

Tom Riddle subiu as escadas rumo ao esconderijo de Hagrid. Foi quando viu três homens do ministério descendo as escadas levando uma maca. Na maca estava o corpo sem vida de Murta coberto por um lençol branco. Tom parou e ficou olhando a mão de murta caída e descoberta.

- Riddle!- Tom reconheceu aquela voz. Odiava tudo nesse homem. Seus olhos azuis pareciam que via seus segredos mais profundos.-Venha.

Tom fez sua expressão de inocente e olhou para o alto da escada e viu Dumbledore o analisando.

-Professor Dumbledore.-Tom andou até ele

-Não é sábio ficar andando por aí assim tão tarde, Tom.

-Sim, professor. Creio que eu...- Tom fez uma pausa e sussurrou.-Tinha de ver com meus próprios olhos se os boatos são verdadeiros.

- Receio que sim, Tom. São verdadeiros.

-Aquele sobre a escola também?-Perguntou ele receoso acrescentando.-Não tenho um lar para ir. Não fecharão mesmo Hogwarts, não é, professor?

-Eu compreendo, Tom, mas receio que o diretor Dippet não tenha escolha.

-Senhor, se tudo parasse, se o responsável fosse capturado...-Tom não completou a frase.

-Tem alguma coisa que gostaria de me dizer?- Dumbledore perguntou o analisando.

-Não, senhor. Nada.-Tom odiava aqueles olhos azuis o radiografando.

-Então está bem. Pode ir.-Dumbledore falou.

-Boa noite, senhor.

Tom andava apressado, sabia onde Hagrid estava. Tom parou e olhou para trás para ver se estava sendo seguido, não vendo ninguém continuou andando pelo corredor deserto até finalmente parar em frente a uma porta trancada e murmuriou:

- Alohomora.

A porta se abriu e um garoto enorme entrou em sua visão, ele estava curvado e murmurando para um armário:

-Vou tirar você daqui.

-Boa noite, Hagrid.-Tom disse chamando a atenção para si. Hagrid se virou ficando de costas para o armário

-Terei de entregar você, Hagrid. Não acho que quis matar alguém, mas estão falando em fechar a escola

-Não pode. Você não entende.- O garoto rebateu.

-Acho que você não teve intenção de matar ninguém. Mas monstros não são bons animais de estimação, Hagrid.-Falou Tom zombeteiro -Agora, afaste-se.

-Não foi ele. Aragogue nunca matou ninguém. Nunca.-Berrou Hagrid.

-Os pais da garota morta virão amanhã.-Rebateu Tom - O mínimo que Hogwarts pode fazer, é destruir o que matou sua filha.

-Não!-Gritou Hagrid.

-Afaste-se, Hagrid.-Disse Tom apontando sua varinha.

-Não!

-Cistem Aperio!

Seu feitiço iluminou repentinamente o corredor com uma luz flamejante. A porta atras do garoto se escancarou com tal força que  empurrou contra a parede oposta. E pelo vão do armário saiu uma coisa estranha. Um corpanzil baixo e peludo e um emaranhado de pernas pretas; um brilho de muitos olhos e um par de pinças afiadíssimas. Tom tornou a erguer a varinha, mas demorou demais. A coisa derrubou-o e fugiu, desembestou pelo corredor e desapareceu de vista. Riddle levantou-se correndo, procurando a coisa; ergueu a varinha, mas Hagrid pulou em cima dele tirou-lhe a varinha e derrubou ele novamente ao chão gritando.

Com toda essa confusão o professor Dippet apareceu e ficou estático com a visão que teve. Tom Riddle com os cabelos bagunçados com Hagrid em cima o segurando.

-Mas o que esta acontecendo aqui?-Perguntou.- Saia de cima dele Hagrid.

Muito envergonhado, Rúbeo se levantou. E Tom rapidamente se levantou e pegou sua varinha e lançou um olhar maldoso sobre Hagrid.

-Tom Conte-me o que aconteceu.-Ordenou o Diretor.

-Hagrid abriu a câmara secreta e libertou o monstro senhor.

Dippet o olhou estupefato e Hagrid Berrou:

-Aragogue não matou ninguém.

Dippet tirou as conclusões precipitadamente. Naquele exato momento Hagrid foi expulso de Hogwarts e Tom Riddle ganhou todos os prêmios e méritos que um aluno poderia ganhar. Dumbledore conseguiu convencer Dippet a  manter Hagrid como guarda-caça.

No dia seguinte todos sabiam sobre os feitos de Tom e ficaram agradecidos a ele com o fato de Hogwarts não fechar.

Já era noite e Tom Riddle entrou em seu quarto de monitor chefe e se surpreendeu com Kenia sentada em sua cama olhando para a porta.

-O Que faz aqui Solo? –Ele perguntou tentando controlar sua raiva.

-Vim lhe devolver isso. -Ela falou mostrando a pequena corrente. Ele ficou surpreso. -Não quero que me devolva o diário. Acredito que ele será muito útil para você.

-É feio devolver presentes Kenia.-Falou ele seriamente, deixando ela corada ao ouvir seu primeiro nome e fechando a mão dela com a corrente.

-Eu sei que foi você Tom.-Ele a olhou sem entender e ela respondeu a pergunta muda dele.-Que  abriu a Câmara secreta.

-Na verdade você sabe Riddle. –Ela Respondeu rapidamente. - Eu sei que você abriu a câmara secreta Tom.

-Sou eu? Como você ira provar?-Ele riu debochado.

-Bem talvez esse diário sirva como prova. –Ela pegou o diário que estava sobre a cama, e ele a olhou com raiva.-Eu não entendo, como você deixou alguém que é incapaz de fazer tal magia levar a culpa por algo grandioso.

-Hogwarts é meu lar.

-Obvio.-Falou ela-Você colocou a culpa em Hagrid para Hogwarts não fechar.

-Tudo tem um porque na vida Solo.

Ela nada disse apenas foi em direção a porta, mas Tom foi mais rápido e fechou e a encostou na parede.

-O que você quer Riddle?-Falou ela ríspida. Kenia colocou as mãos no peito de Tom o empurrando mas este pegou suas mãos e prendeu acima de sua cabeça, suas pernas prenderam Kenia. Os lábios frios de Tom foram de encontro aos de Kenia em um beijo possessivo. Ele sorriu e roçou seus lábios no dela.

-Apenas você.

Algo muito rápido aconteceu ele abriu a porta e colocou ela para fora.

-Não invada meu quarto novamente para me fazer perguntas estupidas Solo.-Continuou debochado.-A Propósito peça a Samara para devolver o livro que ela pegou.

Kenia ficou estática.

-Você é uma péssima oclumente quando esta sendo beijada

E nisso ele fechou a porta na cara dela.

Kenia ficou estática. Riddle sempre vai ser um enigma impossível de decifrar. Uma hora louco e possessivo, outra hora inteligente e manipulador e poucas vezes, triste e honesto. O Que ela não sabia é que o fim de Tom Riddle só depende dela. Ele pode ser uma pessoa comum ou o Maior bruxo das trevas de todos os tempos. Kenia só precisa fazer a escolha certa para o futuro poder ser diferente.