Três longos dias havia se passado desde o ocorrido na “sala Secreta”.Nesses três dias muitas coisas aconteceram. Tom descobriu que alguém havia entrado em seu quarto e pegado o Diário de Merlim já Kenia em nenhum momento teve uma recaída com seus sentimentos, se manteve forte e estável. Era manhã de natal e Tom se acordou e encontrou uma pequena pilha de presentes de seus comensais e os Pais de Abraxas, doces e livros. Não encontrou nada dela mas ele não esperava nada dela. Não depois do ocorrido. Ele se sentia mau pela dor que havia causado nela.

Kenia estava sentada no chão, já havia se arrumado com um vestido verde de babados, apertado na cintura que ia até os joelho. Abria suas duas pilhas gigantescas de presentes. Não apenas seus pais lhe mandaram mas seus Tios, seu padrinho, seu namorado suas amigas. Livros, doces, lembranças sua cama estava cheia desses objetos, estava no ultimo presente quando percebe um pequeno embrulho. Ela abriu e uma pequena carta cai, ela a abre e começa a ler

“Solo

Eu não sei como pedir desculpas. Não é da minha natureza pedir perdão. Não é da minha natureza sorrir. Não sei o que é ser feliz. Nunca alguém demonstrou carinho como você fez. Espero que use esse presente sempre e se lembre de mim.

Feliz Natal

TSR”

Abriu a caixinha e se deparou com uma corrente de prata e um pingente de bailarina com uma pequena pedra azul, ela sorriu encantada. Se levantou e foi em direção a penteadeira e se sentou no banquinho colocou a caixinha vazia em cima e colocou a corrente em seu pescoço. Era lindo Tom tinha um ótimo gosto. Ela abriu a pequena gaveta e la havia um embrulho que ela havia guardado para o aniversario de Tom. Mas algo a dizia que ela deveria entregar para ele agora.

Ela se levantou, olhou uma ultima vez ao quarto e fechou a porta. A casa dos Malfoy’s estava quente apesar da neve que caia lá fora. Kenia estava sozinha no corredor e bateu rapidamente na porta e Tom prontamente abriu a porta.

-Solo?

-Feliz Natal Tom!-Falou ela abraçando ele que ficou estático com a atitude dela. Ela se afastou – Desculpa.

Ele nada disse apenas pegou o embrulho de sua mão e entrou, Kenia o seguiu.

Tom desembrulhava curioso e ao mesmo tempo com um sentimento que ele nunca sentiu, felicidade. Alguém havia desejado do fundo do coração feliz natal para ele, não por medo ou por “admiração” mas pelo fato de gostar dele. E mais uma vez foi abraçado por ela. Quando abriu o presente se  deparou com um caderno de capa preta com as iniciais de seu nome. Ele não demonstrou sentimento algum e Kenia alegre começou a falar.

-Um diário gostou? Eu pedi para que colocasse as Inicias de  seu nome.-Falou ela rindo.- Eu não sabia o que dar a você Tom, pensei em algo misterioso como você.

Ele nada disse e ela continuou.

-Tem um feitiço chamado hide occulta, deixa eu colocar a dedicatória.-Falou ela tirando o caderno das mãos de Tom e escrevendo seu nome e a data. – HIDE OCCULTA e antes as palavras que foram escritas foram sugadas pelo caderno.

-Eu gostei Kenia.-Murmurou Tom tímido.-Obrigado

Ela nada disse apenas sorriu, olhando Tom com seus olhos brilhantes.

-Percebi que você esta usando o presente que lhe dei.- Ela olhou surpresa para Tom e corou quando percebeu que ele a olhava com um sorriso malicioso.- Ficou perfeito em você.

-Obrigada Tom, eu adorei.

-Você leu a carta?-Perguntou ele.

-Sim.

-E?

-Eu acho que você é que uma Incógnita-Ela disse indo em direção a porta.-Até depois Tom.

Correu em direção ao quarto de Samara e bateu na porta. Depois de alguns meninos uma Samara sonolenta apareceu.

-Você estava dormindo?

-Não Solo, tava descansando os olhos.-Respondeu mau-humorada, fazendo Kenia rir.-O que você quer?

-Quero saber se você pegou o “diário” que estava com Riddle? –Sussurrou ela

Tudo aconteceu muito rápido, Samara que antes estava sonolenta parecia mais acordada e temerosa puxou Kenia para seu quarto, bateu a porta e lançou um feitiço para que ninguém escutasse a conversa.

-Sua louca!!!Tom não deve desconfiar de você.-Falou ela alterada.-Você sabia que Merlim falava a linguá dos Dragões?

-Ouvi dizer que Merlim era um Senhor dos dragões.-Falou ela cética.- Mas dragões não falam.

-Na verdade esses dragões de hoje não falam, porque sofreram muito na mão dos bruxos, duendes, trouxas e magos. Mas eles falavam com todos os seres que tivesse magia.-Continuou ela – Mas o senhor dos Dragões podia comanda-los e os dragões eram obrigados a obedecer.

-Isso é verdade? Eu posso falar com um dragão?

-Com os dragões desse tempo?Obvio que não. Eles se fecharam para os outros seres mágicos.

Kenia e Samara ficaram quietas, uma pensando na sua vida passada e a outra imaginando conversar com um dragão. Samara despertou de seus devaneios e tirou Kenia de seus pensamentos.

-Merlim escreveu muitas profecias no seu diário e uma delas fala sobre você.-Falou ela pensativa.- Mas os únicos problemas é que não falo fluentemente a linguá dos dragões e o único “amigo” para ajudar é esse dicionario que peguei do Tom e é de propriedade dos Malfoys.

-Porque os Malfoys tem tanta coisa sobre Merlim?

-Por que eles são descendentes do meu Maior inimigo.-Sussurrou Samara – Mordred.

-o que?

-Isso é uma longa história.-Falou Samara irritada- Tenho presentes para abrir e um diário antigo de quase mil paginas para traduzir. Se me der licença.

-Nossa que grosseria-Falou Kenia Fingindo indignação –Quando estará pronto?

-Garota da Alma de Merlim, eu posso demorar um dia como posso demorar seis longos meses. Mas se você continuar a me incomodar nunca irei terminar.

-Já estou indo.-Falou Kenia na porta- E a propósito Feliz Natal.

O almoço transcorreu normalmente e logo depois Samara foi para seu quarto enquanto os outros resolveram aproveitar que a neve parava de cair e foram se divertir. Tom gostava do frio mas não queria participar da “guerra de bolas de neve” então optou por dar uma volta pelos jardins. Já Kenia estava louca para “guerrear”. Logo que chegaram lá fora a guerra começou. Bolas de neve voavam para todo lado. Risos, exclamações, ameças e xingamentos pairavam. Tom para não ser atingido se afastou mas uma bola de neve lhe atingiu bem na nuca. O silêncio e o medo predominou todos exceto Kenia que ria descontroladamente. Tom se virou lentamente e viu todos os seus seguidores  tremendo de medo ja ela estava com um sorriso debochado no rosto.

-Desculpe Riddle.-Falou ela fingindo sentir-se mau-Eu tenho uma mira horrível.

Um brilho de maldade apareceu nos olhos de Tom e com um movimento de sua varinha varias bolas de neves foram como balaços em direção a Kenia. Ela não ficou surpresa com a atitude dele pois sabia que era da natureza dele se vingar. Duas coisas passaram pela cabeça dela. Uma era usar sua varinha mas isso geraria um duelo e ela não queria isso. A segunda opção era mais louca mas era o melhor jeito de não brigar com ele. Rapidamente ela se esquivou de algumas bolas de neve e saiu correndo em direção de Tom que estava a poucos metros de distancia. Enquanto corria as bolas de neve vinham atras. Tom não entendeu o que Kenia estava fazendo até ela pular em cima dele fazendo ele se desequilibrar e ambos caírem no chão. Três segundo depois as bolas de neve atingiram os dois como um bombardeio. Kenia ria descontroladamente, já Tom entendeu a logica do plano dela enquanto seus comensais olhavam tudo com medo da reação de Tom. Mas algo de estranho aconteceu, algo que muitos comensais guardariam na memória, Tom Riddle estava rindo. Um riso de alegria algo que ele jamais ira sentir no futuro.

Logo as quatro horas resolveram ir para sala se aquecer na lareira. Kenia nem ao menos se sentou apenas informou que estava indo se arrumar para o jantar. Quando Kenia saiu da sala Nott soltou um comentário maldoso:

-Quatro horas para se arrumar?No minimo ela deve estar querendo esconder alguma de suas imperfeições.

-Ela não precisa esconder nada , ela é perfeita.-Respondeu Abraxas irritado.

Tom nada ouviu pois estava concentrado na tarde que se passou. O primeiro natal em que realmente foi feliz.

As oito horas da noite todos estavam na sala conversando exceto Kenia que estava terminando de se arrumar. Ela estava sentada na frente da penteadeira pensando em um certo garoto. Kenia usava um vestido azul claro seus cabelos castanhos estavam amarrados em um coque frouxo deixando vários fios soltos,  e usava o pequeno colar que Tom lhe deu.

Quando chegou ao topo da escada sorriu ao ver Tom mas duas outras pessoas lhe chamou a atenção.

-Mãe? Pai?-Falou ela descendo as escadas e quando chegou perto o bastante abraçou ambos.

Marta Solo era uma mulher bonita tinha feições joviais e seus cabelos curtos e castanhos dava um ar de frágil. Já o pai Marcus Solo era um homem lindo e elegante, uma barba para fazer, os olhos negros e um sorriso zombeteiro nos lábios.

-Você esta linda.-Falou ele sorrindo.-É para alguém em especial?

-Marcus pare.-Falou Marta severa –O Namorado dela nem esta aqui. Kenia precisa ficar linda e elegante sempre. Afinal ela aprendeu com a melhor.

-Claro.-Falou ele rindo- Mas ainda acho que é para um menino de cabelos negros.

Marta não ouviu seu comentário, mas Kenia percebeu que ele estava certo. Era fácil de enganar sua mãe mas não seu pai.

-Venha minha filha. Vamos dar uma volta pela casa.-Falou ele puxando a mão de sua filha.-Sabe eu era muito mau com sua mãe. Mas acabei me apaixonando por ela.

-Você fazia maldades papai?-Perguntou Kenia.

-Fazia algumas azarações contra os grifinórios.-Falou ele rindo –Andava com um grupinho mas ai apareceu sua mãe a corvinal mais doce e inteligente que ja conheci.

-Mas você não era mau com ela?

-Sim no começo eu a tratava mau, mais o tiro saiu pela culatra e eu me apaixonei por ela.

Marcus ficou pensando por uns minutos até Kenia tirar ele de seus pensamentos.

-Pai?

-Sim?

-Você acha que uma pessoa muito ruim pode mudar?

-Depende de muitas coisas filha.

-Como o que Pai?

-Minha filha o amor e carinho e a inteligencia.-Completou Marcus-E um pouco de persistência.

Ela o olhou sério, mas esse simplesmente sorriu e Tom entrou na sala que estavam.

-Sr.Solo sua esposa esta lhe chamando.

-Obrigado.-Falou ele rindo.-Acompanhe Kenia para a Sala de Jantar Tom?

-Claro Senhor.

Marcus saiu e deixou os dois sozinhos na pequena sala.

-Você esta linda Solo.

-Obrigada Tom.

-Se arrumou para alguém em especial?-Perguntou ele zombando dela.

-Não Tom, não preciso ficar linda para os outros.-Falou ela sarcástica- Gosto de ficar apresentável.

Ela foi em direção a porta mas Tom a puxou pelo braço.

-Kenia eu falei ao seu pai que iria lhe acompanhar até a sala.-Falou ele divertido-E irei.

Eles chegaram de braços dados. Tom a tratou como um cavalheiro puxando a cadeira para ela se sentar, e ela agradeceu corada. O Jantar transcorreu normalmente, conversas sobre o ministério, o profeta e até mesmo sobre Hogwarts. Para Kenia uma noite alegre já para Tom o primeiro natal em que ele foi feliz.

31/12/1943

Eu espero que ninguém se lembre que hoje é meu aniversario. Odeio agradecer as pessoas.

Eram essas as palavras que estavam no diário de Tom.

Kenia estava dormindo um sonho muito misterioso. Ela via seu rosto nos olhos de Tom, mas os olhos dele não eram azuis e sim vermelho sangue ele não era mais jovem e belo, era adulto e estranho, sem vida. Morto. Ela viu Dumbledore caindo, Hogwarts pegando fogo, e viu um jovem de olhos verdes e uma cicatriz na testa. O  jovem estava duelando com Tom e este estava perdendo. Um clarão verde fez ela se acordar.

Estava suada rapidamente se levantou e foi ao banheiro. O corredor estava deserto sua cabeça doía. Tomou um banho na agua fria apesar do frio precisava recuperar os sentidos. Se olhou no espelho e se sentiu péssima. Tinha olheiras fundas e escuras. Usou um pequeno feitiço que sua mãe havia lhe ensinado. Ficou a manhã inteira em seu quarto.

Tom notou que algo havia de errado com Kenia mas não demonstrou nada. Estava silencioso como sempre. Scarlet o lembrou da festa, ele não estava prestando atenção. Lembrou-se que não havia falado sobre o diário perdido.

-Senhora Malfoy?-Perguntou ele com um sorriso sedutor nos lábios.

-Querido Tom pode me chamar de Scarlet.-Falou ela rindo.

-Scarlet.-Sussurrou ele provocando reações estranhas naquela senhora.- Gostaria de pedir que achasse um livro que sumiu de meu quarto.

-Sim Tom querido.-Falou ela hipnotizada.- Que livro é?

-Um diário.-Falou ele persuadindo ela- O Diário de Merlim.

-Sim claro mandarei os elfos procurarem. Revirarem a casa se necessário.-Completou ela – Não esqueça da festa de reveillon hoje a noite Tom.

-Claro Scarlet. Jamais a perderia.

E nisso saiu deixando ela suspirando. Tom Riddle conseguia tudo que queria com apenas sorrisos, charme e persuasão. Ele adorava causar reações nas pessoas, adorava ter poder e a cada ano ficava mais poderoso.

Kenia estava deitada na cama, sua mãe sentada na frente penteadeira com uma bandeja em seu colo. Seu pai estava sentado em uma poltrona olhava para a filha pensativo.

-Mãe eu só tive um pesadelo.-Falou ela irritada.- A senhora não pode me proibir de ir na festa e eu não quero comer.

-Você não sabe de nada mocinha.-Falou Marta severa.

-Marta, acho que ela estará boa até o horário da festa.-Falou seu pai zombeteiro deixando Kenia feliz – Mas se ela não se alimentar direito ela não ira.

Ele saiu deixando Marta com um sorriso vitorioso e Kenia nervosa.

-Papai sempre te apoia.

-Seu pai sempre foi um mistério a desvendar.-Sua mãe disse fazendo Kenia rir-Coma direito minha filha, terás uma grande surpresa.

Ela saiu deixando Kenia curiosa.

Tom não sabia quantas pessoas estavam no grande salão da casa dos Malfoy’s estava a um canto não queria falar com ninguém. Mas o Sr. Marcus Solo o viu.

-Tom, gostaria de lhe pedir um favor.

-O que Seria senhor? –Perguntou ele fingindo interesse.

-Gostaria que você chamasse minha filha. Ela gosta muito de você Tom.

O Pai de Kenia saiu deixando Tom perplexo. Ele subiu as escadas e foi em direção ao quarto de Kenia. Chegando lá bateu na porta e esperou. Ela abriu a porta e falou.

-Finalmente Pai achei que tivesse se esquecido.-Ela falou mas notou que era Tom.-Desculpe Riddle.

Ele ficou estático com a beleza e elegância dela. O vestido era frente única, não tinha decote nem fenda, nem nada assim. Era apenas justo mas as costas eram abertas até a cintura. Era um vestido branco, de crepe, com finíssimo corte. Nas bordas tinha pequenas pedrinhas de brilhante. Ela usava luvas três quartos brancas, como uma verdadeira bruxa. O cabelo estava cacheado, preso de modo displicente, de modo que os cachos lhe caíam pelos ombros perfeitamente. Usava a corrente que ele lhe deu.

-Você esta linda Kenia.

Ela corou. Mas rapidamente falou.

-Parabéns Tom.-Ele a olhou sem entender –Seu aniversario é hoje não é?

Ele compreendeu o que ela disse e sorriu.

-Sim é.

Ela entrou e pegou um pequeno embrulho que estava em cima da cama. Tom olhava curioso para ela.

-Feliz aniversario.-Falou ela entregando um embrulho para ele.

-O que é? –Perguntou curioso

-Abra.-Disse ela sorrindo.

Ele desembrulho cuidadosamente sob o olhar alegre de Kenia. Quando realmente entendeu o que era ele disse.

-Não posso aceitar.

-Cala a boca Riddle.-Falou ela- Combina com você, deixe-me colocar.

Era um pequeno broche da Sonserina. Era de prata e os olhos da serpente eram verdes. Ela colocou perto do bolso do terno que ele usava e prendeu o broche lá.

-Esta perfeito.-Falou ela rindo-Vamos?

Ele ofereceu o braço para ela que aceitou sem nenhuma cerimonia. Eles faziam um  belo casal. Chegaram ao topo da escada e todos pararam para admira-los. Quando desceram Kenia começou a conversar com os pais de Abraxas e mais duas pessoas do Ministério. Tom conversava com os Pais de Kenia. Quando alguém chama a atenção de Tom.

-Minha doce namorada.-Era Heishel

-Eric.-Gritou Kenia se atirando nele enquanto todos na sala riam.

Tom sentiu tanto ódio que seria capaz de matar todos. Então ele ficou olhando eles de longe. Kenia estava abraçado com Eric e conversava com Lola.

-Como foram as ferias?-Perguntou ela- Sei que o Brasil é um pais lindo.

-O Brasil é maravilhoso, mas o calor é infernal.-Riu Lola.

-Eu gostaria de morar lá.-Falou Eric- Sua mãe nos convidou para passar o ano novo com você.

E nisso ele a abraçou e deu um selinho de leve.

-To sobrando-Falou Lola saindo e fazendo os dois rirem.

-Vamos na biblioteca lá é mais reservado.-Falou ele puxando Kenia.

Chegaram lá e Eric soltou a mão dela.

-O que aconteceu Kenia?

-Porque Eric?

-Bem você esta diferente.-Completou –Temendo algo, mas ainda sim um brilho de felicidade insiste em aparecer em seu olhar.

Ela nada disse e ele continuou.

-Isso tem haver com o Riddle não é?-Ele não olhava para ela- Eu sempre soube que vocês eram perfeitos um para o outro. Ambos inteligentes, exemplares e um tanto quanto loucos e tão diferentes.

-Eric eu sinto muito.-Falou ela chorando.

Ele se aproximou dela e a puxou para sentar no banco do piano.

-Eu sempre vou te amar Kenia.-Falou ele abraçando ela-Sempre vou estar perto de você, para tudo.

-Eric é tão difícil amar alguém que odeia as pessoas.

-Kenia, não escolhemos com quem vamos nos apaixonar. Isso simplesmente acontece.

-Eu queria me apaixonar por você Eric.

-Vou deixar você secar essas lagrimas.-Ele falou sorrindo.

-Eric?-Chamou ela e ele que estava quase na porta se virou – Eu te amo.

Eric sabia que esse “eu te amo” era de irmãos, mesmo ele querendo que fosse mais do que isso. Mas Tom não havia ouvido a conversa inteira então ficou possesso.

Kenia estava limpando as lagrimas quando ouve alguém entrando na sala e fechando a porta. Arruma o seu melhor sorriso e se virá vendo Tom. Ela se levanta e ele rapidamente estava na frente dela com um sorriso maligno nos lábios. Ela o olha sem entender e este a beija. Um beijo desesperado, obsessivo. Kenia o corresponde, mas algo estava de errado com ele.

Tom a levantou e colocou em cima do piano, ele começou a descer os beijos pelo pescoço dela, fazendo ela gemer. Ele levantou o vestido e começou a passar a mão pelas coxas dela. Kenia assustada, começou a falar:

-Tom por favor pare.

Mas ele não ouvia nada pois estava dominado. Suas mãos ágeis já estavam tocando a intimidade dela. Kenia desesperada começou a chorar.

-Tom por favor, não faça isso comigo

Notando as lagrimas caindo ele parou. Olhou para ela e  saiu porta afora.

Tom Riddle estava descontrolado, ele não entendia o porque de querer mostrar que ela era dele. Mas ao mesmo tempo ele se odiou por ter feito aquilo com ela. Passou por Samara podia usa-la para terminar o que ele começou, mas ela não lhe lembrava Kenia. Então viu a tão submissa Lola. Andou em direção a ela e a puxou gentilmente pelo braço. Ela entendeu o recado, e foi em direção aos lábios de Tom.

-Beijos demonstram sentimentos Lolita.

-Desculpe Meu Lord.- Em questão de segundos ela se ajoelhou e começou a fazer o que era lhe mandado.

Kenia não entendeu o porque dele fazer aquilo e chorava descontroladamente. Ouviu alguém entrar não levantou a cabeça não queria ver ninguém.

-Foi o Riddle não?

Aquela voz amiga a fez se sentir pior. Porque Samara sabia de tudo.

-Como você sabe?

-Eu vi ele saindo daqui como se tivesse cometido um crime.-Falou a loira.

-Ele quase me estuprou. –Com aquela verdade Kenia olhou para Samara.

-Bem se ele quase te estuprou significa que ele parou antes de fazer o serviço.

-Pare de idiotices Samara.-Falou Kenia secando as lagrimas

-Se ele parou antes significa que não quis fazer isso.- Samara disse ceticamente

-Ele não vai mudar nunca.-Kenia Berrou

-Se você desistir ele nunca ira mudar. Ele demonstrou que sente algo por você essa noite.

-Sim uma vontade louca de me usar.-Falou ela.

-Não sua tola.-Falou Samara –Se ele quisesse te usar ele teria continuado mesmo você chorando. Mas ele parou. Parou porque gosta de você.

Kenia nada disse ficou perdida em pensamentos. Foi apenas quando Samara puxou sua mão que ela notou que estavam no salão de festas.

-Dez segundos  para o ano novo.-Falou Scarlet para todos.- Não esqueçam de fazer seus pedidos.

O pedido de Kenia era que Tom mudasse que ele se tornasse uma pessoa melhor. Já o pedido de Tom era que Kenia o perdoasse e ela fosse apenas dele.

Os pedidos deles estavam interligados. Um dependia do desejo do outro. Suas diferenças os unia cada vez mais. O futuro é algo incerto, o passado é uma certeza, o presente é algo que vale a pena viver.