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  Miguel permanecia sentado em meio a escuridão. Seus joelhos estavam flexionados na altura do peito. Sua cabeça repousava sobre os mesmos. Tinha os olhos cerrados. Estava pensativo. De súbito, uma claridade muito forte fez-se presente. O anjo levanta seu olhar para encarar o irmão, que lhe sorria, terno.

 - Joshua? - Disse num misto de confusão e perplexidade.

  - Sim, Miguel: sou eu. Nosso Pai ordenou que o libertasse. - O tom sereno reconfortava o outro.

  - Papai? Você esteve com Ele esse tempo todo? - O fitava espantado.

  - Sim. Ele esteve na Terra durante os últimos anos. Antes de você e Lucífer ficarem  presos na Jaula, nosso Pai tomou a forma de Chuck Shurley. E, passados os últimos meses, Ele retornou, mais uma vez, na forma do mesmo. - Explicava calmo, enquanto retirava as pesadas correntes do corpo de Miguel.

  - Quer dizer que esse profeta... 

  - Não, ele não é Deus. Chuck é realmente o último dos profetas. Nosso Pai apenas o utilizou como receptáculo quando necessitou.

  - E... Onde Ele está agora?

  - Irmão, esqueça: Deus não irá se envolver nessa guerra. Isso é um assunto entre você e Lucífer. Se querem se matar, ótimo. Mas não faça nosso Pai sofrer mais! - Falava pouco aborrecido.

  - Não se preocupe, Joshua. - O arcanjo pôs-se de pé e o fitou, triste - Sei que errei, e estou arrependido. Não pretendo magoar nosso Pai. 

  - Isso é bom. - Voltou a sorrir.

  - Agora, preciso ir. - Caminhava em direção a porta - Tenho que impedir uma guerra.

  - Dean Winchester?

  - Alice Drummond. - Foram suas últimas palavras antes de deixar seu irmão, um tanto surpreso, para trás. "O que você está tramando, Miguel?" Se perguntou, antes de também desaparecer.

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  Uma fugaz luta acontecia ao lado de fora do castelo. Gabriel e Anna enfrentavam Ira, Soberba e Inveja, três dos sete demônios dos pecados capitais.

  - Se eu morrer... - O arcanjo dizia a fada - Diga a Kali que eu ainda a amo!

  - Não. - Esta berrou, o assustando - Você é quem vai dizer! - Sorriu. No instante seguinte, os dois agrediam violentamente seus oponentes.

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  No interior da fortaleza, Zacharias e Balthazar exorcizavam inúmeros demônios, porém, parecia que estes se multiplicavam cada vez mais.

  - É impressão minha, ou, pra cada três monstros de olhos negros que mandamos de volta para o Inferno, surgem outros trinta ainda mais fortes? - O anjo estava começando a ficar fraco.

  - Quem diria que o Inferno estava tão cheio assim... - Seu irmão concordou, mandando outro desses de volta ao lugar que pertencia.

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  Enquanto isto, Ruby avançava sobre Bobby, que disparava balas do Colt com precisão. Não demorou muito para que sua munição se esgotasse. Logo, trocou a arma pela faca mágica.

  - Hum... Acho que isso me pertence! - O demônio reclamava seu objeto de volta.

  - Então venha pegar! - O ruivo desafiou. "Eu já estou velho: não sei se aguento por mais muito tempo..."

  - Hey, Bobby! - O moreno surpreendeu ambos, atirando água benta na loira - Se esqueceu dos amigos?

  - Rufus! - Sua expressão pasma se mesclava a felicidade de rever o amigo - Quem é vivo sempre aparece...

  - Afim de salvar o mundo? 

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  Tessa era forte, porém, Lilith era ainda mais poderosa. As duas se atacavam de modo violento, àquela altura ambas estavam cobertas por sangue.

  - Desista, cadela da Morte: você jamais irá me vencer! - O demônio disse se preparando para dar o golpe de misericórdia na adversária, que caíra, exausta. 

  - Talvez não: mas eu sim! - Baldur simplesmente a atirou contra uma das paredes do imenso corredor de pedras. Estendeu a mão para a ceifadora que, ainda sentada no chão, apreciava a cena com um sorriso de satisfação.

  - Obrigada... - Agradeceu se colocando de pé. Encarou Lilith, que os fitava com ódio - Vamos acabar com ela!

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  Alastair tinha vantagem na luta contra Patrick. Este se defendia como podia, no entanto, era impossível não sentir os golpes do carrasco.

  - Garoto, sou o mais temido no Inferno: o mais terrível dos torturadores. Se você se entregar, prometo uma morte rápida. - Seu tom era sádico.

  - Melhor do que uma morte rápida é uma morte honrada! - Apesar de tudo, estava disposto a seguir em frente.

  - Ótimo: assim me divirto! - No momento seguinte, o feiticeiro encontrava-se ajoelhado, gemendo de dor. 

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  Castiel e Uriel ainda se encontravam num embate equilibrado. Dois arcanjos, desferindo golpes mortais um contra o outro, em pleno ar, uma cena sensacional. 

  - Por que mentiu todos esses anos? Pensei que fôssemos amigos... - Cass estava irado com a atitude do irmão.

  - Conveniência: estou do lado que julgo mais favorável. - Dizia entre seus ataques.

  - Uriel...

  - Cale-se! - O cortou bruscamente - Estou farto de suas filosofias. Estamos numa guerra: é tarde de mais pra tentar me mudar!

  - Está bem. - Suspirou - Que vença o melhor.

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