(N/a:Bem, eu vou passar essa parte de enterro, sofrimento... porque isso é bem chato de ler e de escrever também.)
Depois do enterro, seu pai estava fora, para arrumar tudo para a ida de Sakura para o Japão. Então ela ficou com uma tia avó, que morava no interior de São Paulo. A morte de sua mãe tinha mudado tudo na sua vida... já tinha se passado 1 mês e ainda doía, mas não tanto como na primeira semana... nem a segunda...
Ela já teria que começar a se preocupar que a sua vida no Japão não iria começar fácil, ela teria que lembrar como conversar em japonês, ter que se adaptar a comida, costumes... tudo que tinha deixado para trás.
Enfim chegou a data para viajar, ela foi acompanhada pelo Sr. Izayoi, que acabou virando seu guarda-costas a mando do seu pai. A viajem para o Japão é bem cansativa, dura em torno de 23 horas. Como ela saiu de São Paulo, teve escala em Amsterdã (Holanda) e depois para o aeroporto Narita de Tókio.
Era estranho ver aquele monte de gente de olho puxado. Chegando na casa, ou melhor mansão do seu pai, Sakura ficou impressionada. Porque onde viviam no Brasil era apenas um apartamento modesto. E isso a deixou com um pouco de raiva.
― Izayoi-san...
― Pois não Senhorita Tofuji. ― Disse fazendo uma reverencia.
― Primeiro, não me chame de Senhorita Tofuji, e sim de Sakura ok? Já que vou ter que andar com você para todos os lados, acho estranho ser chamada de senhorita. Segundo, cadê o meu pai? Não o vi mais.
― Desculpe Senhorita, prometo que tentarei não chamá-la mais de Senhorita...
― Mas ta já chamando...
― Gomenasai, Sakura-sama.
― Melhorou. ― Sakura achou engraçada a cara que ele fez, rs. ― Agora por favor, onde está meu pai?

― Ele anda muito ocupado, Sakura-sama. Depois do que aconteceu com sua okaasan... desculpe... não posso falar muito, mas logo ele estará aqui com você.
― Hm... entendo.
Ela poderia até estar fingindo que nem ligava, que estava tudo bem. Mas na verdade ela queria o pai do lado, mas ela precisava ser forte. Sakura não era uma menina comum.
― Amanhã, quando a senhorita Sakura estiver descansada, iremos fazer a matricula na escola que seu pai selecionou para você.
― Hãaa? Ah, fala sério. Nem vou poder conhecer Tókio? Vou ter que ir estudar?
― Gomenasai... são ordens do seu outousan.
― Sempre... sempre o outousan, outousan, ta tá Izayoi-san... vou ir descansar, ficar tanto tempo em um avião é cansativo. Oyasuminasai.(N/a: Tradução = Boa noite)

Foi a primeira vez que ela teve um sonho, depois com o que aconteceu com a sua mãe. Porém, não foi um sonho os outros: ela estando de princesa, com árvores de cerejeiras. Era um sonho mais atual estava andando por uma avenida de Tókio, estava a noite. Aquelas luzes... mas não tinha o movimento que ela via na tv, as ruas de Tókio sempre estava muito cheias. Ela quis atravessar a rua, aliás... ela ficou no meio na rua. Admirando as belezas dos prédios, os outdoors eletrônicos com as propagandas... até que ela ouve um barulho. Um barulho de um carro, ela olha dentro do carro, tem um cara lindo ... ela começa a prestar atenção nele, lembrava alguém, mas não se recordava de quem seria. Olhou para os olhos... os olhos! Olhos dourados... mas como?


Flashback
Então... seus olhos se encontraram, os olhos dele... eram dourados, nunca havia visto um oriental com aquela cor de olhos. Ela ficou hipnotizada. Sua voz... a sua voz não saia! O que estava acontecendo? Ela queria perguntar o seu nome, queria saber mais sobre aquele cara que tanto viu de costas e agora estava frente a frente.
Ele também não dizia nada, somente a olhava com carinho, afeto... Ela não conseguia falar, queria ... mas a voz não saia...
Fim de flashback

Sim, era ele... o mesmo cara do sonho. Mas tinha algo diferente, seus olhos não a olhavam com carinho e sim com ódio, raiva ... mas o que estava acontecendo. Até que ele liga o carro. Começa a acelerá-lo. Vem como uma velocidade enorme.
“Ele vai me atropelar?” – Era só isso que passava na sua cabeça.
E estava chegando mais perto, mais perto...

- NÃAO! – Ela estava assustada. Olhou para o relógio: 13:00 hrs. “ Não acredito que dormi tudo isso... fui dormir eram 7 da noite... impossível.”

Ela sentiu que precisava de um banho, e assim o fez. Assim que ela voltou, ela prestou atenção no seu quarto, ela estava tão cansada no dia anterior que chegou procurando uma cama direto. Ele era todo lilás, com flores de sakura desenhadas. Sua cama era de casal, tinha computador, tv. E o quarto tinha o perfume que mais gostava. Sakura sentia que mesmo não tendo esse nome amaria do mesmo jeito essas flores e o cheiro delas.
Ficou admirando e olhando cada pedacinho do quarto, até que se lembrou que ainda estava de toalha e não sabia onde encontrava-se suas coisas. Grudada na tela do computador uma carta:

Filha, desculpe por não estar aqui para apresentar a casa. Mas ela é sua, e pode pedir qualquer coisa para o Sr. Izayoi que ele te atenderá prontamente. Pedi que fizessem umas compras de roupas para você. Abra a porta do guarda roupa e lá você encontrará um closet, com várias roupas. No momento em que você acordar, terá que ir visitar sua nova escola. Sei que deve ser difícil reaprender a falar em japonês, mas eu sei da sua capacidade, e em 3 dias no máximo você não terá mais dificuldades. Espero que sinta-se bem.
Com amor, outousan.”

“Um closet? Só pra mim?” – Deu um sorriso, só poderia ser brincadeira. Abriu a porta do guarda roupa. Ela quase caiu para atrás. Ele só era do tamanho do seu quarto anterior... cheio de roupas, sapatos, bolsas. 
O telefone estava tocando. E tirou Sakura do “transe”
“ Espera aí... eu tenho telefone no meu quarto?” ― Ela tinha muito o que perguntar para o Sr. Izayoi...
― Alô.
― Senhorita Sakura?
― Izayoi-sama, já disse que pode me chamar de Sakura, só Sakura.
― Gomenasai. Eu queria te informar que daqui meia hora teremos que ir para o seu colégio. Seu pai quer que você conheça-o antes de frenquenta-lo.
― Ah sim. Me aprontarei rápido... prometo!
― Até mais.

Ela se arrumou rápido, porque apesar de estar um pouco triste pela mãe, ela também estava ansiosa para conhecer esse lugar novo para ela. Acabou pegando a primeira roupa que veio na frente. Uma blusa de manga comprida preta, com botões brancos. Com uma micro-saia de renda branca. Uma meia preta ¾ e um sapatinho baixo. E uma bolsa azul, cheia de chaveiros cutties.

Chegando á escola, ela viu que não seria algo comum. No estacionamento, só havia carros muito caros. Ela já sentiu que era uma escola de pessoas ricas. Isso a deixou com muito receio, pois não saberia como seria recebida lá. Ainda mais por ser brasileira.
- Senhorita Sakura, essa daqui é a diretora Susuki. Ela sabe o que te aconteceu, eu pai veio conversar com ela pessoalmente.
- Prazer Tofuji. (N/a: Lá como nos E.U.A os professores, diretores chamam os alunos pelo sobrenome) Vou fazer de tudo para que se sinta bem nessa escola. Você começará na segunda-feira. Para ter tempo de se acostumar com o fuso-horário.
- Arigatou gozai masu, Sra. Suzuki-sama. (N/a: arigatou gozai masu é um obrigado usado mais formalmente)

O fim de semana passou. E Sakura estava ansiosa para a ir á escola. Andou treinando o idioma japonês com o Izayoi-san. Também foi comprar seu seifuku.

(N/a: seifuku = uniforme. Se aqui no Brasil usasse uniformes tão lindos igual lá eu ia amar. *-* O uniforme é parecido com aqueles de desenhos japoneses (animes). Uma mini-saia de prega, com uma camisa branca. Meias ¾ e sapatinhos. )