Endless Sorrow escrita por Mari Trevisan


Capítulo 22
Lost


Notas iniciais do capítulo

Como prometi, mais esse hoje o/
Bom, já escolhi que rumo a história deve tomar, já que eu tinha duas opções. Por favor não me matem tá?



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Minha vida voltou tão ao normal quanto era possível; voltei à escola e a sair como todo adolescente comum do século XXI.


Embora tudo parecesse estranhamente normal, comum, desde a volta da viagem eu começara a sentir um aperto no peito que a cada dia ficava maior. Não doía nem incomodava, era mais como um lembrete. E eu sabia que era uma coisa vinda de dentro.


Quando contei para Drake, ele não soube dizer do que se tratava, ele achava que era uma espécie de aviso.


Eu sabia que a cada dia minha morte se aproximava – como acontece com qualquer pessoa, mas eu sabia que quando chegasse o mês de maio, a qualquer momento Will apareceria e aí... bom, não gosto nem de pensar nisso.


A questão é que eu não sabia ao certo em qual o dia fora o acidente, só que no dia estava chuvoso e escuro. E minha família me privara dessa informação, o que eu achava certo. Ninguém merece ficar remoendo o passado, certo?


Quando chegou o mês de março, eu estava atarefada conforme o fim do semestre se aproximava, mas de certo modo aquilo me dava certo alívio; era bom ter a escola para me ocupar, para me impedir de pensar no que aconteceria.


Abril passou voando, e maio entrou - a chegada da primavera no mês anterior me fazia sentir viva, não só porque era minha estação favorita como também as flores sempre me acalmavam.


Era por isso que desde a minha volta, eu passara a cuidar com afinco das violetas que cresciam no jardim de casa, que haviam sido plantadas em novembro passado. Antes de tudo começar. Suspirei ao me lembrar - parecia que fora há um século.


Jardinagem sempre fora um hobby, agora estava se tornando algo para o qual eu realmente me dedicava, era bom me distrair. Fora as vezes que saía com meus amigos ou com Drake, quase todo final de semana.


Porém, lá no fundo, um sentimento se instalara como uma semente brotando em um jardim – receio ou medo, eu não sabia o que era, que me deixava agoniada toda vez que parava para pensar no meu futuro próximo, sempre quando estava sozinha. Tanto que agora, eu sempre estava rodeada de pessoas, nunca me afastava.


Minha amizade com Lunick aumentara consideravelmente também, já que ele era minha única companhia nas noites escuras. E a seu modo, parecia entender o que eu passava, ficando sempre ao meu lado. Já passava do dia dez de maio quando Drake me chamou para sair em um sábado.


– Quero te levar a um lugar onde tenha muita natureza.


– E onde seria esse lugar? – perguntei curiosa, tentando ignorar o aperto habitual que naquele dia estava especialmente exagerado.


– Você verá.


Fomos de carro até o Lago Buena Vista, que não ficava muito longe da cidade. Eu não entendi o que tínhamos ido fazer lá até que vi um estande com balões enormes - alguns já estavam altos no céu. Meus olhos brilhavam; eu sempre quisera entrar em um daqueles!


Drake puxou a minha mão e fomos até o estande, onde um homem bem vestido nos atendeu. Imediatamente alugamos um balão para um voo de meia hora.


Uma vez lá em cima, a visão era tão linda que meus olhos se encheram de lágrimas. Meu namorado sorriu e me abraçou, feliz por estarmos vendo uma paisagem única: conseguíamos ver o Lago Buena Vista inteiro, Orlando e Kissimmee, além de outras cidadezinhas em volta e a estrada, é claro.


No final daquele dia, disse a Drake que havia sido o melhor dia da minha vida quando ele me deixou na porta de casa. Ele sorriu, porém vi algo de diferente em seus olhos azuis e não sabia o que era.


– Drake... tudo bem?


– Hã? – ele balançou a cabeça, parecia estar viajando. – Ah, tudo bem Lyric. Não se preocupe, não tem nada errado.


Levantei uma das sobrancelhas, ele parecia estar escondendo alguma coisa, mas achei melhor não pressioná-lo. Nos despedimos e naquela noite a pressão sobre meu peito aumentou; ainda assim tive uma noite de sono bem tranquila.


Era o dia 16 de maio. Á tarde, saí para o jardim a fim de regar as violetas quando notei um movimento estranho na rua.


Eu ainda não havia olhado para trás. Quando o fiz, fiquei surpresa. Will estava encostado num carro preto e não tirava os olhos de mim.


Ele estendeu a mão, e a pressão aumentou, como se fosse uma daquelas placas de neon com uma seta, que indicam o caminho que deve ser seguido.


– Está na hora. Venha, minha querida.


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Notas finais do capítulo

Ainda não acabou... e prometo que a história NÃO VAI acabar no próximo. Que opções vocês escolhem? haha
a) Matar a autora
b) Matar o Will
c) Chorar e abraçar o Drake
d) Ver o próximo capítulo e então escolher uma das alternativas acima ;)
Posto amanhã o/