Endless Sorrow escrita por Mari Trevisan


Capítulo 19
Restless


Notas iniciais do capítulo

Depois de quase quatro meses, consegui postar um capítulo! *milagre* Por favor, eu não abandonei a fic! Espero que continuem lendo... e por favor me perdoem! Dei o meu melhor pra fazer um capítulo bom!Trilha Sonora: Restless - Within Temptation



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– Lyric!- ele disse do outro lado da linha, a voz preocupada. – Onde você está?

Suspirei ao telefone.


– Estou com William.


Sua voz ficou mudou de preocupada para angustiada.


– Ele fez algo com você? Como está se sentindo? Está tudo bem?


– Eu... calma Drake, tô bem. Quer dizer, tirando a minha perna quebrada.


– O quê? Ele quebrou sua perna? Me conte tudo.

Tomei fôlego e contei tudo o que acontecera, dizendo que não fora William que quebrara minha perna; pelo contrário, ele me ajudara e me levara para o hospital. Claro que, por outro lado, ele me assustara, mas eu ainda tinha esperanças de encontrar seu lado humano. Só omiti esta última parte a Drake; era provável que Will estivesse ouvindo e eu não tinha como saber se ele se irritaria.


– Então você está bem! – disse sua voz aliviada do outro lado da linha – onde ele te prendeu?

– Não é bem isso, Drake... não é como se eu estivesse presa – tentei explicar, porque era assim que eu me sentia. Tirando a corrente, é claro.


Conversamos por mais alguns minutos, até que achei melhor desligar, talvez estivesse tarde. Assim que me despedi dele e desliguei o celular, Will veio até mim e o pegou. Fiquei surpresa quando ele o pôs no chão e pisou no aparelho, arrebentando o telefone.


– Por quê?


– Pra não sermos rastreados – ele explicou.


– Mas não era descartável?


– É sempre bom prevenir – o garoto disse, encerrando a conversa.



Alguns dias se passaram; eu já estava ficando agoniada por ficar tanto tempo trancada, e a corrente já começava a me machucar, pois estava muito apertada. Eu ainda me perguntava por que Will fizera aquilo. Para mim não havia razão. Ele só entrava no quarto para me trazer as refeições, duas ou três vezes ao dia.

Nunca dizia nada, o que também estava me deixando preocupada.

– Will – falei na manhã do terceiro dia, quando ele entrou para me deixar o café da manhã – se não se importa comigo, porque fica cuidando de mim?

– Pra você não morrer. Simples assim.

– Quer dizer que é só isso?

– Como assim? – encostou-se na parede.

– Vou ficar aqui até o fim?

– Não sei.

– Você ainda não decidiu?


Como resposta, veio até mim e tirou a corrente, me fazendo adormecer em seguida. Estava em seu colo quando acordei.


– Quem diria, agora você até dorme nos meus braços – começou a rir.


– Eu não dormi por conta própria... e qual a razão disso, afinal?


– É engraçado.


Suspirei.


– E daqui a seis meses... – estava prestando tanta atenção em suas palavras que não notei que ele se aproximava. Quando dei por mim, ele estava muito perto.


– O que é?


– Achei que devia saber. É assim que vou tirar sua alma.


Ele estava com o rosto muito perto do meu, como se fosse meu namorado.


– Você vai me beijar?


Assentiu. Que ótimo, pensei, sarcástica. Eu vou ter que beijar um demônio daqui a seis meses.


Mais tarde naquele mesmo dia, William saiu. Era minha chance; ignorando a perna quebrada, tentei levantar, impulsionando meu corpo para frente, e depois de um tempo consegui sentar, apesar da dor na perna. Apoiei-me em uma das paredes e levantei, chegando até a janela.


Não havia sinal dele. Com um pouco de dificuldade, cheguei até a porta, mas estava trancada – por mais que eu tentasse, não consegui derrubá-la ou abri-la. Depois de um bom tempo, suspirei e me deixei cair no chão, escorregando e colocando as costas na porta.


Mordi os lábios para aguentar a dor e ao mesmo tempo ouvi a porta sendo aberta. Não tive tempo de fazer nada, nem pude levantar, apenas caí no chão quando Will abriu a porta, rindo ao me ver naquele estado.


– Humanos... são tão interessantes... – foi a única coisa que disse.


– Você não vai me deixar aqui, vai?


Fui ignorada a principio, mas ele me ergueu no momento seguinte, enquanto eu tentava não gritar de dor.


– A culpa é sua.


A dor era grande demais para que eu pudesse responder, então me concentrei em não chorar e a tentar aguentar do melhor jeito possível.

Não sei quando adormeci, só sei que estava tudo escuro quando acordei, de modo que não podia ver nada. Fiquei alguns minutos no escuro, sem conseguir voltar a dormir, quando de repente, uma luz acendeu-se na minha mente.

Eu tinha um plano.


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Notas finais do capítulo

Por favor não me abandonem =(