POV Renesmee

Eu já estava acordada desde as 6h50min pensando no irmão de Stefan. Ele conseguiu tocar meu coração com aqueles olhos verdes e seu sorriso. Ai, que sorriso!

- Renesmee estamos atrasados para a aula, vamos logo! – É um saco quando meu pai lê meus pensamentos - Renesmee Carlie Cullen.

- Ta bom, já estou indo.

 Levantei e fui para meu closet. Coloquei uma blusa de um ombro só, vermelha, com uma saia preta e um salto da cor da saia, passei gloss um transparente, hoje eu ia passar uma maquiagem mais natural. Como meu cabelo estava impossível prendi num rabo de cavalo, deixando minha franja do lado direito. Desci as escadas correndo com a mochila nas costas e o fone no ouvido.

- Estou vendo que o seu senso de moda está ativado - Citou Alice.

- Aprendi com a maior especialista em moda de todo o planeta – Falei mandando um beijo pra ela.

- Obrigada flor, se eu pudesse choraria de emoção – Alice disse fazendo aquela carinha de gatinho que ninguém resistia.

- Não exagera só falei a verdade, mas também te amo – Revirei os  olhos e vi meus pais sentados juntos tocando piano. Sabia que a briga dos dois não ia durar muito tempo.

- Nessie, quando voltarmos da escola, vamos caçar – Alice me avisou desviando-me dos meus pensamentos.

- Esme, não quero tomar café, estou sem fome.

- Mas querida, eu ia fazer panquecas.

- Faz para o Jacob – Disse piscando pra ele. Até que me veio uma idéia fantástica.

- Papai, você deixa? – Perguntei com um sorriso iluminando meu rosto.

- Sim, vê se toma cuidado, não quero a policia ligando aqui pra casa.

“Você é o melhor pai do mundo”. Pensei dando um beijo na sua bochecha.

Entrei na garagem e vi o meu bebezinho rosa que ganhei do papai no meu último aniversário.

  Entrei naquela maquina de última geração, dentro dele eu me sentia nas nuvens. Esperei o portão abrir e pisei no acelerador. Coloquei o CD da Britney Spears.

Estava totalmente distraída quando um carro preto entrou do nada na minha frente.

- Mas que droga! – Gritei. O carro diminuiu a velocidade ficando ao lado do meu, abaixou o vidro. Quando eu vi quem era meu coração perdeu o ritmo. Damon Salvatore.

- Desculpe! Bom dia pra você – Ele deu um sorriso cínico. Como ele pode ser tão gato?

- Você está louco! Eu podia facilmente bater no seu carro e acabar com o meu bebezinho, sabia? - Fiz cara de manhosa.

- Mas não bateu... Pode faltar na escola hoje? Queria passar o dia com você.

- Não posso, meus irmãos iam perceber o meu sumiço.

- Prometo te devolver na hora do almoço, sem um minuto de atraso - Damon  gritou mais alto que os motores.

- Para onde a gente vai? –Perguntei já prevendo a confusão que ia me meter.

- Isso é surpresa, mas como eu sei que você vai, então deixa o seu carro no estacionamento da escola pra não levantar suspeitas. Te espero lá  – Ele piscou pra mim enquanto o vidro fechava e assim acelero o seu carro sumindo de vista.

Cheguei à escola e estacionei o carro ao lado de um Honda todo amassado. Todos olharam para mim com olhos arregalados e bocas escancaradas, Sai do carro, mais linda do que nunca e liguei o alarme.

- Renesmee, você não devia estar dirigindo esse carro, você só tem 15 anos. – Nate murmurou parando no meu caminho.

-É eu sei, mas meu pai autorizou então me de licença, tenho pressa.

- Você vai aonde? Não está pensando em sair da escola né?

- Não, er... Eu tenho que resolver uns problemas, mas me faz um favor? Não diz a ninguém que me viu saindo nem se quer pense nisso, certo?

- Por quê?  O que você está aprontando? – Logo agora ele vem me fazer um questionário.

- Nada, só estou... Fazendo uma surpresa para minha... Mãe depois de amanhã é aniversario dela.

- Ah a Sra. Cullen entendi. Porque não falou logo? – Porque não tive essa idéia antes?

- Ta, tchau tenho muito que fazer a gente se vê por aí.

 Sai correndo para fora da propriedade da escola, ai que menino chato esse Nate não sei como a Mariana consegue agüentá-lo.

- Renesmee? – Era ele, Deus como ele consegue me deixar louca só de escutar ele dizendo o meu nome.

- Er... Oi? – Isso saiu como uma pergunta, que droga era pra ser uma resposta, não consigo controlar nem mesmo a minha voz perto dele.

- Vamos entra se quiser chegar na hora do almoço. - Entrei no carro batendo a porta com uma força exagerada.  Vi que ele observava o céu como se o tempo demorasse a passar depois de um longo minuto ele olha pra mim e sorri.

- Está bonita hoje! – Comento com um sorriso maroto.

- Você fala como se me visse todos os dias.

- Quem sabe eu não vejo mesmo, Senhorita Cullen.  – Depois disso ligo o carro e saiu cantando pneu.

 A viagem foi curta e não falamos muito no carro ele me perguntava sobre minha família, meus amigos, que tipo de música eu gosto. Damon estacionou o carro perto de uma praia deserta e olho para os meus olhos como se me avaliasse.

- Quer voltar para a escola?

- Não, você me trouxe até aqui e... E quer voltar? De jeito nenhum – Tentei parecer confiante, mas minha cara não transpareceu isso, não estava confortável em passar um tempo com um cara que eu mal conhecia em uma praia deserta, apesar de ele ser muito gato.

- Era isso que eu queria ouvir! – Saímos do carro e aqui era mais quente que na cidade. Em vez de o Damon me conduzir para a praia ele me levou até uma trilha de terra, logo hoje que eu estava de salto alto o caminho foi difícil sempre que eu começava a me desequilibrar ele me segurava pela cintura e pedia para eu tomar cuidado.

Depois de uns 15 minutos de trilha ele me puxa pra fora do caminho, estava louca para perguntar se estava chegando, mas me segurei, podia esperar mais um pouco. Damon segurou minha mão com força, fazendo uma corrente elétrica passar por todo o meu corpo.

- Estamos chegando, pode ouvir?- Ele me perguntou com a voz calma e doce. Fechei os olhos e me concentrei na minha audição.

- Sim, escuto o som de água caindo.

- Hum, pensei que você não poderia escutar, ainda – Ele fez cara de confuso. Droga, esqueci que minha audição era mais sensível do que o de um humano.

- Er... Vamos to doida pra ver o lugar – Mudei de assunto antes que eu e minha boca grande revelássemos mais alguma coisa.

- Esse lugar é muito importante para mim, porque é aqui que eu consigo relaxar e... Esquecer os meus problemas. Quero dividi-lo com você, Nessie.

- Fico feliz por isso Damon, e eu entendo porque ele é importante para você.

 Quando entrei arregalei meus olhos, era lindo tinha uma cachoeira com uma gruta e em volta dessa linda paisagem laranjeiras o cheiro é muito bom, como estava na primavera parecia o Central Park, pétalas caiam do topo das árvores e eu podia ouvir o barulho de esquilos por perto.

- É lindo, Damon – Disse me virando para olhá-lo que por sinal me olhava como papai olha para a mamãe - Que foi? – Com certeza meu rosto estava vermelho como um pimentão.

- Não sei você me lembra uma pessoa do passado – Ele estava aqui, mas seus pensamentos estavam longe, tão longe que não sei se eu conseguia acompanhá-lo.

- Eu e essa pessoa somos parecidas?

- Não, totalmente diferentes, mas seu jeito, seu sorriso me lembra ela. Agora esquece ... Gostou do lugar?

- Sim é muito bonito e eu adoro laranjeiras desde pequena, sempre quando era primavera minha mãe pegava várias flores para mim. - Damon se aproximou devagar e acariciou minha bochecha fazendo meu coração bater freneticamente, depois passou por mim e se acomodou numa pedra perto da gruta observando o caimento da água. Joguei minha bolsa ali mesmo no chão gramado e cheio de flores brancas, fui até a margem do rio me ajoelhei e passei água no meu pescoço para refrescar um pouco e fazer meu coração se acalmar.

- Sabia que você é linda. – Damon falou do nada me virei para encará-lo só que ele estava olhando uma gota de água escorrendo pelo meu pescoço e sumindo dentro da minha blusa

- Hã... Você não é a primeira pessoa que me diz isso.

- Quando eu vi você naquela loja parecia que cada fio que me ligava ao mundo se desconectou e passou a me ligar a você – Os olhos dele estavam transmitindo pura sinceridade – Você não acredita em mim?

- Acredito, vejo isso nos seus olhos, mas é que... Eu nem te conheço direito e não sei nada de você nem você de mim – Como se eu pudesse contar.

- Mas então deixa eu te conhecer, por favor – Ele fez a mesma cara que a tia Alice faz quando quer alguma coisa.

- Tudo bem... Mas também quero te... Conhecer - Ele se sentou ao meu lado colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

- Ontem eu não parei um minuto de pensar em você, no seu rosto, no seu sorriso, na sua... Boca – Damon foi mais rápido do que pensei. Me beijou. No começo foi como um selinho, depois sua língua invadiu minha boca, sua mão foi para a minha cintura e a outra na minha nuca.