Who Is Guilty? escrita por carol-chann


Capítulo 6
5º algumas verdades doem.


Notas iniciais do capítulo

Não posto nada a meses e de repente posto dois capítulos seguidos... quem entende a criatividade some e aparece quando bem entende! kkkkkkkkk... não revisei pq está de madrugada... de novo... ( e quando foi que eu revisei meus erros gramaticais.. ç.ç ... triste realidade)



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Carol pOv’s.


Ino me lançava um olhar que dizia: você está com problemas mocinha. Deixe-me explicar isso desde o começo. Era sábado, Ino não tinha aula e Gaara havia ido visitar o pai então eu pensei ótimo momento para pedir ajuda para o meu plano. É claro que eu estava errada em pensar assim. Primeiro Ino estava na TPM, segundo muito chateada, pois a tal da Diana tivera a coragem de vir procurar Gaara no apartamento – graças aos céus o porteiro não a deixou subir. – e em terceiro lugar Ino não concordava em nada com meu plano. Nós duas estávamos sentadas na cama do casal e eu havia acabado de expor meu plano para ela e ela simplesmente disse que era a coisa mais boba que ela já tinha ouvido. Isso mesmo a mais boba!


– Carol preste bem atenção. Primeiro você acha mesmo que Sasori vai acreditar que você está saindo com Kankuro? Por quê? Como se encontraram? E por que você sairia agora com ele quando nunca teve interesse nele?

– bom... – comecei, mas logo tive de parar era horrível quando ela mostrava as falhas no meu plano.

– segundo, se você fizer isso significa que você vai ficar com ele dessa vez. Mas eu sei que você não consegue ficar em um local só. Bom pelo menos por enquanto você ainda não tem vontade de se fixar em lugar algum. E se você quer ter alguma chance com ele quando você decidir que é hora de cuidar do coração é melhor não fazer nenhum joguinho agora e sim ser sincera.

– eu... – oras o que havia com a minha cabeça? Porque eu não tinha resposta para nada daquilo? – eu não pensei em nada disso. – confessei horrorizada comigo mesma.

– então no que você estava pensando? – ela deu um suspiro cansado.

– eu só queria que ele... – parei um pouco antes de continuar, tinha dificuldades em confessar aquilo. – só queria ser o centro do mundo dele de novo, me entende? Queria que eu fosse a coisa mais importante para ele, fazer ele me olhar de novo de forma carinhosa e compreensiva. Queria que de novo ele fosse à pessoa com quem eu posso sempre contar. Eu queria... – parei de novo ficando embaralhada nos meus próprios sentimentos. – eu queria muitas coisas e não estava pensando direito.

– Oh! Parece que finalmente estamos progredindo. – ela disse e soltou uma gargalhada.

– do que você esta falando Ino?

– do que? Dos seus sentimentos, claro. – ela fez cara de quem diz o obvio, mas nada daquilo era obvio para mim.

– como assim?

– ai que pessoa lenta. – ela disse para o teto. – que finalmente seus sentimentos estão progredindo. Antes você só queria que ele estivesse com você e claro se mantivesse longe das vadias. Ai como eu queria que as vadias ficassem longe! – ela reclamou, provavelmente pensando na Diana. – mas quando teve a oportunidade foi fazer o que queria fazer. Shiu não me interrompe. – ela disse ao ver que eu já ia abrindo a boca. – eu sei que você sofreu, eu estava com você, lembra? Mas não era o suficiente para você ficar e acho que ainda não é. Mas agora você percebeu as outras coisas, que não é só estar junto e aproveitar o relacionamento fisicamente, você se deu conta de que o lado emocional foi muito importante também.

– eu me importava com o emocional sim. – disse incapaz de me controlar.

– por favor, Carol vamos ser sinceras. Você se importava, é se importava, mas em um nível tão fraco que essa foi a primeira vez que ouvi você falar sobre ele assim. – ela arqueou uma sobrancelha me desafiando a contradizê-la. – seus sentimentos eram fortes, mas você não queria dar ouvidos a eles completamente, com medo de ficar presa a algum lugar.

– Ino você está sendo cruel. – disse fechando os olhos tentando controlar a dor que me invadia junto com as palavras verdadeiras dela.

– sabe a realidade é muito cruel. – ela disse calma, como alguém que já se conformou com isso. Então me lembrei que ela havia sofrido muito mais que eu há apenas algumas semanas perdendo os pais.

– desculpe, eu não quis dizer que você era cruel. – abaixei a cabeça.


Era verdade, eu tinha tanto medo de ficar presa a algum lugar que simplesmente fugira quando percebi que estava quase desistindo de conhecer o mundo todo. Eu não tinha necessidade de ir embora exatamente naquele momento e mesmo sabendo que Sasori não me perdoaria eu fui, por quê? Eu não tinha medo de me prender só a lugares, mas as pessoas também. Quando achei que estivesse grávida, talvez isso tenha me acordado ao fato de que eu estava me comprometendo mais do que queria e então minha consciência me forçou a querer ver mundo? Ah, isso era muito confuso, onde estava Sakura quando eu precisava de conselhos psicológicos?

Ino estava só me observando enquanto eu tentava reordenar meus pensamentos e sentimentos. O que havia mudado de antes para agora? Eu sabia como era ficar sem Sasori. Bom, não é como se eu tivesse ficado pensando nele a todo instante – quase, mas não todo tempo. – e eu tinha conhecido outros homens e me interessado por eles. A quem você quer enganar você estava sempre comparando qualquer um com Sasori e nenhum deles tinha sido melhor. Talvez fosse por isso que me interessava por eles, era mais seguro eu iria embora sem me importar, sem fazer mais cicatrizes no meu coração. Então porque agora eu queria trazer Sasori de volta para minha vida? Isso não significava que eu estava propondo fincar raízes? Oh não, não, não, fincar raízes de forma alguma eu ainda tinha muito para ver e conhecer. Ainda tem muitos lugares aos quais eu quero ir então é melhor não me aproximar muito dele, por mais que eu queira isso.


– você está certa Ino. – eu disse tentando aparentar uma calma que eu não tinha. – eu não posso fazer isso, ainda não. Eu tenho medo disso, na verdade me fixar em algum lugar ou me prender a alguém é algo que me aterroriza.

– ei. Eu não disse isso para você ficar ainda mais solta no mundo. – ela parecia se arrepender de ter me aberto os olhos.

– eu sei não se preocupe.

– não me preocupar? Enquanto você fica com essa expressão vazia, parecendo que prefere morrer sozinha a ter alguém com você! – ela me segurou pelos ombros e me balançou. – eu quero é que você perceba que precisa parar com isso e faça um esforço para se apegar as pessoas de verdade.

– eu sei o que você quer Ino. – eu disse acalmando ela. – é só que agora sei meus limites e posso tentar ultrapassá-los.

– será que é isso mesmo que você vai fazer? – ela parecia em dúvida.

– sim. – queria mudar de assunto aquilo me deixava inquieta. – acredita que pensei até em pedir ao Deidara para me ajudar?

– nii-san? Mas ele não é gay? – ela perguntou com cara de quem não tem certeza.

– gay? Sério?

– não sei, ele nunca disse nada. Mas você não acha que ele é? – ela perguntou como se fosse algo que todos achassem.

– bom ele tem uns jeitos que... Hn, às vezes parece muito, mas nunca imaginei que pudesse ser realmente. – eu disse e realmente não achava que ele fosse.

– se fosse só a forma de agir eu também não acharia, mas eu nunca o vi com garota nenhuma e ele nunca diz nada sobre gostar de alguém. Não é um pouco suspeito? – ela parecia querer que eu concordasse com ela.

– talvez ele só seja discreto. – dei de ombros.

– Deidei discreto? Você está mesmo dizendo isso? – ela começou a rir.


Depois disso não falamos mais no Sasori, falamos sobre muitas coisas e depois acabamos falando sobre ela e Gaara e o problema que Diana estava causando quando eles ainda eram apenas recém casados. Diana decidira que queria Gaara de volta a qualquer custo, mesmo depois do que ela fizera a ele. E para piorar Ino estava começando a duvidar se eles haviam mesmo casado, sabe como é ela não se lembrava do casamento nem Gaara e eles não tinham o registro do casamento. A família dela estava duvidando que eles tivessem se casado a avó dela estava furiosa pela forma como as coisas se desenrolaram queriam que ela acabasse logo com essa bagunça e fosse morar com eles e viver da forma que eles queriam. Ino estava com muita raiva de tudo isso e acho que se alguém a provocasse enquanto ela estava de TPM sairia morto por que ela já tinha problemas demais para lidar qualquer coisinha mais e ela explodiria. Pobre Gaara que tinha que tomar cuidado dentro de casa. Ela me disse que tinha acabado de responder uma carta que a avó tinha escrito e me mostrou disse que só estava esperando Gaara chegar para enviar pelo correio. Depois de ler a carta eu esperava sinceramente que Gaara não deixasse essa carta chegar ao correio ou a avó dela teria um infarto ao ler o que ela tinha escrito de tão desaforada que era a carta.

Quando Gaara chegou e perguntou se queríamos ir almoçar em algum lugar recusei e disse para irem os dois e dei um jeito de falar pra ele sobre a carta. Ele suspirou, cansado pelo visto não era a primeira carta mal criada que Ino escrevia. Sai do apartamento deles e fui pegar o metrô para voltar para casa do Deidara. Mas quando estava chegando ao metrô Itachi estacionou o carro ao meu lado e disse que me dava uma carona.


– você estava por aqui? Visitando Sasuke talvez? – sorri me lembrando de como a relação deles era bem mais complicada na época que conheci os dois.

– sim, vim trazer uns documentos que ele queria usar como base para um trabalho da faculdade. – ele sorriu.

– Oh! Vocês chamam um pelo outro até por essas coisas pequenas agora? – eu ri. – que fofos.

– engraçadinha, de qualquer forma ele me chama quando precisa, mas dificilmente eu posso contar com ele quando preciso. – ele ficou um pouco sério. – mas se ao menos conversamos hoje em dia é graças a você.

– do que você está falando? Eu nunca fiz nada por vocês. – disse meio confusa, eu tinha dito algumas verdades ao Itachi naquela época, mas nem posso imaginar como isso possa ter ajudado.

– talvez nunca tenha feito nada diretamente, mas se não fosse por você eu nunca teria tentado me reaproximar dele. Obrigado.

– o que? – eu fiquei encabulada. – não fale coisas assim eu fico nervosa.

– nervosa? – ele riu.

– talvez envergonhada seja uma palavra mais apropriada. – concedi.


Depois disso mantivemos uma conversa mais leve. Chegamos e ele entrou comigo queria conversar com Deidara sobre alguma coisa, Sasori que estava vendo TV na sala nos olhou aborrecido, mas parecia não dar muita moral para nós dois. Sentei do outro lado do sofá e fiquei assistindo TV também. Itachi foi procurar Deidara, mas disse boa tarde para Sasori antes de sair da sala só que o ruivo só acenou com a cabeça sem dizer nada.



Hinata pOv’s.


Todos na mesa se calaram e esqueceram que estavam almoçando quando Hanabi corajosamente contara que estava grávida. Nosso pai parecia perto de ter um colapso, mas tentava manter a compostura. Eu estava esperando os gritos, mas eles não vieram e eu estranhei isso. Neji-niisan olhava para Hanabi e parecia ter perdido a voz ele sabia que ela não era como eu, mas acho que não esperava que ela aparecesse grávida em casa. Eu e Hanabi estávamos esperando as reações para saber como nos defender. Nosso pai simplesmente voltou a comer como se estivesse dando uma chance para que ela dissesse que estava mentindo. Neji-niisan se recuperara do choque, mas parecia não saber como reagir a noticia.


– ora! Parem com isso está me deixando com raiva. – Hanabi gritou corajosamente algo que eu nunca conseguiria fazer. – digam logo o que quiser eu não me importo realmente com o que vocês acham. – isso era mentira ela tinha chorado horas no dia em que descobrira porque não sabia como contar isso para o nosso pai.

– é porque você nunca se importa que está assim. – Hiashi disse friamente, mas soou como se dissesse que ela estava doente e não carregando uma vida na barriga.

– eu simplesmente não tenho nada para dizer. – Neji disse. – bom você está grávida, o que podemos fazer? Empurrar você escada abaixo para você perder o bebê?

– Neji-niisan! – eu disse indignada com a forma que ele disse aquilo. – não fale uma coisa dessas.

– só estou dizendo Hinata que não podemos fazer nada quanto ao fato dela estar grávida. – ele deu de ombros de forma inocente. – só isso.

– se ao menos você fosse mais como a sua irmã mais velha isso nunca teria acontecido. – papai suspirou cansado.

– papai Hanabi é Hanabi e eu sou eu. Duas pessoas não têm de ser iguais. – não sei de onde tirei coragem para dizer aquilo.

– só disse que se ela seguisse seu exemplo... ah esqueça. – ele parecia muito cansado pelo visto a surpresa tinha atingido ele em cheio.

– eu também tenho meus pontos negativos. – murmurei.

– nunca disse que você era perfeita também. – ele parecia cada vez mais cansado. – perdi a fome, terminem o almoço de vocês eu vou me deitar um pouco.


Ficamos os três sem saber o que fazer, papai era sempre mandão e forte e estava sempre exigindo as coisas então estávamos muito surpresos com a reação dele. Esperávamos uma grande briga, gritos, acusações, ameaças, mas não tinha sido como pensamos. Hanabi não terminou o almoço e foi para o quarto também. Neji terminou de almoçar e saiu de casa. Eu continuei sentada lá sem tocar na comida perdida em pensamentos. Queria ir dar uma olhada em Hanabi, ficar sem comer não era bom para ela e tínhamos que marcar uma consulta com a ginecologista, mas sabia que se fosse lá agora enquanto ela estava brava ia me dizer para parar de agir como se fosse mãe dela. Eu estava tão preocupada, ela não me dissera quem era o garoto que seria pai do filho dela e pelo que sei – perguntei as amigas dela. – o ultimo namorado dela era um garoto mais velho – velho para ela, tinha uns dezessete anos. – era tudo muito preocupante. Eu estava ali sentada como uma estatua quando a governanta me fez sair dos meus pensamentos.


– Hinata-sama, seu amigo Naruto esta na sala esperando para falar com a senhorita. – ela disse calma.

– Oh! Já estou indo. – quase gaguejei, era claro que eu queria ver Naruto, mas pela primeira vez na vida pensei que ele não veio em boa hora.


Fui andando para a sala e só porque notei Naruto olhando para minhas pernas como se nunca as tivesse visto – e talvez não tivesse mesmo. – que notei que estava com roupas muito inadequadas. Meu short jeans era mais curto do que eu aceitaria que vissem e minha blusa não era nada reservada sendo a regata que era.


– Naruto, boa tarde! Aconteceu alguma coisa? – perguntei já que ele não vinha aqui com freqüência, devia ser algo da faculdade.

– desculpe vir incomodar você Hinata, mas eu não entendi nada daquela matéria de calculo numérico. Você podia me explicar? Você explica melhor que aquela professora maluca. – ele disse franzindo a testa ao falar da professora.

– ah claro que posso, mas agora eu estou um pouco distraída com outras coisas não sei se poderia ser uma boa professora. – disse corando por ele ter me elogiado, se é que aquilo era realmente um elogio.

– Hn... – ele ficou pensativo. – aconteceu alguma coisa? – ele parecia realmente se preocupar comigo então fiquei um pouco feliz.

– é, aconteceu. – disse, pensando se deveria dizer o que era ou não.

– o que é? Você parece bem preocupada.

– Hanabi está com uns problemas e não tenho certeza de como ajudá-la. – disse suspirando.

– fique ao lado dela. Geralmente quando estou com problemas Sasuke sempre fica do meu lado mesmo quando estou errado e acho que isso me ajuda muito, é claro que ele me dá broncas e tudo mais. Só que nunca deixa de me apoiar. Acho que isso é o mais importante. – ele disse sorrindo para mim. – se você só ficar ao lado dela e apoiá-la acho que ela já vai se sentir muito melhor seja lá o que tiver acontecido.

– obrigada Naruto. – eu sorri para ele. – acho que posso te ensinar aquela matéria espere ai que só vou buscar meus cadernos.

– não precisa não. – ele sorriu. – ainda tenho um tempo para aprender isso e Hanabi deve estar precisando mais de você. De qualquer forma obrigado! Tchau Hinata nos vemos na universidade.


Ele acenou para mim enquanto saia pela porta e fiquei olhando alguns segundos como boba e então me dei conta que não tinha me despedido e corri atrás dele para levá-lo até o portão.



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Notas finais do capítulo

Espero que gostem... beijos!



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