Who Is Guilty? escrita por carol-chann


Capítulo 7
6º Aquelas lembranças que você gostaria que ...


Notas iniciais do capítulo

Não coube o nome do capitulo inteiro então vou coloca-lo aqui.
"Aquelas lembranças que você gostaria que fossem somente pesadelos."



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Carol pOv’s.


Deitei na cama encarando o teto e suspirei. Qual era o motivo para a mente das pessoas serem tão complicadas? Quer dizer o que eu ganhava com toda essa coisa de viajar o mundo? Bagagem cultural, Satisfação pessoal? Arrisquei.

Senti um lagrima escapar e rolar pelo canto do meu olho. O que era agora? Coloquei a mão sobre a minha barriga. Eu sabia o que era que me fazia chorar aparentemente sem motivo às vezes. Eu realmente achara que estava grávida, já tinha passado pela fase da aceitação e já estava no mundo da lua fazendo planos para o meu pequeno bebê quando fui à ginecologista fazer o primeiro exame e descobrir que na verdade meu teste de farmácia havia dado errado o nível dos meus hormônios estavam alterados por causa do meu stress.


~ Flash Back on ~


Ino jogou o palito do seu picolé na lixeira e me olhou surpresa. Eu acabara de contar a ela que iria embora daqui a três semanas. Ela não gostou da novidade reclamou muito e quase fez birra como criancinha. Tentou me convencer de varias formas.


– Sasori já sabe disso? Ele não vai deixar você fazer isso de forma alguma. – foi a ultima cartada dela.

– ele não é o meu dono. – exclamei indignada.

– mas é seu namorado.

– ele já sabe. Contei já faz uma semana. – coloquei as mãos na cintura em desafio.

– e ele concordou simples assim? – ela parecia incrédula.

– não, mas ele não manda em mim.

– oh! É por isso que vocês dois andam tão estranhos. – ela apontou para a farmácia um pouco mais a frente. – preciso entrar ali.


Nós entramos na farmácia com ela ainda tagarelando, mas parecia ter entendido que não poderia me convencer. Essa semana eu pude ver como o ruivo era teimoso tentando de tudo para me convencer a ficar, até mesmo tinha prometido viajar comigo assim que ele se formasse na faculdade e faltava pouco menos de um ano. Para ser bem sincera essa promessa me fizera vacilar um pouco na decisão, mas ainda estava me mantendo firme quando o dia da viajem se aproximasse esperava ainda estar tão firme a ponto de não me agarrar a essa promessa.

Notei a coisa que Ino viera comprar e algo dentro de mim ficou inquieto, tentei identificar o que era. Comecei a contar os dias rapidamente e repetidas vezes sem querer acreditar. Seis dias, estava atrasada seis dias.


– qual o problema? – Ino me perguntou.

– nenhum. – respondi incerta.


Essas coisas aconteciam não é? Seis dias não era nem mesmo uma semana, ia ficar tudo bem. Ino e eu saímos da farmácia e fomos para casa dela. Os pais dela ainda não haviam chegado, subimos para o quarto dela o qual nós dividíamos e deitamos na cama cada uma com mais preguiça que a outra. Sakura chegaria logo para nos arrumarmos para sair com todo mundo à noite.


. . .


Estávamos todos sentados tomando o café da manhã na mesa. A mãe de Ino tinha feito panquecas e eu e Ino estávamos muito satisfeitas por isso. O tio Inoichi terminou com quatro panquecas rapidinho enquanto a tia ainda não tinha terminado nem a primeira eu e Ino já estávamos terminando a segunda.


– isso que é dia bom acabar a maldita menstruação e ainda comer panquecas. – Ino disse e seu pai engasgou do outro lado da mesa.

– Ino, isso é coisa que se fale? Nós estamos comendo. – o tio reclamou e eu ri.

– ninguém manda ser o único homem aqui só você engasgou. – ela disse brincando.


Desenrolaram-se aquelas cenas familiares comuns que todo mundo conhece, mas de repente lembrei algo que foi como levar uma pancada de martelo na cabeça. Comecei a contar os dias descontroladamente. Onze dias, isso não podia ser normal. Pedi licença e subi para o quarto e me joguei na cama o cérebro funcionando a mil pensando em varias coisas que poderiam acontecer ou que eu poderia fazer e que eu tinha que fazer. Decidi ser prática e comprar um teste de gravidez na farmácia era a coisa mais lógica a se fazer e depois procurar uma ginecologista por que mesmo não estando grávida alguma coisa de errado estava acontecendo. Ino não demorou muito e subiu para ver o que tinha acontecido comigo.


– preciso ir à farmácia. – disse simplesmente.

– ta se sentindo mal? – ela ficou preocupada.

– só vem comigo. – disse saindo da cama e fui tirar o pijama e por alguma roupa que eu pudesse usar na rua.


Ino se trocou também e foi comigo, quando ela viu o que eu estava comprando arregalou os olhos tanto que eu imaginei que eles fossem saltar para fora. Ela não disse nada só me acompanhou quando fui em direção ao banheiro da farmácia. Li as instruções e hesitei um pouco antes de fazer o teste, mas acabei fazendo. O pouco tempo que demorava o resultado foi o mais angustiante que eu já tinha passado na minha vida. Quando resultado apareceu naquele maldito palitinho fiquei estática, sabe não podia acreditar naquilo de jeito nenhum. Não estava acontecendo simplesmente foi o que eu pensei. Não sei quanto tempo fiquei na cabine antes de Ino começar a bater na porta me chamando impaciente. Sai de lá de dentro e minha cabeça parecia vazia, oca. Ino estava falando comigo eu tinha certeza, mas eu não entendia o que ela estava falando olhei para ela, mas não tinha certeza do que estava vendo. Voltamos para casa e os pais de Ino já haviam saído.

Estávamos sentadas na cama quando Ino finalmente se cansou daquilo tudo e me chacoalhou até eu finalmente responder.


– estou grávida. – senti as lágrimas começarem a se formar. - ESTOU GRÁVIDA! QUE PORRA!

– que porra mesmo! – Ino concordou como se eu não estivesse histérica e sim conversando com ela.


O choro começou ali, a ficha finalmente tinha caído. Tinha acabado de passar da negação para a aceitação do fato. Chorei a tarde inteira, daqueles choros bem escandalosos e histéricos. No final do dia minha cara estava inchada os olhos de vermelho para roxo já de tanto chorar e com certeza eu nunca estive mais feia na vida, mas Ino passou a tarde toda comigo. Mesmo que no outro dia, ela tenha reclamado que não estava ouvindo direito por minha causa.

Ligamos para marcar uma consulta, que ficou marcada para eu ir em 9 dias. Uma semana antes da minha viajem exatamente, pensei e então me dei conta de que se eu estivesse grávida eu não poderia fazer a viajem de forma nenhuma e o choro voltou. Passei a noite inteira chorando também, mas era um choro só de lágrimas então quando os tios chegaram não perceberam, porque não desci do quarto e Ino me acobertou dizendo que eu estava com cólica, uma mentira deslavada eu sei.

Tínhamos aula no outro dia e eu ainda estava meio aérea com tudo isso, Ino contou a Sakura e Hinata por mim já que eu sempre chorava ao falar sobre o assunto. Elas ficaram aturdidas e aquele foi um dia muito longo para nós quatro, combinamos de não contar nada para ninguém, é até mesmo para o Sasori, enquanto eu não fosse à consulta. Depois da aula eu e Ino estávamos deitadas no quarto quando ela tocou no assunto.


– você não está pensando em viajar mesmo assim está?

– não sei. – respondi aturdida.

– você não pode entendeu. – ela disse séria. – você vai ter um bebê.

– cala a boca. – tapei meus ouvidos como se isso fosse fazer tudo desaparecer.


Eu não podia com o pensamento de ter um bebê e ter que ficar aqui e ser responsável por outra vida além da minha, eu simplesmente não podia com isso. Eu estava começando a entrar em desespero quando um travesseiro acertou minha cabeça.


– ouch. – exclamei.

– deixa de pirar garota! Por que agora você vai precisar muito da sua sanidade para poder passar por isso tudo. – Ino disse.

– rá que fácil. – falei sendo irônica.

– nunca falei em facilidade e sim em necessidade sua burra! – ela reclamou parecendo chateada.


. . .


Eu estava no shopping com as garotas e quando passamos em frente a uma loja de artigos para bebês eu paralisei em frente a ela. Fiquei olhando a vitrine e comecei a imaginar um bebê ruivinho no meu colo usando uma roupinha que estava na vitrine. Sakura e Ino ficaram preocupadas comigo, Hinata sorriu e Tenten e Temari não entenderam meu interesse. Mas alguma coisa naquele momento começou a despertar em mim. “Tem uma vida dentro de mim.” Foi o meu pensamento, mas logo depois fiquei estática não querendo aceitar que eu estivesse começando a gostar da idéia.

Mesmo que eu não quisesse a idéia de ter um bebê de Sasori se instalou na minha mente e de repente eu me vi querendo isso, querendo o meu filho. Até Sasori tinha notado que eu não estava mais pensando em ir embora. Ele só não entendia porque, mas claro que gostava disso. Quando percebi estava na sala de espera da ginecologista da Ino. A consulta foi rápida e ela pediu um exame de sangue, Ino foi comigo fazê-lo assim que saímos da sala da médica. O resultado sairia a tarde e teríamos de levar para ela no mesmo dia ainda. Eu nem estava preocupada tinha certeza que o resultado era positivo. Eu e Ino fomos andar um pouco pela cidade enquanto esperávamos o resultado.

No consultório da médica no mesmo dia, minhas lagrimas voltaram. Lágrimas doloridas por alguém que não chegou a existir, só para mim. Um tipo de dor que eu não conseguiria imaginar antes, ainda mais nos primeiros dias. Apesar do meu bebê nunca ter existido eu sentia como se tivessem arrancado ele de mim a força. Novamente Ino quem ficou comigo na hora do choro e novamente ela quem deu a noticia para as garotas.

À noite Ino dormia ao meu lado, mas eu não conseguia dormir, ficava encarando o quarto escuro com uma sensação de perda. Sai do quarto e desci as escadas tentando não fazer barulho, fui até a cozinha comer um pedaço do bolo que a tia havia feito. Quando vi o calendário pendurado na parede meus olhos bateram direto em cima do dia da viajem me fazendo lembrar. Quase cai de costas ao notar que eu tinha completamente esquecido que queria viajar. Quando percebi que eu tinha realmente cogitado ficar ali a minha vida inteira comecei a suar me sentir mal e até a enjoar. Medo eu estava com medo de ficar ali. Um medo tão irracional que eu não conseguia explicar nem para mim mesma.

No outro dia Sasori foi me buscar no fim da minha aula. Nós saímos e fizemos as mesmas coisas de sempre, mas ele notou que eu estava tensa diferente dos dias anteriores os quais eu estava mais alegre imaginando que esperava um bebê. Quando ele estacionou o carro em frente à casa de Ino me olhou um pouco preocupado.


– o que foi? Você esteve quieta o dia todo. – ele realmente parecia preocupado e isso mexeu com algo em mim, mas eu não sabia o que era.

– eu vou embora semana que vem. – soltei de uma vez.

– achei... – ele se interrompeu, acho que se dando conta que eu nunca tinha dito em palavras que ficaria.

– desculpe. – abaixei o rosto olhando para os meus pés.

– eu, eu... – ele começou, mas não conseguiu terminar.

– eu preciso ir Sasori. Estou sufocando aqui.


Ele me olhou abalado entendendo errado meu comentário, mas não explicaria pra ele o que realmente estava me sufocando. Ficamos calados um bom tempo. Abri a porta do carro e mal tinha colocado os pés para fora quando escutei algo que me fez paralisar alguns instantes.


– Se você for embora agora não há mais volta para nós. – ele disse.


Fiquei um momento paralisada no lugar onde estava, mas precisava desse tempo para mim mais que tudo. Fechei os olhos sentindo que as lágrimas queriam sair e pulei para fora do carro correndo e direção a casa.


~ Flash Back Off ~


Levantei da cama esfregando as costas da mão no rosto limpando lagrimas que não paravam de cair. Fazia tanto tempo que eu não pensava nisso, ou me forçava a não pensar que agora as memórias não queriam me deixar. Sentei encostada na parede abraçando minhas pernas, como diria a Lany curtindo a maior fossa, quando meu celular tocou de repente me dando o maior susto. Atendi e só depois me dei conta de que minha voz denunciaria meu choro para quem quer que tenha me ligado.


– alô! – eu disse minha voz meio rouca pelo choro.

oi, Carol? – reconheci a voz do Itachi. – ta tudo bem?

– sim. – não estava muito para papo.

certeza? Sua voz está um pouco estranha você estava chorando?

– deixa isso quieto. Ligou para que? – me interrogar? Completei mentalmente.

a próxima reunião está marcada só para te avisar o dia e a hora e oferecer uma carona. – ele disse, mas seu tom de voz era preocupado o que me fez baixar a guarda.

– é sério to bem. Só perdida pensando em coisas que eu deveria ter esquecido.

– se precisar de alguma coisa, mesmo que seja um ombro amigo pode me chamar. – ele disse de forma carinhosa.

– obrigado. – eu estava sorrindo um pouco agora. – e quando vai ser a reunião?


Ele me disse o dia à hora e me daria uma carona, conversou comigo mais um pouco antes de desligar. Dei uma olhada na minha imagem no espelho que havia no quarto, só os olhos um pouco avermelhados davam a dica de que eu tinha chorado há pouco. Estava tudo bem eu já podia sair do quarto. Eu precisava do notebook do Deidara emprestado, pois eu estava louca para falar com Lany e saber o que estava acontecendo. Ela não podia me soltar àquela bomba e passar tantos dias calada, eu tinha direito de saber o que estava acontecendo.

Vi Deidara esparramado no sofá da sala e lhe chamei a atenção fazendo um som irritante com a garganta. Ele me olhou com cara de quem estava cochilando e pareceu não gostar de ser interrompido. Disse rapidamente o que eu queria e ele apontou o notebook em cima da mesa de centro. Peguei-o e me sentei na poltrona entrando rapidamente no MSN, para minha sorte Lany estava online. Antes de questioná-la sobre o que estava acontecendo lhe dei uma bronca por me deixar preocupada e depois não dar mais noticia. Ela pareceu sem graça e me colocou a par do que estava acontecendo. Pedro, o homem com quem ela tinha perdido a virgindade, parecia se sentir um pouco responsável por ela já que ele não estava embriagado e tinha notado o que fizera. Lany disse que ele lhe ligou no dia seguinte após a nossa conversa e que ele estava se mostrando uma boa pessoa e eles até tinham saído duas vezes juntos. Rolei os olhos ante essa informação, eu aqui morta de preocupações e ela se divertindo com o cara. Ela havia pegado o resultado dos exames que fez no dia em que liguei para ela e não tinha nenhuma DST. Pelo que pude notar a ideia de talvez pudesse estar grávida nem passava pela sua cabeça de vento, mas preferi não dar essa hipótese a ela ainda.



Itachi pOv’s


Estávamos todos na casa do Pain menos o Deidara e a Carol. Tinha feito uma ligação para a garota a pouco tempo pensando em chamá-la até ali, mas ao notar a voz chorosa da garota sabia que a resposta era um não, então deixei o convite de lado. Sasori desde o telefonema me lançava uns olhares pouco amigáveis. Já tinha notado que o amigo ficava assim toda vez que ele falava com a garota e sabia bem o motivo. O amigo morria de ciúmes porque sabia que os dois estavam de olho na mesma garota, só que agora eles não eram mais namorados e isso tinha aberto uma brecha para mim. Na verdade era bem idiota da parte dele agir assim nós dois sabíamos muito bem de quem é que ela gostava, tudo que eu estava fazendo era aproveitar a companhia da brasileira.

O filme estava quase no fim, mas ninguém parecia interessado em assistir. Pain e Konan estavam sussurrando entre eles e rindo como idiotas. Kakuso estava mais interessado em seu celular e Hidan dormia no tapete enquanto babava. Eu fingia que prestava atenção ao filme assim como Sasori.


– esse filme é uma merda. – escutei Sasori dizer enquanto levantava do sofá. – estou voltando para casa.

– espera Sasori. – Konan desviou a atenção de Yahiko por uns instantes.

– o que foi? – Sasori nem tentou ser receptivo.

– hn. – Konan pareceu intimidada com a reação do ruivo. Babaca. – na verdade eu só queria chamar todo mundo para ir à pizzaria, mas parece que não era uma boa idéia.

– é claro que é uma boa idéia. – Yahiko olhou feio para Sasori.

– não é não. – Sasori estava de mau-humor e procurando confusão.

– só porque você é um mal-comido. – Hidan disse, eu e Kakuso rimos.

– é melhor você voltar a dormir idiota. – Sasori lançou um olhar gélido na direção dele.


Hidan só riu sem se amedrontar com o olhar do ruivo. Fiquei observando a cena que se desenrolava sem me intrometer. Do nada Yahiko deu uma risada e fez uma cara de quem entende tudo e eu que já tinha entendido não gostei nada do comentário feito.


– Sasori vai mesmo, se você abanar o rabo quem sabe ela te tire dessa abstinência sexual e o seu humor melhore. – a expressão de Yahiko era debochada.


Sasori mostrou o dedo do meio para Pain e saiu batendo a porta com força enquanto os outros começavam a rir lá dentro, menos eu que não gostei muito da idéia de Sasori quem sabe fazer o que Yahiko tinha sugerido.


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Notas finais do capítulo

Bom é isso espero que gostem!



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