A Aposta escrita por Noblesse


Capítulo 29
Capítulo 29


Notas iniciais do capítulo

desculpem a demora! Minha imaginação voou aqui e eu não consegui entrar na net enquanto não tivesse mais alguns caps prontos xD
se as coisas continuarem assim, acho que vocês vão morrer de susto.
PESQUISA DO OPINIÃO NAS NOTAS FINAIS!



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Ao sentar no carro, senti a melhor de todas as sensações do mundo: alívio. Foi um alívio tão intenso que até chorei. Mel ficou sentada ao meu lado no carro, com seu sorriso de anjo, até eu conseguir me controlar e começar a gargalhar.

─ Meu Deus! É um sonho! ─ Joguei minha cabeça para trás e sorri.

Mel riu comigo, beijou meu rosto e depois disse: ─ Vamos, Sarah. Amanhã temos que decidir nossos vestidos do baile.

Fomos para casa, e aquela foi a noite mais agradável da minha vida.

Eu estava me sentindo como um réu que estava sendo acusado de algo muitíssimo grave e pegaria, sem dúvidas, prisão perpétua, mas que foi julgado inocente. Ainda estava na minha bolha de histeria.

Na manhã seguinte acordei sorridente, desci as escadas saltando de dois em dois degraus, beijei todos, agarrei Bob e levantei Mel no colo. Lolli levou um susto ao me ver ao seu lado com um sorriso de orelha a orelha. Tanto que deixou derramar leite no seu pijama de ursinho.

─ Bob poderia nos levar para o shopping hoje, hein? ─ Pedi, sorridente ao extremo.

─ Okay, okay... ─ Ele disse, emoção zero na voz. ─ Depois do almoço serve?

─ Vamos comprar nossas roupas pro baile. ─ Mel disse. ─ E vamos comprar jogos de videogame novos pra você.

Bob abriu um largo sorriso ao ouvir Mel. Não pude deixar de rir. Fomos para o shopping de manhã ainda, passamos o dia vendo vitrines, compramos os jogos do Bob e alugamos um terno para ele. Lolli comprou seu vestido ─ adivinha? Azul escuro. (¬¬)  ─ enquanto Mel comprou um frente-única rosa, acima dos joelhos, e eu comprei um tomara-que-caia roxo, acima dos joelhos e de um tecido lindo que eu não sabia se era tafetá ou seda pura ou outra coisa.

Comprei um Mary Jane preto lindo, enquanto Mel ficou com um combinando com sua roupa e Lolli decidiu que usaria sua tão amada bota de combate. No fim ela me convenceu a usar minha bota All Star de salto quando fosse a festa. Mel ligou para Mikey e os dois desapareceram para lanchar.

Era melhor assim ─ eu estava monopolizando Mel! ─; eu não tinha o direito de diminuir o tempo de Mel com Mikey. E eles eram tão fofos juntos! Lolli agarrou meu braço e o do Bob e nos arrastou até uma lanchonete, alegando estar morrendo de fome.

Compramos um copo extra grande de Coca-Cola, hambúrgueres e batatas fritas e nos sentamos perto de uma grande janela de vidro enquanto almoçávamos. Lolli estava pensativa, mesmo ocupada comendo.

─ Como você e Gerard estão? ─ Ela perguntou de repente.

─ Estamos bem. ─ Sorri, incerta. ─ Gerard está mandando seu formulário para a Universidade de New York, e também está tentando para universidades aqui perto. Falando nisso... Já pensaram para onde vão?

─ New York. ─ Lolli disse. ─ Vou fazer moda. Ou então vou pra Boston com meus pais. Eles estão de mudança pra lá.

─ Estou pensando em ir pra Chicago e fazer um curso técnico por lá. Nossa avó ficaria muito feliz se nós morássemos com ela. ─ Bob olhou para mim.

─ Eu sei. ─ Suspirei. ─ Vamos visitá-la antes do Natal?

─ Papai vai pra lá esse ano?

─ Deve ir. ─ Murmurei. ─ Mas não seria grande surpresa se ele não fosse. Aquele jornal em Londres virou sua obsessão.

─ Papai quer nos garantir o melhor. Como você acha que tem tudo no quarto?

─ Não estou reclamando disso, Bob. ─ Encarei meu irmão. ─ Só estou dizendo que nosso pai passa tempo demais em Londres. Não preciso receber mesada. Eu posso arranjar um emprego. Só queria que ele estivesse mais próximo de nós.

─ Ele perguntou se nós queríamos morar com ele...

─ E nós dissemos não. ─ Murmurei. ─ Mas estou repensando nisso.

─ O quê? ─ Bob e Lolli disseram ao mesmo tempo.

─ Talvez eu vá morar com ele em Londres. Não é má idéia.

─ Você odeia Londres.

─ Eu odiava. Não é uma cidade ruim. Eu só... Não gostava de ficar longe do continente onde minha mãe foi enterrada... ─ Murmurei. ─ Mas não é mais a mesma coisa. Eu não quero ficar com essas memórias ruins. Eu quero esquecer o que aconteceu. Eu mal conheci minha mãe! Não posso ficar assim...

─ Faz bem em pensar assim. ─ Bob disse, e sorriu. ─ Mesmo que vá contra a memória dela, você tem o direito de ser feliz. Se isso te fará bem, não posso me opor.

─ Mas... É a mãe de vocês! ─ Lolli disse, assustada. ─ Não podem esquecê-la desse modo!

─ Ela morreu há 15 anos, Lolli. ─ Disse, olhando-a. ─ Caso ninguém se lembre, eu tinha quase um ano. Agora já tenho 16, fiz em Fevereiro, lembra? É tempo demais pra continuar a sofrer!

─ Seu pai não gostaria disso. É ingratidão da parte de vocês!

─ Ingratidão? ─ Perguntei, a voz baixa e séria. ─ Não estou falando de esquecer que um dia fui gerada no útero da mulher mais maravilhosa desse mundo. Não. Eu estou falando de esquecer todas as minhas lembranças ruins, tudo o que eu sempre pensei sobre minha mãe, e guardar apenas a imagem de uma bela foto onde ela estava sorrindo. Eu não quero mais nada além de me lembrar apenas daquele rosto de anjo. Eu só desejo viver sem tristeza, sem dor. Eu só quero que os fantasmas do passado parem de correr atrás de mim. É pedir demais? Ter um pouco de paz depois de 15 anos de culpa e sofrimento?

─ Culpa?

─ Por que você acha que ela morreu? Quem você acha que estava com saudades dela e a fez sair de NY, de carro, num dia chuvoso, para visitar a filha linda em Chicago? Eu queria vê-la. Eu estava chorando de saudades naquele dia. Foi culpa minha.

─ Sarah... ─ Bob começou, passando seu braço por meus ombros. ─ Não pense nisso...

─ Não vou pensar. ─ Disse firmemente. ─ Só estou explicando que quero ser uma pessoa nova. Alguém melhor do que eu fui antes. A antiga Sarah Bryar morreu.

─ Então vamos brindar. ─ Bob sorriu para mim. ─ À nova Sarah Bryar.

─ Uma pessoa melhor do que eu era.

─ Uma nova garota.

Sorrimos e brindamos, felizes. Como uma família deveria ser.


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Notas finais do capítulo

tirinhas exigem muito do meu cérebro >
beem.. acho que a fic tá na reta final. De qualquer modo, ainda não decidi se termino do jeito que parece ou se faço uma segunda temporada. O que vocês acham??