A Aposta escrita por Noblesse


Capítulo 28
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

OMG! eu estou emocionada com tantos reviews! Hm.. mandei MP pra todos os leitores avisando que a fic foi atualizada, Deu um pu** trabalho, porque eu contei pelo menos 19 leitores *~*
mas foi legal (Y)
well, minha criatividade teve um surto e eu tenho pelo menos mais dois caps escritos, mas não vou postar [huhuhu] porque minha criatividade é igual o meu humor: muda todo dia. Então mais cap assim que eu receber reviews [chantagem, não me batam!] e puder entrar na net.
Já tenho uma idéia do final e... vocês terão uma surpresa. xD
beijos!



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A chuva do lado de fora anunciava algo que eu temia ─ o fim de Outubro. Junto com ele, o início de Novembro, a proximidade ao baile, e o medo. Chelsea reapareceu durante uma festa, sorrindo de um modo estranho para mim. Ela tentou se reaproximar, o que não deu certo. Eu a queria longe ─ muito longe, a um oceano de distância, se possível.

Eu e meus amigos éramos populares agora ─ não os mais populares, mas éramos aceitos pelas pessoas e estávamos na grande maioria das listas de festas. Eu estava parcialmente feliz.

Gerard e Matt não se entenderam, mas eu não precisei escolher nenhum dos dois. Chegamos a um acordo, finalmente. As provas finais estavam acontecendo, e eu agradeci. Principalmente porque não tínhamos aulas depois das provas, e Gerard e eu íamos para a cabana. Estávamos tranqüilos, porque já tínhamos passado de ano. Mel e Mikey também. Bob, Ray e Bárbara precisavam de poucos pontos. E Frank e Lolli estavam se matando de estudar.

Todos nós decidimos ajudá-los, e pra isso nos organizamos em grupos de estudo. Estava rezando para que nenhum dos dois pegasse recuperação.

 

Mel adentrou a sala, interrompendo meus pensamentos. Olhou-me, pedindo desculpas, e eu acenei para que ela ficasse. Minha irmã mais nova sentou-se ao meu lado no sofá, abraçando-me carinhosamente.

─ Não quero te preocupar... Mas Chelsea está estranha. ─ Murmurei. ─ Estou com medo.

─ Se algo der errado... ─ Mel começou, e nós engolimos seco ao mesmo tempo. ─ Bem, se algo der errado precisamos ter um plano. O que faremos?

─ Não vou ficar para encará-lo, Mel. ─ Olhei para o chão, depois suspirei e encontrei seus olhos castanhos. ─ Vou arrumar minhas coisas e deixar tudo pronto. Tenho umas economias, vou comprar uma passagem para Londres e deixar tudo preparado. Se eu não conseguir embarcar posso pegar o dinheiro da passagem e alugar um carro até Chicago, pra fazenda da minha avó. Eu sou uma covarde, eu sei, mas não quero ver como tudo vai ficar se... Algo der errado...

─ Vou com você. ─ Mel disse, decidida.

─ Você é menor de idade, Mel. Não pode ir comigo.

─ Vou para a casa da minha mãe, e de lá...

─ Vai ficar lá até completar 18. Quando você puder morar sozinha, aí sim poderá me visitar em Londres.

─ Se algo der errado.

─ Se algo der errado.

 

As provas passaram, e definitivamente o baile estava próximo. No aniversário de Frank, fizemos uma festa à fantasia e eu me vesti de Noiva Cadáver. Mel foi de fada ─ porque achou que anjo ficaria tosco ─, Mikey se vestiu de diabo, Gerard de Drácula, Lolli e Bárbara de vampiras, Bob de militar, Ray de coqueiro e Frank... De Super Man.

Isso mesmo. Ele desceu as escadas com aquela cueca vermelha por cima das calças azuis, enchimento de músculos e um topete sexy. Deu um sorriso enorme, fez cara de conquistador, mandou beijinhos, e depois fez pose de herói. Rimos muito dele.

Frank não quis chamar outras pessoas ─ talvez ele já estivesse acostumado a ter um grupo pequeno de amigos nas festas ─,  mas não fez muita diferença. Foi a festa mais divertida do ano. Senti como se fosse uma despedida. Talvez eu nunca mais festejasse com eles. Talvez eu nunca mais os visse. Talvez eu só os encontrasse no meu funeral. Ou nem isso.

Mel quase me batia de tanto estresse. Dizia que eu estava pessimista demais, que deveria apenas me preocupar em fazer negócio com Chelsea. Para isso, combinamos de encontrá-la num café pouco conhecido, no centro da cidade, dois dias antes do baile ─ porque ela alegou estar ocupada demais com as roupas. Eu queria ir sozinha, mas Mel insistiu em me acompanhar. Não pude fazer nada.

Fomos à noite, de carro. Mel estava inexpressiva, enquanto eu não me agüentava de ansiedade. Meus dedos chegavam a doer de tanto que eu os apertava contra o volante. Encontramos o tal café, e eu estacionei o carro. O ambiente era agradável ─ tocava jazz ao fundo e a decoração ajudava bastante com cores calmantes e escuras ─, e era dividido em pequenas salas com grupos de mesas.

Chelsea estava na porta de uma das poucas salas ─ obviamente ela reservou toda a sala para que nós tivéssemos mais privacidade ─ e aparentava estar satisfeita. Não usava rosa, como eu sempre a havia visto, e sim uma blusa vermelha, calça jeans e sapato de salto vermelho. Ah, claro, uma bolsa com enfeites rosa. É, eu ainda a conhecia.

─ Olá. ─ Chelsea sorriu.

─ Vamos direto ao assunto. ─ Murmurei e a segui até uma mesa nos fundos.

Um funcionário veio nos atender, e eu pedi um capuccino. Mel pediu um suco e Chelsea ficou com uma xícara de chá.

─ Okay. ─ Chelsea assumiu uma expressão séria. ─ Vamos tratar de negócios. ─ Ela disse assim que o rapaz abandonou a sala.

─ Sabemos de algo sobre você que atrapalharia sua popularidade. ─ Mel disse.

─ Eu já estou livre daquele colégio. ─ Chelsea sorriu, triunfante.

─ Tem certeza? ─ Sorri abertamente, abrindo minha bolsa e tirando um papel. Desdobrei-o sob os olhos curiosos da oriental e a encarei. ─ Não é o que seu boletim diz.

Seu sorriso desmanchou-se.

─ Aqui diz que você vai ficar mais algum tempinho visitando o colégio Belleville. Sabe, durante a recuperação, junto com 30% do corpo de alunos do High School. Tem certeza de que você quer que saibam seus segredinhos? ─ Mel e eu sorrimos.

─ E qual seria o acordo?

─ Cancele a aposta. Deixe Sarah em paz. Não vá ao baile, ou se for fique por pouquíssimo tempo e suma. Em troca nós esqueceremos dos seus segredos.

─ Vocês não têm prova de nada... ─ Ela disse.

─ Acho que você se esqueceu de mim. ─ Mel sorriu docemente. ─ Pobre Chelsea, se esqueceu com quem eu aprendi tudo o que eu sei. E se esqueceu que eu nunca faço uma coisa pela metade. Eu tenho todas as provas necessárias para mostrar que foi você quem roubou a grana da festa do Halloween no ano retrasado. Eu tenho provas de que você tem uma certa queda por um certo alguém... ─ Chelsea arregalou os olhos e eu não entendi nada dessa parte. ─ E eu tenho provas de que certa pessoa envenenou outra certa pessoa e a mandou para o hospital. Coisas básicas que te mandariam pra cadeia. E outras coisas que fariam de você o ser mais sujo da elite veterana.

Mel estava assustadora em sua máscara cruel. E o pior: não aparentava estar insegura ou sequer arrependida em vesti-la depois de tanto tempo. Chelsea calou-se, olhando-me pensativamente.

─ Sarah Bryar vai desistir de uma aposta. Isso deveria ser documentado, sabia? Uma vez na vida, outra na morte. Quer apostar comigo, Sarah?

─ Alguém vai se dar muito mal se não aceitar o acordo. Quer apostar comigo, Chelsea? ─ Usei meu tom mais monótono e depois sorri de escárnio.

─ E as outras garotas?

─ Ande, Chelsea! ─ Mel riu. ─ Você sabe que elas fariam qualquer coisa que você mandasse. Elas só serviam para pressionar Sarah a fazer a aposta! Foi tudo um joguinho muito interessante pra você...

─ Pena que foi game over... ─ Sorri.

Chelsea suspirou, depois se levantou e, tentando ser superior, disse:

─ Feito. Diga adeus aos 100 mil. Talvez um dia você precise deles.

─ Acho que não. ─ Sorri e me levantei também. ─ Espero não nos ver em breve.

Saí, sendo seguida por Mel. E deixamos Chelsea pagando nossas bebidas intocadas.


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Notas finais do capítulo

Bob cansou de me ver comendo livros e resolveu ir malhar =O
VAI CHOVER!!!
B: EU OUVI! ò.ó
A: =S