Lua e Sol escrita por Tina Granger


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Naruto não me pertence.



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Capítulo 2

Tsunade lhe chamou pela terceira vez.

- Hinata. – A Hokage estava de pé, pronta para amparar a morena se ela desse qualquer sinal de desmaio.

- Eu... já tenho a minha resposta, Tsunade-sama.

- Já? – Os olhos mel da Hokage se arregalaram. – Não quer...

- Não. – Hinata ergueu os olhos decididos. – Naruto-kun não deve saber.

- Como você acha que ele não vai saber?

- Simplesmente a senhora não deve falar nada. – Apesar de trêmula, a voz de Hinata transmitia a segurança de quem não voltaria atrás. – Eu... É minha escolha.

- Hinata... – A Hokage encarou a morena enquanto assentia. – Naruto teve muita sorte ao se apaixonar por você.

- Eu tive sorte por ele olhar para mim. – Hinata olhou para o monte onde os rostos dos Hokages estavam esculpidos. O rosto de Naruto ficaria lindo perto do Quarto Hokage, aquele a quem ele mais admirava. – Naruto-kun será um excelente pai.

- Então vamos cuidar para que a sua gravidez seja a mais saudável possível, dadas as circunstâncias. – A Hokage se sentou, sabendo-se vencida. Hinata provara ser tão persistente quanto o marido.

Hinata assentiu, a sombra que entristecia seus olhos jogada para o fundo de sua mente. Agora a única preocupação que ela iria ter seria em relação ao quarto e ao enxoval do futuro Uzumaki.

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Hanabi caminhava sem prestar muita atenção pelas ruas. Há quatro anos Hinata se casara com o Uzumaki. Quando estavam juntas, Hanabi não conseguia deixar de sentir inveja da mais velha.

Hinata tivera que escolher entre permanecer no clã e ser sua líder e o marido barulhento.

"Como se ela fosse escolher outra coisa!" - ela pensava aborrecida. Hanabi desejou que ela tivesse escolhido permanecer no clã. Assim, ela não teria sido obrigada a deixar que lhe colocassem aquele maldito selo na testa... Naruto só não matara vários membros do clã quando soubera, ao voltar de uma missão, porque sua irmã mais velha se colocara na frente dele, segurara-o pelo braço, pedindo-lhe com a voz firme.

Naruto fora a força que fizera Hinata desabrochar. E ela brotara tão belamente que Hanabi não conseguia... Praguejou em silêncio. Agora, a responsabilidade de liderar os Hyuuga era sua.

Seu pai não percebia que ela não estava se importando com quem se matasse ali dentro. Neji já lhe chamara a atenção diversas vezes, e apesar dele não dizer, ela sentia que ele queria que Hinata estivesse liderando o clã.

Hinata era a suavidade e Hanabi era a força.

Uma força que desmoronava quando via Naruto Uzumaki. Que sentia inveja da felicidade de Hinata. Ninguém que tivesse um mínimo de sanidade mental ousaria duvidar que a Sra. Uzumaki era feliz. Seus olhos brilhantes, sua postura calma... Seus malditos sorrisos deliciosos!

Hinata merecia aquilo, Hanabi se censurava. Merecia aquilo e muito mais. Lembrava-se de quando eram crianças que brincavam juntas. Hinata nunca lhe dissera o que ela escutara crescendo, sussurrado entre as maledicentes do clã: que matara a mãe.

Hiashi via apenas a força da filha caçula. Ele não percebera que aquela força fora forjada pelas mãos suaves da filha mais velha. A primogênita se sentava com Hanabi, contando histórias da mãe... Histórias infantis... Penteara-lhe os cabelos com o amor de uma mãe zelosa enquanto a voz melodiosa saia da garganta.

Com os anos, Hanabi aprendera a mentir. Hinata não percebia o motivo da raiva dirigida por Hanabi a Naruto nas poucas ocasiões em que se encontravam. Hanabi, às vezes, passava por uma garota petulante, ciumenta. Ela criara aquela imagem para que Hinata mantivesse o marido longe de seus olhos... Mas isso não o afastara de seu coração.

Hinata não percebera, felizmente, que sua irmã caçula se apaixonara pelo seu marido.

Fora o amor por Hinata que a impedira, por todos os anos de casamento da irmã, de agir conforme sua vontade desejava. Sorriu ironicamente. Ao agir desse jeito, sentia-se sufocar... Mas todos estavam loucos se achavam que ela se curvaria à vontade de Hiashi, que desejava ver a filha casada com um dos membros da Família Principal.

Ela amava Naruto e, mais que a ele, amava Hinata. A tolerância da irmã com ela acabava no minuto que Hanabi atacava Naruto. E Hanabi atacava Naruto para que ele se afastasse dela...

Afastou a mecha que, desde que ela se entendia por gente, insistia em ficar em seu rosto. Hanabi jogou o cabelo para trás enquanto subia os degraus da casa da irmã. Tivera, para variar, uma discussão com Hiashi. E sabia que no caminho para visitar a irmã iria se acalmar, para que ela não ficasse preocupada. Hinata mantinha a porta ligeiramente aberta, hábito esse que irritava Hanabi, que lhe mandara ter a porta sempre fechada quando o marido estivesse ausente.

Hinata estava sentada no chão da sala, de costas para a porta. Hanabi a olhou por momentos, antes de perceber o que estava acontecendo. Hinata estava chorando um choro tão desconsolado, que até o coração que Hanabi aprendera a endurecer se sentiu apertar. Caiu no chão ao lado da irmã, que apenas percebera ser abraçada. Passava as mãos nas costas dela, tentando consolá-la. Quando conseguisse que Hinata parasse de chorar e contasse o que acontecera, iria atrás do desgraçado que provocara as lágrimas da irmã. E acabaria com ele.

Hinata se acalmara um pouco e a única coisa que Hanabi conseguira entender das palavras da irmã foi o nome do marido. Hanabi não podia deixar a irmã daquele jeito... Mas assim que pusesse as mãos no...

Nem conseguiu terminar o pensamento e o cunhado entrou, animado como sempre.

- Hinata-chan... Ei! – Deu um salto quando Hanabi, com o Byakugan ativado, levantava-se e assumia a posição Hyuuga de luta.

- O que você fez para a minha irmã, seu...

Por muito pouco Hanabi não acertou o cunhado.

Hinata, apesar de trêmula, conseguira segurar um dos braços da irmã.

- Naruto-kun... Naruto-kun me deu um presente maravilhoso, Hanabi.

- Viu, sua vespa? – Naruto mostrou a língua para Hanabi. Então, ele pareceu perceber o que Hinata falara. – Hinata, você mexeu nos meus potes de ramen! – falou desconsolado.

- Não... – ela negou, secando as lágrimas. Precisou do apoio do sofá, sentando-se no braço dele.

- Então como você descobriu...

- Eu... estou grávida, Naruto-kun.

O silêncio se instalou na pequena sala. Naruto abriu o sorriso tão brilhante como no dia que a morena aceitara se casar com ele.

- Eu... vou ser pai? – Ante o assentimento da esposa ele soltou um grito, antes de pegá-la pela cintura e rodá-la, sem se preocupar com a presença de Hanabi. – Eu vou ser pai! EU VOU SER PAI!

Gritava o mais alto que podia, tão feliz com a novidade. Quando parou de rodá-la, ajoelhou-se na frente de Hinata.

- Obrigado... – Beijou o ventre dela. – Moleque, trate de nascer parecido com a sua mãe, porque ela já tem trabalho demais comigo!

Hinata não se impediu de rir, novas lágrimas brotando de seus olhos.

- Eu não tenho trabalho com você, Naruto-kun.

- Diga isso pra vespa da sua irmã... – Naruto se encolheu, esperando o soco que sempre levava por chamar Hanabi de vespa.

- Ela saiu – Hinata respondeu a pergunta muda do marido, que olhava em volta.

- Excelente... Agora... – Levantou-se de um salto, trancando a porta; fez o mesmo com a janela. Estacou quando percebeu a mulher indo em direção a cozinha. – Aonde você vai?

- Ver o que tem nos potes de ramen... – A resposta de Hinata arrancou um protesto do loiro, que a pegou pela cintura e, enquanto a beijava, levava-a para o quarto. – Naruto-kun! É dia claro...

- Estava a salvo enquanto tinha aquela vespa na sala, Hinata. Mas agora... Você vai descobrir como um futuro Hokage... – Continuou a sussurrar o que pretendia fazer. Iria ser um resto de dia... maravilhoso.


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